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Resumo:
Objective: To explore relationships between physical activity and mental health cross-sectionally and longitudinally in a large cohort of older Australian women. Method: Women in their 70s participating in the Australian Longitudinal Study on Women's Health responded in 1996 (aged 70-75) and in 1999 (aged 73-78). Cross-sectional data were analyzed for 10,063 women and longitudinal data for 6472. Self-reports were used to categorize women into four categories of physical activity at each time point as well as to define four physical activity transition categories across the 3-year period. Outcome variables for the cross-sectional analyses were the mental health component score (MCS) and mental health subscales of the Medical Outcomes Study Short Form (SF-36). The longitudinal analyses focused on changes in these variables. Confounders included the physical health component scale (PCS) of the SF-36, marital status, body mass index (BMI) and life events. Adjustment for baseline scores was included for the longitudinal analyses. Results: Cross-sectionally, higher levels of physical activity were associated with higher scores on all dependent variables, both with and without adjustment for confounders. Longitudinally, the effects were weaker, but women who had made a transition from some physical activity to none generally showed more negative changes in emotional well-being than those who had always been sedentary, while those who maintained or adopted physical activity had better outcomes. Conclusion: Physical activity is associated with emotional well-being among a population cohort of older women both cross-sectionally and longitudinally, supporting the need for the promotion of appropriate physical activity in this age group. (C) 2003 Elsevier Science Inc. All rights reserved.
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O paper estuda o caso da recente reforma da Previd??ncia na It??lia, ilustrando a possibilidade de uma participa????o positiva dos sindicatos ??? tradicionalmente contr??rios ??s reformas ??? no processo de transforma????o do setor p??blico. Ap??s uma revis??o do sistema previdenci??rio italiano, altamente fragmentado e particularista na opini??o dos autores, e o apontamento de suas principais defici??ncias, o estudo concentra-se na an??lise de tr??s propostas de reforma ligadas aos governos de Amato (1992-93), Berlusconi (1994) e Dini (1995), respectivamente. O texto aborda tanto as propostas concretas de mudan??a, trazendo contribui????es sobre uma variedade consider??vel de medidas, seu impacto e aceita????o sociais e por categoria, como os objetivos visados e o processo pol??tico relacionado ?? sua discuss??o e tramita????o. Uma preocupa????o constante dos autores ?? a correla????o entre a postura e a participa????o dos sindicatos em mat??ria de reforma previdenci??ria, por um lado, e o avan??o das propostas governamentais, por outro. Segundo o estudo, a ampla participa????o da for??a sindical na negocia????o do projeto de reforma previdenci??ria do governo Dini representou um fator decisivo para sua aprova????o e implementa????o bem-sucedidas. Ao mesmo tempo, a delibera????o democr??tica para concilia????o de prefer??ncias e interesses (m??ltiplos no caso de assuntos norteados pela dicotomia bem comum/interesse particular) ??? objeto da ??ltima sess??o do estudo ??? ?? vista como uma forma de ampliar a participa????o sindical al??m das lideran??as, passando a incluir os rank-and-file trabalhadores, um procedimento que traz, igualmente, a for??a de uma decis??o majorit??ria. A an??lise da reforma da Previd??ncia italiana ?? ilustrada no paper com tabelas que trazem e comparam dados referentes ?? contribui????o previdenci??ria, ??s categorias de beneficiados e ??s diferentes propostas de reforma formuladas por sucessivos governos italianos.
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O trabalho se prop??e a oferecer uma modesta contribui????o ao estudo da hist??ria das reformas administrativas realizadas no Brasil a partir da primeira metade do s??culo XX. Mais do que apresentar uma cronologia de fatos e um repert??rio de projetos, recupera as narrativas e an??lises dos estudiosos do tema para identificar as diferentes explica????es para os sucessos e insucessos do passado e estabelecer um sistema de categorias que seja ??til ?? compreens??o da din??mica hist??rica. Relatos, narrativas, teoriza????es, interpreta????es e ideologias se confundem. Em qualquer um dos casos, constituem representa????es do mundo administrativo brasileiro, quer dizer, apresentam-se como formas simb??licas de um Estado em transforma????o.
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Este texto trata do tema da pesquisa "com" o cotidiano. O interesse �� provocar uma permanente abertura para a reflex��o e o debate sobre o cotidiano e a pesquisa com o cotidiano, e n��o fechar a quest��o com uma proposta sistem��tica. Vale-se dos estudos desenvolvidos em escolas p��blicas do Estado do Esp��rito Santo no per��odo de 1999 a 2004, cujo principal objetivo foi desencadear, entre os praticantes do cotidiano escolar, pr��ticas de interven����o nos "curr��culos" e na "forma����o continuada", assumidos como processos complexos que se interpenetram em meio ��s redes de saberesfazeres tecidas e partilhadas pelos sujeitos das escolas. Podemos inferir, a partir das pistas encontradas, que o cotidiano exige dos pesquisadores em educa����o outras possibilidades te��rico-metodol��gicas, diferentes daquelas herdadas da modernidade, para superar o aprisionamento do cotidiano em categorias pr��vias e assegurar a impossibilidade de usarmos o singular para tratar da diversidade que se manifesta na vida.
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O artigo faz uma an��lise dos sistemas de representa����o de professores, delegados eleitos para participarem do GT ��� Forma����o e Valoriza����o do Magist��rio, por ocasi��o da realiza����o do Semin��rio Estadual de Pol��tica Educacional do Esp��rito Santo, sobre os processos de forma����o continuada desenvolvidos pela Secretaria de Educa����o. Utiliza como referencial de an��lise as categorias de n��o-lugar, lugar, espa��os-tempos e comunidades compartilhadas, a partir das obras de Lefebvre (1983), Aug�� (1994), Certeau (2001) e Santos (2000), dentre outros. Trabalha com metodologia baseada em coleta de dados por meio de question��rio composto de quest��es abertas e fechadas. Aponta como resultado que o sistema de representa����o de professores enuncia a necessidade de instaura����o de processos de forma����o continuada voltados para a "ut��pica" de constitui����o de um coletivo escolar que supere, por meio de comunidades compartilhadas, o n��o-lugar por eles ocupado at�� ent��o.
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Com a Constitui����o da Rep��blica Federativa do Brasil (1988), a intersetorialidade imprimiu nas pol��ticas p��blicas de educa����o e seguridade social uma constru����o e uma operacionalidade mais articuladas e interdependentes. Entre as leis e portarias interministeriais, destaca-se o Programa Benef��cio de Presta����o Continuada na Escola, que atende pessoas com defici��ncia de zero a dezoito anos de idade. Nesta pesquisa, questionam-se as interfaces entre as pol��ticas p��blicas da educa����o especial e da seguridade social. S��o objetivos da pesquisa: analisar as interfaces das pol��ticas p��blicas sociais ��� educa����o especial e seguridade social ��� no que se refere �� garantia de direitos �� educa����o de crian��as com defici��ncia ou Transtornos Globais do Desenvolvimento, entre zero e cinco anos, no munic��pio de Vit��ria, Estado do Esp��rito Santo; identificar como se configuram as interdepend��ncias entre profissionais da educa����o especial e da seguridade social e os familiares (pais ou respons��veis) dessas crian��as perante seus processos educacionais; compreender os diferentes movimentos entre as institui����es de educa����o e da seguridade social e suas implica����es para a inclus��o escolar das crian��as com defici��ncia ou Transtorno Global do Desenvolvimento; analisar como os profissionais da educa����o e da seguridade social lan��am perspectivas para os processos de inclus��o escolar e estabelecem di��logo com a fam��lia acerca da educa����o dessas crian��as. Esta �� uma pesquisa de natureza qualitativa, estudo de caso com coleta de dados emp��ricos e bibliogr��ficos, na qual foram sujeitos: m��es de tr��s crian��as de tr��s Centros Municipais de Educa����o Infantil de Vit��ria; professoras da sala de atividades e de educa����o especial, pedagogas e diretoras; t��cnicos das Secretarias Municipais de Vit��ria: Educa����o, Sa��de e Assist��ncia Social e do Instituto Nacional do Seguro Social. As t��cnicas empregadas para coleta de dados foram a entrevista o grupo focal e o di��rio de itiner��ncia. Foram procedimentos adotados para o registro dos dados a audiograva����o de entrevistas e de grupos focais e anota����es em di��rio de itiner��ncia. Os dados foram organizados em cinco categorias de an��lise, produzidas por meio das narrativas dos familiares e dos profissionais participantes da pesquisa. Os conceitos de Norbert Elias, interdepend��ncia e configura����o, rela����o de poder ��� estabelecidos e outsiders ���, processos sociais e rela����o entre sociedade e Estado (balan��a do poder) contribu��ram para compreender os dados, por serem observados nas categorias produzidas. Os resultados apontam para a fragilidade de Global do Desenvolvimento, no munic��pio de Vit��ria. Revelam, ainda, uma inconsist��ncia de fluxos de refer��ncia e contrarrefer��ncia e lacunas na dimens��o t��cnica e operativa para as interfaces das pol��ticas p��blicas intersetoriais com pr��ticas profissionais que cumpram o papel pol��tico conforme outorga a legisla����o federal e municipal. As considera����es se ampliam para discuss��es entre o institu��do e o instituinte ��� pol��ticas p��blicas e pr��ticas profissionais ��� que priorizem a efetiva����o da intersetorialidade diante das demandas do p��blico investigado com vista �� garantia dos direitos de acesso a uma educa����o de qualidade.
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A tem��tica do fracasso escolar tem sido muito discutida atualmente. As taxas de evas��o e de reprova����o escolar s��o significativas, em especial quando �� considerado o sexo masculino. Investigar informa����es sobre o fracasso escolar, seja enquanto repet��ncia ou enquanto abandono, possibilitou um olhar mais sens��vel a esse problema em nossa sociedade e possibilitou a reflex��o sobre o quanto h�� para ser feito em rela����o ao ensino m��dio, pois, na medida em que se prop��e a universaliza����o do ensino fundamental, pouco tem se feito para garantir a continua����o dos estudos a fim de que os alunos concluam a educa����o b��sica. Assim, partindo de estudos e dados estat��sticos que indicavam que os meninos tendem a fracassarem na escola, consideramos que seria poss��vel supor que os significados atribu��dos por esses jovens a evas��o possam estar relacionados ao seu tornar-se homem. Desta forma a quest��o central de nossa investiga����o foi: Em que medida o processo de constitui����o da masculinidade de jovens homens influenciam ou interferem no fracasso escolar? Question��vamos como jovens do sexo masculino, que j�� abandonaram a escola durante a etapa do Ensino M��dio, significam a sua ou suas hist��ria (s) de abandono escolar e em que medida os significados atribu��dos por esses jovens �� evas��o escolar s��o relacionados ao processo de constitui����o de suas masculinidades. Adotamos as categorias G��nero e Juventude para compor a investiga����o sobre o fracasso de jovens do sexo masculino que evadiram e regressaram a escola. O objetivo de nosso estudo foi analisar a rela����o que jovens homens tra��am entre a constitui����o de suas masculinidades e o fracasso escolar. Utilizamos entrevistas com 12 jovens do sexo masculino, 7 que haviam evadido e retornaram a escola e 5 que est��o evadidos. E realizamos um grupo focal com o grupo que regressou. A partir das informa����es obtidas nas entrevistas e no grupo focal, podemos inferir que a quest��o da masculinidade influencia a evas��o escolar destes meninos, uma vez que se relaciona, dentre outros com o aspecto da independ��ncia, da responsabilidade e da resist��ncia ao modelo adotado pela escola atual, na qual se espera que os sujeitos sejam vistos apenas como aluno, sendo esquecido o fato de serem jovens.
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A teoria dos atos de fala, de John Austin, apresenta a linguagem a partir de uma perspectiva pragm��tica, ou seja, quando os signos t��m um compromisso com a produ����o de realidades, de mundo e de sujeitos. A linguagem possui ��� nessa perspectiva ��� for��a de cria����o. Em sintonia com os estudos da pragm��tica da linguagem, defenderemos a ideia que uma classifica����o n��o �� mera descri����o neutra acerca dos fatos, e Ian Hacking ser�� a ponte entre a linguagem (enquanto fonte de produ����o de mundo) e as classifica����es (como produtoras de sujeitos). Para esse autor, as classifica����es tanto transformam quanto s��o transformadas. Elas, de diversas formas, interagem entre si, com os sujeitos, com as institui����es, com os saberes, enfim, com tudo aquilo a que faz refer��ncia. A partir de uma revis��o, an��lise e composi����o bibliogr��fica, o trabalho se dedicar�� a produzir um elo entre a problem��tica da linguagem-ato, tal como postulada por John Austin, e o car��ter produtor de realidade das classifica����es. Dentre as classifica����es, daremos import��ncia particular ao diagn��stico (enquanto uma esp��cie de estudo de caso na teoria dos enunciados) e seus efeitos pragm��ticos, a partir dos elementos que lhe d��o for��a de efic��cia e exist��ncia em nosso mundo contempor��neo, tendo em vista o aumento do n��mero e da prolifera����o de categorias nosol��gicas no corpo social. Trataremos, em particular, as classifica����es da medicina psiqui��trica. Abordaremos, por um lado, as condi����es que contribuem na emerg��ncia e na pot��ncia de um diagn��stico e, por outro, seus efeitos. Dentre os efeitos que daremos import��ncia, encontramos a forma����o de novos sujeitos e modos de vida. Sendo assim, tanto as condi����es de efic��cia de um enunciado quanto seus efeitos s��o estendidos �� no����o de diagn��stico enquanto uma classifica����o numa condi����o sociohist��rica particular.
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Esta pesquisa de mestrado teve como principal objetivo investigar estrat��gias de c��lculo mental, utilizadas por alunos de uma 5�� s��rie/6�� ano do ensino fundamental ao resolver c��lculos de adi����o e subtra����o. Para atingir este objetivo procuramos responder aos questionamentos: Quais estrat��gias de c��lculo mental, alunos da 5�� s��rie/6�� ano empregam na resolu����o de c��lculos de adi����o e subtra����o? Que rela����es existem entre o tipo de c��lculo envolvido e a estrat��gia adotada para resolv��-lo? Para respondermos a essas quest��es, seguimos uma metodologia de natureza qualitativa, configurada como estudo de caso do tipo etnogr��fico. O trabalho de campo foi desenvolvido em uma turma de 5�� s��rie/6�� ano do ensino fundamental de uma escola p��blica da rede estadual de ensino do munic��pio de Serra. A pesquisa aconteceu de maio a dezembro de 2013. Oito alunos resolveram uma atividade diagn��stica composta de quatro sequ��ncias de c��lculos mentais, a saber, fatos fundamentais do n��mero 5, do n��mero 10, do n��mero 20 e do n��mero 100, dentre adi����es e subtra����es pr��ximas a esses resultados. Todos alunos participaram da etapa de entrevistas. Dos oito alunos, foram escolhidos dados de tr��s que participaram de outras etapas da pesquisa. Os registros realizados pelos alunos na etapa de observa����o da turma, na etapa diagn��stica e na etapa de interven����o did��tica, as anota����es no caderno de campo e algumas grava����es em ��udio serviram como fontes de coleta de dados. Utilizamos as estrat��gias identificadas por Beishuizen (1997), Klein e Beishuizen (1998), Thompson (1999, 2000) e Lucangeli et al. (2003), como categorias de an��lise. Atrav��s da an��lise de dados, constatamos que as escolhas das estrat��gias de c��lculo mental pelos alunos variaram de acordo com o tipo de sequ��ncia de c��lculos, a opera����o aritm��tica (adi����o ou subtra����o) e o estado emocional deles durante a atividade. Foi poss��vel identificar o uso de duas estrat��gias combinadas, o algoritmo mental e estrat��gias de contagens nos dedos para grande parte dos c��lculos. O uso do algoritmo mental mostrou-se um procedimento de grande sobrecarga mental e, em alguns c��lculos de adi����o sem reserva, serviu apenas como apoio �� visualiza����o num��rica, sendo executado pelo aluno da esquerda para a direita, semelhantemente �� estrat��gia de decomposi����o num��rica. Os dados deste estudo apontam para: (i) a necessidade de se trabalhar fatos num��ricos fundamentais de adi����o e subtra����o via c��lculo mental de maneira sistem��tica em sala de aula; (ii) a necessidade de se ensinar estrat��gias aut��nticas de c��lculo mental para que os alunos n��o se tornem dependentes de estrat��gias como contagens e algoritmo mental, que s��o mais dif��ceis de serem executadas com ��xito; (iii) a import��ncia de entrevistar, individualmente, os alunos a fim de compreender e avaliar o desenvolvimento destes em tarefas de c��lculo mental.
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O intuito inicial desta pesquisa foi acompanhar processos de trabalho �� luz do referencial te��rico da Ergologia e, portanto, concebendo o trabalho como rela����o dial��tica entre t��cnica e a����o humana. O objetivo era cartografar o trabalho no processo de beneficiamento de granitos em uma organiza����o de grande porte localizada no Esp��rito Santo e, ap��s algum tempo em campo, o problema delineou- se do seguinte modo: como se constitui a compet��ncia industriosa no beneficiamento de granitos em uma organiza����o de grande porte? A pesquisa justifica-se uma vez que, a despeito da relev��ncia econ��mica, o cen��rio capixaba de rochas ornamentais apresenta problemas prec��rios no que diz respeito �� gest��o. Para os Estudos Organizacionais, a relev��ncia �� refor��ada pelo fato de aproximar desta ��rea a abordagem ergol��gica e demarcar no debate sobre compet��ncia a no����o de compet��ncia industriosa, ainda n��o explorada nesse campo de estudo. Para realiza����o da pesquisa, foi praticada uma cartografia ergol��gica, a partir da articula����o das pistas cartogr��ficas com o referencial te��rico-conceitual da Ergologia, sendo utilizadas como t��cnicas: observa����o participante durante 6 meses, com uma m��dia de 3 visitas a campo por semana; 8 entrevistas semiestruturadas e em profundidade de cerca de 50 minutos cada com trabalhadores operacionais; uma entrevista com gerente de produ����o e outra com representante da ��rea de Gest��o de Pessoas; conversas com os demais trabalhadores, a fim de enriquecer o di��rio de campo; novas conversas e observa����es ao final da an��lise, para confronta����o-valida����o com os trabalhadores. A sistematiza����o dos procedimentos de an��lise pode ser assim descrita: a) leituras flutuantes com objetivo de fazer emergirem aspectos centrais relacionados ��s duas dimens��es do trabalho, t��cnica e a����o humana; b) leituras em profundidade com objetivo de fazer emergirem singularidades e especificidades relativas �� dial��tica entre ambas; c) leituras em profundidade com objetivo de fazer emergirem aspectos relativos aos ingredientes da compet��ncia industriosa. A despeito da n��o delimita����o de categorias anal��ticas e subcategorias, a partir da an��lise emergiram cinco eixos anal��ticos: 1) os procedimentos a serem empregados no processo de beneficiamento de granitos, englobando: as etapas do beneficiamento; as fun����es a serem desempenhadas e as tarefas a serem desenvolvidas; as normas regulamentadoras; os conhecimentos t��cnicos necess��rios para programa����o e opera����o de m��quinas; a ordem de produ����o prescrita pelo setor comercial; 2) o trabalho real, diferenciado do trabalho como emprego de procedimentos pelo foco dado �� a����o humana no enfrentamento de situa����es reais, repletas de eventos e variabilidades, em todo o processo, englobando: preparo de carga; lamina����o; serrada; levigamento; resinagem; polimento-classifica����o; retoque; fechamento de pacote; ovada de cont��iner; 3) diferentes modos de usos de si que, em tend��ncia, s��o respons��veis pela constitui����o do agir em compet��ncia em cada etapa do processo, na dial��tica entre t��cnica e a����o humana; 4) o modo como cada ingrediente da compet��ncia industriosa atua e se constitui, bem como sua concentra����o, em tend��ncia, em cada etapa do processo, a partir dos tipos de usos de si que, tamb��m em tend��ncia, s��o mais respons��veis pelo agir em compet��ncia, apresentando assim o perfil da compet��ncia industriosa no beneficiamento de granitos na empresa em an��lise; 5) dois poss��veis fatores potencializadores dos ingredientes da compet��ncia industriosa, a saber, a transdu����o e os n��o-humanos. A partir de todo o exposto, as ��ltimas considera����es problematizam aspectos relativos ao debate sobre compet��ncias e pr��ticas de gest��o de pessoas a partir da compet��ncia compreendida da seguinte forma: mestria no ato de tirar partido do meio e de si para gerir situa����es de trabalho, em que a a����o consiste na mobiliza����o de recursos dificilmente percept��veis e descrit��veis, inerentes ao trabalhador, por��m constitu��dos e manifestos por usos de si por si e pelos outros no e para o ato real de trabalho, marcadamente num n��vel infinitesimal, diante de situa����es que demandam aplica����o de protocolos concomitante �� gest��o de variabilidades e eventos em parte inantecip��veis e inelimin��veis.
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Em geral, a tradi����o do pensamento metaf��sico entende que no desenvolvimento hist��rico da raz��o h�� um progresso. A exist��ncia do progresso requer o sacrif��cio do indiv��duo ao longo da hist��ria. A filosofia de Theodor W. Adorno realiza um exame cr��tico do processo de esclarecimento vivido no Ocidente. Os estudos de Adorno mostram que a associa����o entre o ���progresso��� e o sacrif��cio da individualidade resulta na barb��rie. Deste modo, Adorno evidencia os momentos do irracional conservados na sociedade racionalizada e que amea��am o processo civilizat��rio. Neste trabalho, investigamos a influ��ncia de Sigmund Freud no pensamento de Adorno. Defendemos que a leitura adorniana de Freud �� essencial para a explica����o dos fatores subjetivos da personalidade autorit��ria. No entanto, a raz��o subjetiva n��o explica inteiramente os determinantes do car��ter autorit��rio. Por isso, no primeiro cap��tulo n��s apresentamos os pressupostos marxianos da raz��o objetiva. Al��m disso, indicamos a rela����o entre raz��o objetiva e raz��o subjetiva. No segundo cap��tulo, buscamos compreender a teoria de Freud e assinalamos como suas categorias manifestam as condi����es objetivas assinaladas por Adorno. No terceiro cap��tulo, examinamos a interpreta����o marxista realizada por Adorno sobre os determinantes psicol��gicos que favorecem a manifesta����o do car��ter autorit��rio. Ao final, n��s debatemos os resultados da recep����o adorniana de Freud.
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Este estudo aborda o tema or��amento como ferramenta de controle gerencial em uma Institui����o Federal de Ensino Superior (IFES), cujo objetivo da pesquisa foi investigar, descrever e analisar os fatores que inibem a institucionaliza����o do or��amento como ferramenta de controle gerencial em uma IFES. A quest��o de pesquisa �� quais os fatores que inibem a institucionaliza����o do or��amento como ferramenta de controle gerencial em uma IFES? Desta forma, a compreens��o do problema norteou a op����o por um estudo de caso, com uma abordagem qualitativa, com objetivos descritivo e explorat��rio, utilizando como procedimentos t��cnicos de coleta de dados a observa����o n��o participante, entrevista semi estruturada e analise documental. O levantamento dos dados deu-se nos meses de dezembro de 2013 a mar��o de 2014. Como t��cnica de an��lise de dados foi utilizada a t��cnica de An��lise de Conte��do de Bardin (1977, 2004) desenvolvida nos meses abril a junho de 2014. A pesquisa teve como referenciais te��ricos, a literatura de Or��amento com trabalhos de Frezatti et al., (2008) e Covaleski et al., (2003) e a Teoria Institucional com a contribui����o de trabalhos de autores como Burns e Scapens (2000) e Dimaggio e Powell, (1983, 2007). Entretanto, cabe destacar que a literatura principal utilizada foi a de Frezatti et al., (2011) onde foram analisadas oito categorias impactantes ao processo or��ament��rio. Na an��lise dos dados, foi analisado o processo or��ament��rio nos planos te��rico e real, foi verificado os est��gios de institucionaliza����o das etapas e fun����es do processo or��ament��rio e foi observado oito categorias de an��lise com 27 fatores impactantes a institucionaliza����o do or��amento. Como conclus��o, foi verificado 16 fatores inibidores, tais como: Comunica����o Top Down, Dados Hist��ricos, Impessoalidade e que o or��amento na IFES ainda n��o foi institucionalizado como ferramenta de controle gerencial. �� apenas um ���crit��rio cerimonial de valor��� que estabiliza e legitima a gest��o da universidade frente �� comunidade acad��mica e aos ��rg��os de controle externo.
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A popula����o brasileira vem passando por uma transi����o demogr��fica e epidemiol��gica, caracterizadas por aumento na expectativa de vida, diminui����es nas taxas de mortalidade, natalidade e fecundidade, aumento da escolaridade, diminui����o do desemprego, aumento das enfermidades cr��nico-degenerativas e diminui����o das enfermidades infectocontagiosas. Tais transi����es v��m afetando tamb��m a perinatologia, com aumento proporcional e absoluto das gesta����es tardias tanto no Esp��rito Santo quanto no Brasil. Este estudo realizou uma an��lise retrospectiva das gesta����es tardias no HUCAM, comparando as mesmas com as gesta����es de mulheres adolescentes e adultas jovens quanto aos seguintes desfechos perinatais: anomalia fetal, hip��xia no primeiro e quinto minuto de vida, dura����o da gesta����o, peso ao nascer e tipo de parto. As vari��veis foram analisadas categoricamente, e comparadas atrav��s de an��lise bivariada, utilizando-se o Teste Exato de Fisher, e atrav��s de regress��o log��stica. Na an��lise bivariada, foi encontrada apenas associa����o entre a idade materna e o tipo de parto, mas esta associa����o n��o foi confirmada na regress��o log��stica. Analisando outros fatores relativos �� gesta����o, restou evidenciado uma associa����o positiva entre um menor n��mero de consultas pr��-natais e uma maior frequ��ncia de hip��xia no rec��m-nascido e de prematuridade (odds ratio de 2,9 e 5,7, respectivamente). Ao final deste trabalho s��o elaboradas propostas para aprimoramento da coleta e do armazenamento de dados acerca da gesta����o no HUCAM, e para otimiza����o da assist��ncia pr��-natal das gestantes atendidas pelo hospital, visando melhorar os desfechos perinatais encontrados.
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Nosso objetivo foi compreender o ju��zo da representa����o da a����o de pl��gio de estudantes do segundo e terceiro anos do ensino m��dio, provenientes de escolas p��blicas e particulares de Vit��ria, Esp��rito Santo. Participaram 40 discentes entre 16 a 18 anos, que frequentavam tr��s escolas p��blicas e duas privadas da cidade de Vit��ria-ES, divididos igualmente quanto a sexo e tipo de institui����o. Nosso instrumento de pesquisa foi a um roteiro de entrevista semiestruturado, contendo uma hist��ria-fict��cia que envolveu o comportamento de pl��gio. As entrevistas foram realizadas individualmente, em conson��ncia com o m��todo cl��nico piagetiano e, como procedimento de an��lise dos protocolos, utilizamos a sistematiza����o de categorias proposta por Delval. Avaliamos os ju��zos dos adolescentes com rela����o a representa����o da a����o de pl��gio do personagem da hist��ria-fict��cia contada, nos seguintes aspectos: se consideravam a a����o certa ou errada, se o plagi��rio deve ou n��o ser punido e qual (is) a (s) penalidade (s) sugerida (s). Foram solicitadas as justificativas de todos os aspectos anteriormente mencionados. A partir dos dados encontrados, constatamos que a maior parte dos estudantes: 1) considerou que o pl��gio �� uma atitude errada; 2) justificou ser errado, principalmente pela ���neglig��ncia do aluno no cumprimento do trabalho���, pela ���possibilidade de consequ��ncia negativa��� e pela ���a����o ser incorreta���; 3) afirmou que o personagem ���deve ser punido���; 4) analisou, como castigo para este ato, ���fazer um novo trabalho���, uma ���conversa��� e ���receber nota zero no trabalho��� plagiado e, por fim, 5) justificou as san����es sugeridas em virtude da ���oportunidade de aprendizado e/ou reflex��o do aluno com a puni����o��� da ���adequabilidade da puni����o��� e da ���possibilidade de consequ��ncia negativa para o aluno���. Por outro lado, as raz��es dos poucos escolares que consideravam que o personagem da hist��ria ���n��o deve ser penalizado��� foram a favor da ���aus��ncia de especifica����o e/ou proibi����o pelo docente��� e por causa do pl��gio ser um ���fato rotineiro���. De maneira geral, os dados de nossa pesquisa mostram que os participantes sabem que �� errado plagiar, reconhecem que n��o se deve fazer este ato e a maioria dos estudantes penalizou a conduta investigada. Esse trabalho pode contribuir para a amplia����o dos estudos na ��rea da moralidade e colaborar com subs��dios te��ricos para a elabora����o de projetos de educa����o em valores morais que contemplem, de uma forma geral, o enfrentamento da desonestidade acad��mica e, especificamente, o pl��gio. Consideramos que a inser����o desse conte��do nas propostas de educa����o em valores morais contempor��neas poder�� enriquecer a forma����o moral dos estudantes. Assim, esperamos, a partir dos resultados encontrados na presente pesquisa, subsidiar e promover a realiza����o de outros estudos e propiciar discuss��es e a����es sobre o referido tema, principalmente na Psicologia e na Educa����o.
Resumo:
A partir da descentraliza����o, novas inst��ncias de negocia����o e novas alternativas de ordenamento da estrutura organizacional do Sistema ��nico de Sa��de (SUS) foram criadas. Dentre estas alternativas, podemos citar os conselhos de sa��de, importantes canais de participa����o social. Todavia, frente ��s limita����es destes canais tradicionais de articula����o entre Estado e sociedade, destacamos os ideais da gest��o participativa e os Conselhos Locais de Sa��de (CLS) como alternativa de renova����o e cria����o de inst��ncias mais flex��veis, porosas e efetivas ��s complexas demandas sociais. Neste sentido, buscamos analisar o processo de cria����o e implementa����o dos CLS do munic��pio de Anchieta/ES, a partir de uma abordagem quali-quantativa. Inicialmente, tra��amos o perfil socioecon��mico e pol��tico dos conselheiros eleitos, a partir de um question��rio aplicado a uma amostra de 54 conselheiros; dados que foram categorizados e analisados por meio do emprego de estat��sticas descritivas. Em seguida, entrevistamos treze conselheiros, de dois conselhos distintos do munic��pio, procedendo �� an��lise de conte��do do material, a partir dos ideais de Bardin (2000). Os resultados demonstraram que os conselhos foram criados a partir da iniciativa da gest��o municipal em 2011, e que simplesmente institucionaliz��-los como espa��o de participa����o social n��o foi suficiente para promover a mobiliza����o social e o envolvimento comunit��rio. Quanto ao perfil dos conselheiros locais, 78% s��o mulheres, com predomin��ncia de ra��a/cor branca, idade entre os 20 e 39 anos e funcion��rias p��blicas; 57% possuem Ensino M��dio e participaram como conselheiro por dois anos, e 60% destes j�� tiveram outras experi��ncias de participa����o similares aos CLS. Do material oriundo das entrevistas, emergiram quatro categorias de an��lise, a saber: 1) Ser ou n��o ser conselheiro de sa��de? Eis a quest��o!; 2) O n��o pertencimento e a n��o-participa����o; 3) Conselhos Locais de Sa��de: elos, meios e media����es; e 4) A exogenia da administra����o e os obst��culos �� participa����o social. Os entraves ao funcionamento dos conselhos de sa��de, mesmo em n��vel local, ainda s��o desafios a serem superados, para que estas inst��ncias sejam mais influentes na gest��o p��blica, conforme os princ��pios de sua cria����o. A participa����o social e a democracia s��o fundamentais para a constru����o de pol��ticas de sa��de que correspondam ��s reais demandas da comunidade. Contudo, para garantir a democracia na sociedade n��o basta promover a descentraliza����o. �� necess��rio que os sujeitos pol��ticos resistam ��s rela����es de domina����o, opress��o e subordina����o. Para isso, torna-se imprescind��vel os programas de educa����o para cidadania dos sujeitos envolvidos nestes f��runs de participa����o. O que nos motiva, enfim, �� notarmos a exist��ncia, entre os conselheiros eleitos, de sujeitos protagonistas de seu pr��prio devir; sujeitos que atuam como agentes transformadores, motivadores de sonhos e projetos em prol da sa��de p��blica e de sua comunidade.