897 resultados para Objectivity of morality
Resumo:
Esta tese analisa as moralidades vicentinas a partir dos preceitos retóricos presentes na Arte Retórica de Aristóteles e na retórica latina a fim de observar possíveis pontos de identificação das moralidades com os sermões medievais. Para tanto, investiga como a retórica influenciou os diversos tratados de prédica que orientaram a produção de sermões no período. O conhecimento das técnicas retóricas, seja em sua formulação antiga, ou em suas atualizações, mostra-se um importante meio de interpretação não só das estratégias persuasivas das moralidades, como também na compreensão do sentido mais profundo do texto. O corpus vicentino de interesse para esta investigação foi delimitado e organizado a partir da distinção dos discursos epidíticos, deliberativo e judiciário no que concerne à identificação dos valores e argumentos predominantes nos autos analisados, quais sejam: a exaltação das virtudes e da Virgem nos autos da Fé e da Mofina Mendes e as vantagens dos discursos que visam à deliberação nos autos da Alma e da Feira, além da construção argumentativa no diálogo das personagens que acusam/defendem nos autos da Barca do Inferno e Purgatório
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Embora Hans Kelsen tenha desenvolvido suas ideias sobre a justiça em diversos artigos e capítulos de livros, o jusfilósofo nunca edificou uma obra mais profunda, monográfica ou sistemática sobre a questão do justo. Suas considerações, o mais das vezes proferidas incidentalmente quando da análise e crítica das teorias do direito natural, se encontram, a bem dizer, dispersas por diversas produções. A leitura integral e conjunta de seus estudos, entretanto, permite a identificação da mesma e coerente concepção de filosofia moral que perpassa todos os seus escritos, concepção esta que sugere a relatividade, subjetividade e irracionalidade da questão do justo. Sem o propósito de ser uma biografia intelectual ou uma psicanálise do conhecimento das conclusões kelsenianas sobre o problema da justiça, o objetivo da presente dissertação, além da tentativa de realizar uma exposição sistemática da própria teoria da justiça de Kelsen dispersa por uma multiplicidade de trabalhos, nem todos disponíveis ou publicados em língua portuguesa , consiste na análise dos pressupostos e justificativas teórico-filosóficos que, utilizados pelo jusfilósofo como embasamento de suas inferências sobre o tema, o conduzem a afirmar a incognoscibilidade de qualquer conceito absoluto, objetivo e universal de justiça, ou a viabilidade de uma razão prática. A meta maior desta dissertação, portanto, é o estabelecimento e elucidação das premissas extraídas por Kelsen do pensamento teórico-filosófico de Max Weber, Immanuel Kant (além dos neokantismos de Marburgo e Baden), Wittgenstein, e dos neopositivistas do Círculo de Viena, para rejeitar lógico-gnosiologicamente as concepções absolutistas do justo, bem como a possibilidade de discutir ou definir racionalmente a justiça e as normas morais dela decorrentes. A partir de elementos colhidos dessas diferentes correntes intelectuais, Kelsen desacredita, com base na distinção entre enunciados sobre fatos (racionais e verificáveis) e proposições relativas a valores (irracionais e não verificáveis), a capacidade humana de cognição dos valores em geral e, mais ainda, a existência e cognoscibilidade de valores absolutos em sua ótica, requisitos imprescindíveis para a exequibilidade de qualquer sistema objetivo de moralidade ou para especulações racionais sobre a justiça.
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Este trabalho é o resultado das reflexões relativas às leituras que venho realizando desde a minha graduação. A partir do entendimento de que a educação escolar, ao contrário de alguns de seus pressupostos, serviria especialmente à ordem social capitalista; sendo uma das maneiras mais eficientes de domesticar o ser humano. Não se trata de afirmar que toda educação escolar será sempre domesticadora, mas, que grande parte do seu trabalho acaba por contribuir para a diminuição da capacidade criativa do indivíduo. Entendo que a imposição da busca pela verdade e a tentativa de igualar a todos os indivíduos são julgamentos morais. Esses julgamentos representariam a interpretação da vida a partir de um ser enfraquecido, ou seja, teriam como função a preservação do decadente. Esses valores morais acabam por diminuir, também, a energia dos indivíduos que poderiam expandir-se. A escola pode ser um local onde o estudante poderá ter experiências capazes de levá-lo ao crescimento, ou não. Concordamos com Nietzsche, ao entender que há uma oposição entre a vontade de moral e a vontade de potência. O ser vivo quer crescer, ou preservar-se. A criação de novas formas de viver, de desejar uma vida com outra intensidade depende, dos instintos. A moral impõe ao indivíduo uma constante vigilância e coerção contra a expressão desses instintos. A energia que poderia gerar novas formas de viver, agora será utilizada contra o próprio indivíduo, atormentando-o. A escola ainda é uma fonte de experiências. Resta-nos saber como utilizá-la em seus potenciais criadores
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O princípio do dano, assim como elaborado por John Stuart Mill em On Liberty, é tido como elemento fundamental à afirmação do liberalismo a partir do século XIX e seu desenvolvimento rumo ao século XX. Diante das nascentes democracias européias foi afirmado como um princípio absoluto de proteção à liberdade individual contra a imposição da moralidade pela opinião pública e pelo Estado. Mill partilhava o apreço de Tocqueville pela democracia sem deixar de temer a tirania das maiorias. Inicialmente, investiga-se o lugar do princípio do dano na filosofia política milliana e as fragilidades apontadas por seus críticos. Em um segundo momento, analisa-se sua influência na defesa das liberdades civis na Inglaterra da década de 1950, especificamente com a edição do Relatório Wolfenden que defendeu a descriminalização de práticas homossexuais, bem como o debate que se lhe seguiu sobre os limites do Direito protagonizado por H.L.A. Hart. Na última parte, o objeto do estudo é o princípio do dano agora inserido em uma doutrina liberal-perfeccionista, assim como formulada por Joseph Raz em A Moralidade da Liberdade. O objetivo final é revelar a existência de incoerências internas no princípio do dano, tanto em sua versão original como nas que lhe sucederam, de modo a impedir a fixação de uma espaço imune ao Direito e à imposição da moralidade. No entanto, visto da perspectiva adequada, o fracasso na elaboração de tal princípio deve ser relativizado, eis que no seu devir o princípio do dano serviu à reflexão acerca dos limites da coerção legítima, bem como ao aprimoramento de conceitos relevantes à filosofia política como moralismo legal, paternalismo e perfeccionismo jurídicos.
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O presente trabalho se propõe a colocar em análise as relações de três famílias pobres com o Sistema de Garantia de Direitos (SGD), as quais, por fim, tiveram o seu poder familiar destituído, sob a perspectiva da moralização, da disciplina, da vigilância e do controle. As tramas e os caminhos tortuosos, as práticas sociais punitivas e penais, as relações de verdades e os poderes que se exercem e se atualizam, as resistências e os jogos de tensões e forças que se apresentam, tudo isso está posto e descrito nas linhas desta pesquisa, à luz de autores clássicos como Foucault (principalmente), Deleuze, Guattari, Lourau, Nietzche, Donzelot, bem como contribuições mais próximas de autores nacionais, que se debruçam em estudos e pesquisas sobre os temas acima e dialogam com as situações em análise nesta pesquisa. Desnaturalizar os lugares constituídos à luz da moral, das produções subjetivas contemporâneas, dos costumes higienistas e correcionais, das tentativas de enquadramento das práticas familiares, de um jeito de ser pai e mãe, é um dos principais propósitos desta pesquisa. Trata-se de pensar e criar outras possibilidades, como um sopro de liberdade, de desconstrução de lugares, de outras perspectivas e práticas possíveis.
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Esta dissertação objetiva descrever e analisar criticamente o conceito de justiça no contexto da filosofia moral de David Hume. Com o propósito de fornecer uma explicação completa e consistente de sua teoria da justiça, pretende-se, em primeiro lugar, apresentar a teoria moral sentimentalista de Hume e explicar de que forma sua concepção de justiça se associa com os princípios fundamentais da moralidade. O primeiro capítulo da dissertação consiste, primeiramente, em uma breve exposição do problema do livre-arbítrio e do determinismo e, em segundo lugar, na apresentação da alternativa compatibilista de Hume. Conforme se pretende demonstrar ao longo deste capítulo, a estratégia da solução compatibilista de Hume deve necessariamente envolver a noção de sentimento moral, cujo conceito é central em seu sistema moral. Em seguida, no segundo capítulo, será examinada a teoria moral de Hume, a qual se estrutura em duas hipóteses principais: a tese negativa que contesta a ideia de que o fundamento da moralidade se baseie exclusivamente nas operações da razão (relações de ideias e questões de fato); e a tese positiva que afirma que a fonte da moralidade reside em nossas paixões, sentimentos e afetos de prazer e dor ao contemplarmos caracteres virtuosos e viciosos. O terceiro capítulo visa apresentar a teoria da justiça de Hume, objeto principal desta dissertação. A hipótese central que Hume sugere é que a virtude da justiça não é instintiva ou natural nos seres humanos. Ela é possível unicamente por intermédio de acordos, convenções e artifícios humanos motivados pelo auto-interesse. A tese de Hume é exatamente que a origem da justiça, enquanto uma convenção social, só pode ser explicada com base em dois fatores: a atuação dos sentimentos de nossa disposição interna e a circunstância externa caracterizada pela escassez relativa de bens materiais. Finalmente, o último capítulo desta dissertação visa discutir a teoria política de Hume com o propósito de complementar sua teoria da justiça. Hume defende que a justificação da instituição da autoridade soberana e dos deveres civis se funda nos mesmos princípios da convenção de justiça: eles também são artifícios criados exclusivamente para servir ao nosso próprio interesse.
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In this article, we begin from the research about how money influences the behavior of people, and try to discuss how money influences people's moral judgment on the five degrees of morality (harm/care, fairness/reciprocal, loyalty/in-group, authority/respect, purity/sanctity). Meanwhile, we try to discuss whether the money priming is based on the mechanism of competition priming. Besides that, we want to find out whether moral identification and positive vocabulary could rescue the change of moral judgment after money priming. The money priming in this research is based on picture priming and syntax priming; the competition priming and moral identification priming are based on imagination priming. We chose the undergraduate, graduate student and adult as sample, combined the scale investigation with computer based experiment. This research contains five standard case experiments, which form three. Based on all the research above, we have some conclusions: 1. Money priming has impacts on moral judgment, which are not consistent on different degree of morality. But the total effect of money priming is that it changes moral judgment to a worse state. 2. Money priming is not complete competition priming, but social value orientation (including competition orientation) could mediate the influence of money priming on moral judgment. Generally, people with personal orientation or competition orientation could be influenced more easily by money priming. 3. After money priming, the moral judgment could be influence by moral identification and positive vocabulary. In all, both the moral judgment and positive vocabulary could make the moral judgment to a better state. But the function of them may be different, moral identification is more related to moral cognition and positive vocabulary is more related to moral emotional regulation. This research is based on priming method, and supports the money influence on psychology, the concept of morality and moral identification with experimental evidence. Also this research discusses the measurement of morality.
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Erskine, Toni, 'Qualifying Cosmopolitanism? Solidarity, Criticism, and Michael Walzer's 'View from the Cave'', International Politics (2007) 44(1) pp.125-149 RAE2008
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„We are paying a high price for the increasingly unequivocal equation drawn between knowledge and science and ordinary market product. The ideal of perfectly unrestrained cognition, the true mother of science, is threatened by the mass drive towards practical use and application of knowledge, a looming departure into nothingness. Politicians and managers of scientific life are guilty of considerable contribution in corrupting respectable university structures, and thus undermining culture of science and scholarly ethics. (…). Acquisition of funds, sponsorship, media presence, popularisation or even striving for commercial gain are recognised by politicians and scientific consultants, but most of all they are accepted by the university management as objectives worthy of effort, not to say the foremost goals of science. University rectors are nowadays interested primarily in the amounts of acquired moneys. The outcomes of research thus financed is subject to virtually no control, nor does it arouse any interest, unless it turns out to be fit to be announced in the media as a sensation, thereby serving the ‘prestige’ of the university”.
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Africa faces problems of ecological devastation caused by economic exploitation, rapid population growth, and poverty. Capitalism, residual colonialism, and corruption undermine Africa's efforts to forge a better future. The dissertation describes how in Africa the mounting ecological crisis has religious, political, and economic roots that enable and promote social and environmental harm. It presents the thesis that religious traditions, including their ethical expressions, can effectively address the crisis, ameliorate its impacts, and advocate for social and environmental betterment, now and in the future. First, it examines African traditional religion and Christian teaching, which together provide the foundation for African Christianity. Critical examination of both religious worldviews uncovers their complementary emphases on human responsibility toward planet Earth and future generations. Second, an analysis of the Gwembe Tonga of Chief Simamba explores the interconnectedness of all elements of the universe in African cosmologies. In Africa, an interdependent, participatory relationship exists between the world of animals, the world of humans, and the Creator. In discussing the annual lwiindi (rain calling) ceremony of Simamba, the study explores ecological overtones of African religions. Such rituals illustrate the involvement of ancestors and high gods in maintaining ecological integrity. Third, the foundation of the African morality of abundant life is explored. Across Sub-Saharan Africa, ancestors' teachings are the foundation of morality; ancestors are guardians of the land. A complementary teaching that Christ is the ecological ancestor of all life can direct ethical responses to the ecological crisis. Fourth, the eco-social implications of ubuntu (what it means to be fully human) are examined. Some aspects of ubuntu are criticized in light of economic inequalities and corruption in Africa. However, ubuntu can be transformed to advocate for eco-social liberation. Fifth, the study recognizes that in some cases conflicts exist between ecological values and religious teachings. This conflict is examined in terms of the contrast between awareness of socioeconomic problems caused by population growth, on the one hand, and advocacy of a traditional African morality of abundant children, on the other hand. A change in the latter religious view is needed since overpopulation threatens sustainable living and the future of Earth. The dissertation concludes that the identification of Jesus with African ancestors and theological recognition of Jesus as the ecological ancestor, woven together with ubuntu, an ethic of interconnectedness, should characterize African consciousness and promote resolution of the socio-ecological crisis.
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This article links Thomas Hardy’s exploration of sympathy in Jude the Obscure to contemporary scientific debates over moral evolution. Tracing the relationship between pessimism, progressivism, and determinism in Hardy’s understanding of sympathy, it also considers Hardy’s conception of the author as enlarger of “social sympathies”--a position, I argue, that was shaped by Leslie Stephen’s advocacy of novel writing as moral art. Considering Hardy’s engagement with writings by Charles Darwin, T. H. Huxley, Herbert Spencer, and others, I explore the novel’s participation in a debate about the evolutionary significance of sympathy and its implications for Hardy’s understanding of moral agency. Hardy, I suggest, offered a stronger defence of morality based on biological determinism than Darwin, but this determinism was linked to an unexpected evolutionary optimism.
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Studies concerning the physiological significance of Ca2+ sparks often depend on the detection and measurement of large populations of events in noisy microscopy images. Automated detection methods have been developed to quickly and objectively distinguish potential sparks from noise artifacts. However, previously described algorithms are not suited to the reliable detection of sparks in images where the local baseline fluorescence and noise properties can vary significantly, and risk introducing additional bias when applied to such data sets. Here, we describe a new, conceptually straightforward approach to spark detection in linescans that addresses this issue by combining variance stabilization with local baseline subtraction. We also show that in addition to greatly increasing the range of images in which sparks can be automatically detected, the use of a more accurate noise model enables our algorithm to achieve similar detection sensitivities with fewer false positives than previous approaches when applied both to synthetic and experimental data sets. We propose, therefore, that it might be a useful tool for improving the reliability and objectivity of spark analysis in general, and describe how it might be further optimized for specific applications.
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“There is no mode of action, no form of emotion, that we do not share with the lower animals” (137). This evolutionary claim is not attributable to Darwin, but to Oscar Wilde, who allows Gilbert to voice this bold assertion in “The True Function of Criticism.” While critics have long wrestled with the ethical stance and coherence of Wilde's writings, they have overlooked a significant influence on his work: debates concerning the evolution of morality that animated the periodicals in which he was writing. Wilde was fascinated by the proposition that complex human behaviours, including moral and aesthetic responses, might be traced back to evolutionary impulses. Significantly, he also wrote for a readership already engaged with these controversies.
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In this paper we report a study conducted in Mongolia on the scope of morality, that is, the extent to which people moralize different social domains. Following Turiel’s moral-conventional task, we characterized moral transgressions (in contrast to conventional transgressions) in terms of two dimensions: authority independence
and generality of scope. Different moral domains are then defined by grouping such moral transgressions in terms of their content (following Haidt’s classification of morally relevant domains). There are four main results of the study. First, since all five Haidtian domains were moralized by the Mongolian participants, the study provides
evidence in favour of pluralism about moral domains. However, the study also suggests that the domain of harm can be reduced to the fairness domain. Furthermore, although the strong claim about reduction of all moral domains to the domain of fairness seems not to hold, a significant number of participants did indicate considerations of fairness across domains. Finally, a significant amount of participants moralized conventional transgressions a la Turiel, but it did not reach a statistical significance.
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Dissertação apresentada na Escola Superior de Educação, para obtenção do grau de Mestre em Administração Educacional. Orientadora: Professora Doutora Maria João Cardona