945 resultados para Literatura caribenha (Inglês) História e crítica


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O tema Transtorno Alimentar vem recebendo nas ltimas dcadas uma ateno especial tanto da comunidade cientfica quanto dos meios de comunicao de massa. Assistimos a um aumento no nmero de publicaes nas revistas especializadas na rea da psiquiatria, a formao de centros de atendimento e pesquisa no eixo Rio-SoPaulo, concomitante a certa efervescncia nas publicaes da imprensa leiga. Todo esse interesse parece indicar que estamos diante de um novo fenmeno. Entretanto nesse trabalho procuramos desenvolver uma linha de pesquisa que pretende explorar a hiptese na qual casos graves de anorexia nervosa poderiam ser entendidos, a partir do ponto de vista psicodinmico, como similares as histerias de converso do final do sculo XIX Grande Hysterie. Para sustentar tal hiptese faremos um recuo no tempo investigando a história da evoluo dos conceitos tanto da anorexia nervosa como da histeria e seus respectivos desdobramentos. Durante a realizao desse percurso terico percebemos que na verdade estvamos lidando com velhos dramas, ou seja, que no pano de fundo dessa questo encontrava-se a feminilidade e seus percalos. Assim sendo, nossa proposta toma um outro rumo: alicerada na perspectiva freudiana do tornar-se mulher, nos indagarmos se a anorexia nervosa no seria uma recusa do feminino capaz de assumir mscaras diversas. Recuperamos ento o conceito de feminilidade da teoria psicanaltica, considerando a anorexia nervosa como uma possibilidade de recusa articulada, ora a histeria, ora a perverso. Verificamos na prtica clnica um desaparecimento, sobretudo nas camadas mais elitizadas da populao, dos fenmenos conversivos francos ou floridos. Entretanto, nos prontos-socorros do servio pblico e nas grandes emergncias psiquitricas, a histeria sobrevive com toda a exuberncia de sua sintomatologia. Nos indagamos se a essas moas de classe mdia ou classe mdia alta restou apenas a possibilidade de implodir toda essa angstia psquica, sob a forma de um controle alimentar to rgido e uma tal distoro da imagem corporal que so capazes de aproxim-las de um quadro de falncia psquica.

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O livro Contos de amor rasgados, de Marina Colasanti, foi publicado em 1986, dcada de consolidao das conquistas do movimento feminista (Pinto, 2003). O feminismo almejava uma mudana de mentalidade, mudana nas prticas sociais e nos discursos sobre a mulher (ibid.). Entretanto, a mulher nos contos representada de forma peculiar, frustrando as expectativas de uma imagem positiva esperada de uma literatura produzida por uma autora feminista. Este estudo prope a anlise dos contos de Marina Colasanti, destacando algumas questes acerca da representao dos atores sociais em textos-contos que pretendem veicular um discurso de liberao da mulher. Para tanto, dez contos representativos do todo foram selecionados para compor o corpus e utilizou-se o sistema sociossemntico para a representao dos atores sociais proposto por van Leeuwen (1997) e a Lingustica Sistmico Funcional de Halliday (2004) como ferramentas de anlise. Nosso enfoque o da Anlise Crítica do Discurso de Fairclough (1995), que tem dedicado seus estudos s mudanas sociais atravs dos discursos. Consideramos que o movimento feminista se inscreve em algumas mudanas. Nessa perspectiva, Bourdieu (2005) afirma que, apesar do movimento feminista, muito pouco mudou, prevalecendo, ainda, a dominao masculina e a violncia simblica. As categorias de van Leeuwen (op. cit.) da excluso e incluso dos atores sociais no discurso servem de instrumental para uma anlise mais detalhada das relaes homem-mulher, permitindo desvelar algumas questes feministas tematizadas nos contos, questes descritas por Pinto (op. cit.) e apontadas por Bourdieu (op. cit.). Os resultados da anlise dos contos demonstram que a mulher ora est totalmente excluda, ora representada como um pano de fundo (encobrimento), ora enfraquecida (apassivada) em favor de seu marido/amante. Assim, os conflitos gerados a partir das aes do homem sobre a mulher nos contos confirmam certas preocupaes do discurso feminista

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A soberania j foi conceituada de diversos modos ao longo da história. Apesar disso, no deixou de ser a categoria mais elementar do direito internacional; expressando o fundamento de atuao dos Estados, foi atravs da soberania que o direito internacional se desenvolveu do Sculo XVII at os dias de hoje. Isso evidencia uma distino entre o contedo da soberania, quer dizer, o seu modo de manifestao, o seu conceito, que se altera em cada perodo histrico, de um lado, e, do outro, a forma jurdica internacional expressa pela soberania, que se mantm intacta e que existe independentemente do contedo que lhe dado, quer dizer, o lugar que ela ocupa no direito internacional. Atravs da anlise do conceito de soberania fornecido por trs autores clssicos de diferentes perodos histricos Hugo Grotius, Pasquale Mancini e Hans Kelsen o presente trabalho tem por objetivo demonstrar o carter ideolgico de cada teoria e, conseqentemente, sua inexatido. Para faz-lo, foi adotado o mtodo materialista dialtico, atravs do qual a produo de idias por parte do homem deve ser observada nos limites das suas condies de existncia e as idias produzidas como um reflexo consciente do mundo real. Cuida-se, assim, de observar o direito de superioridade afirmado por Grotius nos limites das condies de existncia humana que se alteravam com a transio do feudalismo para capitalismo, e extrai-se o seu sentido da luta entre a Igreja e os monarcas que iam centralizando sob si o poder. Da mesma forma, observa-se o direito de nacionalidade de Mancini sob as condies de existncia propiciadas pelo amadurecimento das classes sociais do capitalismo na Europa Ocidental como fruto da Revoluo Industrial, extraindo-se seu sentido das lutas revolucionrias por libertao nacional que ali se desenrolavam. O carter essencialmente limitado da soberania de Kelsen, enfim, ser observado no contexto da passagem do capitalismo para sua poca imperialista, como um reflexo consciente dos desenvolvimentos experimentados pelo direito internacional no fim do Sculo XIX e incio do Sculo XX, aps a Primeira Guerra Mundial. Assim, alm de demonstrar o carter ideolgico e a inexatido dos conceitos mencionados, busca-se demonstrar que o contedo da soberania em cada perodo histrico analisado encontra sua razo de ser na correspondente fase de desenvolvimento do capitalismo e que a forma jurdica soberania, isto , o lugar que ela ocupa no direito internacional, determinado pela necessidade do capitalismo de um instrumento de fora que assegure a acumulao de capital, o Estado soberano.

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Este trabalho, em sua forma de tese de doutorado, pretende investigar as formulaes discursivas do orador nos sermes do padre Antnio Vieira, partindo da problematizao do conceito de sujeito vigente no sculo XVII. Entendendo que a noo de sujeito no transistrica, e, sim, uma noo que veio sendo construda ao longo da história da humanidade, investigamos elementos formadores do que se entende hoje por eu. Nesse percurso analisamos, especialmente, os conceitos de cuidado de si e de livre-arbtrio. No poderamos deixar de estudar, ainda, as particularidades dos procedimentos das produes letradas do sculo XVII, fatores essenciais para a compreenso do lugar do eu que fala na elaborao dos sermes religiosos seiscentistas. Nesse sentido, a funo que a imagem ocupava nos seiscentos vem a ser de suma importncia para a compreenso do pensamento do perodo e, consequentemente, para o entendimento da figura do eu. Enveredamo-nos tambm pela teoria de Michel Foucault, investigando a funo-autor exercida por Vieira em sua sermonstica

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Este trabalho visa realizar os primeiros passos de um projeto mais longo, cujo objetivo determinar o sentido daquilo que entendemos como pergunta pelo sentido do ser; junto a isso, se tem aqui igualmente o propsito de pensar a metodologia que acaso venha a ser adequada, isto , o tratamento especfico que possa alguma vez dar a tal questionamento um desenvolvimento legtimo. O caminho por ns adotado partir de Kant por motivos estratgicos, principalmente pela razo de encontrarmos a uma tese declarada sobre ser, que lhe concede um sentido unitrio: ao coment-la, reconstruindo-a por meio da apresentao de alguns de seus momentos, estaremos nos utilizando da mesma para apontar aquilo que acreditamos constituir uma corrupo de sentido nas suas prprias bases, permitindo compreender as dificuldades lanadas pela questo que, assim nos parece, so as mesmas que terminam por gerar as confuses que perfazem a prpria história da metafsica. Isto significa que nossa discusso do caso kantiano - embora vise diretamente a filosofia crítica e todo projeto de uma teoria das faculdades - dever cunhar resultados mais amplos, j mesmo porque, a partir dela, viremos mesmo a afirmar a total inadequao de uma abordagem do sentido do ser sob o ponto de vista do comportamento terico. Por oposio a ele, procuraremos demonstrar que ser s pode ser abordado no interior de um campo de sentido que se apresente como o que chamaremos de atividade descritiva ou, poderamos igualmente dizer, uma atividade de mostrao. Este ltimo ponto, conclusivo somente quanto parte do caminho que nosso projeto mais geral nos exige percorrer, ser explicitado com a ajuda de alguns dos conceitos apresentados por Husserl em suas Investigaes Lgicas.

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A presente dissertao tem como objetivo refletir sobre a imagem do artista na obra de Silviano Santiago, mais precisamente sobre a figura do narrador-escritor da novela Uma história de famlia (1992), em abordagem comparativa com outros artistas, cuja produo e aparecimento na mdia problematizaram as primeiras dcadas do HIV/AIDS, tais como Cazuza e o artista visual Leonilson, que posavam midiaticamente como perigosos. Pretende-se apontar, na obra de Silviano Santiago, uma performance do artista (soropositivamente) perigoso, na qual a relao entre enfermidade, dor, prazer e labor literrio verificvel. Outros artistas so estudados, tais como o escritor Jean-Claude Bernardet, a artista visual Teresa Margolles e o performer Ron Athey, assim como os j citados Cazuza e Leonilson. Partindo da tese de Doutorado e da dissertao de Mestrado de Marcelo Secron Bessa, este trabalho procura avanar com algumas questes que, para tanto, recorrem ao conceito de performatividade, em Judith Butler, noo do corpo como um Outro radical, de Henri-Pierre Jeudy, e anlise da relao entre AIDS e a discursividade empreendida por Susan Sontag. Os textos crticos de Silviano Santiago tambm fundamentam o presente estudo, mais precisamente na anlise daqueles da relao entre dor e prazer na criao literria e da noo de uma homossexualidade astuciosa em resposta s discursividades heteronormativas

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O objetivo desta dissertao analisar o romance Brick Lane (2003), da escritora Monica Ali, focalizando o processo de empoderamento da protagonista Nazneen. Usando os conceitos de lugar e no-lugar propostos por Marc Aug, pretendo examinar passagens do romance que caracterizem a sensao de no-pertencimento vivida pela personagem. Nazneen recorre s memrias de sua infncia com a irm Hasina em Bangladesh para tentar se distanciar do espao fsico de Brick Lane (a comunidade onde reside em Londres), que se constitui em um no-lugar, pois ali no possvel reconstruir sua identidade fragmentada pelo deslocamento de uma cultura para outra. Considerando aspectos histricos e culturais de Bangladesh, terra natal de Nazneen, este trabalho pretende discutir as experincias da protagonista e de outros sujeitos diaspricos do romance, alm de analisar o papel crucial que Hasina (e suas cartas) desempenham na narrativa. O atual contexto multicultural e cosmopolita da cidade de Londres tambm ser investigado, com a discusso de situaes que afetam os imigrantes e suas representaes no romance. Esta dissertao tambm considera o carter gendrado dos movimentos migratrios contemporneos que possibilitam novas perspectivas acerca das consequncias da dispora. A anlise de passagens selecionadas do romance ratifica o processo gradual de autonomia de Nazneen que, por fim, consegue se sentir em casa novamente

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A ps-modernidade marcada pela dissoluo de fronteiras, sejam elas espaciais, culturais, sociais ou artsticas. No campo da arte, percebe-se uma significativa influncia mtua entre cinema e literatura, na medida em que as estticas, os estilos e os recursos so transitveis entre essas duas artes, a ponto de alguns romances possurem caractersticas da linguagem cinematogrfica e de o cinema possuir uma narrativa bem prxima literria. Por outro lado, a ps-modernidade tambm marcada por um grande crescimento das produes flmicas e literrias para a massa, para um pblico cujo interesse o entretenimento, e no a discusso, a crítica ou a reflexo. Nesse sentido, surgem vrios autores que se preocuparo em produzir sua arte de forma que atinja o maior nmero de pessoas, de pblico, o que inevitavelmente aproxima suas obras das de mercado - ou as converte em obra de mercado. O presente trabalho, portanto, visa fazer uma anlise de algumas das produes artsticas do romancista, diretor e roteirista Guillermo Arriaga, cuja obra transita pelo cinema e pela literatura, porm unindo-os a partir de uma esttica realista contempornea, que produz suas obras para o pblico de massa, caracterizando-se, segundo a definio da prof. Vera de Figueiredo (2010) como um autor miditico

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Esta tese visa a analisar trs perspectivas nacionalistas oferecidas pela obra crítica de Machado de Assis. Buscamos, inicialmente, a feio intelectual do jovem Machado no interior do projeto romntico-nacionalista, com o qual estava alinhado e do qual se afastaria paulatinamente. Para tanto, foi cotejado, inicialmente, com dois militantes daquele nacionalismo defensivo: Santiago Nunes Ribeiro e Joaquim Norberto de Sousa Silva. Esse lugar de onde falava Machado ganha em definio num segundo momento, quando empreendemos a anlise comparativa de seus textos com os de Macedo Soares e Jos de Alencar. Sobretudo entre 1859 e 1872, Machado de Assis construiria sua crítica teatral, tornando-se um paladino da comdia realista francesa. A primeira face nacionalista de sua crítica afirma-se nesse profundo envolvimento de Machado com o projeto de um teatro brasileiro pautado no potencial pedaggico da alta comdia. A segunda perspectiva nacionalista define-se medida que se define o classicismo moderno de Machado, uma articulao muito pessoal de sua viso universalista com a j instaurada modernidade literria. Para a anlise desse vis, usamos o corpus de sua crítica literria construda como gnero autnomo, oferecida convencionalmente ao pblico, por via da qual escritores e leitores se habilitariam a intervir na sociedade, cumprindo, patrioticamente, a misso para a qual a literatura os preparara. A partir de 1883, depois de quase cinco anos afastado da crnica, Machado a retoma, usando-a para exercitar, mais franca e assiduamente, uma particular teoria da cultura brasileira e, paralelamente, uma espcie de busca de nosso carter nacional. Dessa forma, seu nacionalismo, numa terceira angulao, orienta-se para a experincia humana, que, entre incorporar o fundamento externo e resistir a ele, acaba por formar algo irremediavelmente brasileiro; essa crnica, portanto, carrega uma crítica de feio cultural, no sentido de Machado ter-se comprometido com significaes e valores de nossa vida social. Ao examin-lo como escritor que, inicialmente, se postou contra o colonialismo cultural; que, a seguir, se engajou num projeto civilizatrio conduzido pelo teatro e pela literatura e que, por fim, investigou a sensibilidade coletiva brasileira a partir de suas representaes culturais, esta tese faculta uma apreenso mais criteriosa das intersees entre os temas nacionalismo e Machado de Assis

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A problemtica da autoria tem ganhado uma nova roupagem na contemporaneidade. No se pode mais reconhecer o poder e a influncia que o autor outrora exercia sobre suas produes artsticas, pois a sua identidade como tal se confunde com a da "pessoa real". Essa questo da identidade autoral ser discutida e problematizada atravs da figura do duplo. O tema do duplo, to caro história da literatura ser ento empregado como elemento desconstrutor da figura do autor. Esse deixar de ser aquele que carrega consigo uma srie de expectativas e juzos de valor com relao ao conjunto de suas produes, dando lugar ao um outro - o duplo -, estranho ao leitor. Assim, cabe a questo do que restar quando a marca do autor for esvaziada, quantas sero as vozes que abriro caminho ao discurso narrativo e o que ir caracterizar a figura do autor contemporneo. So estas as questes que impulsionaram a redao da presente dissertao. Neste trabalho ser analisada a questo da autoria e da identidade a partir da figura do duplo em dois romances contemporneos, a saber: Budapeste de Chico Buarque de Hollanda e Vom Dorf de Antje Rvic Strubel. A escolha de um romance brasileiro e de outro alemo visa explicitar que a problemtica da autoria uma questo atual e que encontra expresso em diferentes contextos literrios, como o alemo e o brasileiro. A questo complexa e encontra desdobramentos nas novas formas de comunicao e tem relao direta com o processo de globalizao. Iremos fazer um recorte transversal abordando a história do desenvolvimento do duplo na literatura, suas origens, os romances nos quais se manifestam suas diferentes expresses. Em seguida adentraremos o terreno movedio da problemtica da identidade sempre tendo como foco a viso diacrnica da questo e em por fim apresentaremos a constituio histrica da figura do autor e suas implicaes para a crítica literria. Num outro momento verificaremos como esses elementos so expressos nos romances em questo

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O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura do romance A Costa dos Murmrios da autora Ldia Jorge, que aborda o lado oculto da guerra portuguesa em frica, denunciando os fatos ali ocorridos, destacando os aspectos da narrativa, o universo simblico e as caractersticas de alguns personagens, com finalidade de desconstruir, revelar, rasurar junto com Eva Lopo a História oficial, bem como ler as entrelinhas a fim de desvendar a barbrie da guerra colonial em frica por meio desse extraordinrio recuo temporal realizado por Ldia Jorge. Atravs de sua personagem principal, encontramos a metamorfose de uma frgil Evita, que ressurge, agora, na pele daquela que devora- Eva Lopo (lupus)

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Este trabalho um estudo sobre o poeta Lus de Cames como personagem teatral em trs obras: Frei Lus de Sousa, de Almeida Garrett; Que farei com este livro, de Jos Saramago e Tu, s tu, puro amor..., de Machado de Assis. Em Frei Lus de Sousa ser abordado o Cames mtico, pois quando se passa a história, durante o perodo filipino, este j est morto, s lembrado atravs de Telmo. o smbolo da ptria. No captulo Cames: uma personagem do imaginrio popular, ser apresentado o Cames como personagem de Literatura de Cordel, sendo feita uma breve comparao com outras personagens como Joo Grilo.Em Que farei com este livro? ser estudado um Cames totalmente desiludido com a ptria na tentativa de publicar Os Lusadas. Em Tu s, tu, puro amor..., ser visto um Cames romntico sofrendo de amores por uma dama da corte.Em cada uma das obras, estudaremos os aspectos da abordagem do poeta portugus de acordo com o contexto de poca de seus respectivos autores

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Esta dissertao tem por objetivo investigar o papel das slave narratives como poderoso gnero literrio na denncia da escravido africana e na representao do homem negro e da mulher negra nos sculos dezoito e dezenove. Este trabalho tambm se prope a investigar o papel das neo-slave narratives no estudo do passado e a representao da identidade negra no sculo vinte. Ambos os gneros desafiam seus tempos presentes ao discutirem questes de etnia e subjugao humana, em uma abordagem crítica. Em Incidents in the Life of a Slave Girl (1861), Harriet Jacobs narra sua experincia na escravido, deixando um importante legado no somente para a História mas tambm para a Literatura Afro-Americana. Em Dessa Rose (1986), Sherley Anne Williams, revisa o passado para resgatar a memria da escravido e reescrever a história para examinar seu tempo presente. Alm disso, as duas autoras apresentam questes de gnero, levantando questes feministas em suas obras

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As escritas ntimas passaram por diversas mudanas no decorrer da história das sociedades e tambm da literatura. Acompanhando as mudanas sofridas pelo sujeito e a forma como o mesmo se relaciona com o mundo, as escritas ntimas se integraram e se modificaram, associando-se, mais recentemente, s novas modalidades de comunicao e atuao das variadas mdias, que colaboram com o delinear da conjuno entre os elementos pblicos e os privados. Na literatura, essas alteraes foram percebidas e aproveitadas como forma de produo. A crnica aparece como foco de anlise deste trabalho, pois ganha destaque no cenrio atual por ser um formato capaz de atender ao dinamismo contemporneo e se estruturar associando a fala pessoal ao coletivo, integrando os espaos ntimos aos pblicos e construindo a relao de proximidade entre autor e leitor, comum na atualidade. Como visualizao dessas caractersticas, surge aqui a anlise de crnicas da autora contempornea Martha Medeiros

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A presente dissertao objetiva a comparao proposta no Preldio do romance Middlemarch por sua autora George Eliot entre a protagonista da obra, Dorothea Brooke, e a figura histrica Teresa dvila. A partir de tal estudo, busca-se compreender de que modo a situao especfica da mulher na Era Vitoriana articulada no romance de modo a espelhar a crise ontolgica e epistemolgica do prprio ser humano diante das transformaes consolidadas com o Iluminismo e as revolues liberais do sculo XVIII que culminariam na morte de Deus. Dorothea mostra-se uma crist to fervorosa quanto a Teresa quinhentista, mas faltam-lhe certezas e a resoluo para concretizar as reformas sociais que defende, pois ela encarna o mito de feminilidade oitocentista batizado de Anjo do Lar ideal de sujeio feminina ordem falocntrica cujas funes so a proteo e difuso da moralidade burguesa e a substituio de elementos cristos no universo do sagrado a uma sociedade cada vez mais materialista e insegura de valores absolutos. As aflies de Dorothea representam as aflies da mulher vitoriana, mas o momento crtico desta mulher reflete, em Middlemarch, uma crise muito maior do Ocidente, que teve incio com a Era da Razo