981 resultados para Apoio aos idosos
Resumo:
Objetivos: A investigação tem como objetivo geral analisar a associação entre a mobilidade nos idosos e as características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais das suas redes sociais pessoais. Metodologia: No nosso estudo utilizámos o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, IARSP, versão idosos (IARSP Idosos de Guadalupe & Vicente, 2012; Guadalupe, 2009), que permite caracterizar a rede social pessoal do individuo e uma questão do WHOQOL (OMS; Canavarro et al., 2006) para avaliar a perceção de mobilidade. Participantes: A amostra é constituída por 446 idosos com idades compreendidas entre os 65 anos e os 98 anos. Os participantes são na sua maioria do sexo feminino (63,9%; n = 285), casados (51,6%; n = 230) e com escolaridade (65,9%; n = 294). Resultados: Verifica-se que são os idosos do sexo feminino, os casados e com escolaridade, aqueles que apresentam uma média mais elevada de mobilidade percebida. Constata-se que existe uma maior proporção de idosos cuja mobilidade é “boa ou muito boa” (48,2%; n = 215) em comparação com os que têm uma mobilidade “nem boa nem má” (26,5%; n = 118) e com os que a mobilidade é “má ou muito má” (25,3%; n = 113). Quanto às características estruturais, os idosos que apresentam melhor mobilidade percebida têm uma média mais elevada na proporção das relações familiares nas redes (M = 77%), quanto às características funcionais, na companhia social (M = 2,37), apesar de não existirem diferenças significativas, e na reciprocidade de apoio (M = 3,53; p= 0,002), e consideram estar muito satisfeitos com a rede (M = 2,87, p= 0,059), quando tais características comparadas com as dos idosos com pior mobilidade. Verificam-se também diferenças entre as subamostras quer no apoio material e instrumental (M = 2,30; p = 0,013) e no apoio informativo (M = 2,44; p = 0,001), registando o grupo das pessoas com pior mobilidade as médias mais baixas. Quanto às características relacionais contextuais, na durabilidade das relações, os sujeitos com mobilidade “má ou muito má” apresentam uma média mais elevada (M = 42,41 anos; p = 0,025). Conclusão: Segundo a pior ou melhor mobilidade, é nas características funcionais que se assinalam as principais diferenças estatisticamente significativas, o que nos permitem afirmar uma associação entre mobilidade nos idosos e as relações interpessoais, pelo conteúdo das relações e pelo apoio que percecionam. Concluímos que os idosos que se consideram com melhor mobilidade apresentam, na generalidade, características de rede social mais positivas quando comparados com os que têm menor mobilidade percebida. /Objectives: The main goal of the research is to analyze the association between mobility in the elderly and the structural, functional and relational-contextual characteristics of their personal social networks. Methodology: In our study, we used the Social Personal Network Assessment Tool – IARSP , elderly version (IARSP-Idosos of Guadalupe Vicente, 2012; Guadalupe, 2009), enabling an individual's personal social network and a question of WHOQOL (WHO; Canavarro and such, 2006) to evaluate their perception of functionality of mobility. Participants: The study has 446 elderly participants aged between 65 years and 98 years. Participants are mostly female (63,9%; N = 285), married (51,6%; N = 230) and with education (65,9%; N = 294). Results: We found that older women, married and with education are those with a better mobility. It is noted that there is a greater proportion of elderly people whose mobility is "good or very good" (48.2%, n = 215) compared to those with a mobility "neither good nor bad" (26.5%, n = 118) and the mobility is "bad or very bad" (25.3%; n = 113). Regarding the structural characteristics, seniors who have better perceived mobility have a higher average in the proportion of family relationships in networks (M = 77%; p 0,331), and for the functional characteristics as social company (2, 37; p = 0,418), reciprocal support (3.53; p = 0.002), and satisfaction with their network (M = 2.87; p = 0.059) when these characteristics are compared with those of older people with poor mobility. Exist also statistically significant differences between subsamples either in the material and instrumental support (M = 2.30; p = 0.013) and informational support (M = 2.44; p = 0.001), recording the group of people with poorest mobility. For the relational and contextual characteristics, individuals with mobility "bad or very bad" have a higher mean durability of relationships (M = 42.41; p = 0.025). Conclusion: According to better or worse mobility, the functional characteristics indicates major differences between subsamples, that allow us to assert an association between mobility in the elderly and the content of interpersonal relationships, as well as the perception of support. We conclude that the elderly who consider themselves to have better mobility in general, have more positive social networking features when compared to those with lower perceived mobility.
Resumo:
Objetivo: O objetivo central deste estudo é caracterizar as redes sociais pessoais de indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, a nível estrutural, funcional e relacional-contextual, analisando-as segundo o nível de participação social dos idosos ao longo da sua vida em estruturas comunitárias ligadas ao lazer, cultura, desporto, religião e voluntariado. Metodologia: Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) para avaliar as dimensões da rede social pessoal, um questionário para caracterizar as variáveis sociodemográficas e a participação social e a Satisfaction With Life Scale – SWLS (Diener, 1985) que permite avaliar o grau de satisfação com a vida. Participantes: A amostra é constituída por 567 idosos, com uma média de idades de 75 anos (DP=7,6), entre os 65 anos e os 98 anos, maioritariamente do sexo feminino (63,0%), casados ou em união de facto (53,7%) e com escolaridade (69,8%), sobretudo ao nível do quarto ano (51,3%). A maioria dos idosos inquiridos não vive só (79,4%) numa zona de residência maioritariamente inserida em aglomerado populacional em região rural (57,0%) e não usufrui de qualquer tipo de apoio de resposta social (75,5%). Resultados: A amostra divide-se entre os que participaram comunitariamente ao longo da vida (47,8%; n = 271) e os que não participaram (52,2%; n = 296), sendo que entre os que participam 16,7% fazem-no com elevada frequência. Os idosos do sexo feminino, com idade igual ou inferior a 75 anos, casados, com habilitações literárias e que vivem acompanhados, são os que têm uma maior probabilidade de ter uma participação social mais ativa. Os idosos que apresentam participação social têm uma rede maior, com um membro a mais em média (M = 8,52 vs. 7,51, p = 0,027), e uma composição distinta dos que não participam, com menor peso das relações familiares (M = 72,61% vs. 80,81%, p < 0,001), maior peso e mais relações de amizade (M = 15,43% vs. M = 9,24%, p < 0,001) e maior presença de relações de trabalho (M = 1,11% vs. 0,13%, p = 0,006). Relativamente às características funcionais, podemos constatar que a reciprocidade de apoio é percebida como maior (p = 0,010) entre os idosos que participam comunitariamente, não se verificando diferenças noutras variáveis funcionais e relacionais-contextuais. O nível de participação e a satisfação com o nível de participação correlacionam-se positivamente com a satisfação percebida com a vida (p < 0,001). Conclusão: As conclusões apontam para um efeito da participação social ao longo da vida em estruturas comunitárias nas características estruturais das redes sociais pessoais dos idosos, não se verificando interferência na maioria das características funcionais e nas relacionais-contextuais. Verificámos ainda que há uma associação entre a participação social e a satisfação com a vida, sendo mais satisfeitos os que participam em estruturas comunitárias. É possível constatar que a rede daqueles que referem ter participação social é tendencialmente maior e heterogénea na composição, quando comparada com as redes dos sem participação social, assumindo, assim, relevância na estruturação de uma rede mais diversa e ampla, devendo ser estimulada no sentido de promover uma rede com recursos potencialmente positivos e um envelhecimento mais ativo. / Objectives: The central objective of this study is to characterize the personal social networks of the elderly, aged 65 years or more, analyzing them according to the level of social participation throughout their life in community structures related to leisure, culture, sports, religion and volunteering. Methodology: For the evaluation of the variables we used the Social Network Analysis Tool (IARSP-elderly) (Guadalupe, 2010; Guadalupe Vicente, 2012) to assess the dimensions of the social network; a questionnaire to evaluate social participation; and the Satisfaction With Life Scale SWLS – (Diener, 1985) to acess the degree of satisfaction with life. Participants: The sample consists of 567 elderly, with an average age of 75 years old (SD = 7,595), between 65 and 98 years old, mostly female (63.0 %), married (53.7%) with education (69.8%), mainly with the 4th grade (51.3%). Most of the respondents do not live alone (79.4%) in agglomerations in rural region (57.0%) and are not users of social services (75.5%). Results: The sample is divided between those who had community participation throughout life (47.8 %; n = 271) and those who did not participated (52,2%; n = 296). Between the first, 16.7% do it with high frequency. The elderly women, aged less than 75 years old, married, with educational qualifications and living not alone, are those who have a higher likelihood of having a more active social participation. The elderly that present social participation have a larger network, with one more member (M = 8,52 vs. 7,51, p = 0,027), and a composition distinct from not participating, with less proportion of family relations (M = 72,61% vs. 80,81%, p < 0,001), greater proportion and more friendships (M = 15,43% vs. M = 9,24%, p < 0,001) and greater presence of working relations (M = 1,11% vs. 0,13%, p = 0,006). Regarding the functional dimension, the reciprocity of support is perceived as higher (p = 0.010) among seniors participating in community and there were no differences in other functional and relational-contextual variables. The level of participation and satisfaction with the level of participation correlate positively with perceived satisfaction with life (p <0.001). Conclusion: The findings point to an effect of lifelong social participation in community in structural characteristics of personal social networks of the elderly, not verifying interference in most of the functional and the contextual-relational characteristics. We have also found that there is an association between social participation and life satisfaction, being more satisfied when they participate in community structures. The social network of the elderly who reported having social participation tends to be larger and heterogeneous in composition compared with those without social participation, thus assuming importance in structuring a more diverse and extensive network, should be encouraged in order to promote a network with potentially positive resources and a more active aging.
Resumo:
Objetivos: A investigação tem como objetivo geral analisar a associação entre a satisfação com a vida nos idosos e as características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais das suas redes sociais pessoais. Metodologia: A recolha dos dados foi feita através de um questionário sociodemográfico, da Satisfaction With Life Scale – SWLS (Diener, 1985) que permite avaliar o grau de satisfação com a vida e também do Instrumento de Avaliação da Rede Social Pessoal – IARSP – Idosos (Guadalupe, 2009; Guadalupe & Vicente, 2012) que possibilita a análise das características das redes sociais pessoais dos idosos. Participantes: A amostra é constituída por 416 idosos com idades compreendidas entre os 65 anos e os 98 anos (M = 76,15; DP = 7,584). Os participantes são de ambos os sexos, mas na sua maioria do sexo feminino (63,7%; n = 265). A maioria dos sujeitos da amostra é casada (51,2%; n = 213) e tem escolaridade (64,2%; n = 267). Resultados: Verifica-se que são as mulheres idosas, os casados e com escolaridade que percebem uma maior satisfação com a vida. Constata-se que existe uma maior proporção de idosos satisfeitos com a vida (53,8%; n = 83) em comparação com os medianamente satisfeitos (26,2%; n = 109) e com os insatisfeitos (20%; n = 83). Os idosos que apresentam uma maior satisfação percebida têm uma média mais elevada na proporção das relações familiares nas redes (M = 80,67), no apoio emocional, material e instrumental, informativo, companhia social, e no acesso a novos vínculos, e consideram estar muito satisfeitos tanto com a rede (M = 2,92) como com o apoio que esta disponibiliza (M = 2,77). Conclusão: Verificaram-se associações estatisticamente significativas nas características estruturais da rede, no entanto são as características funcionais que atestam os principais resultados que nos permitem afirmar uma associação entre satisfação com a vida nos idosos e as relações interpessoais, pelo conteúdo das relações e pelo apoio que percecionam. Concluímos que os idosos que se consideram satisfeitos com a vida apresentavam, na generalidade, características de rede social mais positivas quando comparados com os que percebiam menor satisfação com a vida. / Objectives: The research has as main objective to analyze the association between life satisfaction in the elderly and the structural, functional and relational-contextual characteristics of their personal social networks. Methodology: The data collection was done through a sociodemographic questionnaire, the Satisfaction With Life Scale – SWLS (Diener, 1985) that evaluates the degree of satisfaction with life and also the Personal Social Network Analysis Tool – IARSP – Elderly (Guadalupe, 2009; Guadalupe & Vicente, 2012) for the analysis of personal social networks’ characteristics. Participants: The sample consisted of 416 elderly aged between 65 and 98 years (M = 76,15; SD = 7,584). Participants are both genders, but mostly female (63,7%; n =265). Most of the participants are married (51,2%; n = 213) and have education (64,2%; n = 267). Results: It is found that are the older women, married and with education that perceive a greater satisfaction with life. There is a greater proportion of elderly satisfied with the lives (53,8%; n = 83) compared to the moderately satisfied (26,2%; n = 109) and the unsatisfied (20%; n = 83). Seniors who have a higher satisfaction have a higher average in the proportion of family relationships in their networks (M = 80,67), emotional support, material and instrumental, informational, social companionship, and access to new bonds, and consider to be very satisfied with their social network (M = 2,92) and with the social support that it provides (M = 2,77). Conclusion: There were statistically significant associations in the structural characteristics of the network, however are the functional characteristics that allow us to state an association between life satisfaction in the elderly through interpersonal relationships, the content of relations and the support they perceive. We conclude that elderly people who consider themselves satisfied with life showed, in general, have more positive characteristics of social personal network when compared to those who perceive less satisfaction with life.
Resumo:
Objetivos: O presente estudo tem como objectivo analisar as redes sociais e pessoais de idosos portugueses com filhos e sem filhos, relativamente às características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais. Metodologia: Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados: o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) para avaliar as dimensões da rede social pessoal; um inquérito por questionário para caracterização da amostra a nível sociodemográfico e sociofamiliar. Participantes: A amostra é constituída por 418 idosos, com uma média de idades de 76 anos (DP=7,62), entre os 65 anos e os 98 anos, maioritariamente do sexo feminino (63,9%), casados ou em união facto (51,0%) e com escolaridade (63,9,1%). A maioria dos idosos inquiridos vive com agregado familiar (80,4%) em zonas rurais (64,8) e não usufrui de qualquer tipo de apoio de resposta social (71,5%). Resultados: Os idosos com filhos são maioritários (n=364; 87,1%) e os sem filhos os minoritários (n=54; 12,9%) na nossa amostra. Dos que têm filhos, 29,9% (109) têm filhos únicos e 70,1% (255) têm mais do que um filho (67% com 1 ou 2 filhos), sendo os filhos maioritariamente de ambos os sexos (n=158; 43,4%). Os resultados sugerem que o facto de os idosos terem ou não terem filhos reflete-se sobretudo em diferenças nas características estruturais das redes. Os idosos com filhos apresentam uma média mais elevada no tamanho da rede, na proporção das relações de familiares, e satisfação da rede e reciprocidade de apoio (p ≤ 0,001), a nível das características funcionais. Já relativamente à proporção das relações de amizade, vizinhança na rede, são os idosos sem filhos que apresentam uma média substantivamente mais elevada (p ≤ 0,003) do que a outra subamostra, apresentando também uma maior durabilidade das relações interpessoais (p < 0,03). As correlações entre o número total de filhos/as com as características estruturais e funcionais da rede, indicam-nos que quanto maior é o número de filhos maior é o tamanho da rede, a proporção das relações familiares, o apoio emocional, a reciprocidade de apoio, a satisfação com a rede e com o suporte social. Conclusões: O nosso estudo revela que as redes sociais pessoais dos idosos diferenciam-se a nível estrutural segundo o facto de terem ou não filhos, mas também nalgumas variáveis funcionais. Os idosos com filhos apresentam redes mais alargadas e muito centradas nas relações familiares na rede (sensivelmente menos um terço) do que os idosos sem filhos. Os últimos apresentam redes menores (com cerca de 2 pessoas a menos) e mais investidas nas relações de amizade e de vizinhança (com proporções que representam mais do dobro destes vínculos). / Goals: The present study has the purpose to analyze the personal social networks of Portuguese elder with our without sons/daughters, in their structural, functional and contextual relations. Methodology: We used for the evaluation of the variables: The Personal Social Network Analysis Tool, regarding elderly people (IARSP – elderly people) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012), to evaluate the personal social network dimensions; a survey through an inquiry to characterize the sample at sociodemographic and at sociofamily level. Participants: The sample includes 418 elderly with an average age of 76 years old (DP = 7,62) between 65 and 98 years old, mainly women (63,9%), married or living as a couple (51,0%) with education (63,9,1%). Most of the elderly people who answered the survey live in family household (80,4%) in rural areas (64,8) and do not benefit from any type of social services support (71,5%). Results: The majority is elderly people with sons/daughters (n=364, 87,1%) and the ones without are the minority (n= 54, 12,9%) in our sample. Within those who are parents, 29,9% (109) have only one child and 70,1% (255) have more than one child (67% with 1 or 2), and the children are mainly of both sexes (n= 158; 43,4%). The results suggest that the fact that the elderly have or not have children is reflected especially in differences in the structural characteristics of the networks. Elderly people with children have a higher average in the network size, in the proportion of family relationships, and satisfaction of the network and reciprocal support (p ≤ 0,001). Regarding the proportion of friendly relations, network neighborhood, are the elderly without children who have a substantially higher mean (p ≤ 0,003) than the other subsample, also featuring improved durability of interpersonal relationships (p < 0,003). The correlations between the total number of children/with the structural and functional characteristics of the network, indicate that the greater the number of children, the greater the size of the network, the proportion of family relationships, emotional, support, reciprocity support and satisfaction with social network. Conclusion: Our study reveals that the personal social networks of the elderly differ in the structural level, according to whether they have sons/daughters or not, but also in some functional variables. The elderly with children have networks much more broader and centered on family relationships (roughly one-third) than elderly without children. These elderly without children have smaller networks (about 2 fewer people) and more centered in relations of friendship and neighborhood (with proportions that are more than the double compared to the other subsample).
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v. 18, n.1, jan./mar. 2016.
Centro de dia e lar: saúde mental de idosos e capacidade para o trabalho dos seus cuidadores formais
Resumo:
O Envelhecimento da população é uma realidade cada vez mais presente na nossa sociedade. A investigação junto da população idosa e dos seus cuidadores requer que sejam criadas condições para que, estes grupos, possam usufruir de uma boa qualidade de vida. Propõe-se analisar a capacidade de trabalho dos cuidadores formais de idosos em contexto institucional mas com modalidades de trabalho distintas, no Centro de Dia, onde praticam um horário diurno e fixo, em paralelo com o horário por turnos rotativos diurnos/noturnos praticados no Lar. Foi proposto também analisar o estado mental dos idosos dessas mesmas instituições. A amostra deste estudo contou com 90 participantes dos quais 50 idoso e 40 cuidadores formais. Utilizou-se para a recolha de dados com os idosos o MMSE – Mini-Mental State Examination e a GDS-30 – Escala de Depressão Geriátrica, com os cuidadores a Escala de Graffar e o ICT – Índice de Capacidade para o Trabalho. Os resultados demonstraram não existirem diferenças significativas ao nível da demência e da depressão entre os idosos do Lar e do Centro de Dia. Outros resultados refletiram, para os cuidadores formais, uma capacidade para o trabalho excelente, ligeiramente superior aos dados de referência. Não foi conseguida uma relação entre a saúde mental dos idosos e a capacidade de trabalho dos seus cuidadores formais o que pode retratar o sucesso das medidas de apoio e educação desenvolvidas nesta área.
Resumo:
O estudo objetivou conhecer as vivências do cuidador principal no cuidado do idoso no hospital. Realizou-se uma pesquisa descritiva exploratória de cunho qualitativo. Foi executada nas unidades de clínica médica, cirúrgica e serviço de pronto atendimento de um hospital universitário do sul do país, entre os meses de novembro e dezembro de 2013, através de um roteiro de entrevista, respondido por 11 cuidadores de idosos com doenças crônicas. As entrevistas foram transcritas e analisadas com a técnica de análise temática de Minayo. Nesta pesquisa, os cuidadores se caracterizam por ser, na sua maioria, do sexo feminino, casadas, com filhos, sem emprego remunerado e serem filhas do idoso hospitalizado. Os cuidadores participantes entendem a atividade de cuidar como um dever moral, resultado das relações pessoais e familiares. A partir do momento em que necessitam desempenhar tal papel, o assumem como uma exigência decorrente do fato de viverem em família. Os motivos que levaram o cuidador a desempenhar este papel relacionam-se com fatores inerentes ao idoso, como estado de saúde e grau de parentesco. Ao cuidador, fazem alusão ao dever/obrigação, gratidão/retribuição, grau de parentesco, gênero, proximidade afetiva, estado civil, situação atual de emprego e ausência de outra pessoa para realizar o cuidado. Durante o processo de hospitalização do idoso, o cuidador desenvolve ações, tem facilidades e dificuldades e utiliza estratégias que o auxiliam a cuidar. Ao vivenciar o cuidado ao idoso no hospital é influenciado a tornar-se cuidador, apresenta diversas experiências ao cuidar e precisa promover mudanças, em relação ao cuidado, com a internação do idoso. Ao implementar estratégias de cuidado durante a hospitalização do idoso, o familiar cuidador se organiza para cuidar e faz uso de uma rede de apoio para o cuidado. Constatou-se que o idoso e seu cuidador centralizam as necessidades e as decisões, que a rede de apoio informal é a principal provedora de auxílio durante a hospitalização do idoso e que a rede de apoio formal extrahospitalar é existente, porém não apresenta participação ativa no suporte do cuidador familiar. Por outro lado, a equipe de enfermagem responsável pelo cuidado intra-hospitalar foi uma participante ativa na totalidade dos relatos, provendo tanto o cuidado técnico especializado quanto a ajuda nas situações cotidianas emergentes, bem como suporte emocional aos cuidadores e idosos. Outro aspecto relevante destacado foi a falta de ajuda de alguns familiares no amparo aos cuidadores ou até mesmo ao idoso hospitalizado. Esse fato é considerado, pelos cuidadores, uma situação inaceitável, pois a família é vista como o sustentáculo em momentos de crise. As implicações deste estudo nas intervenções da enfermagem no cuidado ao doente e sua família estão relacionadas às discussões e reflexões, a serem realizadas pela equipe de saúde, acerca da inclusão do familiar no espaço hospitalar, pois a sua presença auxilia na manutenção da estabilidade física e emocional do idoso. Desta forma, a enfermagem poderá oferecer apoio ao familiar acompanhante para que se mantenha estável e possa formar uma parceria de cuidados, contribuindo na reabilitação do idoso.
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Introdução: as quedas são um importante problema na saúde nos idosos, apresentando os idosos institucionalizados um risco específico, determinado pela mudança de ambiente, diminuição da atividade física e alterações na independência funcional. Objetivo: estimar a prevalência e avaliar o risco de quedas nos idosos institucionalizados na ULDM – Sta Maria Maior de Miranda do Douro no período compreendido entre 02/12/2008 e 31/08/2014. Conhecer quais as estratégias de prevenção implementadas para evitar a recorrência de quedas nos idosos com histórico de quedas. Metodologia: Estudo descritivo e analítico de caráter retrospetivo, sobre uma amostra constituída por utentes com idade igual ou superior a 65 anos, internados numa Unidade de Longa Duração e Manutenção, no período compreendido entre 02/12/2008 e 31/08/2014 (N=158). Resultados: A prevalência de quedas foi de 14%. As quedas tiveram como principais fatores de risco a idade avançada, a presença de doenças crónicas, a mobilidade reduzida, défice cognitivo e polimedicação. O quarto e o WC foram os espaços físicos onde ocorreram com mais frequência. As principais causas foram, por esta ordem, a perda de apoio, episódio de desorientação/agitação e a perda de consciência. A maior parte das quedas não tiveram consequências físicas para o idoso ou limitaram-se a lesões traumáticas. As medidas de prevenção mais frequentemente aplicadas foram as medidas de apoio e a contenção física. Conclusão: nos resultados obtidos verifica-se uma prevalência de quedas muito superior quando comparada com outros estudos nesta área. Os dados apontam à necessidade de implementação de políticas institucionais de prevenção de quedas.
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Dissertação de Mestrado apresentada no Instituto Superior de Psicologia Aplicada para obtenção do grau de Mestre na especialidade de Psicologia Social e das Organizações
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Introdução: O enfermeiro especialista em reabilitação é o profissional com competências e conhecimentos para, após o diagnóstico, implementar e monitorizar os resultados dos programas de redução do risco das perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho (PME), junto dos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idoso, avaliando e introduzindo no processo de prestação de cuidados os necessários ajustamentos, promovendo assim, práticas mais seguras e eficazes. Assim, o presente estudo centrou-se em identificar os determinantes das PME nestes trabalhadores e suas repercussões na saúde. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 120 indivíduos, na sua maioria do género feminino (95,8%) e com uma média de idades de 43,21 anos (Dp=10,812 anos). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se o inquérito de saúde e trabalho (INSAT), aferido para este domínio de investigação. Resultados: Estes cuidadores formais manifestam défices de saúde com principal relevância para os relacionados com a mobilidade física e dor, quer pela existência de constrangimentos de natureza física e biomecânica, organizacional e psicossocial, bem como de natureza individual. Os problemas de saúde identificados por estes trabalhadores, resultantes das condições e características do trabalho foram: dores de costas (90,8%), dores musculares e articulares (82,5%), varizes (64,2%), dores de cabeça (49,2%) e ansiedade ou irritabilidade (47,5%). Ser do género feminino, ter idade entre os 49-58 anos, ser viúvo ou divorciado, ter doenças crónicas, tomar medicação e efetuar horário diurno, revelaram-se como determinantes percursores das PME assim como, a nível laboral, as características e os constrangimentos organizacionais e relacionais relacionados com o esforço físico, a intensidade e tempo de trabalho, as exigências emocionais, a insuficiência de autonomia e a má qualidade das relações sociais. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de estratégias preventivas das PME neste grupo profissional, onde é fundamental a intervenção do enfermeiro de reabilitação na implementação de programas de promoção da saúde, gestão do stresse e riscos psicossociais e formação profissional. Palavras-chave: Doenças musculosqueléticas; Enfermagem de Reabilitação; Saúde Ocupacional.
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Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto Superior de Psicologia Aplicada para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Clínica.
Significações de envelhecimento, variáveis relacionais subjectivas e bem-estar psicológico em idosos
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O presente estudo pretendia avaliar se as perceções de envelhecimento teriam influência no bem-estar psicológico dos idosos. Procurou-se compreender qual o efeito da influência (moderação ou mediação), das variáveis relacionais subjetivas: apoio social, religiosidade, perceção de saúde e estado emocional. O estudo foi realizado numa amostra portuguesa de 150 idosos, com idades compreendidas entre os 65 e os 99 anos. Foram utilizados dez instrumentos de avaliação. Os resultados mostram, que as perceções de envelhecimento, conjuntamente com a avaliação que as pessoas fazem do seu estado de saúde e dos sintomas psicopatológicos, predizem de forma significativa, a perceção do seu bem-estar psicológico. O apoio social e a religiosidade, são variáveis mediadoras, enquanto, a ansiedade existencial e o estado emocional, são moderadoras. Podemos verificar que existem diferenças significativas entre as diversas variáveis sócio-demográficas. Com o aumento da esperança de vida, pretende-se que este estudo contribua para a compreensão das dimensões pessoais intra e interindividuais do envelhecimento. ABSTRACT: The present study it intended to assess whether the perceptions of aging will impact on psychological well-being of the elderly. We tried to understand, what effect the influence (moderation or mediation), the relational subjective variables: social support, religiosity, health perception and emotional state. The study was conducted in a Portuguese sample of 150 elderly people, aged between 65 and 99 years. Ten instruments were used for evaluation. The results show that perceptions of aging, jointly with the assessment that people make in their state of health and psychopathology predict significantly the perception of their psychological well-being. Social support and religiosity, are mediating variables, while the existential anxiety and emotional state, they are moderating. We can see that there are significant differences between the various socio-demographic variables. With the increase of the life hope, it is intended that this study contributes to the understanding of intra and inter-personal dimensions of aging.
Resumo:
O presente relatório, intitulado “O Programa Idosos em Segurança: Estudo de Caso do Dter de Sintra”, baseia-se num estudo da análise do trabalho que é desenvolvido pelos militares do Destacamento Territorial de Sintra e tem a finalidade de avaliar o impacto e influência do Programa Idosos em Segurança na população adstrita a este Destacamento. O envelhecimento é uma realidade inevitável e que deve, cada vez mais ser preparada e antecipada, permitindo, a quem pretender participar na vida ativa da sua comunidade, que tal seja possível. Para aqueles que, não têm possibilidades de o fazer, deve garantir-se assegurada, em todas as situações a sua dignidade enquanto pessoa humana. O envelhecimento ativo é também uma temática abordada que carece de tratamento pela sua novidade e extrema relevância no contexto atual. Para que tais realidades sejam coincidentes é imperioso que o policiamento de proximidade se efetue e que se abram portas ao desenvolvimento das capacidades de resposta dos diferentes órgãos de apoio social e das Forças de Segurança. Para conseguirmos responder à Questão de Partida, formulámos quatro Questões Derivadas e consequentes Hipóteses que, através da sua verificação, validação ou refutação, nos permitiram responder às questões anteriormente levantadas. Foram realizadas Entrevistas e Questionários, que nos permitiram aceder às diferentes perspetivas que trabalham e são alvo deste Programa. A Guarda Nacional Republicana possui um grande reconhecimento junto das entidades externas e dos idosos com quem trabalha. Foram, no entanto, encontradas algumas falhas ao nível do efetivo, da formação, especialização e verificação do trabalho desenvolvido, a vários níveis. De salientar que muitas falhas são colmatadas pela boa capacidade de adaptação dos militares, o que evita que tais fragilidades afetem o serviço prestado e transpareçam para o exterior.
Resumo:
Dissertação Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Resumo:
A presente investigação centra-se sobre os maus-tratos contra idosos, que não obstante constituir uma área de crescente atenção e prevenção, continua a representar um grave problema social. Adotou-se um estudo exploratório, transversal, observacional e descritivo, baseado no autorrelato, com recurso a uma entrevista diretiva e estruturada, tendo como objetivo analisar as perceções e os conhecimentos dos idosos e dos profissionais que os apoiam, no âmbito dos maus-tratos no decurso do envelhecimento. A amostra foi constituída por 42 indivíduos, 19 idosos institucionalizados e 23 profissionais, os primeiros a frequentarem um lar, os segundos a exercerem a sua atividade em lar, centro de dia e apoio domiciliário. Os resultados obtidos revelaram que os idosos e os profissionais apresentam conhecimentos de determinados aspetos relevantes sobre os maus-tratos. As suas perceções não evidenciam grande viés em relação ao descrito na literatura. Foi ainda demonstrado que os idosos manifestam um nível reduzido de informação relativamente às possíveis consequências dos maus-tratos, bem como, do enquadramento legal deste fenómeno. Paralelamente, os profissionais demonstraram um baixo estado de alerta face a determinados sinais de possíveis maustratos sobre a população idosa. O presente estudo proporcionou um contributo para a investigação nesta área que, no entanto, justifica o desenvolvimento de mais trabalhos.