De la maltraitance à l’enfance aux comportements d’agression à l’âge adulte : quel est le rôle de la réactivité émotionnelle et comportementale?

En dépit des efforts déployés pour diminuer la prévalence de la maltraitance à l’enfance, celle-ci serait associée à des difficultés non négligeables, dont la manifestation d’agression. La réactivité émotionnelle et comportementale, incluant la colère, la peur et l’évitement, est proposée comme mécanisme expliquant la relation unissant la maltraitance à l’agression. Quatre objectifs sont poursuivis à cette fin, soit d’examiner la relation notée entre: (1) la maltraitance et l’agression, (2) la maltraitance et la colère, la peur, ainsi que l’évitement, (3) la colère, la peur, ainsi que l’évitement et l’agression et (4) tester formellement le rôle médiateur et modérateur de la colère, la peur et l’évitement à cette relation. Les données de 160 hommes âgés de 18 à 35 ans ayant été exposés ou non à de la maltraitance ont été colligées par le biais de questionnaires et d’une tâche de provocation sociale permettant de mesurer les expressions faciales de colère et de peur, ainsi que les comportements d’évitement. Les résultats suggèrent que la maltraitance et les comportements d’évitement sont associés à l’agression. La maltraitance ne serait toutefois pas liée à la colère, à la peur et à l’évitement. Alors que les résultats suggèrent que ces indices n’aient pas de rôles médiateurs dans la relation entre la maltraitance et l’agression, la réactivité aux plans de la colère et de l’évitement magnifierait cette relation. Ainsi, les résultats invitent à prendre en compte les expériences de maltraitance et l’intensité de la réactivité émotionnelle et comportementale dans les interventions afin de cibler les individus plus à risque d’avoir recours à l’agression.

Determinantes de saúde numa amostra de crianças portuguesas

Introdução: Os estilos de vida actuais podem estar associados a comportamentos de risco que estão na base do perfil de saúde de um país. Objetivos: O objectivo do estudo consiste na avaliação dos determinantes da saúde e sua associação com variáveis sóciodemográficas numa amostra de crianças portuguesas dos 3 aos 10 anos de idade. Métodos: Foi realizado um estudo transversal desenhado com um total de 1617 crianças de escolas públicas, a partir dos dois principais grupos escolares de Tondela e Vouzela, Portugal. A amostra final do estudo foi construído com um total de 1365 crianças com idades compreendidas entre os 3 e 10 anos de idade. A recolha de dados foi realizada através da distribuição de um questionário auto-administrado aos pais e cuidadores das crianças. Resultados: Verificou-se que as crianças mais velhas tinham uma menor adesão a hábitos alimentares saudáveis e uma maior prevalência de atividade física. Os meninos tinham níveis mais elevados de atividade física e maior prevalência de sedentarismo, em comparação com as meninas. A área de residência das crianças foi associada a uma maior prevalência de consumo de fastfood e comportamentos sedentários. Torna-se evidente a necessidade de realizar intervenção sobre os grupos sociais mais vulneráveis para obter a igualdade em saúde de forma mais eficaz. A definição de estratégias de promoção da saúde deve ser seriamente considerada nas comunidades, a fim de melhorar os estilos de vida saudáveis entre as crianças portuguesas e as suas famílias.

Reflexão sobre a parentalidade em contexto comunitário

O experimento da parentalidade vai ser sempre único, seja o primeiro filho ou não, a experiência vai reger-se pela individualidade de cada criança e também pelas experiências vividas pelos pais. Deste modo, muitas vezes os pais não se sentem preparados, ou encontram dificuldades e inseguranças nesta tarefa. De acordo com Santos e Morais (s/data) a falta de preparação e as inseguranças que os levam a cometer erros na parentalidade podem advir de falta de experiência própria, ou então das falhas nos métodos e técnicas. Contudo, o papel dos pais é fundamental para o desenvolvimento da criança, tal como a família. A parentalidade pode ser encarada pelo adulto como sendo um desafio, e como sendo o mais exigente, sendo assim, também o que lhe irá proporcionar mais satisfação. Este desafio vai carecer que o adulto se aplique psicologicamente, fisicamente e intelectualmente. Ao viver a parentalidade, cada pai/mãe, vai experienciar o seu papel de diversas formas e deste modo, os pais vão avaliar o seu próprio desempenho, permitindo que estes se sintam mais ou menos competentes. Ao avaliar as suas competências e falhas como pais, permite que haja um bom ajuste ao papel parental e permite uma abertura a práticas parentais positivas. Os recentes problemas económicos que atravessam o país, têm vindo a constituir-se como um fator de mudanças na família. Neste contexto, diversas instituições de apoio comunitário, propõem-se a um acompanhamento e intervenção a nível parental e familiar. Deste modo, o presente estudo debruçou-se em compreender as necessidades das famílias acompanhadas em contexto social e comunitário numa IPSS, de forma a possibilitar um planeamento de uma intervenção mais adequada e eficaz, que lhes permita uma melhoria da qualidade da vida familiar. Pretende-se assim, dar resposta a determinadas questões como: Qual o estilo parental mais evidente nos agregados familiares; Quais os principais problemas familiares; quais as maiores dúvidas dos pais/tutores; Qual o modelo de intervenção em Educação parental mais apropriado; qual o nível de intervenção e finalmente que tipo de intervenção será a mais adequada.

Quality improvement within nonprofit social service providers

As a relatively new phenomenon in 2009, Swedish nonprofit social service providers proposed quality improvement as a way to reduce mistakes, use resources more effectively and meet the needs and expectations of clients in a better way. Although similar experiences have been studied in health care, the transfer of quality improvement to nonprofit social services gives a possibility for more knowledge on what enables, and constrains, systematic quality improvement in this specific context. This thesis is based on five years of supporting quality improvement in the Swedish nonprofit welfare sector. Specifically, it builds knowledge on which active mechanisms and enabling or constraining structures exist for nonprofit social service quality improvement. By studying quality improvement projects that have been conducted in the development program Forum for Values, critical cases and broad overviews are found valuable. These cases have resulted in four papers on quality improvement in nonprofit social services. The papers include: critical cases from a nursing home for elderly and a daycare for disabled children (Paper I); a critical case from a sheltered housing (Paper II); an overview of performance measurements in 127 quality improvement projects (Paper III); and an analytical model of how improvement policy and practice are bridged by intermediaries (Paper IV). In this thesis, enabled or constrained events and activities related to Deming's system of profound knowledge are identified from the papers and elaborated upon. As a basis for transforming practice into continuous improvement, profound knowledge includes the four knowledge domains: appreciation of a system, theory of knowledge, understanding of variation and psychology of change. From a realist perspective, the identified events are seen as enabled or constrained by mechanisms and underlying regularities, or structures, in the context of nonprofit social services. The emerging mechanisms found in this thesis are: describing and reflecting upon project relations; forming and testing a theory of action; collecting and displaying measurable results over time; and engaging and participating in a development program. The structures that enable these mechanisms are: connecting projects to shared values such as client needs; local ownership of what should be measured; and translating quality improvement into a single practice. Constraining structures identified are: a lack of generalizable scientific knowledge and inappropriate or missing infrastructure for measurements. Reflecting upon the emergent structures of nonprofit social services, the role of political macro structures, reflective practice, competence in statistical methods and areas of expertise becomes important. From this discussion and the findings some hypotheses for future work can be formulated. First, the identified mechanisms and structures form a framework that helps explain why intended actions of quality improvement occur or not. This frameworkcan be part of formulating a program theory of quality improvement in nonprofit social services. With this theory, quality improvement can be evaluated, reflected upon and further developed in future interventions. Second,new quality improvement interventions can be reproduced more regularly by active work with known enablers and constraints from this program theory. This means that long-lasting interventions can be performed and studied in a second generation of improvement efforts. Third, if organizations integrate quality improvement as a part of their everyday practice they also develop context-specific knowledge about their services. This context-specific knowledge can be adopted and further developed through dedicated management and understanding of variation. Thus, if enabling structures are invoked and constraining structures handled, systematic quality improvement could be one way to integrate generalizable scientific knowledge as part of an evidence-creating practice.