957 resultados para Jornais Manchetes
Resumo:
O comrcio eletrnico vem crescendo de forma significativa nestes ltimos anos no Brasil. Isto vem fazendo com que cada vez mais empreendedores utilizem ou estudem a possibilidade de valerem-se deste canal de venda para a comercializao de todo tipo de produto. Mas, como todo tipo de negcio, o comrcio eletrnico possui suas particularidades que representam a diferena entre o sucesso e o fracasso desse tipo de empreendimento. Muitas dessas caractersticas podem se inferir consultando a literatura existente, artigos de jornais e revistas, consultando especialistas ou empresas especializadas na montagem dessas lojas e associaes de classe do setor. Mas, ao analisar esse tipo de negcio sob a tica da gesto de risco, muito pouca literatura encontrada. Encontram-se referncias ou artigos tratando de algum aspecto em especfico do comrcio eletrnico, ou da gesto de risco, mas muito poucos artigos tratando destes dois assuntos em conjunto. O objetivo deste trabalho foi tentar preencher esta lacuna. Como metodologia para esta pesquisa, levantamos a literatura existente, o referencial terico em termos de gesto de risco e das tcnicas de avaliao de riscos, do comrcio eletrnico, tipos, estatsticas, funcionamento, caractersticas e modelos. Como no encontramos parmetros j definidos ligando esses dois assuntos, dividimos a gesto do risco no comrcio eletrnico em cinco grandes grupos, estratgico, de marketing, financeiro, de tecnologia e logstico. Em seguida, realizamos uma pesquisa exploratria junto a especialistas em comrcio eletrnico que trabalham com a gesto de risco para determinar quais fatores de risco seriam os mais importantes, ou que deveriam ser controlados para efetuar a gesto do risco. Uma vez definidos esses fatores, realizamos pesquisas de campo junto s lojas virtuais na cidade de So Paulo para saber quais riscos estavam efetivamente sendo controlados e qual a importncia do controle desses riscos. Ao final destas pesquisas, definimos quais riscos so hoje controlados, e qual o grau de importncia do controle desses riscos. Emitimos uma srie de recomendaes para aqueles que trabalham com o comrcio eletrnico ou que desejam empreender neste tipo de negcio e finalmente montamos uma proposta para hierarquizao da gesto de risco em comrcio eletrnico.
Resumo:
Esta investigao teve por objetivo analisar a participao de idosos em direo promoo da sade considerando a articulao com oito aspectos da vida urbana do projeto cidade amiga do idoso (espaos abertos e prdios, transporte, moradia, participao social, respeito e incluso social, participao cvica e emprego, comunicao e informao, e apoio comunitrio e servios de sade) do bairro Vila Tibrio, municpio de Ribeiro Preto, estado de So Paulo, Brasil. Trata-se de pesquisa descritiva de abordagem qualitativa sustentada pelos conceitos e princpios da promoo da sade, a partir da perspectiva da participao social e do estabelecimento de ambientes saudveis, motivo do alinhamento com os aspectos da vida urbana do Projeto Cidade Amiga do Idoso. A pesquisa atendeu aos preceitos ticos, sendo sua realizao aprovada por Comit de tica em Pesquisa. A captao do emprico se deu por meio da realizao de grupos focais com base no Protocolo de Vancouver, desenvolvido pelo Government of British Columbia, somando 32 idosos e 6 representantes de prestadores de servios em 5 grupos focais. Adicionalmente, foi aplicado instrumento de avaliao funcional para verificar condio de independncia ou dependncia dos 32 idosos, sendo feita avaliao qualitativa da capacidade autorreferida pelos idosos, segundo a escala utilizada. Realizou-se anlise de contedo na vertente temtica para o material dos grupos, com a identificao de trs temas: territrio: lugar de vida e cidadania, formao de redes de suporte social ao idoso e participao dos idosos na vida do bairro. A violncia, o abandono presentes no territrio, em especial nos espaos coletivos, trazem preocupao e medo aos idosos, pois dificultam a livre circulao no territrio. Por outro lado, h no bairro certa tradio e possibilidade de serem construdas relaes de amizade e apoio, que permitem ao idoso sentir-se acolhido, sendo enfatizado que as relaes de amizade e mesmo as institucionalizadas, como por exemplo, o trabalho dos agentes comunitrios de sade, so necessrias s relaes de convivncia e sustentao na vida dos idosos. trazida a importncia dos jornais do bairro e de seu papel como elemento constitutivo da rede apoio na rea de comunicao e informao dentro do territrio. A vinculao ao mundo do trabalho, com atividades remuneradas, ainda uma forma que os idosos encontram de se manterem prximos aos amigos e participantes da vida em comunidade. H dificuldade em ampliar a participao dos idosos por diferentes motivos que vo desde a dificuldade de mobilidade dentro do bairro, acesso informao sobre as atividades disponveis, ausncia de canais mais geis de comunicao, baixa adeso aos processos de participao social no campo da sade e assistncia social, trabalho dos idosos como cuidadores de outros idosos familiares ou de netos. Situaes que dificultam maior adeso aos processos de participao social, embora seja assinalada a importncia destes processos para a melhoria do bairro. O conjunto dos resultados aponta que os idosos apresentam muitas dificuldades para ampliar sua participao nos processos coletivos no bairro, que por vezes se mostra hostil em suas condies a este grupo. Por outro lado se fazem presentes potencialidades, nas brechas e sugestes que indicam a possibilidade para se situarem no processo de construo da Promoo da Sade no territrio em que esto inseridos, utilizando de suas caractersticas, perfis de vida e atuao para agir com autonomia e constiturem-se como protagonistas dos processos e de aes no territrio. Com a cincia dos limites, credita-se a esta investigao a possibilidade de que os elementos aqui discutidos possam oferecer subsdios para que as polticas voltadas ao envelhecimento saudvel nos mbitos da sade, segurana, educao, assistncia social, dentre outras possam se repensadas ou reestruturadas
Resumo:
Esta dissertao teve como objetivo articular um estudo do determinante diante das formas possessivas com base em um corpus histrico jornalstico composto de anncios e cartas de leitores e redatores extrados de jornais paulistas do sculo XIX. Focalizamos as formas possessivas seu/seus/sua/suas pr-nominais, observando a presena versus ausncia do artigo definido e seus diferentes contextos. Nossas hipteses buscaram resolver algumas questes tericas relacionadas estrutura do DP possessivo no PB, entre elas a da opcionalidade aparente do determinante e a da variao na realizao de Nmero no interior da estrutura. Desenvolvemos respostas e anlises s questes a partir da associao de dois quadros tericos: a teoria dos Princpios & Parmetros (CHOMSKY 1981, 1986) incluindo alguns refinamentos do Programa Minimalista (CHOMSKY 1995, 1998, 2000, 2001, 2004), e os pressupostos elaborados dentro da Sociolingustica Variacionista (cf. WEINREICH, LABOV e HERZOG (WLH) (1968); LABOV (1972, 1994, 2000)). Consideramos tambm estudos posteriores que conciliaram a mudana paramtrica internalista da lngua (ROBERTS (2007)) com fatores extragramaticais que determinam o percurso das formas lingusticas no tempo histrico (KROCH (1989, 1994, 2000)). Para o estudo da estrutura do DP possessivo usamos a anlise sobre os Bare Nouns de Cyrino & Espinal (2014). Os resultados obtidos mostraram que a mdia geral de ausncia do determinante diante de DPs possessivos se manteve a mesma nos dois perodos analisados, configurando uma variao estvel. Conclumos que no houve, portanto, indcios de oscilao no uso de uma ou outra variante que pudesse demonstrar o avano de uma delas em detrimento de outra.
Resumo:
Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Cultura e Comunicao), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2016
Resumo:
O crescimento econmico de um pas depende dos fundos disponveis, quer para o financiamento da formao de capital quer para a sua reposio. Fundos obtidos pelas empresas e organismos pblicos atravs de diversas formas, entre as quais, se destaca a emisso de valores mobilirios. Os aforradores, detentores de recursos, ao comprarem valores mobilirios, aliam uma alta rentabilidade a uma elevada liquidez na remunerao dos seus investimentos. As bolsas de valores so o meio onde as empresas, os organismos pblicos e os aforradores, tm a possibilidade de verem esses interesses conciliados de uma maneira eficiente, eficaz e transparente, garantindo assim, uma maior liquidez aos ttulos financeiros transaccionados em bolsa de valores. As empresas possuem vrias alternativas de financiamento, o mercado de capitais considerado pelos gestores, a fonte onde o rendimento ou o retorno obtido pode ser maior, perante a contrapartida de se incorrer um maior risco. Este mercado surge como alternativa aos emprstimos bancrios, as empresas podem, dessa forma, adquirir financiamento de terceiros, os quais se tornaro accionistas dessa empresa. Podem emitir novas aces no mercado accionista de forma a atrair investidores externos que garantam a sustentabilidade do negcio. As aces possuem diversas caracteristicas e modalidades e fazem com que o capital da empresa seja partilhado por todos os seus accionistas, tendo em conta a proporo por eles adquirida individualmente. Esta dissertao investiga a dinmica de compra e de venda das aces no mercado bolsista, os factores que determinam o seu preo, assim como os modelos que permitem a avaliao das mesmas e a inferncia da taxa de retorno esperada por um investidor. A avaliao das aces o tema de maior importncia para esta anlise, mais concretamente, a determinao e previso do preo, e no apenas o preo propriamente dito, pois este facultado diriamente por vrios jornais e tambm na internet. Perante o estudo da determinao de preos de uma aco num horizonte temporal, um investidor pode inferir se as suas aces esto a ser avaliadas sob um preo justo, e mais importante, pode apurar a sua previso consoante dados e anlises de factores. Outro ponto importante abordado nesta investigao tem que ver com a possibilidade das empresas em conhecer o modo como o mercado faz a sua avaliao a fim de tomar decises certas acerca do oramento de capital. Apenas se deve julgar a atractividade de um negcio se se souber como so avaliadas as aces. Nos mercados financeiros existe a tendncia, por parte dos agentes econmicos, de relacionarem o preo com o valor dos ttulos financeiros. As decises para a transaco de ttulos financeiros so tomadas segundo a sua comparao. O preo ou cotao de mercado formado em mercados organizados, pelo que depende das regras de funcionamento do mercado, tais como, os mnimos para transaco ou a variao mxima e mnima permitida. Esto associados a uma transao dependendo assim da procura e oferta dos ttulos e incorporam ainda os custos de transaco. A ideia subjacente ao modelo Capital Asset Pricing Model a de que, os investidores esperam uma recompensa pela preocupao dos investimentos realizados com risco ou com um retorno incerto. Quando se investe em ttulos com risco, espera-se um retorno extra (comparando com os Bilhetes do Tesouro sem risco, recebe-se apenas os juros) ou um prmio de risco pela preocupao. A incerteza no retorno dos ttulos provem de duas fontes, nomeadamente os factores macroeconmicos, pode-se chamar tambm, um factor comum, e os factores especficos inerentes actividade da empresa. O facto comum assumido como tendo um valor esperado zero pois medido por nova informao respeitante macroeconomia. O modelo assume duas ideias fundamentais: em primeiro lugar, existe consenso em relao ao facto dos investidores exigirem um retorno adicional por correrem riscos, e em segundo lugar, os investidores preocupam-se geralmente com o risco de mercado geral que no pode ser eliminado atravs de diversificao da carteira de investimentos. Este modelo pode ser bastante eficaz pois apenas considera um nico factor para o clculo da rendibilidade esperada de um ttulo financeiro, que a volatilidade do mercado no geral, a qual pode ser estudada. Ao contrrio dos modelos multifactoriais, que incluem vrios factores macroeconmicos tornando o objectivo da anlise pouco intuitivo e complexo. Existem vrios modelos para avaliao dos ttulos de uma empresa cotada em bolsa de valores, geralmente estes modelos utilizam taxas de juro sem risco para equilibrar carteiras diversificadas, embora seja necessrio analisar o retorno de um ttulo ou carteira sob a influncia de diversas variveis macroeconmicas. Por exemplo outro modelo aplicado neste dissertao o modelo Arbitrage Pricing Theory que perante o seu resultado comparado com o primeiro modelo, se pode definir qual dos modelos tem uma aplicao mais conclusiva para o mercado accionista portugus. Este modelo de avaliao por arbitragem estabelece uma relao linear entre o excedente do retorno esperado dos activos face taxa de juro certa (sem risco) e um conjunto de variveis. Pressupe que a taxa de rentabilidade de um activo com risco uma funo linear de um conjunto de factores comuns a todos os activos financeiros. Tem como ideia subjacente, a constituio de uma carteira de no arbitragem, ou seja, uma carteira que no envolve qualquer risco (sistemtico ou especfico) e no requer investimento inicial pois a venda de certos activos gera fundos para adquirir novos. A metodologia implementada abrange o mercado financeiro e modelos possveis para esta questo. Para responder s hipteses de investigao efectuou-se a aplicao efectiva do modelo CAPM e do modelo APT, com a captao de dados oficiais em instituies financeiras e na Bolsa de Valores NYSE Euronext Lisbon. Considerou-se um perodo temporal num passado prximo de forma a poder obter-se concluses concretas e indicadores precisos para a sua implementao e desenvolvimento no futuro. A principal concluso desta dissertao relaciona-se com o facto de no se verificar a total validao da aplicao dos modelos, contudo o modelo CAPM mais conclusivo do que o modelo APT, pois pode-se afirmar que tem aplicao prtica em empresas que se conhea priori a sua capitalizao bolsista e beta anual. Por exemplo, aos ttulos financeiros de empresas com capitalizaes bolsistas inferiores a cinco mil milhes de euros e com um beta anual inferior a 1 poder aplicar-se o modelo, assim como a ttulos de empresas com capitalizaes bolsistas superiores a dez mil milhes de euros e beta anual superior 1,5. Os sectores da Banca e do Papel tambm podero ter potencial de aplicao do modelo.
Resumo:
O objetivo deste texto comunicar a pesquisa que foi empreendida sobre as maneiras e as formas como os evanglicos brasileiros, protestantes tradicionais e pentecostais, usaram o rdio como principal mdia na comunicao de sua mensagem no Brasil a partir da dcada de 1930. Buscamos entender quais foram os principais passos, objetivos, motivaes e dificuldades que tiveram no decorrer das dcadas. Para isso pesquisou-se em jornais e revistas o registro dessa insero, principalmente na chamada poca de ouro do rdio nos anos 40 e 50. No decorrer das investigaes ficou bem claro que o pentecostalismo foi o movimento que melhor se adaptou era do radio , talvez pela sua nfase maior na oralidade. Da o crescimento nas dcadas de 60 a 80 dos segmentos que empregaram, inicialmente, o rdio, e nas dcadas seguintes, a televiso. Ao lado do crescimento no nmero de fiis houve tambm um envolvimento das igrejas, de suas lideranas e de empresrios evanglicos no cenrio poltico. O resultado foi a conquista de um significativo nmero de estaes de rdio concedidos pelas autoridades governamentais para os grupos e igrejas que ajudaram na eleio desses polticos. Por fim, averiguo-se o fenmeno da cultura gospel, o aparecimento do consumismo e do entretenimento, privilegiando-se na anlise o papel que a msica gospel e o rdio tm desempenhado no decorrer desse perodo.
Resumo:
A presente tese investiga as manifestaes de misticismo no Protestantismo brasileiro, especialmente em seus primrdios, tendo como campo de observao a atividade missionria. Este trabalho registra-se em meio aos estudos que abordam as relaes entre cultura, religio e modernidade, principalmente quanto ao campo simblico. Trata-se de pesquisa exploratria fundamentada no mtodo fenomenolgico. Para tanto, utiliza-se a reduo fenomenolgica e a reduo eidtica conforme as orientaes de Edmund Husserl. Esta tese procura trazer contribuies para esclarecer elementos presentes na construo, transformao e difuso do Protestantismo, considerando a mstica protestante como fenmeno religioso. A experincia mstica analisada do ponto de vista individual e coletivo, uma vez que este trabalho privilegia uma perspectiva sociolgica em interface com a Psicologia, a Antropologia e, menos centralmente, a Filosofia e a Histria. Como pesquisa qualitativa e delimitada por seu objeto de estudo, o misticismo pode ser inicialmente apontado como relao direta entre o sagrado e o fiel, reconhecida desta forma individualmente e pelo grupo a que pertence.Tomou-se como referncia terica, entre outros autores, as idias do socilogo Roger Bastide, procurando confirmar ou refutar sua hiptese que um dos significados do misticismo pudesse representar a emergncia do sagrado selvagem. Esta expresso designa a presena de elementos simblicos que se manifestam de modo espontneo ou explosivo nos rituais religiosos. Processos como a secularizao e a laicizao, decorrentes da institucionalizao e modernidade da religio, fazem manifestar o sagrado selvagem, revelando os resduos das produes scio -culturais aparentemente ocultas ou mesmo latentes.Os instrumentos utilizados para a realizao da pesquisa so trechos de obras literrias caractersticas do Protestantismo como A Peregrina e O Peregrino de autoria de John Bunyan, bem como jornais e peridicos evanglicos brasileiros referentes segunda metade do sculo XIX: O Estandarte, Puritano e Expositor Cristo, que transmitiam concepes do Puritanismo e do Pietismo. Trechos de dirios dos missionrios e textos autobiogrficos de pastores complementam a anlise. O trabalho situa-se historicamente no perodo antecedente ao da Reforma, seu desenvolvimento e desdobramentos. Priorizaram-se especialmente os movimentos de reavivamento ingls e americano. em suas respectivas influncias no imaginrio e nas prticas religiosas brasileiras. Aps cuidadosa leitura, seleo e organizao por unidade de sentido dos dados analisados, firmou-se a hiptese de que a mstica protestante um elemento constitutivo do Protestantismo, representando modalidades de significao social, entre as quais destacam-se as mediaes culturais entre: razo/emoo; ingularizao/institucionalizao; fragmentao/unidade; tradio/inovao; e padronizao/automia, expressando relaes com as formas de poder, mudana social e divergncia de interesses scio-econmicos.Verificou-se a existncia, principalmente nas camadas socialmente menos privilegiadas da populao, de indcios relevantes de aproximao cultural entre alguns elementos de prticas religiosas do Pentecostalismo vinculadas ao campo simblico africano e indgena. Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas, revelando os significados das formas de expresso msticas no Protestantismo brasileiro e suas relaes com o Pentecostalismo. Essas investigaes podem clarificar os processos de justaposio de elementos culturais distintos nas prticas religiosas brasileiras, como afirmados por Roger Bastide, e corroborados por esta pesquisa.
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O tema Discursos sobre o uso religioso do psicoativo Ayahuasca , foi pesquisado de acordo com o mtodo da anlise do discurso, tendo como metodologia a coleta de dados na pesquisa bibliogrfica e documental. O objetivo da presente dissertao apresentar os diferentes discursos que so expresses das linguagens diversas que tem sido praticadas nos setores sociais que tratam do tema Ayahuasca. Todas as questes da vida tem em seu entorno discursos dos mais variados tipos, perfis e vertentes; discursos so como cursos de rios que correm e muitas vezes se interligam. Quando observamos os diferentes discursos e dilogos, que envolvem a ayahuasca, podemos perceber a imensa variao de ideias e grupos sociais envolvidos na discusso dos problemas pertinentes ao tema. Ao analisar o discurso taxonmico, percebemos a complexidade dos elementos que compem os dois vegetais que so utilizados na confeco do ch. Observamos na linguagem histrico-antropolgica um imenso caldeiro de culturas e conceitos, que se entrelaam formando um mosaico de relaes que se conectam. Atentando para o interdiscurso acadmico cientfico listamos os diferentes grupos que esto estudando a ayahuasca e seus temas. No discurso e linguagem miditica encontramos as manchetes, que marcam os anos de existncia dos diferentes grupos e seus respectivos conflitos, que contm a linguagem policial, e que versam sobre os temas que envolvem a ayahuasca historicamente e contemporaneamente. Nos deparamos tambm com o discurso jurdico e regulador do Estado, que possui a documentao e os dispositivos de legalizao sobre o uso da ayahuasca. Finalmente a linguagem e discurso das cincias da religio, que procura obter respostas sociais ao nascimento de religiosidade nas culturas, temas esses que esto cheios de smbolos, rituais e imaginrios, que s podem ser explorados e entendidos dentro de seus prprios contextos quando utilizando das ferramentas da antropologia, da sociologia e da psicologia da religio.
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Na contemporaneidade, a famlia tradicional (pai, me, filhos) passou por mudanas de paradigmas, gerando novas configuraes familiares, mais flexveis e plurais. Nas novas configuraes, o elemento de constituio no s a partir dos laos de parentesco de nature-za biolgica e civil, mas, principalmente, o da afetividade. Nesta dissertao, analisamos as rupturas e/ou continuidades dos discursos institucionais religiosos no protestantismo histrico, mais especificamente nas Igrejas Metodista e Luterana, acerca dos divrcios e novos casa-mentos. O objetivo da pesquisa foi o de identificar em que medida o posicionamento institu-cional religioso e a prtica das comunidades de f so coerentes e/ou dissonantes em relao s transformaes experimentadas pela instituio famlia na contemporaneidade. Os docu-mentos utilizados para as anlises foram: pastorais, jornais oficiais, atas, e demais documentos que foram pesquisados nos acervos da biblioteca da UMESP e no Portal Luteranos. A pesqui-sa de campo foi realizada atravs da aplicao de questionrios e entrevistas aos sujeitos reli-giosos no municpio de Ferraz de Vasconcelos, nas Igrejas Metodista e Luterana. Atravs da anlise documental e da pesquisa de campo, buscamos identificar o impacto que as novas con-figuraes familiares causaram sobre o discurso institucional e sobre a prtica eclesial.
Resumo:
O objetivo desse trabalho investigar a compreenso do papel da Igreja e do fiel no mundo segundo as publicaes da Igreja de Cristo Pentecostal no Brasil (ICPB) e interpreta os resul-tados em dilogo com o contexto social, cultural, econmico, poltico e religioso do Brasil da poca. Como recorte temporal propem-se os anos 1934-1986, o que contempla a poca da chegada dos/as fundadores/as, Horace e Carolyn Ward, Chester e Rachel Miller e Annie e Russel Frew, vindos dos Estados Unidos; a poca de Ernst Grimm, um pregador estoniano; e a poca de Jos Pinto de Oliveira, primeiro brasileiro eleito superintendente geral. A nfase nestas personalidades se torna tambm plausvel por serem durante este tempo os principais escritores da igreja, autores e autoras dos textos a serem interpretados neste trabalho. A hip-tese desse trabalho que, paralelo ascenso da liderana brasileira, ocorre uma crescente sen-sibilizao para questes sociais, apesar de que esta dinmica seja interrompida com o surgi-mento da ditadura militar a partir de 1964, mas, retomada j na dcada setenta do sculo pas-sado. Como mtodo prope-se a analisar o ensino teolgico-doutrinrio encontrado em publi-caes oficiais da ICPB, tais como os seus jornais oficiais, brasileiro e estadunidense, as suas edies da revista da Escola Dominical, as suas atas de convenes gerais, bem como livros e anotaes e rascunhos de autoria dos/as pioneiros/as acima mencionados/as. Conclua-se que as teologias e anlises do contexto encontradas nas publicaes, justificam uma compreenso mais diversificada: por um lado, evidencia-se, em termos religiosos e polticos, uma maior pro-ximidade entre as posies defendidas pelos autores e as correntes mais conservadoras (ou at reacionrias) do pas. Por outro lado, transparecem ao lado desse discurso dominante aborda-gens dissonantes e com o potencial de servirem de ponto de partida para uma atuao da ICPB e da sua membresia mais relevante na sociedade, inclusive a denuncia da injustia socio-econmica, e que estes respectivos discursos so encontrados mais entre lideranas nacionais.
Resumo:
Com esse trabalho, visamos discutir a tentativa de estabelecer um equilbrio entre o ser humano e natureza na rea rural de Jud, pouco antes do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse caso, pode-se perguntar: seria o mandamento de Deuteronmio 5,12-15 um discurso ecolgico? A partir dos estudos de Frank Crsemann e Haroldo Reimer se admite que partes das leis veterotestamentrias eram destinadas ao assim chamado grupo povo da terra de Jud, visando manuteno de seu poder. O grupo teria assumido a liderana em Jud mediante um golpe poltico e, articulando-se, desde ento, numa poltica de aliana para se conservar no poder, mesmo no o assumindo diretamente. Nesse contexto de poltica de alianas deve-se procurar a implementao do mandamento de Deuteronmio 5,12-15. Ele teria sido escrito por ancios, um grupo junto ao qual o povo da terra teria se aliado para que ordenassem sentenas jurdicas para a acomodao social. Nesse caso, inicialmente o porto da cidade, espao oficial para discusses, reclamaes e propostas de intermediaes, deve ter sido o lugar de elaborao de sentenas jurdicas sobre a utilizao de tcnicas na agricultura. Sendo elas posteriormente levadas ao tribunal do templo para passar pelas mos dos sacerdotes, outro brao da coalizo. O uso dos animais de porte, cujo peso prejudicava as pequenas propriedades de terra de Jud, deve ter sido um motivo de incessantes conflitos entre pequenos e grandes proprietrios de terra. Ressaltamos assim que apenas os homens mais abastados de Jud tinham acesso a esses animais. Esta soluo, segundo se entende, liga o rodzio de culturas ao descanso do campo pertencente ao povo da terra de Jud. Liga-se o termo sbado com a vida da elite rural judata do perodo do reinado de Josias. Uma sada encontrada pelas elites de Jud, a qual nos leva a ponderar uma situao similar que ocorre na Amrica Latina, diante da globalizao. Se o texto Deuteronmio 5,12-15 uma ponderao das elites hegemnicas de Jud que buscam o equilbrio entre ser o humano e a natureza (ecologia), o discurso ecolgico contemporneo poder ter neste texto um importante interlocutor. Esse discurso pode ocultar interesses econmicos, completamente diferentes, pois se trata de uma estratgia dominadora e no libertadora, objetivando-se, sobretudo, a reproduo social. O Brasil e os demais pases da Amrica Latina vm sofrendo, h algum tempo, com essa distncia entre a elite e o resto da sociedade. Nossas elites utilizam-se, h tempos, do discurso ecolgico para se manterem no poder dessas sociedades. Por exemplo, vemos nos noticirios uma quantidade de programas e manchetes ligadas destruio da natureza. Isso interessante porque, aps terem eles mesmo destrudo a natureza, passam agora a defend-la; controlando as reservas naturais, garantindo sua produtividade e seu status quo no sistema econmico atual.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa abrange mulheres atuantes no chamado protestantismo histrico, principalmente vinculadas Igreja Metodista do Brasil. O trabalho pretende visibilizar especialmente mulheres leigas e suas redes, geralmente informais, de articulao e chamar a ateno para seu papel na constituio destas comunidades de f. Trata-se de um aspecto pouco explorado nas investigaes sobre o protestantismo no Brasil que, quando abordado, se restringe a alguns cones femininos. O foco principal do trabalho se restringe ao perodo de 1930, ano em que a Igreja Metodista do Brasil se constituiu como instituio autnoma, desvinculando-se formalmente de sua congnere nos EUA, at 1970/71, quando mulheres metodistas passam a ser admitidas no presbiterato, ou seja, podem solicitar a ordenao ao pastorado. Alm de discutir a produo bibliogrfica principalmente no mbito da histria do protestantismo, a pesquisa se baseia em fontes primrias, como boletins e jornais denominacionais, relatrios de eventos, correspondncias e informaes dispersas em diferentes materiais. Como referencial terico a pesquisa se valeu da micro-histria, procurando assim dar vida a personagens esquecidos e desvelar enredos ocultados pela histria oficial. Portanto, alm de demonstrar aspectos da atuao de mulheres no protestantismo brasileiro, silenciados tanto na memria institucional como na historiografia em suas diferentes matizes, a pesquisa pretende contribuir para uma avaliao crtica da mentalidade de mulheres sobre sua atuao no campo religioso, entre a adequao aos padres culturais dominantes e os indcios de autonomia de pensamento diante de demandas especficas.(AU)
Resumo:
Carlos Castello Branco atuou nos principais jornais do pas, vivendo principalmente em Braslia, de onde escreveu, durante 30 anos, a Coluna do Castello, espao emblemtico do jornalismo opinativo no sculo XX. Esta dissertao busca descrever as caractersticas do formato comentrio, tendo como base a teoria dos gneros jornalsticos. A pesquisa identificou oito tipos de comentrios no jornalismo praticado pelo reprter piauiense, possibilitando a diferenciao das caractersticas relacionadas ao contexto histrico e conjuntura poltica.
Resumo:
Este estudo analisa o processo comunicacional em torno das manifestaes populares e da histria do santo no-cannico piauiense Motorista Gregrio. O objetivo geral consistiu em observar, analisar e relacionar a comunicao popular que faz parte do processo consolidao da figura do milagreiro. As teorias da cultura, especialmente a Folkcomunicao, assim como as da linguagem, configuraram-se referenciais relevantes nas anlises das formas de comunicao dos devotos e dos jornais impressos de Teresina. Para isso, utilizou-se uma combinao de metodologias tais como a de Marques de Melo (2008) para inventariar os ex-votos, alm de entrevistas semiestruturadas, coleta de depoimentos e observao participante para reunir dados e classificar as informaes obtidas. A anlise revelou que a oralidade a forma de comunicao mais utilizada e que mais tem influencia sobre os devotos, que os jornais impressos reproduzem as histrias do povo e que o santo criado e formado no cotidiano, no convvio dos familiares, vizinhos e amigos.
Resumo:
Os discursos da mdia e as mediaes culturais referentes campanha eleitoral de Marina Silva Presidncia da Repblica em 2010 so o tema central desta tese. A hospitalidade enquanto ddiva fundadora e mantenedora de vnculos polticos e os processos de representaes e apropriaes desses discursos nas dinmicas de produo constituram os parmetros da anlise da cobertura de imprensa realizada a partir de um de recorte cronolgico definido com base no calendrio oficial da campanha: de maro a novembro de 2010. O estudo empreendido articulou os processos de construo da imagem midiatizada junto prpria candidata e a correligionrios anfitries de Casas de Marina , nome dado a comits eleitorais de natureza comunitria. O referencial terico da pesquisa incorporou os conceitos comunicao pblica, hospitalidade, mediaes culturais e marketing poltico. A pesquisa emprica envolveu a anlise da cobertura jornalstica dos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo alm de entrevistas com a prpria candidata, com gestores de sua campanha e com 11 lderes das unidades Casas de Marina . Espera-se com este texto pensar de forma mais abrangente a relao entre os movimentos da sociedade civil e a participao poltica institucional, evidenciar que a ddiva entre os modernos , circula e fundamenta as relaes determinadas com base nas mediaes culturais nas quais se efetiva. Como procurei mostrar, a hospitalidade no ambiente domstico, assim como no ambiente virtual, propiciam as bases para a formao dos vnculos de natureza poltica em um mundo cada vez mais competitivo e conflituoso.