927 resultados para Central Bank independence
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo avaliar o modo que a comunicação do Banco Central do Brasil (comunicados das decisões de política monetária, atas do COPOM e relatórios de inflação) pode impactar os mercados - a reação do mercado financeiro às notícias da autoridade monetária. Nesse sentido, atenta-se para a diferença entre o que se espera que seja a informação e o que de fato a informação é: o choque de notícias. A partir dessa diferença entre a expectativa e o realizado, procura-se analisar o quanto tal desvio é relevante para as variações nos preços de alguns ativos. Encontra-se evidências de que os comunicados das decisões parecem ser bastante eficientes enquanto informantes do futuro da política monetária, o que não acontece para as atas. Ao analisarmos a interação entre comunicados e atas a partir de 2003, vemos que há uma complementaridade dos dois veículos, com o choque de notícias dos comunicados tendo mais impactos sobre maturidades de juros mais curtas e o choque das atas sobre os vértices mais longos. Por fim, as projeções de inflação dos relatórios parecem ser relevantes para movimentar a curva de juros futuros em diversos pontos.
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Crises bancárias podem implicar uma alta redistribuição de recursos em uma sociedade. O interesse público em manter os bancos em funcionamento demanda o desenho de regimes eficazes de resolução, pois a falência desordenada desses intermediários pode ser uma fonte de risco sistêmico. O Banco Central, autoridade responsável por zelar pela higidez do sistema financeiro, pode se valer de diversos instrumentos para reestruturar ou liquidar um banco em dificuldade financeira. De modo a prevenir a propagação do risco sistêmico, as regras jurídicas conferem ao Banco Central uma ampla margem de discricionariedade no julgamento de quais bancos merecem receber assistência financeira e na escolha dos métodos de resolução bancária. O caráter globalizado das finanças exige uma maior coordenação entre autoridades domésticas na resolução de bancos que operam em múltiplas jurisdições. Algumas iniciativas de órgãos internacionais no período pós-crise de 2007-2008 têm buscado instituir, em nível global, um marco normativo para gerenciamento de crises bancárias, através da harmonização de regimes domésticos de resolução. O histórico de crises do sistema financeiro brasileiro levou ao desenvolvimento de uma rede de proteção bancária em momentos anteriores à crise financeira global de 2007-2008. Assim, o sistema financeiro brasileiro apresentou bom funcionamento mesmo nas fases mais agudas. Não tendo experimentado uma crise sistêmica no período recente, o Brasil não está passando por reformas profundas na estrutura institucional do seu sistema financeiro, a exemplo de países como Estados Unidos e Reino Unido. No entanto, desafios impostos pela crescente globalização das finanças e peculiaridades locais motivam reformas e mudanças discretas nos padrões de governança da rede de proteção brasileira. Através da reconstituição da atuação do Banco Central em três momentos de crise no Brasil, o presente trabalho busca analisar criticamente a rede de proteção bancária brasileira e os mecanismos jurídicos de accountability da autoridade financeira no exercício da supervisão e administração de crises bancárias.
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Este trabalho tem como objetivo investigar o efeito das intervenções cambiais realizadas pelo Banco Central do Brasil sobre o nível intradiário da taxa de câmbio no Brasil. Para isso é utilizada uma abordagem de estudo de eventos, cruzando as cotações tick-by-tick dos contratos de dólar futuro negociados na BM&FBOVESPA com o instante em que ocorreram as intervenções, no período de outubro de 2011 a março de 2014. Foram considerados nas análises não apenas o momento da intervenção como também o momento do anúncio. Os resultados indicaram que o mercado reage de forma distinta a cada tipo de intervenção, sendo a reação acentuada quando a intervenção não é anunciada previamente ao mercado. As intervenções via swap cambial ou dólar pronto geraram efeitos significativos e relevantes no nível da taxa de câmbio. Por outro lado, as intervenções através de leilão de linha não afetaram significativamente a taxa de câmbio.
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Recentemente as expectativas de inflação de mais longo prazo passaram a ficar desancoradas da meta. A fim de testar a perda de credibilidade no compromisso do Banco Central do Brasil de trazer a inflação para o centro da meta, inicialmente, recriamos indicadores de credibilidade para essa instituição e encontramos que esses índices estão em patamares relativamente baixos em termos históricos. Em seguida, calculamos a função de reação do Banco Central utilizando uma Regra de Taylor em janelas moveis de cinco anos no período 2005-2014 como uma tentativa de justificar essa queda da credibilidade nos últimos anos. Os resultados apontaram uma mudança mais acentuada na função de reação do Banco Central do Brasil a partir de 2013, em que a variável hiato do produto ganhou maior importância e o desvio da inflação em relação à meta perdeu significância. Essa mudança pode ter sido um dos principais geradores para a queda recente de credibilidade.
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O presente trabalho busca identificar a ocorrência, duração e probabilidades de transição de diferentes regimes na condução da política monetária no Brasil a partir da implantação do sistema de metas de inflação em 1999. A estimação da função de reação do Banco Central do Brasil é realizada a partir de uma Regra de Taylor forward looking para uma economia aberta, onde utilizamos a metodologia Markov Regime Switching para caracterizar de forma endógena os diferentes regimes de política monetária. Os resultados obtidos indicam a ocorrência de três regimes distintos de política monetária a partir da implantação do sistema de metas de inflação no Brasil. O primeiro regime ocorre durante 21% do período estudado e se caracteriza pela não aderência ao princípio de Taylor e discricionariedade da autoridade monetária, que reage demonstrando maior sensibilidade ao hiato do produto. O segundo regime é o de maior duração, ocorre durante 67% do período estudado, e se caracteriza pela aderência ao princípio de Taylor e equilíbrio nos pesos atribuídos pelo Banco Central tanto ao hiato do produto como ao desvio das expectativas de inflação com relação à meta. Já o terceiro regime ocorre durante 12% do período estudado e se caracteriza não somente pela aderência ao princípio de Taylor, como também por uma maior aversão ao desvio das expectativas de inflação com relação à meta.
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This dissertation investigates how credit institutions’ market power limits the effects of creditor protection rules on the interest rate and the spread of bank loans. We use the Brazilian Bankruptcy Reform of June/2005 (BBR) as a legal event affecting the institutional environment of the Brazilian credit market. The law augments creditor protection and aims to improve the access of firms to the credit market and to reduce the cost of borrowing. Either access to credit or the credit cost are also determined by bank industry competition and the market power of suppliers of credit. We derive a simple economic model to study the effect of market power interacting with cost of lending. Using an accounting and operations dataset from July/2004 to December/2007 provided by the Brazilian Central Bank, we estimate that the lack of competition in the bank lending industry hinders the potential reducing effect of the BBR on the interest rate of corporate loans by approximately 30% and on the spread by approximately 23%. We also find no statistical evidence that the BBR affected the concentration level of the Brazilian credit market. We present a brief report on bankruptcy reforms around the world, the changes in the Brazilian legislation and on some recent related articles in our introductory chapter. The second chapter presents the economic model and the testable hypothesis on how the lack of competition in the lending market limits the effects of improved creditor protection. In this chapter, we introduce our empirical strategy using a differences-in-differences model and we estimate the limiting effect of market power on the BBR’s potential to reduce interest rates and on the spread of bank loans. We use the BBR as an exogenous event that affects collateralized corporate loans (treatment group) but that does not affect clean consumer loans (control group) to identify these effects, using different concentration measures. In Chapter 3, we propose a two-stage empirical strategy to handle the H–Statistics proposed by Panzar and Rosse as a measure of market competition. We estimate the limiting effects of the lack of competition in replacing the concentration statistics by the H–Statistics. Chapter 4 presents a structural break test of the concentration index and checks if the BBR affects the dynamic evolution of the concentration index.
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Em economias com regimes de metas de inflação é comum que Bancos Centrais intervenham para reduzir os níveis de volatilidade do dólar, sendo estas intervenções mais comuns em países não desenvolvidos. No caso do Brasil, estas intervenções acontecem diretamente no mercado à vista, via mercado de derivativos (através de swaps cambiais) ou ainda com operações a termo, linhas de liquidez e via empréstimos. Neste trabalho mantemos o foco nas intervenções no mercado à vista e de derivativos pois estas representam o maior volume financeiro relacionado à este tipo de atuação oficial. Existem diversos trabalhos que avaliam o impacto das intervenções e seus graus de sucesso ou fracasso mas relativamente poucos que abordam o que levaria o Banco Central do Brasil (BCB) a intervir no mercado. Tentamos preencher esta lacuna avaliando as variáveis que podem se relacionar às intervenções do BCB no mercado de câmbio e adicionalmente verificando se essas variáveis se relacionam diferentemente com as intervenções de venda e compra de dólares. Para tal, além de utilizarmos regressões logísticas, como na maioria dos trabalhos sobre o tema, empregamos também a técnica de redes neurais, até onde sabemos inédita para o assunto. O período de estudo vai de 2005 a 2012, onde o BCB interveio no mercado de câmbio sob demanda e não de forma continuada por longos períodos de tempo, como nos anos mais recentes. Os resultados indicam que algumas variáveis são mais relevantes para o processo de intervenção vendendo ou comprando dólares, com destaque para a volatilidade implícita do câmbio nas intervenções que envolvem venda de dólares, resultado este alinhado com outros trabalhos sobre o tema.
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In a country with high probability of default, higher interest rates may render the currency less attractive if sovereign default is costly. This paper develops that intuition in a simple model and estimates the effect of changes in interest rates on the exchange rate in Brazil using data from the dates surrounding the monetary policy committee meetings and the methodology of identification through heteroskedasticity. Indeed, we find that unexpected increases in interest rates tend to lead the Brazilian currency to depreciate. It follows that granting more independence to a central bank that focus solely on inflation is not always a free-lunch.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Studies on efficiency achieved greater relevance in organisations within an open market framework, which in Brazil began around 1990. The objective of this paper, applying the data envelopment analysis methodology, is to analyse the efficiency of banks operating in the country using the database termed 'the biggest banks', periodically divulged by the Central Bank of Brazil in 2010-2012. The methodology was applied to the 26 largest banking organisations via two approaches, one was financial intermediation and the other was results. In the financial intermediation approach, the efficiency increase was the highest among banks specialised in credit from 2010 to 2012. Retail banks, especially the large ones, felt most intensely the reaction of 2011, a year considered as the sector's low performance year. In the results approach, the efficiency increase was higher among retail banks. Factors such as retractions in the SELIC rate and bank spreads impacted all banks, regardless of the segment.
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The dynamics of phytoplankton and nutrients before, during and after the winter-spring bloom on Georges Bank were studied on 6 monthly survey cruises from January to June 1999. We measured hydrography, phytoplankton cell densities, chlorophyll a, dissolved inorganic nutrients (NO3 + NO2, NH4, Si(OH)(4), PO4), dissolved organic nitrogen (DON) and phosphorus (DOP), particulate organic carbon (POC) and nitrogen (PON) and total particulate phosphorus (TPP). We present evidence that phytoplankton production may be significant year-round, and that the winter-spring bloom may have started in January. From January to April the phytoplankton was comprised almost exclusively of diatoms, reaching cell densities in March and April of ca. 450 cells ml(-1); chlorophyll a concentrations exceeded 10 mug l(-1) in April. Diatoms decreased to relatively low levels in May (< 50 x 10(3) cells l(-1)) and increased again in June (>300 x 10(3) cells l(-1)). Densities of dinoflagellates and nanoflagellates were low (< 10 x 10(3) cells l(-1)) from January to April, and increased in May and June to nearly 300 x 10(3) cells l(-1). Nitrate + nitrite concentrations in January were <3 muM in the shallow, central portion of the bank and decreased steadily each month. Silicate was also <3 muM over an even larger area of the central bank in January and declined to <1.5 muM over most of the Bank in April. The data suggest that silicate depletion, not DIN, contributed to the cessation of the diatom bloom. Regeneration of silicate occurred in May and June, presumably as a result of rising water temperatures in late spring which increased the dissolution rate of diatom frustules from the earlier diatom bloom. Dissolved organic nitrogen may have been utilized at the start of the winter-spring bloom; concentrations were ca, 14 muM in January, dropping to < 6 mug l(-1) in February, after which DON concentrations steadily rose to > 15 mug l(-1) in June. Overall micro-and nanoplankton biomass, measured as POC, PON and TPP, increased over the 6 mo period, as did nutritional quality of that biomass as indicated by declining C:N ratios. Our results suggest there may have been an increase in the heterotrophic component of the plankton in May and June which coincided with a second burst in diatom abundance. We discuss general features of planktonic production and nutrient dynamics with respect to year-round production on the Bank.
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This paper considers the contacting approach to central banking in the context of a simple common agency model. The recent literature on optimal contracts suggests that the political principal of the central bank can design the appropriate incentive schemes that remedy for time-inconsistency problems in monetary policy. The effectiveness of such contracts, however, requires a central banker that attaches a positive weight to the incentive scheme. As a result, delegating monetary policy under such circumstances gives rise to the possibility that the central banker may respond to incentive schemes offered by other potential principals. We introduce common agency considerations in the design of optimal central banker contracts. We introduce two principals - society (government) and an interest group, whose objectives conflict with society's and we examine under what circumstances the government-offered or the interest-group-offered contract dominates. Our results largely depend on the type of bias that the interest group contract incorporates. In particular, when the interest group contract incorporates an inflationary bias the outcome depends on the principals' relative concern of the incentive schemes' costs. When the interest group contract incorporates an expansionary bias, however, it always dominates the government contract. A corollary of our results is that central banker contracts aiming to remove the expansionary bias of policymakers should be written explicitly in terms of the perceived bias.
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The banking sector underwent drastic reform in post-crisis Indonesia. Bank restructuring, driven by IMF conditionalities, resulted in the exit of insolvent banks and ownership changes of major private banks. Through recapitalization and sales of government-held shares, foreign-owned banks emerged as leading actors in the place of business-group-affiliated banks. As part of the restructuring process, an exit rule was created. The central bank, which up to that time had been given only partial authority under the jurisdiction of the Minister of Finance, now gained a full range of authority over banks. The central bank's supervision system on banks, risk management systems at individual banks, and their efforts to build risk management capacities, began to function. This is totally different from the old financial institution under the Soeharto regime, where banks had no incentive to control risks, as the regime tacitly ensured their survival.
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This Policy Brief describes and discusses the proposals for a European Single Resolution Mechanism (SRM) for banks and for a Directive on Bank Recovery and Resolution (BRR). The authors find that the proposals are generally well designed and present a consistent approach, yet there is room for improvement, including the streamlining of procedures for the start of resolution, which now entail much overlap in the powers attributed to the various institutions involved (the Commission, the Single Resolution Board and the European Central Bank). The paper makes a number of key recommendations to facilitate discussions for stakeholders and regulators.
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The European Central Bank (ECB) has made a number of significant changes to the original guidelines of its quantitative easing (QE) programme since the programme started in January 2015. These changes are welcome because the original guidelines would have rapidly constrained the programme’s implementation. The changes announced expand the universe of purchasable assets and give some flexibility to the ECB in the execution of its programme. However, this might not be enough to sustain QE throughout 2017, or if the ECB wishes to increase the monthly amount of purchases in order to provide the necessary monetary stimulus to the euro area to bring inflation back to 2 percent. To increase the programme’s flexibility, the ECB could further alter the composition of its purchases. The extension of the QE programme also raises some legitimate questions about its potential adverse consequences. However, the benefits of this policy still outweigh its possible negative implications for financial stability or for inequality. The fear that the ECB’s credibility will be undermined because of its QE programme also seems to be largely unfounded. On the contrary, the primary risk to the ECB’s credibility is the risk of not reaching its 2 percent inflation target, which could lead to expectations becoming disanchored.