898 resultados para Sudoeste peninsular
Resumo:
Os Charcos temporários mediterrânicos (3170*) são habitats prioritários devido à enorme biodiversidade que albergam e ao grau de ameaça sob o qual que se encontram. A singularidade deste habitat resulta da coexistência de diferentes comunidades de plantas no mesmo espaço mas em períodos de tempo diferentes, o que é viabilizado pela existência de bancos de sementes abundantes e diversificados. A avaliação da composição específica e abundância do banco de sementes do solo permitiu determinar a distribuição espacial das sementes e o potencial de recuperação dos charcos. Com esta avaliação concluiu-se que existe uma maior riqueza específica nas cinturas externa e média dos charcos do que na cintura interna. Concluiu-se também que o conhecimento do banco de sementes dos charcos pode contribuir para a definição de estratégias de gestão/recuperação dos charcos, nomeadamente daqueles que possuem grau de conservação intermédio, funcionando como um valioso instrumento de gestão; The soil seed bank - a tool for assessing the conservation status of Mediterranean temporary ponds Abstract: Mediterranean temporary ponds (3170*) are priority habitats due to the huge biodiversity they shelter and because they are menaced. The uniqueness of this habitat results from the coexistence of different plant communities in the same space at different time periods, what is allowed by the existence of abundant and diversified soil seed banks. The assessment of the specific composition and abundance of soil seed bank, made possible to ascertain the spatial distribution of seeds within ponds and their recovery potential. This assessment showed that there is more specific richness in intermediate and outer belts of ponds than in the inner belt. It also showed how valuable can this information be regarding the design of management or recovery strategies for ponds, particularly for those with intermediate degree of conservation.
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A zona geográfica circunscrita que abrange este trabalho de investigação encontra-se exígua de pesquisa e trabalhos arqueológicos, sendo no entanto reconhecida como uma zona enxameada de vestígios. Um imenso património por descobrir. Ambiciona-se, por isso clarificar a ocupação, no que respeita ao povoamento do território do actual concelho do Marco de Canaveses, no período cronológico da Proto-História, de forma a contribuir para uma actualização da investigação realizada e procurando novos pontos a desenvolver, alargando-a depois a uma vasta área territorial de serrania que integra o imenso noroeste peninsular. Orientada por um fio condutor sequencial de natureza cronológica, a investigação realizada conta com o contributo da toponímia, análise cartográfica, monografias e resenhas locais para o conhecimento de toda uma realidade patrimonial existente ao longo do território em estudo. A correlação das temáticas de ordem social, como a circulação de pessoas e bens através da rede viária e, por outro lado, de ordem geográfica no que respeita a locais propícios à fixação da população pelas suas características culturais e naturais, permite uma análise geográfica a este nível e a resposta a questões como: “De que forma habitou?” e “Porque habitou?”.
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Neste trabalho estudam-se três fragmentos de recipientes cerâmicos, recolhidos no interior de duas cistas da necrópole, do Bronze do Sudoeste, de Alfarrobeira (Silves). Os trabalhos efectuados sobre tais fragmentos constaram: da observação macroscópica, na superfície de fractura; da observação em lâmina delgada, ao microscópio petrográfico. São, até ao presente, escassos os trabalhos realizados, no nosso país, sobre análises de pastas cerâmicas recorrendo ao microscópio petrográfico. Parece-nos, no entanto, que se trata de método particularmente aplicável ao estudo das cerâmicas pré-históricas. Estas, com efeito, ao contrário das cerâmicas mais recentes, em geral de pastas mais finas e depuradas, encerram grande quantidade de elementos não plásticos, frequentemente de mineralogia variada. Estão, pois, reunidas as condições para que, através do estudo petrográfico, se possam constituir agrupamentos de pastas, de acordo com a respectiva mineralogia para, numa fase ulterior, tendo presente as características petrográficas dos afloramentos geológicos da região mais ou menos adjacente, se possam definir prováveis zonas de abastecimento da respectiva matéria-prima ou outras informações a que o estudo comparado dos diferentes tipos de pastas devam conduzir. Foi tendo em consideração tais preocupações que se decidiu pela realização do presente trabalho.
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Esta obra trata da sucessão cultural registada na Estremadura portuguesa desde a emergência das sociedades complexas do Calcolítico até à chegada dos Romanos, correspondendo a um lapso de tempo entre os finais do IV milénio e os finais do século II a.C. Embora corresponda apenas a intervalo temporal de aproximadamente três mil anos, é o que, no registo material da nossa Pré-História e Proto-História, se afigura mais rico e diversificado de informação, com o desenvolvimento e fixação de regionalismos culturais, que na Estremadura cunharam identidades próprias, as quais persistiram nalguns casos até época recente, no quotidiano dos seus habitantes. A percepção geral desta evolução, bem como as suas determinantes, é o primeiro, e talvez mais importante objectivo desta obra, a par de outros a seguir enunciados: – a génese dos povoados fortificados calcolíticos, em resultado da crescente intensificação económica e da especialização das produções – a Revolução dos Produtos Secundários (RPS), que decorreu ao longo de boa parte do III milénio a.C. – a par do crescimento demográfico, que determinou, por seu turno, a competição inter-grupos, com a consequente necessidade de fortificação; – a monumentalização / fortificação de alguns dos sítios habitados como expressão da coesão social da respectiva comunidade, acompanhada da emergência de diferenciações inter e intra-comunitárias, indício de diferenciação social, em crescente afirmação, decorrente do processo de desenvolvimento económico complexo, característico do Calcolítico; – as arquitecturas defensivas do III milénio a.C., como expressão pública indissociável da monumentalização acima referida: exemplos mais importantes no território estremenho, distribuição geográfica, características principais, semelhanças e diferenças; neste âmbito, importa conhecer as diversas teorias explicativas para o seu surgimento, desde o modelo difusionista e orientalista vigente em Portugal (dos anos 40 aos anos 70), passando pelo modelo indigenista (anos 80), até às formas difusionistas mitigadas, de expressão regional, dos finais da década de 80 em diante, e principais argumentos invocados; – a desarticulação do modelo de sociedade calcolítica, caracterizada pela concentração da população em sítios fortificados ou pelo menos implantados predominantemente em locais altos e defensáveis; – os moldes em que se processou a acentuação das influências mediterrâneas no decurso do Calcolítico (em especial na metade meridional do território): a generalização do comércio transregional calcolítico e a intensificação e especialização das produções, no quadro da Revolução dos Produtos Secundários (RPS), exemplificada pela exploração de jazidas cupríferas, como veículo de difusão de novas técnicas (metalurgia), matérias-primas exógenas (marfim) e artefactos ideotécnicos de características até então desconhecidas (generalização do culto da divindade feminina e correspondentes expressões simbólicas, algumas de âmbito estritamente regional), acompanhada da difusão, de Sul para Norte, de novas arquitecturas funerárias (tholoi); – sobre o Campaniforme, fenómeno cultural com identidade própria da fase média e tardia do Calcolítico estremenho, serão discutidas as características e cronologia da sua emergência, na Estremadura (um dos pólos mais importantes, a nível europeu) no quadro da sociedade calcolítica pré-existente: tipo de povoamento e de necrópoles, bem como as relações estabelecidas com as comunidades de tradição cultural mais antiga; o faseamento interno do “fenómeno”, com base nas diferenças identificadas no registo material (em particular a tipologia das cerâmicas); e principais tipos artefactuais que o integram. O campaniforme deverá ser entendido como uma expressão material específica, associada a um novo tipo de povoamento, que resultou do decréscimo do interesse oferecido pelos sítios fortificados edificados no início do Calcolítico. Neste sentido, corresponde a período de transição para a Idade do Bronze: existem argumentos, com base no registo arqueológico (jóias de ouro, artefactos de prestígio) que ilustram o incremento do processo de diferenciação social, então verificado, ao contrário do que uma abordagem mais superficial, com base simplesmente no reordenamento demográfico, faria supor; – o registo arqueológico do Bronze Pleno configura a acentuação dos regionalismos, apesar de similitudes do sistema de povoamento face ao período imediatamente anterior, o que indicia realidades socioeconómicas comparáveis. Importa, assim, conhecer as principais características dos escassos povoados identificados, bem como a organização social a ele subjacente, a partir dos testemunhos arqueológicos conhecidos, incluindo os de carácter funerário; – segue-se o Bronze Final, período dominado pela plena afirmação do comércio transregional atlântico-mediterrâneo, favorecido pela própria realidade geográfica do território português. Devem valorizar-se os testemunhos materiais desse período e as respectivas balizas cronológicas: Assim, deverão os leitores ficar familiarizados com as produções de carácter atlântico, como as armas, objectos utilitários e respectivas tipologias e com as de cunho mediterrâneo (com destaque para objectos de indumentária e de carácter cultual, embora estes últimos quase se desconheçam na área estremenha), cujo comércio e difusão foi suportado pela existência de solidariedades económicas transregionais, baseadas em prováveis pactos formalmente estabelecidos entre comunidades vizinhas. Os respectivos territórios, de norte a sul do País, apresentar-se-iam cada vez melhor delimitados; o mesmo deverá ter-se verificado na Estremadura. A caracterização da respectiva economia será, por isso, objecto da análise e discussão; embora de base agro-pastoril (com importância evidente na Estremadura dadas as características dos solos e a quase inexistência de minérios de cobre ou de estanho), a produção de peças metálicas de bronze assumiu importância crescente, como se conclui pelas ocorrências conhecidas. O reforço e a consolidação das elites então verificada, eram necessários para a boa gestão de grandes povoados muralhados que despontam no Bronze Final; na Estremadura, embora os testemunhos de tais centros demográficos não sejam particularmente evidentes, no fim da Idade do Bronze desponta um vigoroso povoamento de altura; seria a partir desses locais que as elites da época, de cunho guerreiro, administrariam territórios bem delimitados. Também a existência de outros testemunhos arqueológicos são concorrentes para a percepção da realidade social: as jóias auríferas, tornadas então relativamente frequentes, deixam transparecer influências ora atlânticas ora mediterrâneas, por vezes reunidas numa única peça (técnicas e tipologias decorativas), expressivas das correntes culturais que, então, se faziam sentir na Estremadura; também as armas, são testemunho da afirmação das elites guerreiras, encontrando-se representadas por exemplares cujas principais características devem ser conhecidas. As diversas práticas funerárias, apesar de escassamente representadas, revelam influências continentais (cremação e campos de urnas, já fora da área estremenha, mas dela próxima: caso dos campos de urnas de Tanchoal e de Meijão, Alpiarça) e mediterrâneas (inumações na tholos da Roça do Casal do Meio, Sesimbra), que traduzem um mosaico cultural complexo, reforçando a ideia de se tratar de região receptora de influxos culturais de diversas áreas geográficas em simultâneo: é, no essencial, a comprensão global desta realidade, a um tempo económica, social e cultural, coroando um longo processo de diferenciação social, por um lado e, por outro, de intensificação económica e interacção cultural, que lhe está subjacente, que deverá ter-se presente. Por último, segue-se o estudo e caracterização das principais estações e materiais da Idade do Ferro, de início (I Idade do Ferro) profundamente marcadas pela presença, directa ou indirecta, de colonizadores fenícios; depois, pelos comerciantes de origem púnica (II Idade do Ferro) e, enfim, pelos exércitos itálicos. Trata-se, em suma, de processo de características próprias, sempre determinado pelas influências mediterrâneas, largamente dominantes face às originárias do interior peninsular, as quais cunharam uma realidade cultural com características próprias, que persistiu no decurso da dominação romana.
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El Parque Nacional El Imposible, ubicado en el extremo sudoeste de El Salvador, en el departamento de Ahuachapán. La investigación de campo comprendió 72 censos durante los meses de marzo a agosto de 2001, para identificar las diferentes especies de aves rapaces diurnas. Para realizar las observaciones se siguió la metodología empleada por el Peregrin Fund en el Parque Nacional Tikal, Guatemala, entre de 1988 a 1992, utilizando dos técnicas básicas: (1) reconocimiento de aves por transectos, y (2) observación desde un punto fijo. Cada técnica fue modificada para las condiciones topográficas del parque y el tiempo que duró la investigación. Se establecieron 12 Rutas en toda el área. Cada una formada por 2 transectos y un punto fijo. Cada transecto y punto fueron marcados en un mapa del área en escala de 1:25,000 para la elaboración de mapas de distribución local de cada especie. Se registraron un total de 24 especies de aves rapaces diurnas, ubicadas en los Ordenes Falconiformes y Ciconiiformes, 16 de la familia Accipitridae, 5 de la Falconidae, y 3 de la Cathartidae. Las especies con mayor abundancia relativa, densidad poblacional y frecuencia de ocurrencia, pertenecen a la familia Cathartidae, en segundo lugar se encuentran los Accipitridae, y finalmente los Falconidae. Las horas en las que se detectaron los individuos de las especies fueron bien variadas, desde antes del amanecer hasta horas crepusculares, sobre todo para las aves residentes. La detección en horas para las especies migratorias es bien específica, ya que la gran mayoría fue registrada por la mañana y solo tres por la tarde (Gavilán pajarero, Gavilán aludo y Halcón cernícalo). El número de las especies, tanto residentes como migratorias, en los meses de marzo a agosto, tiende a disminuir, pudiendo ser ocasionado por la variación en el tiempo atmosférico, los períodos de reproducción, la fluctuación del alimento disponible dentro y fuera del parque, y la migración. Se observó que estas aves dan diferentes usos del Parque Nacional El Imposible, desde ser un área de paso o estacionamiento temporal para las migratorias, hasta constituir rangos de hogar de diferentes especies residentes en el área
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Tese de doutoramento em Paleontologia. Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Univ. do Algarve, 2005
A dinâmica da ocupação de zonas costeiras. O caso de Vila Nova de Milfontes, proposta de intervenção
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Mestrado em Arquitetura Paisagista - Instituto Superior de Agronomia - UL
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2016
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2016
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INTRODUÇÂO: A presente dissertação decorre do trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Projecto Avançado III desenvolvido durante o programa Erasmus na Technische Universitãt Dlesden, Alemanha em pareceria com a L’Université de Strasburg, França. O enunciado do exercício dado, intitulado Künstlerhaus\ tinha como premissa a elaboração de um projecto num proeminente quarteirão de esquina no bairro de AuBete Neustadt em Dresden. Pretendia-se a elaboração de uma estratégia que definisse o limite sudoeste do bairro através de um programa cultural, uma Kunstlemaus, residência de artistas, restaurante, zona de exposição, workshops e um auditório - relacionando o programa com a atmosfera artística e alternativa do bairro. A necessidade e entender as forças de estruturação desse bairro, com particularidades extremamente específicas do ponto de vista da interligação de espaços, leva ao estudo e análise de casos que, pela sua semelhança, possam ajudar a esclarecer e informar futuras decisões projectuais. Esta investigação, pelo interesse que foi acumulando, deixa de ser um simples suporte para o caso prático de Neustadt, mas antes uma base de interpretação desta realidade específica, útil e válida para qualquer caso prático em contexto similar. Contrariamente à estruturação inicial, esta investigação adquire maior relevância, no que diz respeito ao seu contributo, e apresenta-se como peça central deste trabalho. Assim, efectua-se uma divisão em dois capítulos: o primeiro denominado "Der Hinterhof- Investigação aplicável”; e o segundo "Caso prático: Aplicação em projecto". Este caso prático não tem a pretensão de ser paradigmático, mas antes uma possibilidade de utilização, ou forma de aplicação dos conceitos apreendidos na primeira instância - esclarecendo, por conseguinte, o sentido desta dissertação. Relativamente á escolha dos elementos a investigar, e de forma mais concreta, esta passou por identificar situações e operações que tivessem como base bairros com princípios urbanos similares dos de Neustadt, bem como características históricas e sociais também semelhantes. Nesse sentido, é analisado o caso da lnternationale Beuausstellung Berlin (IBA) de 1987, pelo tipo de abordagem, em rotura com a tida até então, no que diz respeito à recuperação de centros históricos; é ainda investigada a situação de Kreuzberg, Berlim, pelas suas semelhanças, ao nível do modelo, com AuBere Neustadt; e por fim, é analisado um caso prático - integrado nestes dois contextos (IBA e Kreuzberg)- realizado pelo Arquitecto Siza Vieira, com a intenção de entender a metodologia utilizada na aplicação dos principies pré-estabelecidos. "A cidade, tal como a realidade histórica, nunca é independente das etapas por que passou na sua evolução: é uma actualização dessas etapas e a sua projecção em direcção ao futuro" Berlim e Dresden, cidades do século XIX e XX, tiveram a sua (re)definição urbana na Revolução Industrial e Idade Contemporânea - ambas estas épocas cruciais para o desenvolvimento e reconstrução destas cidades, assim como para a formação de singularidades, nomeadamente a utilização especifica do espaço vazio do quarteirão na estrutura urbana destas cidades. Dresden procura, nos tempos actuais, reencontrar a sua identidade perdida após ter sido palco do maior massacre na II Guerra Mundial (1939-1945) e cobaia do regime da Deutsche Demokratische Republik (DDR). No entanto, uma pequena parcela da cidade manteve-se intacta desde a sua elementar constituição no século XVIII: Aubere Neustadt. Um bairro operário que, com o desenvolvimento histórico, social e político, viu os espaços vazios dos seus quarteirões, associados à rigidez do traçado urbano, serem transformados em concepções personalizadas pelos sobreviventes da guerra e por comunidades alternativas ligadas sobretudo ao mundo das artes. Esse fenómeno iniciou-se na Revolução Industrial com a ocupação fabril dos espaços ainda não construídos da cidade, nomeadamente dentro dos quarteirões, assistindo-se à sobreposição dos interesses económicos sobre o desenho urbano existente. Devido à ausência de um projecto base, essas estruturas foram sendo ocupadas e modificadas por comunidades distintas, compondo o espaço actual numa gramática complexa. Falar de identidade, é falar de apropriar um todo, e compreendê-lo como um acto de unificação. A conjuntura social alemã é a génese de vários factores históricos, alguns dos quais considerados dramáticos. Nos territórios de Dresden e Berlim, inscrevem-se algumas das cicatrizes mais profundas do século XX. Nesse sentido, não são cidades como acto violento contra a natureza, mas antes demonstrações da natureza violenta do homem. Sendo a cidade o reflexo mais imediato das relações humanas e organização em sociedade, as cicatrizes patentes dessa violência criaram um impacto nas estruturas urbanas, socais, históricas e políticas. Morfologicamente, o quarteirão é um elemento urbano que mistura, agrupa e, ao mesmo tempo, divide os espaços públicos dos privados - muitas vezes detentor de ambiguidades na separação destas duas atmosferas. Importa entender o motivo social que leva a que existam espaços semi-públicos e semi-privados. O Hinterhof (espaço urbano vazio do quarteirão) prima, normalmente, por um carácter mais privativo por se encontrar distante da rua. No entanto os seus acessos, nos casos particulares de Dresden e Berlim, são maioritariamente de livre passagem, dando lugar a pátios, jardins, espaços para congregar as pessoas (esplanadas de bares, parques de estacionamento, workshops, parques de crianças, lugar para estender a roupa, festas de bairro, convívio particular, ateliers, horta comunitária, organização de picnics ao fim de semana ...) Os seus papeis não se conseguem definir, tal a sua pluralidade. O pensamento de "partiha" alemão, ainda hoje presente, possibilitou a criação desses espaços plurais semi-privados e semi-públicos. Devido ao facto de terem sido, outrora, o espaço comum de habitação de inúmeros trabalhadores fabris, com um sentido comunitário fixado no pós-guerra, também reflexo das dificuldades e sentido de entre-ajuda social com a imposição do regime da DDR.
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Tese de Doutoramento, Ciências do Mar, da Terra e do Ambiente, Ramo: Ciências do Mar, Especialização em Ecologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016
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The submerged sea caves of Sagres are located within the “Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV)” Marine Protected Area (MPA). This MPA integrates the national network of protected areas, addressed by the National Institute for Nature Conservation and Forest (ICNF) and was declared Site of Community Importance (SCI) under the Habitats Directive. Under the Annex I from the Habitat Directive these habitat caves are included in “8330 Submerged or partially submerged sea caves”. This conservation status should provide sufficient concern to have detailed information on biodiversity. However, among marine researcher, little is still known about these submerged sea caves and tunnels habitats. The only well-known study dealing with the Sagres sea caves was conducted in the late 80s and was only published in 2001. For effective management of such specific habitats a clear understanding of their localization and extension, the assessment of the biological communities, its conservation importance, its monitoring options and their sensitivity to natural change and human disturbance need to be a relatively clear. This report, produced under the MeshAtlantic Project, provides an overview of the available published and unpublished information relevant for the conservation management of the subtidal caves of Sagres. It mainly aims to be a base contribution for future studies.
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A sustentabilidade dos recursos marinhos da costa portuguesa tem sido posta em causa de forma crescente devido a variados factores, nomeadamente pelo aumento do esforço da pesca, com consequência na redução de alguns mananciais (por ex. a sardinha ou a pescada), conduzindo a uma grande apreensão na sua gestão. Por outro lado, novos desafios têm surgido na última década, sobretudo no contexto da gestão espacial maritima (Marine Spatial Planning), com particular evidência na costa algarvia. Efectivamente, nesta zona, devido ao aumento das actividades das aquaculturas de mar aberto ou “offshores” e das armações de atum, mas também devido às disputas habituais entre as diferentes frotas, a gestão espacial tem estado cada vez mais na ordem do dia. Estes factos foram em grande medida os principais motivadores e impulsionadores para a execução do presente trabalho. O presente estudo encontra-se integrado no projecto “Mapeamento de bancos de pesca algarvios (PescaMap) do Programa Operacional Pesca 2007-2013 (Promar), co-financiado pelo Fundo Europeu das Pescas (FEP). O projecto conta com os apoios institucionais das câmaras dos oito concelhos do Barlavento algarvio (Vila do Bispo, Aljezur, Lagos, Monchique, Portimão, Lagoa, Silves e Albufeira) e da Cooperativa dos Armadores de Pesca do Barlavento CRL (BarlaPescas). O projecto teve em primeiro lugar como principal propósito, produzir mapas dos principais bancos de pesca da frota do cerco e da frota artesanal. Em segundo lugar, o grupo de investigação do CCMAR comprometeu-se a inventariar a biodiversidade marinha de duas importantes zonas subtidais da costa Algarvia, ambas localizadas no Parque Marinho do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina: uma na costa ocidental que incluiu as Pedras da Agulha e da Carraça e a costa norte adjacente à Praia da Arrifana (concelho de Aljezur) e outra na costa sul, entre a ponta da Piedade e a praia do Barranco (concelhos de Lagos e de Vila do Bispo).
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Introducción Desde el punto de vista tradicional de que el maíz fue la piedra angular de la civilización prehispánica de los mayas de las tierras bajas puede ser erróneo. Investigaciones previas no tomaron en cuenta la posición geográfica peninsular de Yucatán y la riqueza de los recursos marinos disponibles. En este ensayo se examina la evidencia arqueológica, ecológica y documental para demostrar la utilización de subsistencia y religiosa de los recursos marinos, comparándolos con los datos para el recurso maíz y otros alimentos, Nos basamos preferentemente en el trabajo de F. W. Lange, de la Universidad de Winsconsin, ya que él presenta una serie de alternativas viables para suponer que los recursos marinos jugaron un papel determinante en la alimentación de la sociedad maya…
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No dia 29 de março de 2016, em Guapé, região sudoeste de Minas Gerais, às margens da represa de Furnas, foi realizado painel do Projeto Campo Futuro da Aquicultura sobre a tilapicultura em tanquerede. O projeto é uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Este foi o primeiro painel de 2016, que aconteceu no Sindicato Rural de Guapé e contou com oito participantes, entre produtores e demais agentes da cadeia produtiva da tilápia no município. O projeto Campo Futuro da Aquicultura tem como objetivo levantar dados de Custo de Produção da Aquicultura em território nacional, a fim de subsidiar a criação de políticas públicas para o setor e auxiliar os piscicultores na administração de seus empreendimentos aquícolas.