944 resultados para Ficção fantástica moçambicana História e crítica


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A presente dissertao revela os resultados de um minucioso trabalho de reviso bibliogrfica cujo objetivo consistia em buscar as diferentes concepes de autogesto presentes no pensamento dos principais tericos que abordaram tal temtica, no intervalo compreendido entre o alvorecer do sculo XIX e os anos 70 do sculo passado. Com efeito, parte-se do princpio de que a autogesto (entendida como uma nova ordem social em que predomina a total igualdade entre seus membros, ausentes quaisquer divises entre dirigentes e dirigidos, cabendo coletividade a tomada de decises que afetem a vida social como um todo) um subproduto das contradies e antagonismos inerentes a conflitiva ordem capitalista. Assim sendo, a autogesto social seria uma bandeira histrica do movimento operrio e socialista, teorizada pelos principais pensadores ligados a tal movimento. Esta dissertao mostrar como as diversas concepes de autogesto nascem e refletem contextos histricos bem especficos, a partir das condies em que se d o desenvolvimento capitalista e sua inseparvel luta de classes.

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Este trabalho tem como meta mapear o contexto e os principais fatos ligados história da Rdio-Escola Municipal do Distrito Federal, fundada em 1934. Para tanto so descritas e analisadas as transformaes culturais, as propostas educacionais e os projetos polticos contemporneos implantao da emissora estudada, buscando compreender o quanto influenciaram em sua concepo e consecuo. O trabalho tambm apresenta outros projetos e publicaes elaborados no decorrer das dcadas de 1920 a 1940, referentes utilizao do rdio como veculo para educar. O presente trabalho analisou a atuao da emissora estudada at 1945. Porm, dados sobre outros perodos so apresentados, permitindo a visualizao de um quadro geral das principais transformaes ocorridas na estao, que, em 1946, passa a se chamar Rdio Roquette Pinto.

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Machado de Assis, nas coletneas de contos intituladas Papis avulsos e Vrias histórias, faz repetidas aluses ficção e ao fazer ficcional, o que leva a pensar na possibilidade da escolha intencional de um eixo temtico que percorra as narrativas, permitindo que sejam lidas na compreenso dessa intencionalidade, o que confere ao conjunto uma caracterstica autorreferencial. As evocaes de Diderot, Merime e Edgar Allan Poe nessas famlias de contos situam literariamente um entendimento da ficção que a distingue do engano e da fraude, ao mesmo tempo em que no nega sua fora e variedade de usos, enquanto supe futuros e por vezes obscuros caminhos para os prazeres da sensao esttica. No decorrer desta Tese procuro provar que o autor escolhe a narrativa curta para discorrer sobre o fazer ficcional, sendo esse tema um a mais dentre outros, apuradamente ordenados em camadas que no apenas se superpem, mas interpenetram e reafirmam variadas vertentes de fios narrativos. Machado conta histórias, enquanto trata do prprio ato de contar, dos efeitos e da necessidade da ficção enquanto isso, reafirma-a como instrumento para a intelectualidade, num mundo onde a objetividade cartesiana j no supe os olhos como fiis receptores da realidade, mas precisa de outras maneiras de ver e de sentir

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A fim de motivar alunos dos Ensinos Fundamental e Mdio a atentarem para o cunho expressivo dos fatos da lngua e buscarem conhecer os grandes nomes da msica nacional, este trabalho objetivou um estudo estilstico dos recursos lingustico-expressivos de textos musicais de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. o Gonzaguinha. Destacou-se, primeiramente, o vis social da msica. Em seguida, pretendeu-se uma aproximao entre textos musicais e o conceito de poesia para, ento, tratar mais cuidadosamente do papel didtico da cano. Considerando a concepo de contracultura, defendida por Marilena Chau (1990) como o contexto histrico do momento das produes musicais, partiu-se para explanaes acerca da Estilstica: sua história, seus mbitos, seu alcance e possibilidades. Por fim, adentrou-se nas relaes lingsticas a partir de canes de tom ora de protesto inconformado, ora nacionalista-apaixonado do artista mencionado. Desenvolveu-se, portanto, uma abordagem estilstica individual do autor a partir de apontamentos tericos sobre aspectos sonoros, lxico-semnticos, morfossintticos e enunciativos do processo discursivo expressivo. Com esse intento, elegeram-se composies que ilustraram as marcas lingsticas e seu entrelaamento com o plano do contedo

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O trabalho envereda pelos modos e artifcios de construo da subjetividade nos gneros autobiogrficos e nos textos ficcionais, investigando como se d a escrita que versa sobre o eu. Dos textos abertamente autobiogrficos de Caio Fernando Abreu, como a correspondncia, passa-se s formas tnues como a crnica e o conto, nos quais se entrecruzam ficção e subjetividade, experincia e inveno. Nesse sentido, estudamos como o sujeito torna-se o centro dos acontecimentos e passa a escrever sobre aquilo que lhe acomete o esprito, o corpo, os sentimentos e pensamentos, seja no registro pontual e objetivo dos acontecimentos ou no floreamento do vivido e do inventado. A inteno explorar, nos espaos biogrficos e literrios de Caio Fernando Abreu, o entrelaamento de vida e grafia, e as possibilidades de escritura de si mesmo em sua correspondncia, organizada por talo Moriconi, em Cartas (2002), na coletnea de crnicas Pequenas Epifanias (2006), e nos contos de Ovelhas negras (1995)

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Se raiz da tradio liberal considerarmos que todo processo moderno de soberania poltica se assenta na trade Populao-Territrio-Governo, poderamos afirmar que os zapatistas estariam dando passos substantivos na subverso desse modelo, ao problematizar e reinventar, por princpios, a oposio formal entre governo e governado, e por no possurem uma faixa de territrio contgua, por fora das circunstncias, que poderiam reivindicar sob sua absoluta jurisdio. Tributrio das heranas ideolgicas e organizativas das lutas de libertao nacional dos 1960, do marxismo maosta e guevarista, do catolicismo progressista e do ativismo inter-comunitrio indgena, o Exercto Zapatista de Libertao Nacional (EZLN) veio a pblico no ps-levantamento armado de 1994 em Chiapas, no sudeste mexicano, como uma fora poltica capaz de expressar o sintomtico aparecimento de um novo conjunto de movimentos sociais anti-sistmicos, cujos discursos e prticas se nutrem de dimenses pouco convencionais do uso do direito e da luta poltica no-estatal, corroborando uma perspectiva de emancipao que encontra ancoragem normativa na articulao entre uma certa ideia de dignidade humana e de autonomia. Com a presente tese, elaborada a partir de percepes amadurecidas e alimentadas in locu durante o ano de 2008 em Chiapas, pretendo analisar o significado do projeto e da experincia zapatista de autogoverno e seus desdobramentos polticos e sociais para a crítica (e a ao) democrtica radical contempornea, cultivando no horizonte a mobilizao de um repertrio conceitual que promova um dilogo entre as mais recentes perspectivas descoloniais e teorias sociais e polticas de corte libertrio. O exerccio de interpretao do experimento zapatista de autogoverno implicar na articulao de elementos pontuais e fragmentrios da história social mexicana e chiapaneca sob uma viso sistmica e de longa-durao, desaguando em uma descrio analtica do arranjo institucional rebelde e do autogoverno indgena centrado na reorganizao das municipalidades zapatistas operada com a formao das regies autnomas batizadas como Caracis em 2003. Com isso espera-se contribuir com uma reflexo sobre o significado da democracia que possa ultrapassar suas convencionais fronteiras estadocntricas como regime poltico, situando-a no interior de um processo histrico e social mais amplo e representativo de uma das razes constituintes do mundo moderno, ao mesmo tempo que lhe transborda. A democracia como autogoverno, nesse registro, se elabora como uma das mais radicais representaes da transmodernidade ao figurar-se simultaneamente como valor, tica pblica, modelo de ordem moral e sociabilidades, podendo, portanto, ser localizada em distintas configuraes, escalas e regies da vida social.

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A prostatectomia radical (PR) um dos procedimentos mais utilizados para o tratamento do cncer de prstata (CaP) localizado, porm apesar da maior compreenso da anatomia local e do desenvolvimento tecnolgico, esta cirurgia permanece associada elevada morbidade na esfera sexual. A reduo do comprimento peniano aps a PR uma queixa freqente na prtica urolgica, porm no h dados na literatura a respeito da variao deste comprimento em um longo perodo de acompanhamento. A determinao da história natural do comprimento peniano aps PR, assim como possveis fatores de risco ou de proteo de fundamental importncia para o aconselhamento e tratamento dos pacientes submetidos a esta cirurgia. O objetivo deste estudo determinar a história natural do comprimento peniano aps a PR em um acompanhamento de cinco anos, assim como avaliar o papel da funo ertil na variao do comprimento peniano destes pacientes. Foram avaliados prospectivamente os comprimentos penianos de 105 pacientes com cncer de prstata localizado submetidos PR aberta. Participao em programas de reabilitao peniana e deformidades anatmicas do pnis foram considerados critrios de excluso. A medio do comprimento real peniano sob mxima trao (CRTmax) foi realizada antes da PR e aos 3, 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses no ps-operatrio. O domnio da funo ertil do ndice internacional de funo ertil (IIEF-EF) foi utilizado para avaliar a funo ertil. Houve reduo mdia de 1 cm no CRTmax em 3 meses aps a PR e essa diferena permaneceu at 24 meses (p<0,001). Aps este perodo, a diferena reduziu gradativamente, deixando de ser estatisticamente significativa em 48 meses (-0,3 cm, p=0,080) e 60 meses (+0,4 cm, p=0,065). A funo ertil foi um preditor para o retorno precoce do comprimento do pnis. Um encurtamento peniano mdio de 1 cm esperado nos primeiros 24 meses aps PR. No entanto, h uma tendncia para a recuperao deste comprimento aps 24 meses de ps-operatrio, com retorno ao comprimento original em 48 meses. A funo ertil preservada aps a PR um preditor para a recuperao precoce do comprimento do pnis

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Esta dissertao tem o intento de averiguar qual o tratamento dado pelo gnero notcia aos eventos de violncia e preconceito contra os nordestinos brasileiros. A escolha deste gnero deu-se devido ao seu pertencimento s elites simblicas, ou seja, por possuir alto poder de produo e de disseminao discursivas. Em virtude disso, o critrio de seleo do corpus baseou-se em notcias que trazem em seu interior a(s) voz(es) da violncia e do preconceito, por veicularem, consequentemente, discursos ideolgicos. Como perspectiva terica, esse trabalho filia-se Anlise Crítica do Discurso, buscando, especificamente, em Norman Fairclough os princpios analticos norteadores. Para este pesquisador, o discurso produz trs significados, quais sejam, o significado acional, o significado representacional e o significado identificacional. Com o intuito de depreender estes significados das notcias, a anlise baseou-se, respectivamente, nas seguintes categorias: estrutura genrica, representao de atores sociais e modalizao. Como resultado, a anlise, de base qualitativa, demonstrou que os sentidos produzidos pelas notcias, majoritariamente, buscam reverter o quadro de discriminao que os nordestinos ainda sofrem em funo de determinantes histricos. Assim, a mudana social e cultural proposta por Fairclough, com vistas a minimizar a representao assimtrica de minorias sociais- os nordestinos, neste caso- s ser alcanada quando os discursos ideolgicos que promovem essa representao tornarem-se explcitos para a sociedade

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Essa dissertao tem como objetivo fazer uma anlise crítica da proposta nietzschiana de superao da metafsica. Primeiro, determinaremos o que Nietzsche entende por metafsica no perodo intermedirio de sua produo filosfica. Conquistada essa compreenso, mostraremos as críticas feitas pelo filsofo metafsica, presentes em sua obra de juventude Sobre a verdade e a mentira no sentido extra-moral. Por fim, a proposta de superao da metafsica ser analisada a partir de quatro grandes referncias interpretativas: o realismo negativo do devir, o neokantismo, o naturalismo substantivo e a proposta ontolgica da vontade de poder. Testaremos a legitimidade de cada uma dessas interpretaes a partir de duas principais perguntas: qual o estatuto ontolgico do devir na filosofia de Nietzsche? Por que o filsofo afirma que nossas categorias so somente fices?

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El presente artculo es una ampliacin y reelaboracin de la comunicacin presentada en el II Encuentro Interdisciplinar sobre Retrica, Texto y Comunicacin (Cdiz, 7-10 de diciembre de 1994) titulada: "El valor del dilogo en la stira de Horacio: el ejemplo de 2.5".

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A pesquisa realizada por uma artista que coloca em estado de suspenso sua produo artstica dedicando-se a dissertar no a partir de um objeto de autoria prpria, mas de um arquivo realizado por outra autora: A Arquivista. O objeto da dissertao desarquivar este conjunto de materiais impressos sobre arte contempornea no Brasil: Arquivo de emergncia. Por meio de uma arqueologia, o objetivo da pesquisa investigar o arquivo como um agenciamento em arte, a partir da elaborao crítica dos diversos conceitos que ele engendra: arquivo, documento, evento, ruptura, emergncia. Com isso, investiga as condies de apario e de presena do arquivo na atualidade. O vocabulrio da pesquisa traficado de cincias outras, e entre os conceitos que so inflexionados ao arquivo esto o comum e a virtuose. O trabalho tem por intuito investigar os possveis da arte em relao ao comum, em suas finitudes maqunicas e auto-poiticas.

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Waltercio Caldas um dos artistas mais controversos da História da Arte no Brasil. Insere-se na prpria história da arte, bem como cria as bases para uma produo historiogrfica, na qual a busca da formao da identidade nacional um objetivo a ser atingido. Releituras de obras clssicas, novas propostas de olhar as obras de arte, o dilogo com as formas e espaos so algumas das tendncias apresentadas por Caldas desde sua exposio inaugural no inicio da dcada de 70 do sculo passado. O grande momento de Caldas o livro quadro Los Velsquez. Onde o artista desconstri o celebre quadro Las Meninas, de Velsquez. Expondo o visvel e o invisvel, prope uma nova dimenso para com os espaos e limites da arte. Este trabalho visa buscar um panorama da trajetria de Waltercio Caldas e estabelecer as relaes entre este e a História da Arte, para ento buscar a identidade do artista por trs da obra

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A proposta deste trabalho analisar a forma como se estabelecem as relaes de construo de sujeitos ficcionais em alguns romances selecionados. Embora saibamos que haja diversas reflexes que poderiam ser extradas quando tratamos a respeito de assuntos como literatura, ficção, sujeito, e alteridade e as egoescritas (as escritas de si), optamos pelo recorte que abarca os mecanismos de construo dos sujeitos ficcionais e as interpenetraes dos conceitos literrios aplicados a estes dentro de determinados romances nomeadamente, Trilogia de Nova York, O filho eterno, Nove noites e A morte em Veneza , sem, contudo, ignorar esse mesmo recorte quando se refere poesia e at mesmo ao ensaio, esses ltimos tendo Fernando Pessoa como ndice mximo da alterpoesia atravs do heternimo Antnio Mora. Abordaremos as formas de representao desse sujeito que se constitui a partir da ficção, deixando "rastros" que apontam para a figura do autor do romance, expondo ao leitor os labirintos e intersees entre a literatura e a ficção, a autobiografia, a autoficção, entre outras discusses

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No presente trabalho, busca-se refletir, em primeiro lugar, sobre as funes sociais da produo, da circulao e do consumo de bens culturais. Com esse objetivo, realiza-se uma anlise crítica acerca das formas predominantes desde as quais foram interpretados esses processos, concedendo especial nfase no papel que cumprem na construo simblica de certa ordem social. Define-se a produo de bens culturais como uma objetivao de uma subjetividade determinada, e, em tal sentido, se considera como uma construo discursiva onde subjazem determinadas vises do mundo, contribuindo, desse modo, com uma produo simblica especfica. No entanto, sem desconhecer a formao de hegemonias e a sua pretenso de imposio, entende-se, no presente trabalho, que a construo de sentido no pode ser considerada como a imposio plena do objeto sobre o sujeito, seno como uma interao entre ambos. O significado fruto de um processo interativo entre a história do processo de produo e a história incorporada nos esquemas de classificao que possuem os sujeitos de distintos espaos sociais. Em segundo lugar, considerando os resultados do survey sobre consumo cultural feita no ano 2009 no Uruguai, realiza-se uma discusso sobre as especificidades que este processo assume no citado pas, bem como acerca do papel das polticas culturais e sua concepo regressiva da distribuio de fundos pblicos, o que redunda no fortalecimento da excluso simblica dos setores com menores recursos.

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As narrativas Dois irmos e rfos do Eldorado, de Milton Hatoum, esto cercadas pelo ambiente dos rios, espao fluido, aquoso, profundo, que representa o limite entre a vida e a morte. O rio, cenrio mtico, simblico para o material ficcional das narrativas, metaforicamente tambm pode ser entendido como o lugar mais ntimo e profundo do ser, onde os personagens so levados a uma imerso, um voltar-se para si mesmo. Espao de transcendncia, permitida pelo mergulho na memria, que, assim como os rios, dinmica, instvel, fluida. Temos nos livros de Hatoum narradores em primeira pessoa que se dedicam a recompor os fios dos tempos atravs de relatos, num processo solitrio, por vias da memria. Eles fazem um mergulho no ntimo do homem e descobrem sua condio humana, frgil. Num trabalho de catarse e de autorreflexo, alimentado pela memria, eles se descobrem estranhos a si mesmos, uma vez que, ao reconstruir a prpria história, o sujeito est calcado no momento presente. O eixo temporal da narrao , desse modo, presente-passado. Nesse sentido, h importncia em compreendermos que a memorizao exige estratgias. Os contos, os ritos, os mitos, as fbulas fazem parte desse conjunto de estratgias, que, atravs de imagens e smbolos, transmitem, de gerao em gerao, a realidade de um povo, em tempo e espao diferentes. verdade que os narradores de Dois irmos e rfos do Eldorado contam histórias particulares, mas eles o fazem se valendo dos elementos de que a memria individual e coletiva dispem, memrias estas permeadas pelo ambiente em que esto inseridos. Entendemos, portanto, que estudar a memria estudar a cultura e a história vivida de cada sujeito e de seus grupos. Quando se entende que a memria de um indivduo tambm a de sua regio e dos grupos de que faz parte, considera-se o processo memorialstico como uma construo coletiva. Isso significa que a memria individual parte da memria coletiva. Desse modo, nos textos estudados, pelo vis da memria que se entrelaam espaos e tempos num lugar em que o rio se coloca entre os mundos narrados