854 resultados para margem involuta
Resumo:
- No concelho de Vidigueira, como em grande parte da planície alentejana, existe uma considerável distância entre localidades criando assim alguns obstáculos à relação social entre a globalidade dos munícipes; -Vidigueira é sede do Município e também a localidade com maior número de residentes; - Pedrógão situa-se na margem direita do rio Guadiana estendendo-se até à aldeia de Marmelar, a Barragem de Pedrógão é a segunda maior do empreendimento do Alqueva. - O clima é propício à prática de actividades ao ar livre, de exploração da natureza e radicais; - Os números do desemprego não são muito altos mas a população inactiva (excluídos estudantes) assume valores elevados; - Os meios de divulgação de informação (media local) são poucos e de acesso (rádio e internet) nem sempre fácil aos munícipes; - Ao nível da educação, a maioria dos estabelecimentos e alunos encontra-se na freguesia de Vidigueira; - Existe um curso de Desporto no IPB; - O vasto e rico património cultural pode ser promovido pelas actividades tisicas e vice-versa tanto a nível interno (munícipes) como externo (gente de fora); -A actividade turística junto aos planos de água naturais (albufeira de Pedrógão e Rio Guadiana) está em expansão (turismo de barragem e actividade náutica). Com o terminal civil do Aeroporto de Beja em funcionamento, a actividade turística pode aumentar; - Todos os alunos no concelho têm Actividade/Educação Física na escola, realçando que a Actividade Física Desportiva (1 o Ciclo) é a disciplina extra curricular com maior participação. Já a participação no Desporto Escolar é relativamente fraca; - 44% das associações/clubes encontram-se na freguesia de Vidigueira e são poucas as que mantêm actividade intensa. -A nível federado, o concelho conta com baixa oferta para o género feminino; - A actividade desportiva privada resume-se a um healt club; -Fora de Vidigueira existe muito pouca promoção de actividade física; - Apesar de existirem pelos menos duas instalações em cada localidade, algumas não são, ou são pouco utilizadas. - neste momento o IDP promove três programas/projectos de promoção de actividade física e registo nacional de instalações desportivas que podem e devem ter intervenção local.
Resumo:
O crescimento da população gerou a ocupação de grandes áreas da superfície terrestre que provocaram alterações nas paisagens naturais. A apropriação desordenada do território, tendo em conta os espaços urbanos e rurais, trouxe vários impactos negativos ao meio ambiente. As linhas de água são os ecossistemas mais utilizados pelo homem ao longo da história, pela água, pesca, transporte, … e que simultaneamente vai modelando a paisagem pelas alterações do estado físico e modificações nas superfícies por onde corre. O sistema ribeirinho é constituído por vários ecossistemas, relacionados entre si e que são identificados transversalmente. Ao longo do ano é possível identificar, numa linha de água, três níveis: o de cheia durante o escoamento máximo anual no período das chuvas, o médio ao longo do ano e o de estiagem com o escoamento mínimo no pico do verão. Nas margens, a zonagem das espécies ripárias, está relacionada com a altitude, a unidade bioclimática, a distância do “eixo de humidade”, a geomorfologia, o tipo de solos e a matéria orgânica, entre outros fatores. Nas galerias ripícolas do Alentejo são frequentes cinco comunidades vegetais com grande diversidade de espécies, cujas presenças estão relacionadas com os níveis de água ao longo do ano e o tipo de solo: a) Choupais (Populus nigra), em solos sujeitos a prolongados encharcamentos. b) Salgueirais de borrazeiras pretas (Salix atrocinerea), em ribeiras com regime torrencial. c) Amiais (Alnus glutinosa), em solos com toalha freática à superfície. d) Freixiais (Fraxinus angustifolia) em solos húmidos, a comunidade mais comum no Alentejo. A vegetação marginal constitui um sistema elástico importante na proteção mecânica das margens contra o desgaste normal das águas, porque as mantêm seguras, protege o leito, favorece a riqueza piscícola e purifica as águas. Na proteção com sistemas rígidos e impermeáveis, verifica-se um elevado custo e estabilidade ameaçada nos pontos de contacto com as margens naturais, impede a comunicação natural entre a água que corre no leito do rio e a que se desloca em toda a largura do vale, provocando alterações no lençol freático. São vários, os valores associados à paisagem ribeirinha e, a titulo de exemplo, destacam-se: a) Simbólico: o Taj Mahal nas margens do rio Yamuna em Agra – Índia, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO (1980) e a ponte Hintze Ribeiro destinada a unir as margens de Entre-os-Rios, em Penafiel e Castelo de Paiva, sobre o rio Douro e que colapsou em 4 de março de 2001, num acidente que provou 59 mortes. b) Histórico: a ponte medieval de San Martín (séc. XIV.) em Toledo – Espanha; o açude e termas romanas do séc. I a IV a.C., na Herdade de Almagrassa (Pisões) – Portugal e a villa romana da Tourega (séc. I a IV) que pertenceu ao senador Julius Maximus (Ivlivs Maximvs), como consta da lapide funerária encontrada na N. Sra. da Tourega (Évora) – Portugal. c) Mítico: a ponte romana em Cangas de Onís com a Cruz de la Victoria no principado de Astúrias – Espanha. d) Cultural: a atividade diária nas margens do rio Kottayam no distrito de Kerala – Índia; um fim de semana na margem do rio Danúbio na cidade de Viena – Aústria; as várzeas de rios goeses: Loutulim (Rio Zuari), Benaulim (represa de Komollam Tollem) e Betul (rio Sal) (Goa) – Índia e várzeas de rios cingaleses (região de Kandy) – Sri Lanka. e) Turístico: o palácio real de verão mandado construir pelo marajá Jagat Singh II (1734-1751) na ilha de Jag Niwas (1,5 ha) no lago Pichola. No fim da década de 60, tornou-se num dos mais famosos hotéis românticos do mundo, o Lake Palace Hotel – Índia e a queda de água de Karpuzkaldiran próximo da cidade de Antalya, cujo acesso é feito por escadas ou de barco – Turquia.
Resumo:
O aumento da pressão sobre os recursos hídricos tem levado muitos países a reconsiderarem os mecanismos utilizados na indução do uso eficiente da água, especialmente na agricultura irrigada. Estabelecer o preço correto da água é um dos mecanismos de tornar mais eficiente a alocação da água. O presente trabalho tem como objetivo a análise dos impactes económicos, sociais e ambientais de políticas de preço da água. A metodologia utilizada foi a Programação Linear, aplicada ao Perímetro Irrigado do Vale de Caxito, Província do Bengo, a 45 km de Luanda, que tem como fonte o rio Dande. Foram testados três cenários relativos a políticas de tarifação de água: tarifa volumétrica simples, tarifa volumétrica variável, e tarifa fixa por superfície. As principais conclusões mostram que, do ponto de vista do uso eficiente da água na agricultura, os melhores resultados obtêm-se com a tarifa volumétrica variável; do ponto de vista social, a tarifação volumétrica simples apresenta os melhores resultados; o método de tarifa volumétrica variável foi o mais penalizador, reduzindo rapidamente a área das culturas mais consumidoras de água, sendo o melhor do ponto de vista ambiental. Qualquer um dos métodos traz aspetos negativos relativamente à redução da margem bruta total. Palavras-chaves: Recursos hídricos; Preço da água; Programação linear. Abstract: Increased pressure on water resources has led many countries to reconsider the mechanisms used in the induction of efficient water use, especially for irrigated agriculture, a major consumer of water. Establishing the correct price of water is one of the mechanisms for more efficient allocation of water. This paper aims to analyze the economic, social and essenenvironmental impacts of water price policies. The methodology used is the linear programming, applied to the Irrigated Valley Caxito, in Bengo Province, 45 kilometers from Luanda, which has the river Dande as its source. Three scenarios concerning water price policies were tested: simple volumetric rate, variable volumetric rate and flat rate per surface. The main findings show that from the point of view of the efficient use of water in agriculture, the best results are obtained with variable volumetric rate; from the social point of view, the simple volumetric rate has the best results; the volume variable rate method proved to be the most penalizing, quickly reducing the area of most water consuming cultures, being the method in which the environmental objectives would be more readily achieved. Either methods bring negative aspects in relation to the reduction of total gross margin. Key-words: Water resources; Water price; Linear programming.
Resumo:
A avaliação das escolas, a nível internacional, tem vindo a tornar‑se, progressivamente, na «nova ortodoxia» da mudança educacional. Relatórios internacionais, particularmente da OCDE, políticas educativas em diferentes países e a literatura sobre o tema assinalam a necessidade de fazer pressão a partir do exterior, através de avaliações externas. Mas, ao mesmo tempo, tem vindo a abrir‑se uma onda de críticas, sobre as formas e utilizações que essas avaliações estão a ter, especialmente num contexto neoliberal de performatividade e competitividade entre escolas, vinculando a avaliação à accountability, no interior de uma estratégia mercantil. Como assinala Pasi Sahlberg (2010), face a estas utilizações de prestação de contas, são possíveis outras «formas mais inteligentes» de avaliação e prestação de contas para melhorar as escolas e assegurar a equidade na educação. Por esta razão, a revista Educação, Sociedade & Culturas considerou oportuno dedicar este número temático à revisão das políticas, perspetivas e práticas de avaliação das escolas. A avaliação das escolas merece ser analisada e discutida para que possa ser usada como ins‑ trumento ao serviço da melhoria interna, em vez de se converter num meio de controlo que, estabelecendo rankings entre as escolas que pretendem aumentar a qualidade, contribua para agravar as desigualdades. São possíveis outras lógicas na avaliação das escolas. Em particular, a par de um modo pós‑burocrático de regular os sistemas educativos, a avaliação pode contribuir decisivamente para tornar o sistema educativo mais eficaz. Este necessita de contar com dados (externos ou internos) para tomar decisões mais informadas pois não se pode valorizar os processos de melhoria da escola à margem desses dados.
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O artigo apresenta alternativas de agricultura para a região amazônica, com novo padrão tecnológico. Para isso é necessário efetuar um grande esforço de ampliação da fronteira do conhecimento científico e tecnológico, com resultados para os pequenos, médios e grandes produtores. O atual sistema de financiamento de pesquisa e de avaliação dos pesquisadores tem preju-dicado a pesquisa agrícola, por exigir longo tempo, com grandes riscos e incertezas, que não pode ficar restrito apenas aos indicadores de trabalhos publicados. A redução dos impactos ambientais e a geração de empregos e de renda vão depender da mudança das propostas usuais como extrativismo vegetal, venda de créditos de carbono e das atividades tradicionais, defendidas pelas organizações não governamentais e entidades externas.
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São avaliadas a eficácia de dois tipos de anelagem de árvores, como tratamento silvicultural para florestas naturais da Amazônia e a resistência de oito espécies arbóreas ao tratamento de anelagem, em 5 ha, na Floresta Nacional do Tapajós, à margem da BR 163, km 69, no município de Belterra, Pará. As espécies escolhidas foram: Carapa guianensis (andiroba, Meliaceae); Pouteria heterosepala (abiu, Sapotaceae); Hevea guianensis (seringueira, Euphorbiaceae); Helicostylis pedunculata (muiratinga-folha-peluda, Moraceae); Couratari oblongtfolia (tauari, Lecythidaceae); Sclerolobium crysophyllum (taxi-vermelho, Leguminosae); Virola melinonii (ucuuba-da-terra-firme, Myristicaceae); Bixa arborea (urucu-da-mata, Bixaceae). Os dois tipos de anelagem: anelagem completa e anelagem com entalhes foram analisados em três classes diamétricas, perfazendo seis tratamentos. De cada espécie foram escolhidas duas árvores, perfazendo um total de dezesseis árvores em cada tratamento. Tanto a anelagem completa quanto a anelagem com entalhes podem ser considerados tratamentos eficazes quando utilizado em desbastes, pois já aos cinco anos mostraram uma taxa de mortalidade alta. A anelagem completa se mostrou mais indicada como tratamento silvicultural, porque mostra a maior taxa de mortalidade em todos os tratamentos e dificulta a recuperação da área anelada. As espécies Pouteria heterosepala, Helicostylis pedunculata, Hevea guianensis e Couratari oblongifolia se mostraram mais resistentes a ambos os tipos de anelagem, com uma taxa de mortalidade considerada baixa. Nas espécies Sclerolobium crysophyllum, Virola melinonii, Bixa arborea e Garapa guianensis, a anelagem pode ser aplicada com sucesso, considerando que aos cinco anos já atingiram uma taxa média consideravelmente alta (maior que 60%), sem a utilização de arboricidas.
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No mundo moderno, onde os lugares estão conectados por laços cada vez mais fortes e duradouros, ainda existem lugares que permanecem longe dessas conexões, o caso exemplificado neste trabalho, a comunidade quilombola de Veredinha e a caverna dos Brejões, no município de Morro do Chapéu-BA, que já está dentro de uma rota turística traçada pelo governo baiano no seu Planejamento Para o Século XXI, denominada Chapada Norte que é apenas citada sem nenhum projeto ou investimento para o desenvolvimento de atividades de turismo. As rotas turísticas contempladas, com projetos e investimentos, são as áreas litorâneas, ao passo que tanto o município de Morro do Chapéu quanto a comunidade que vive na APA dos Brejões não tiveram qualquer estudo feito no sentido da inserção neste setor, que é uma atividade que pode trazer benéficos as populações carente de áreas com potencial turístico. No processo de organização do espaço turístico é importante ressaltar que os agentes produtores do espaço geralmente são ignorados a exemplo do que vem ocorrendo com outras áreas da Chapada Diamantina, o município de Lençóis é um desses, em que a população autóctone ficou à margem dos benefícios criados com o ecoturismo. A proposta de inserir a comunidade de Veredinha nesse filão é baseada na nova premissa que é o turismo sustentável de base local, uma atividade considerada de baixo impacto, que além de melhorar o padrão de vida dos moradores locais ainda vai ajudar a proteger a caverna do risco de danos ou mesmo sua destruição.
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A importância que a vegetação de margem de rios representa para o meio ambiente exercendo funções tais como proteção de mananciais e do solo e manutenção do equilíbrio ecológico do ecossistema, faz com que seja fundamental a sua conservação. Este trabalho tem por objetivo identificar padrões de vegetação ciliar em imagens CBERS do Mato Grosso do Sul e seu respectivo estado de conservação. Foram utilizadas imagens do sensor CCD do satélite CBERS-2B do ano de 2007 e informações de campo, coletadas em 368 pontos de imagem referentes a 14 desses 368 pontos que representam áreas de vegetação ciliar ocupadas por campos úmidos, vegetação arbustiva e vegetação arbórea, além de áreas impactadas por cultivo de arroz, desmatamentos, implantação de pasto exótico, erosão e assoreamento de cursos d'água. De maneira geral, a vegetação ciliar do Estado encontra-se impactada ou ausente na maior parte das áreas observadas.
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Para análise, realizou-se inventário florístico em cinco áreas de assentamento localizado no nordeste paraense, com finalidade de analisar a regeneração natural em propriedades de agricultura familiar. Em cada área foi determinado amostragem de 300 m² e sub-amostragem de 45m² em transectos perpendiculares a margem do rio, onde todos os indivíduos arbusto-arbóreos e palmeiras foram identificadas botanicamente e mensurados diâmetro e altura de todas as árvores e palmeiras, varas e mudas. Observou-se que houve diferença de dominância de cinco espécies que ocuparam metade da dominância florestal, sobre a diversidade e riqueza das áreas estudadas e maior similaridade foi em função da proximidade geográfica e ou, estádio sucessional.
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O Projeto de Desenvolvimento Integrado (PDI) do São Francisco visa promover o desenvolvimento de assentamentos rurais e comunidades quilombolas localizados desde a Barragem de Sobradinho, BA, até a foz do Rio São Francisco, em um raio de 30 km da margem do rio, a partir da valorização e estruturação das cadeias produtivas. Nosso objetivo neste trabalho é caracterizar a produção agrícola e arrolar as razões que limitam o desenvolvimento da produção dos assentamentos sob a óptica das famílias assentadas no Submédio São Francisco. Usando imagens de satélite e dados da Codevasf e do Incra, fizemos uma classificação dos projetos de assentamentos (PAs) considerando sua localização e acesso à água: perímetros irrigados (abrangem os PAs inseridos dentro do projeto de irrigação da Codevasf), margem do rio e sequeiro. A visita aos PAs de Petrolina e dos municípios vizinhos possibilitou caracterizar a dinâmica produtiva e descrever suas limitações. PAs nos perímetros irrigados e na margem do rio acompanham a dinâmica produtiva regional, focados na produção de frutas para abastecimento local. O mesmo não ocorre com os PAs em sequeiro, que, pela falta de acesso à água, têm apenas pequenos quintais produtivos e alguns animais para consumo. Enquanto os PAs em perímetros irrigados demandam assistência técnica, PAs da margem do rio desejam ampliar as áreas irrigadas e passíveis de exploração. A realidade dos PAs de sequeiro é a mais preocupante: a falta de água impossibilita o desenvolvimento da produção agrícola e eles são, na maioria, improdutivos e demandam políticas públicas alternativas para subsistência.
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Este trabalho apresenta uma abordagem teórica no que tange a erosão de margens (erosion of margins) e movimentos de massa (mass movement) na calha do rio Solimões (AM). Constitui resultados conduzidos por meio da análise comparativa de trabalhos realizados em ambientes fluviais. A metodologia consistiu de levantamentos de campo onde foram identificados e classificados os processos de erosão de margem e os tipos de movimentos massa, que resultam em impactos socioambientais sobre os moradores da paisagem de várzea na Amazônia. A realização da pesquisa foi trabalhada por meio das seguintes etapas: revisão bibliográfica, observação e mensuração direta no campo com análise descritiva dos processos, ao longo da costa da comunidade do Divino Espírito Santo. Para as mensurações e cadastros dos pontos de erosão utilizou-se trena, GPS, caderneta e fotografias digital (10.0 meg.pixels) obtidas na lateral dos barrancos para a visualização e identificação das formas e cicatrizes de movimentos de massa, nas zonas de perigo e riscos aos moradores. Os resultados citados neste trabalho vêm contribuir para o entendimento da complexa dinâmica fluvial, em especial os processos de erosão de margens e movimentos de massa que ocorrem com bastante intensidade ao longo da costa da comunidade do Divino Espírito Santo.
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O presente estudo tem como objetivo abordar os aspectos relativos à caracterização socioambiental do município de Tutóia – MA. Localizada no norte do Maranhão, na microrregião dos “Lençóis Maranhenses”. Em terreno acidentado e arenoso, nos Lençóis Maranhenses, próximo do Delta do Parnaíba. Tutóia está na Bacia Cretácea de Barreirinhas, que está localizada na Margem Atlântica Equatorial Brasileira, entre as cidades de São Luís (MA) e Parnaíba (PI); já a formação Tutóia é constituída de folhetos escuros, contendo raramente corpos lenticulares de areia dispersos, sua deposição é pró-deltaica. Em todo o município o relevo é moderado, exceto no litoral onde estão as dunas. Os solos predominantes são do tipo: argissolos, latossolos, neossolos, planossolos e solos indiscriminados de mangues. A região está sob a influência do clima tropical úmido, apresentando temperaturas elevadas durante todo o ano. A rede hidrográfica é formada por rios, riachos e lagoas perenes. Os principais rios são o Barro Duro e Bom Gosto. No município encontram-se quatro tipos de vegetação: cerrados, caatingas, matas dos cocais e a vegetação litorânea. A economia está fundamentada, em atividades de trabalho, nos recursos vegetais, animais e minerais, a maioria representa cultivo ou extração de subsistência.
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Caminhos de águas marcadas por remadas, em tempos pretéritos; hoje rabetas e barcos regionais conduzem vidas que passam a perceber a realidade amazônica, no sentido de ver o que existe na comunidade e se apoderar de toda representação natural, social e cultural. É neste contexto que se faz presente a cartografia nas escolas das comunidades ribeirinhas do Baixo Amazonas, porque permite mostrar o lugar cartograficamente; assim explorando o papel dos mapas junto às comunidades tradicionais e analisando as construções gráficas no ensino de Geografia, passou-se a compreender o imaginário e o pensar de quem está construindo a cartografia do lugar. Será apresentado o estudo de caso, destacando a escola no Baixo Amazonas. Escola que exercita o fazer cartográfico nos desenhos das crianças, retratando o seu cotidiano familiar e o que aprendem nas pescarias ou caminhadas pela margem do rio. A pesquisa confirma a relevância dos mapas e dos desenhos para resgatar e valorizar a identidade cultural dessas populações ribeirinhas, como os espaços vividos e percebidos pelas crianças, no Ensino de Geografia. Foram propostas atividades práticas, desenvolvidas em sala de aula, de forma a contemplar os valores, história e experiências dos ribeirinhos, exercitadas nas comunidades e escolas do Baixo Amazonas.
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Terras caídas é um termo regional usado para designar erosão lateral nas margens do rio Amazonas. É um fenômeno natural responsável pelas principais mudanças na paisagem ribeirinha e por sérios transtornos aos moradores. O trabalho apresenta uma análise interpretativa desse fenômeno e de como ele afeta a vida dos moradores ribeirinhos. O trabalho foi realizado em um trecho de 9 km na margem esquerda do Paraná da Trindade, onde predominam pequenas propriedades. A pesquisa consiste em monitoramento do recuo da margem, registro fotográfico e entrevistas com moradores. As principais contribuições geográficas do trabalho consistem em demonstrar as consequências sociais vividas pelos moradores do local tais como: a diminuição e desvalorização das propriedades, perda de plantações e de canoas, necessidade constante de mudança das casas, dificuldade de embarque e desembarque em razão do barranco íngreme, risco de morte na margem do rio, principalmente durante lavagem de roupa, entre outras implicações.