585 resultados para Crudeli, Tommaso.
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Spatial patterns in assemblage structures are generated by ecological processes that occur on multiple scales. Identifying these processes is important for the prediction of impact, for restoration and for conservation of biodiversity. This study used a hierarchical sampling design to quantify variations in assemblage structures of Brazilian estuarine fish across 2 spatial scales and to reveal the ecological processes underlying the patterns observed. Eight areas separated by 0.7 to 25 km (local scale) were sampled in 5 estuaries separated by 970 to 6000 km (regional scale) along the coast, encompassing both tropical and subtropical regions. The assemblage structure varied significantly in terms of relative biomass and presence/absence of species on both scales, but the regional variation was greater than the local variation for either dataset. However, the 5 estuaries sampled segregated into 2 major groups largely congruent with the Brazilian and Argentinian biogeographic provinces. Three environmental variables (mean temperature of the coldest month, mangrove area and mean annual precipitation) and distance between estuaries explained 44.8 and 16.3%, respectively, of the regional-scale variability in the species relative biomass. At the local scale, the importance of environmental predictors for the spatial structure of the assemblages differed between estuarine systems. Overall, these results support the idea that on a regional scale, the composition of fish assemblages is simultaneously determined by environmental filters and species dispersal capacity, while on a local scale, the effect of environmental factors should vary depending on estuary-specific physical and hydrological characteristics © 2013 Inter-Research.
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O estuário de Curuçá é parte de uma Unidade de Conservação (RESEX Mãe Grande de Curuçá) desde 2002 e tem como principais cursos d’agua o Rio Curuçá e do Furo Muriá. O presente estudo objetivou analisar o efeito de características ambientais no uso dos canais-de-maré pelas espécies bentófagas Colomesus psittacus, Sciades herzbergii e Genyatremus luteus. A análise envolveu a relação de dados ambientais (salinidade, área de inundação e cobertura arbórea) com dados bióticos das três espécies estudadas (densidade, biomassa, intensidade alimentar e distribuição dos comprimentos totais). A primeira expedição ocorreu em julho de 2008 a fim de coletar a ictiofauna e a segunda em outubro de 2008 para realizar o inventário arbóreo, sendo que cada campanha teve a duração de três dias. Por todo o estuário de Curuçá, mais precisamente, ao longo do Rio Curuçá e do Furo Muriá, foram distribuídos um total de seis sítios de coleta, onde no interior de cada sítio foram amostrados dois canais-de-maré, perfazendo um total de doze canais-de-maré amostrados. As espécies C. psittacus, S. herzbergii e G. luteus estiveram entre as cinco mais abundantes e ocorreram em todos os sítios, com exceção do S. herzbergii, o qual foi capturado somente em cinco dos seis sítios. As três espécies estudadas apresentaram, entre os sítios, diferenças altamente significativas para as variações de suas médias de densidade, biomassa, índice de plenitude e comprimento total, com exceção de G. luteus que não apresentou diferenças estatísticas em suas médias de comprimento total. Todas as variações das médias das características ambientais referentes à cobertura arbórea (densidade, altura e diâmetro), assim como, a área de inundação dos canais-de-maré apresentaram significativas diferenças entre os sítios. Neste trabalho foi possível verificar: a influência do gradiente de salinidade na distribuição das espécies estudadas no interior do estuário; as relações espaciais entre a área de inundação e disponibilidade de recurso alimentar, onde os canais com maior área inundada mostraram-se mais favoráveis ao forrageio da ictiofauna bentófaga; que provavelmente, existe um melhor rendimento alimentar quando as espécies bentófagas frequentam os canais-de-maré cercados por vegetação desenvolvida.
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Este trabalho verificou as atividades extrativistas e a dieta de proteína animal de quatro comunidades quilombolas da Reserva Biológica do rio Trombetas, no estado do Pará. Os dados foram obtidos através de uma metodologia participativa com preenchimento de formulários e pesagem dos alimentos com balança de 5 kg, sendo a coleta mensal durante doze meses (agosto de 2007 a julho de 2008). A menor média de consumo de pescado foi na comunidade de Cachoeira Porteira (371,6g ± 312,3g. apita-1.dia-1), e a maior no Lago do Mussurá (567,5g ± 415,5g. capita-1.dia-1). No Lago do Erepecu obteve o maior valor médio de caça (276g ± 407,7g.capita-1.dia-1). O único item que apresentou diferenças significativas entre os períodos foi ovos de quelônio na seca e vazante. Em síntese os resultados confirmaram que o consumo de pescado foi maior entre os itens, seguido da caça, na dieta local. Os enlatados não exerceram papel importante nas dietas destas comunidades.
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O gênero Tometes Valenciennes, 1850 foi descrito originalmente para abrigar a espécie-tipo T. trilobatus, por apresentar dentes incisiformes bi- a tricuspidados. No entanto, o gênero foi colocado como sinonímia de Myleus Müller e Troschell, 1844 onde ficou por aproximadamente um século e meio até a sua revalidação. A revalidação do gênero e da espécie-tipo propiciou a descrição de outras duas espécies, T. lebaili e T. makue. O presente estudo apresenta uma revisão taxonômica de Tometes para o escudo das Guianas onde as três espécies nominais são reconhecidas válidas e aqui re-descritas, e uma nova espécie para a bacia do rio Trombetas foi caracterizada, ampliando a diversidade e a área de distribuição do gênero. Dentre as características principais de diagnose das espécies foi observado: T. trilobatus é diagnosticado dos demais congêneres por apresentar dentes no dentário e pré-maxilar com cúspide central com cume baixo e arredondado (vs. dentes com cúspide central ou cúspide principal com cume alto e agudo). T. lebaili é diferenciado por apresentar boca oblíqua orientada dorsalmente (vs. boca terminal). T. makue possui o menor número de espinhos na serra pré-pélvica, sempre entre 0 e 9 espinhos pré-pélvicos (vs. mais de 9 espinhos pré-pélvicos). Já a espécie nova apresenta o perfil dorsal do neurocrânio com uma suave concavidade ao nível da barra epifiseal e tamanho de escamas irregulares sobre o flanco (vs. perfil dorsal do neurocrânio retilíneo e escamas de tamanho regular sobre todo o flanco). Todas as espécies de Tometes são estritamente reofílicas e ocorrem exclusivamente nas zonas encachoeiradas dos rios de escudo, biótopos complexos, frágeis e ameaçados por ações antropogênicas. As conclusões deste estudo destacam o desafio urgente quanto à compreensão das relações espécies/habitat.
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A ictiofauna de poças de maré tem sido bem estudada em regiões temperadas e tropicais do Pacifico. No Brasil, ainda é incipiente o conhecimento ecológico das poças de maré e das assembléias de peixes que as habitam. O presente estudo pretendeu investigar a composição e distribuição espaço-temporal das assembléias de peixes associadas às poças de maré em habitats de afloramento rochoso, floresta de mangue e marismas da Ilha do Areuá, estuário inferior do rio Curuçá, Norte do Brasil. Amostragens trimestrais foram realizadas entre fevereiro e novembro de 2009, durante a maré baixa de sizígia (lua nova), utilizando metodologia padronizada. As variáveis ambientais sofreram modificações ao longo do gradiente vertical e foram responsáveis pela distribuição espacial e temporal da ictiofauna no afloramento rochoso. A salinidade, profundidade média e heterogeneidade do substrato foram as variáveis que mais explicaram as variações na distribuição da ictiofauna. A comparação entre os habitats de afloramento rochoso, floresta de mangue e marismas evidenciou que as assembléias de peixes do afloramento rochoso são claramente distintas daquela presente nos habitats vegetados (floresta de mangue e marismas). Os resultados deste estudo sugerem que há preferências pela ictiofauna por determinados habitats em função das variáveis ambientais e heterogeneidade do substrato, porém mais estudos devem ser realizados levando em consideração relações inter e intra-especificas.
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Os diversos ambientes estuarinos estão hidrologicamente e ecologicamente conectados e fornecem funções vitais para muitos organismos aquáticos. Segregações espaciais e temporais foram observadas na estrutura das assembléias de peixes (biomassa média) nos ambientes de canal subtidal e de entremaré não vegetado do estuário do rio Marapanim, Norte do Brasil. Amostragens mensais de peixes foram conduzidas de agosto de 2006 a julho de 2007 nos ambientes de canal subtidal e de entremaré não vegetado usando arrasto de fundo e puçá de arrasto, respectivamente. Um total de 41.496 indivíduos pertencentes a 29 famílias e 76 espécies foi coletado. A riqueza das espécies apresentada no ambiente subtidal (71 espécies) foi superior ao observado de entremaré não vegetado (51 espécies). Diferentes associações na composição das espécies e guildas funcionais foram observadas entre os ambientes de canal subtidal e de entremaré não vegetado, através da Análise de Correspondência Destendenciada. Diferenças significativas na composição das assembléias de peixes foram encontradas entre os ambientes, períodos e zonas através da análise de similaridade (ANOSIM). Foi verificado que os sedimentos finos (silte-argila), areia e salinidade foram os fatores mais importantes estruturando as assembléias de peixes. Em síntese, esses resultados podem estar associados à tolerância a fatores ambientais e aos diferentes tipos de alimentação.
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Uma espécie nova de Serrasalmidae, Tometes camunani, é descrita para as drenagens superiores da bacia do rio Trombetas, estado do Pará, Brasil. A espécie nova distingue-se dos congêneres pela presença de uma ligeira concavidade no neurocrânio na altura do frontal (vs. concavidade ausente, perfil dorsal do neurocrânio reto). Também pode ser adicionalmente distinguido dos seus congêneres por possuir dentes com a cúspide central mais alta e cume agudo (vs. cúspide central mais baixa e com cume arredondado em T. trilobatus), a boca terminal (vs. boca orientada para cima em T. lebaili), e 12-26 espinhos pré-pélvicos (vs. 0-9 em T. makue). A espécie nova é estritamente reofílica, como as demais espécies de Tometes, e ocorre exclusivamente nas zonas encachoeiradas dos rios de escudo, biótopos complexos, frágeis e ameaçados por ações antropogênicas. Uma chave de identificação para as espécies do grupo Myleus é apresentada.
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Com o objetivo de examinar padrões temporais em recrutamento de uma ictiofauna tropical, pescarias experimentais foram realizadas entre setembro 2003 e Julio 2004 em canais de maré com vegetação de mangue no estuário do rio Curuçá, Pará, Norte do Brasil. Juvenis ocorreram durante todo o ano, entretanto com maior intensidade no período de recrutamento, durante a transição da estação chuvosa para a seca (Anchovia clupeoides, Cetengraulis edentulus, Rhinosardinia amazonica, Mugil sp.). O recrutamento foi continuo para Colomesus psittacus e Anchoa hepsetus. Sciades herzbergii apresentou dois picos de recrutamento (estação chuvosa e seca), entretanto Cathorops sp. teve somente um (estação chuvosa). A presença contínua de juvenis nos manguezais sugere que o manejo da pesca em regiões tropicais com vegetação de mangue deveria se direcionar em definir grandes áreas de proteção ao lugar de épocas de defeso.
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A dieta e a ecologia alimentar de juvenis de Lutjanus jocu foram verificadas em 92 espécimes coletados em quatro canais de maré do estuário do rio Curuçá, Norte do Brasil, entre setembro de 2003 e julho de 2004. O comprimento total dos peixes coletados não apresentou diferenças significativas entre os meses amostrados. A intensidade alimentar foi elevada conforme indicado pelos altos valores do índice de repleção estomacal e os baixos valores do índice de vacuidade. A presa mais importante foi Penaeidae, seguida por Grapsidae e Porcellanidae. A dieta de juvenis de L. jocu apresentou diferenças sazonais evidentes. Os espécimes da estação seca (setembro e novembro) e transição seca/chuvosa (janeiro) foram considerados especialistas alimentando-se exclusivamente de Penaeidae. No entanto, os espécimes da estação chuvosa (março e maio) e da transição chuvosa/seca (julho), que alimentaram-se principalmente de Grapsidae, Penaeidae e Porcellanidae, foram considerados generalistas. Esta mudança sazonal na dieta poderia estar relacionada com a disponibilidade do alimento.
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In this paper we investigate the quantum phase transition from magnetic Bose Glass to magnetic Bose-Einstein condensation induced by amagnetic field in NiCl2 center dot 4SC(NH2)(2) (dichloro-tetrakis-thiourea-nickel, or DTN), doped with Br (Br-DTN) or site diluted. Quantum Monte Carlo simulations for the quantum phase transition of the model Hamiltonian for Br-DTN, as well as for site-diluted DTN, are consistent with conventional scaling at the quantum critical point and with a critical exponent z verifying the prediction z = d; moreover the correlation length exponent is found to be nu = 0.75(10), and the order parameter exponent to be beta = 0.95(10). We investigate the low-temperature thermodynamics at the quantum critical field of Br-DTN both numerically and experimentally, and extract the power-law behavior of the magnetization and of the specific heat. Our results for the exponents of the power laws, as well as previous results for the scaling of the critical temperature to magnetic ordering with the applied field, are incompatible with the conventional crossover-scaling Ansatz proposed by Fisher et al. [Phys. Rev. B 40, 546 (1989)]. However they can all be reconciled within a phenomenological Ansatz in the presence of a dangerously irrelevant operator.
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Breast cancer metastasis is a leading cause of death by malignancy in women worldwide. Efforts are being made to further characterize the rate-limiting steps of cancer metastasis, i.e. extravasation of circulating tumor cells and colonization of secondary organs. In this study, we investigated whether angiotensin II, a major vasoactive peptide both produced locally and released in the bloodstream, may trigger activating signals that contribute to cancer cell extravasation and metastasis. We used an experimental in vivo model of cancer metastasis in which bioluminescent breast tumor cells (D3H2LN) were injected intra-cardiacally into nude mice in order to recapitulate the late and essential steps of metastatic dissemination. Real-time intravital imaging studies revealed that angiotensin II accelerates the formation of metastatic foci at secondary sites. Pre-treatment of cancer cells with the peptide increases the number of mice with metastases, as well as the number and size of metastases per mouse. In vitro, angiotensin II contributes to each sequential step of cancer metastasis by promoting cancer cell adhesion to endothelial cells, trans-endothelial migration and tumor cell migration across extracellular matrix. At the molecular level, a total of 102 genes differentially expressed following angiotensin II pretreatment were identified by comparative DNA microarray. Angiotensin II regulates two groups of connected genes related to its precursor angiotensinogen. Among those, up-regulated MMP2/MMP9 and ICAM1 stand at the crossroad of a network of genes involved in cell adhesion, migration and invasion. Our data suggest that targeting angiotensin II production or action may represent a valuable therapeutic option to prevent metastatic progression of invasive breast tumors.
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Via variational methods, we study multiplicity of solutions for the problem {-Delta u = lambda b(x)vertical bar u vertical bar(q-2)u + au + g(x, u) in Omega, u - 0 on partial derivative Omega, where a simple example for g( x, u) is |u|(p-2)u; here a, lambda are real parameters, 1 < q < 2 < p <= 2* and b(x) is a function in a suitable space L-sigma. We obtain a class of sign changing coefficients b(x) for which two non-negative solutions exist for any lambda > 0, and a total of five nontrivial solutions are obtained when lambda is small and a >= lambda(1). Note that this type of results are valid even in the critical case.
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The low-temperature states of bosonic fluids exhibit fundamental quantum effects at the macroscopic scale: the best-known examples are Bose-Einstein condensation and superfluidity, which have been tested experimentally in a variety of different systems. When bosons interact, disorder can destroy condensation, leading to a 'Bose glass'. This phase has been very elusive in experiments owing to the absence of any broken symmetry and to the simultaneous absence of a finite energy gap in the spectrum. Here we report the observation of a Bose glass of field-induced magnetic quasiparticles in a doped quantum magnet (bromine-doped dichloro-tetrakis-thiourea-nickel, DTN). The physics of DTN in a magnetic field is equivalent to that of a lattice gas of bosons in the grand canonical ensemble; bromine doping introduces disorder into the hopping and interaction strength of the bosons, leading to their localization into a Bose glass down to zero field, where it becomes an incompressible Mott glass. The transition from the Bose glass (corresponding to a gapless spin liquid) to the Bose-Einstein condensate (corresponding to a magnetically ordered phase) is marked by a universal exponent that governs the scaling of the critical temperature with the applied field, in excellent agreement with theoretical predictions. Our study represents a quantitative experimental account of the universal features of disordered bosons in the grand canonical ensemble.
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The Niquelandia Complex, Brazil, is one of the world's largest mafic-ultramafic plutonic complexes. Like the Mafic Complex of the Ivrea-Verbano Zone, it is affected by a pervasive high-T foliation and shows hypersolidus deformation structures, contains significant inclusions of country-rock paragneiss, and is subdivided into a Lower and an Upper Complex. In this paper, we present new SHRIMP U-Pb zircon ages that provide compelling evidence that the Upper and the Lower Niquelandia Complexes formed during the same igneous event at ca. 790 Ma. Coexistence of syn-magmatic and high-T subsolidus deformation structures indicates that both complexes grew incrementally as large crystal mush bodies which were continuously stretched while fed by pulses of fresh magma. Syn-magmatic recrystallization during this deformation resulted in textures and structures which, although appearing metamorphic, are not ascribable to post-magmatic metamorphic event(s), but are instead characteristic of the growth process in huge and deep mafic intrusions such as both the Niquelandia and Ivrea Complexes. Melting of incorporated country-rock paragneiss continued producing hybrid rocks during the last, vanishing stages of magmatic crystallization. This resulted in the formation of minor, late-stage hybrid rocks, whose presence obscures the record of the main processes of interaction between mantle magmas and crustal components, which may be active at the peak of the igneous events and lead to the generation of eruptible hybrid magmas. (C) 2012 Elsevier B.V. All rights reserved.
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Schemi riassuntivi dell'ordinamento augusteo discussi, spiegati e presentati a lezione. Tali schemi sono da intendersi come mero supporto al manuale e alle lezioni