MIQUÉIAS 6,1-8: UM TEXTO PARADIGMÁTICO NA INTERFACE DA CRÍTICA PROFÉTICA COM A SABEDORIA ISRAELITA

A presente dissertação de mestrado em Literatura e Religião no Mundo Bíblico tem por objetivo realizar um comentário exegético e hermenêutico de um texto reconhecido como profético e sua relação no plano teológico, antropológico e literário com o universo sapiencial israelita no período pós-exílico. Trata-se do estudo de Miquéias 6,1-8, cujo foco de investigação desenvolveu-se a partir da análise do discurso e da hipótese de confluência de gêneros literários, a saber, o profético e o sapiencial. Considerado sob os aspectos formais, contextuais e de conteúdo antropo teológico, o texto estudado apresenta-se como resultado da composição de diversos gêneros literários e manifesta, internamente, conflitos de teologias que vão desde a interpretação da própria história de Israel até a prática religiosa com suas concepções de Deus. Miquéias 6,1-8, interpretado aqui a partir de metodologias exegéticas modernas e abordagens contextuais e antropológicas, configura-se como uma verdadeira síntese de interpretação deuteronomista não hegemônica dos eventos do êxodo e da mensagem dos profetas bíblicos do século VIII aeC Miquéias, Amós, Oséias e Isaías. Estamos diante de um texto que se apresenta, ao mesmo tempo, coeso e portador de diferentes universos e vozes em sua composição. Seu discurso, cujo teor nasce do conflito entre projetos e grupos no período pós-exílico, resgata memórias antigas de um êxodo que passa por sujeitos marginais e reinterpreta a crítica profética em sua função de discernimento ético e teológico, porém, no formato sapiencial. Pela profundidade sócio teológica e pela proposta não sacrificial de seu discurso, Miquéias 6,1-8 tem sido um texto continuamente revisitado no interior da Teologia da Libertação na América Latina, inspirando boa parte de sua produção.

Automotive Central Console Interface Design

O objectivo principal deste estudo é tentar identificar as possibilidades de melhoria das interfaces físicas das consolas centrais dos automóveis, e a sua ergonomia e usabilidade enquanto meio de realização de tarefas dentro do veículo, de modo a contribuir para melhorar a experiência e a segurança na condução. Neste estudo é feita uma investigação acerca de algumas das interfaces físicas das consolas centrais, medindo o seu desempenho no que diz respeito à distracção do condutor e facilidade de uso em situações de dupla tarefa. Para isso foi adaptado um simulador de condução, e uma bateria de testes de situações de dupla tarefa foi efectuada, de modo a obter dados de telemetria de condução e de desempenho de cada interface da consola central. Os dados obtidos acerca da trajectória do veículo e da sua comparação com trajectórias de referência e a velocidade média nos sectores de condução, foram comparados com dados de desvio de olhar, e que por sua vez sã o comparados e relacionados com os dados de percepção própria do condutor, obtidos através dos testes subjectivos de auto-percepção NASA - Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço - Raw Task Load Index (NASA RTLX). É esperado que desta análise possam ser encontradas algumas conclusões que deverão indicar oportunidades de melhoria às interfaces das consolas centrais, que possam resultar de uma combinação ou divisão dos sistemas, ou que abram caminho ao desenvolvimento de novas soluções alternativas, ou até à criação de um guia de boas práticas para o futuro design e desenvolvimento de interfaces de consolas centrais para automóveis.

The interface between Alzheimer's disease, normal aging, and related disorders

Since the earliest descriptions of Alzheimer's disease (AD), the presence of senile plaques (SP) and neurofibrillary tangles (NFT) have been regarded as the typical pathological hallmarks of the disease. Studies over the last twenty years, however, have reported a considerable degree of heterogeneity within the AD phenotype and as a consequence, an overlap between the pathological features of AD not only with normal aging, but also with disorders related to AD. This review discusses: 1) the degree of heterogeneity within AD, 2) the concept of an 'interface' between disorders, 3) the nature and degree of the interface between AD and normal aging, vascular dementia (VD), the tauopathies, synucleinopathies, and prion disease, and 4) whether the original status of AD should be retained or whether AD, normal aging, and the related disorders should be regarded as representing a 'continuum' of neuropathological change.

Medicines management across the primary-hospital healthcare interface: a study of paediatric patients

A comparison of medicines management documents in use by NHS organisations in the West Midlands confirms that there are important differences between the primary care and hospital sectors in respect to medicines management interface issues. Of these, two aspects important to paediatric patients have been studied. These are the transfer of information as a patient is admitted to hospital, and access to long-term medicines for home-patients. National guidance provided by NICE requires medication reconciliation to be undertaken on admission to hospital for adults. A study of paediatric admissions, reported in this thesis, demonstrates that the clinical importance of this process is at least as important for children as for adults, and challenges current UK guidance. The transfer of essential medication information on hospital admission is central to the medication reconciliation process. Two surveys of PCTs in 2007 and again in 2009 demonstrate that very few PCTs provide guidance to GPs to support this process. Provision of guidance is increasing slowly but remains the exception. The provision of long-term medicines for children at home is hindered by this patient population often needing unlicensed drugs. Further studies demonstrate that primary care processes regularly fail to maintain access to essential drugs and patients and their carers frequently turn to hospitals for help. Surveys of hospital medical staff (single site) and hospital nurses (six UK sites) demonstrates the activity these healthcare workers perform to help children get the medicines they need. A similar survey of why carers turn to a hospital pharmacy department for urgent supplies (usually termed rescue-medicines) adds to the understanding of these problems and supports identifying service changes. A large survey of community pharmacies demonstrates the difficulties they have when dispensing hospital prescriptions and identifies practical solutions. This programme concludes by recommending service changes to support medication management for children.