959 resultados para Arte brasileira História e crítica


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A presente dissertao tem como objetivo pautar as possibilidades de leitura da obra do artista alemo Hans Haacke apresentando 6 obras bases de anlise. A pesquisa cerca as relaes entre arte e sociedade em uma esfera tanto micro quanto macropoltica contando com conceitos sociolgicos que pautam a dimenso simblica da arte frente s relaes econmicas e polticas com as quais a obra de Haacke dialoga. A partir da construo de aspectos sociais simblicos a dissertao visa tambm explorar o direcionamento afetivo tanto na leitura do trabalho de Haacke quanto no redirecionamento da posio crítica social e artstica com que o artista joga enquanto aspecto conceitual de sua prpria obra, focando pontos que lidam com a construo coletiva de subjetividades. A dissertao assim aponta para uma investigao de novos lugares de dilogo da prpria arte submerssa em uma constante construo e negociao de seu espao em meio a outras reas de conhecimento

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Esta proposta de estudo aborda questes relativas a polticas pblicas de cultura. Tem por referente o samba de coco nas comunidades afrodescendentes de Castainho e Atoleiros, situadas nos municpios de Garanhuns e Caets, do agreste de Pernambuco, regio que se constitui parcela de territrio do antigo quilombo dos Palmares, um dos principais focos de resistncia dos escravos negros do Brasil colonial, que se manteve inclume durante quase um sculo. Na regio atribuda existncia do antigo quilombo esto vrios grupos autointitulados remanescentes, que fazem dos ideais de fora e resistncia quilombola sua prpria vida. O ttulo do estudo Brincadeira e arte: patrimnio, formao cultural e samba de coco em Pernambuco. O objetivo geral relacionar o processo de criao em manifestaes artsticas populares com as polticas institucionais empreendidas, numa perspectiva intercultural e transdisciplinar, tomando como referencial emprico a brincadeira de samba de coco nos municpios de Garanhuns e Caets, em Pernambuco, respectivamente nas comunidades Stio Castainho e Stio Atoleiros, atravs da Banda Folclore Verde do Castainho e do Samba de Coco Santa Luzia. A ideia viabilizar um estudo que se reporta ao conceito de patrimnio cultural tnico brasileiro, percebendo cultura como uma construo histrica da humanidade e compreendendo a manifestao artstica como patrimnio imaterial. Trata-se de uma anlise sobre grupos brincantes do chamado samba de coco como manifestao plural, de caractersticas diversificadas, que ambiciona influenciar polticas pblicas destinadas a artistas populares ligados msica, ao canto, dana e literatura popular, encarnada em letras de canes, cujo contedo repassado s novas geraes atravs da oralidade ou por aes de formao cultural, como iniciativas do poder pblico. Polticas pblicas de cultura, patrimnio e formao cultural para preservao so as palavras-chave para identificao das condies atuais da relao entre artistas e gesto pblica, considerando a perspectiva de educao no formal, no sentido atribudo pela UNESCO, referenciando-se em depoimentos como principal fonte. Conhecer algumas dimenses do imaginrio mtico-simblico que envolve produtores e gestores, fundamento para o estudo, que se constitui a partir do levantamento, caracterizao e anlise da relao entre artistas e instituies de cultura, em diversas instncias, considerando ideais de modernidade, permanncias e transformaes observadas no exerccio, difuso e gesto da brincadeira. Os produtores do Povoado Atoleiros so criadores do samba de coco, brincadeira de adultos que se traduz em espao de confraternizao e comunho e recebe interferncia do poder pblico municipal, em Caets, um dos municpios do entorno de Garanhuns, na periferia do qual est tambm o Stio Castainho. Este, a partir de formas diversas de articulao, contemplado por aes das gestes pblicas municipal, estadual e federal, especificamente dentro do Festival de Inverno de Garanhuns FIG. A abordagem contempla a situao das duas comunidades, mas no elimina o reconhecimento de outros locais para a brincadeira do samba de coco e aes de preservao a ela direcionadas, como partes de um processo cultural que tambm e necessariamente educativo e, em suas possibilidades de rupturas e continuidades, forma geraes.

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Esta tese procura compreender o processo de incluso escolar dos alunos com deficincia intelectual a partir das suas histórias de vida e da percepo que eles tm da escola, considerando a relao entre deficincia, escola e construo do conhecimento. A pesquisa foi realizada em uma escola do campo, pertencente rede pblica estadual do municpio de Terespolis no Rio de Janeiro. Objetivo principal foi compreender o processo de incluso das pessoas com deficincia intelectual na escola regular a partir das histórias de cinco jovens inseridos na rede regular de ensino. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa norteada pelo mtodo da história de vida, segundo os pressupostos de Glat (2009), Augras (2009), Ferrarotti (1993) e outros. O referencial terico adotado no estudo pautou-se na abordagem psicossocial da deficincia, ressaltando a relao que a pessoa com deficincia estabelece com o meio social e cultural do qual faz parte. A partir das histórias de vida dos sujeitos foi possvel compreender como os jovens narram sua trajetria escolar, com destaque para as seguintes categorias: 1) trajetria escolar, 2) o papel da escola; 3) relao com os professores e as disciplinas; 4) relao com os colegas dentro e fora da escola; 5) perspectivas de futuro e transio para a vida adulta. O estudo revelou as contradies e a complexidade do processo de incluso de alunos com deficincia intelectual em escolas comuns, particularmente quando se trata da insero de jovens no segundo segmento do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio. Percebemos que mesmo aps anos de discusses e pesquisas sobre a incluso escolar de alunos com deficincia intelectual suas trajetrias ainda so marcadas pela cultura da incapacidade e do descrdito em relao ao que esses alunos podem fazer. As polticas de incluso, embora bastante avanadas do ponto de vista de suas concepes tericas, na prtica no se traduzem na superao de prticas homogeneizadoras de ensino e organizao do espao escolar. Esperamos que esta pesquisa contribua significativamente para o contexto da educao brasileira, seja no mbito da escola comum ou da Educao Especial, de maneira que as falas que aqui foram apresentadas ecoem e signifiquem um ponto de reflexo sobre como os sistemas educacionais e ns mesmos estamos compreendendo o processo de incluso de alunos com deficincia e outras necessidades especiais na escola e na sociedade.

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Este trabalho tem como temtica as polticas curriculares circunscritas anlise de processos articulatrios no campo disciplinar da História. Defendo que a Teoria do Discurso de Ernesto Laclau mais potente para a compreenso de como sujeitos atuam na produo de polticas e de como seus significados so discursivamente produzidos e hegemonizados. Articulo os aportes terico-metodolgicos da Teoria do Discurso aos do Ciclo Contnuo de Produo de Polticas de Stephen Ball, retomando sua defesa de currculo como texto, mas questionando o risco de reintroduo de uma centralidade no processo de significao das polticas. De igual modo, articulo Teoria do Discurso os aportes da História das Disciplinas Escolares de Ivor Goodson, recuperando sua defesa de que significados disciplinares so negociados nos processos de hegemonizao, mas questionando o risco de essencializao dos sujeitos bem como sua subjetivao anterior articulao poltica. Com essa construo terica hbrida, defendo a concepo de currculo como poltica cultural discursiva e a delimitao de um campo discursivo disciplinar da História como campo ressignificador das polticas curriculares. Reforo os argumentos sobre as potencialidades da Teoria do Discurso a partir de analogias com a linguagem, conferindo centralidade aos conceitos imbricados de metonimizao e metaforizao e de lgica do significante. A partir de uma das ferramentas da Lingustica de Corpus, o programa Wordsmith Tools 5, submeto anlise, por um de seus instrumentos o Concord , o material emprico selecionado. Assim, identifico nas edies da Revista Brasileira de História e da Revista História Hoje publicaes da Associao Nacional de História (ANPUH); em Pareceres, Diretrizes, Orientaes e Parmetros Curriculares, dentre outros textos chancelados pelo Estado brasileiro no perodo compreendido entre os anos de 1960 e 2010; e, em seis entrevistas, a forma como nesses textos se significa conhecimento histrico, destacando a superposio de sentidos. Por fim, defendo, como nos processos de significao, sentidos se deslocam e se condensam simultaneamente, tornando hegemnica a concepo embutida na metfora de História como construo. Identifico processos de subjetivao nos quais atores sociais, defendendo a centralidade do conhecimento histrico, constituem uma identidade da História, antagonizando-se a outros que constituem uma identidade pedaggica na luta pela hegemonizao de sentidos nas polticas curriculares.

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O presente trabalho objetiva compreender como a temtica afrobrasileira era abordada nos cotidianos do Curso de Pedagogia, campus I, da Universidade Estadual da Paraba. A questo norteadora da pesquisa foi descobrir como professoras e estudantes negras se sentem e enfocam essa temtica nas suas redes de conhecimentos, prticas e relaes. Para tanto, foi preciso adentrar na história do povo negro no Brasil a partir da luta dos movimentos sociais negros buscando entender as noes de raa, racismo, identidade e os limites da educao do/a negro/a ao longo da história brasileira. Neste percurso se dialoga com diversos estudiosos/as como: Santos (2002), Viana (2007), Oliveira (2003, 2006, 2007, 2008), Fernandes (2007), Domingues (2009), Munanga (2002, 2006, 2009), Veiga (2007, 2008)), Pereira (2008, 2009), Gomes (2003, 2006, 2008), Morin (2000), Hall (2003), Moreira e Cmara (2008), dentre outros. Exemplificando a luta e a resistncia de mulheres negras so apresentadas as histórias de vida de quatro professoras e quatro estudantes negras, praticantes (CERTEAU, 2007), sujeitos da pesquisa, que expem o processo de tessitura de suas identidades. Suas narrativas evidenciam indcios de racismo e discriminao que marcaram suas trajetrias, desde o seio familiar, fortalecendo-se na escola, na academia e, para algumas, chegando at o ambiente de trabalho. Uma das professoras a pesquisadora que, medida que narra a história de vida das praticantes, tece sua prpria história, como mulheres costurando uma colcha de retalhos em que cada estampa retrata os momentos vividos. A metodologia de pesquisa nos/dos/com os cotidianos (ALVES, 2008) foi o caminho percorrido. Alm da observao dos cotidianos, foram realizadas conversas (LARROSA, 2003) sobre as histórias de vida (BOSI, 2003; PORTELLI, 1997) e tecidas as narrativas a partir dessas vivncias. Estas revelaram que tais mulheres, ao longo de suas histórias, viveram/vivem processos de afirmaonegao, visto que suas identidades no so fixas, mas negociaes e renegociaes (MUNANGA, 2010) que geram alegrias e conflitos. O entendimento do que Ser Negra experimentado por cada uma, sem um modelo padro para suas existncias. Elas foram se gerando nas relaes com o/a outro/a, em cada contexto familiar, escolar, acadmico e profissional. So senhoras de suas vidas e mesmo as mais jovens buscam fazer suas histórias com autonomia. So praticantes porque lutaram/lutam para conquistar um lugar na vida, utilizando astcias e tticas para fabricar (CERTEAU, 2007) meios de enfrentamento das adversidades. As tticas do silncio, do estudo e do trabalho revelaram que essas mulheres no ficaram invisveis nem se colocaram como vtimas no espao social. Assim, urge delinear a superao da viso da pessoa negra a partir dos traos fsicos e reconhecer as razes do povo brasileiro para compreender a história da negritude. A partir da ancestralidade, sero identificadas as origens do povo negro, que podero trazer o passado de resistncia e luta por liberdade, dignidade, cidadania que produzem o orgulho de ser negra. Orgulho que recupera a autoestima e a capacidade de organizao e mobilizao para combater o racismo e as desigualdades raciais. Os cursos de formao docente precisam abordar essa temtica para capacitar os/as futuros/as professores/as nessa tarefa. Essa abordagem envolve o ensinaraprender, em que professores/as e estudantes assumem compromisso com uma educao crítica e inclusiva. A reflexo entre os/as docentes formadores/as nessa perspectiva plural e intercultural poderia ajudar na superao do eurocentrismo ainda presente nos contedos e nas mentalidades. Sob essa tica, tecer um processo de formao docente no Curso de Pedagogia, comprometido com uma educao inclusiva, considera um contnuo fazerdesfazer, na tessitura de um dilogo permanente entre a prticateoriaprtica, num movimento de pesquisainterveno. Isso implica a reflexo da trajetria pessoal e coletiva e a articulao da ao pedaggica com um projeto poltico de transformao da sociedade excludente em sociedade plural e solidria. Os no ditos necessitam de aprofundamento em trabalhos posteriores, pois os silenciamentos se referem ao passado prximo e as relaes interraciais na famlia, na academia e tambm nos ambientes de trabalho. Ser que no existe mais racismo? Ou este foi naturalizado dificultando sua identificao nos cotidianos? Os limites do processo de introjeo do racismo, que provocam a invisibilidade de algumas praticantes, so novos desafios para estudos futuros. Assim, percebo que colcha de retalhos tecida ao longo desta trajetria no justaposio como usualmente entendida. Para alm disto, significa a socializao das experincias vividas nos cotidianos das praticantes, a fim de inspirar atitudes de combate ao racismo que se ampliem para o contexto social.

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Este trabalho pretende problematizar as concepes de coletivo que se apresentam nos discursos da psicologia brasileira contempornea. Tomamos como campo os artigos da revista Psicologia e Sociedade e construmos duas imagens: a imagem do coletivo representao acompanhada por concepes naturalizantes das categorias com as quais trabalha. Nesta imagem de coletivo a separao entre indivduo e sociedade bem marcada e acaba produzindo construes abstratas dos seus fenmenos. Ao percorrer uma breve história da psicologia vemos esta surgir como uma tecnologia voltada para a ?gesto? dos coletivos, construindo e reproduzindo conhecimentos acerca dos indivduos e do social. A imagem dos coletivos clandestinos pautada em referncias que desestabilizam as fronteiras impostas das cincias modernas e concebem tanto o indivduo quanto o social efeito de uma produo simultnea, problematizando as fprmas de cpnhecimento das cincias tradicionais. A metodologia conta com a perspectiva histrica de Michel Foucault que afirma a primazia das relaes de poder, e com as contribuies de Bruno Latour e suas conexes criando hibridismos. A proposta metodolgica foi um importante instrumento ara romper com as barreiras separatistas, acentuando a presena do pesquisadpr como participante igual aos outros elementos do campo de pesquisa, enfatizando que o modo de pesquisar com o outro e no sobre o outro. Desta forma As histórias de coletivos para uma psicologia brasileira pretende desnaturalizar modos de produzir conhecimento e categorias de coletivos hermticas. Para finalizar entre formas de fazer e perceber o coletivo temos o trabalho de campo atravessado pordois socilogos, Emile Durkheim e Gabriel Tarde, contribuindo com as problematizaes dos coletivos representao e clandestinos. Gabriel Tarde contribui produzindo uma concepo de coletivo processual, onde a imitao e a inveno ressaltam o carter relacional do indivduo e do social e os coloca numa produo de dupla emergncia.

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Este trabalho o resultado da anlise de cinco livros da fase italiana (1957-1975) do poeta Murilo Mendes (1901-1975), com a inteno principal de se extrair deles a presena e a influncia da Literatura e da História da arte italianas na produo do poeta mineiro. Murilo Mendes, que na Itlia se tornou professor universitrio e praticou a crítica de arte com intensidade, chegou a escrever dois livros em italiano. As duas primeiras obras aqui analisadas, Retratos-relmpago e Locchio del poeta, recolhem textos em prosa sobre artistas de contextos, pocas e pases diferentes: da msica literatura s artes plsticas. Esses textos escritos entre prosa e poesia so o resultado de uma maior aproximao reflexo crtico-terica por parte de Murilo, que, ao analisar um artista, recorre aos mesmos recursos, motivos e tcnicas que ir colocar em prtica na prpria obra potica. Nos ltimos livros de poesia do poeta mineiro (Siciliana, Convergncia e Ipotesi), encontram-se de fato alguns desses elementos, como, sobretudo, o lrico-autobiogrfico e o crtico-social. Na Itlia, a poesia de Murilo se universaliza ao superar, segundo o impulso do Essencialismo, as fronteiras de espao e tempo. A rede de citaes se multiplica, parecendo representar uma ltima e desesperada tentativa de salvar a Arte e sua Tradio da catstrofe geral da sociedade moderna

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A Mata Atlntica (MA) est entre as regies com maior biodiversidade e mais ameaadas do planeta. Esforos em diversas reas do conhecimento tm sido feitos para que se tenha uma estimativa mais refinada da diversidade existente e sua organizao ao longo do bioma. O crescente nmero de estudos que buscam reconstituir a história da diversificao da MA apontam para um cenrio espacial e temporal complexo, havendo ainda uma lacuna no conhecimento dos processos em pequena escala. Vertebrados em miniatura tm se mostrado uma boa ferramenta para estudos de processos evolutivos em pequena escala. Assim, o gnero Euparkerella, endmico de uma pequena regio da MA dos Estados do Rio de Janeiro (RJ) e Esprito Santo (ES), foi escolhido como modelo para este estudo. No primeiro captulo buscou-se descrever a diversidade existente dentro do gnero a partir de uma filogenia molecular. Para isso, utilizaram-se mtodos bayesianos para gerar genealogias de genes e de espcies a partir de um fragmento de gene mitocondrial e quatro fragmentos de genes nucleares. Os resultados obtidos apontaram para uma grande diversidade crptica no gnero. Foram identificadas seis unidades evolutivas significativamente divergentes para o RJ: duas em Euparkerella cochranae, trs em Euparkerella brasiliensis, e Euparkerella sp.. A espcie mais basal recuperada foi Euparkerella robusta, do ES, e estimou-se o incio da diversificao do gnero para o final do Mioceno. O segundo captulo descreve onze marcadores de microssatlites desenvolvidos para Euparkerella brasiliensis atravs do mtodo de pirosequenciamento de nova gerao 454. No terceiro captulo estudou-se apenas uma unidade evolutiva, Euparkerella brasiliensis da rea dos Trs Picos/ RJ. A partir de marcadores de evoluo rpida (microssatlites) e lenta (sequncias de DNA) buscou-se compreender a estrutura e a dinmica populacional desta unidade evolutiva em uma rea bastante pequena (aprox. 20 km) sob influncia de um gradiente ambiental altitudinal (40 m 1000 m). Foram identificadas, a partir dos microssatlites, duas subpopulaes geneticamente distintas nas bordas do gradiente. O fluxo gnico se deu predominantemente das bordas para a zona de contato, onde foi observado o maior efetivo populacional. Tais resultados indicam que pequenas variaes ambientais podem atuar no isolamento populacional em Euparkerella e corroboram o padro de formas microendmicas identificadas na filogenia. Futuros estudos devem ser feitos no sentido de buscar caracterizar morfologicamente as unidades evolutivas aqui identificadas; preencher as lacunas amostrais, especialmente no ES; e descrever os processos que atuam em pequena escala nas zonas de contato entre as unidades evolutivas e fatores limitantes a distribuio das mesmas.

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O presente trabalho faz uma anlise da obra de Artur Barrio a partir de uma aproximao da materialidade de sua obra. Aps um estudo preliminar de aspectos histricos e da fortuna crítica do artista, os Cadernos livros surgiram como um aprofundamento dessa questo, pois so um misto de rascunho, lugar de memria e obra de arte, configurando o cerne da obra de Barrio. Nesse contato, surge a escrita em simbiose com a prpria materialidade da obra, a ponto de no ser possvel discernir onde comea a obra e onde termina a escrita. Surgem traos de abjeo, de lembrana, de silncio, de risco. Uma escrita fragmentria que se alastra por todos os lados, fugindo aos Cadernos e tomando todos os espaos da ocupao implementada por Barrio: salas, museus, ruas, cidades. Ao deixar seus rastros, seus vestgios, essa escrita caminha para um grau zero, agregando contaminaes e se transformando num ato quase primitivo. Torna-se, assim, a fundao da materialidade e do trabalho de Artur Barrio

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Esta dissertao tem como objetivo analisar atravs das concepes de patrimnio e bens culturais, os distanciamentos e as aproximaes histrico-sociais entre o Solar do Baro de Nova Friburgo (antiga residncia da famlia Clemente Pinto construda na dcada de 1850) e o Centro de Arte de Nova Friburgo (C.A.N.F.), localizado no poro do edifcio desde 1961. So abordadas as modificaes na estrutura administrativa do Centro de Arte, desde sua criao enquanto associao civil at sua municipalizao, em 1973, quando passou a ser um aparelho cultural administrado pela Diviso de Arte e pela Diviso de Cultura da Secretaria Municipal de Educao e Cultura de Nova Friburgo. A partir da pesquisa histrica de estruturao e consolidao das polticas pblicas para o setor cultural nos cenrios nacional e municipal, e dos desafios metodolgicos da pesquisa das artes e culturas populares construda uma anlise sobre a relevncia do Centro de Arte de Nova Friburgo para as movimentaes artsticas do municpio, tendo como exemplo a produo do artista plstico Geraldo Simplcio, Ngo

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O estudo desenvolvido nesta Tese de Doutorado trata da anlise crítica da esttica dos conceitos: forma, tectnica, funcionalidade, semitica e afetuosidade, no mbito da arquitetura, no programa de museus de arte contempornea e centros culturais. Os museus de arte contempornea e centros culturais, estudos de caso, selecionados para nossa Tese de Doutorado foram inaugurados na dcada de 1990. Como segue: Centro Cultural Jean-Marie Tijibaou (Nova Calednia, Frana), de Renzo Piano; Museu de Arte Contempornea de Naoshima (Japo), de Tadao Ando; Museu Guggenheim Bilbao (Espanha), de Frank O. Gehry; Museu de Arte Contempornea Fundao Serralves (Portugal), de lvaro Siza Vieira; Museu de Arte Contempornea de Niteri (Brasil), de Oscar Niemeyer; Fundaci Museu d'Art Contemporani de Barcelona (Espanha), de Richard Meier; Museu de Arte Contempornea Carr d'Art de Nimes (Frana), de Norman Foster; Museu de Arte Contempornea de Lyon (Frana), de Renzo Piano; Centro Cultural Consonni (Espanha), ausncia de um arquiteto autor do projeto. Tanto os estudos de caso como os arquitetos, autores dos projetos, so considerados de destaque no panorama da arquitetura internacional erudita contempornea. Os tericos que forneceram a fundamentao conceitual deste estudo multidisciplinar so, em primeiro lugar, o Professor Catedrtico Luiz Felipe Bata Neves Flores (Transdisciplinaridade) alm da Professora Catedrtica Maria Luisa Amigo Fernndez de Arroyabe (cio Esttico) e ainda, os tambm importantes, Manuel Cuenca Cabeza (cio Humanista), Charles Jencks e Gonalo Miguel Furtado Cardoso Lopes (Crítica de Arquitetura), Jess Pedro Lorente, Chris van Uffelen e Roberto Segre (Museus de Arte Contempornea).

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A protagonista do presente trabalho, a Utopia, a arte do pensar-contra, foi apresentada e definida, nas sendas da Filosofia da Esperana de Ernst Bloch, como uma conscincia antecipadora que no se conforma com o est-a das coisas, com a realidade ftica; e como um logos, linguagem-ao que cria furos no tempo saltando para-adiante, para o topos-outro. Negativa e Esperanosa, ela representa a verdade-de-fora: no o irreal, pois existe. E a existncia do topos de fora, o topos-outro, se justifica pelo fato de que a vida e o mundo no so sistemas fechados, porque seus horizontes esto em aberto: atravessados por possibilidades, ainda-no-so. Contra o que esttico, o que fatal e ftico, se posiciona o sonho utpico, abrindo espaos no fluxo do mesmo. Ao faz-lo, cria duas frentes reciprocamente reais: o aqui-e-agora de quem sonha e o aqui-e-agora do sonho, o u-topos. Assim, tanto seu carter de projeo ao porvir quanto, na sua base, o descontentamento com o atual, revelam seu comprometimento com o presente. Negando e afirmando a história, transformou-se em contedo e, sobretudo, forma, de Morus a Fourrier, de Marx a Orwell. E por comprometer-se com o futuro, o presente e o passado, que, nos tempos sombrios do incio do sculo XX, ela subverte a si mesma e faz vir ao mundo sua verso pessimista: a Distopia. Articulando e fazendo dialogarem as obras distpicas de Orwell, Aldous Huxley e Jerome K. Jerome com os pensamentos de Adorno, Marcuse, Horkheimer, Hannah Arendt, Karl Kraus e Walter Benjamin, tentamos encaminhar a pergunta originria da nossa pesquisa: possvel uma utopia pessimista? Ser este pessimismo, ainda, uma Utopia?

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O presente trabalho consiste em um estudo crtico do romance Sem tecto, entre runas, de Augusto Abelaira. Inicialmente feita a anlise sobre as possveis consequncias de uma apreenso descontnua e material do tempo, seus efeitos nas relaes entre o protagonista e seu mundo, que se apresentam sob a forma de tdio e paralisia. Para a crítica proposta foram retomados conceitos descontinuidade e homogeneidade apresentados pelo filsofo Henri Bergson, alm da noo de desligamento e desejo demonstrados pela sociologia de Zigmunt Bauman. O prximo alvo contemplado na pesquisa a presena da memria e da lembrana indicados sob o ponto de vista contnuo do tempo, tambm analisados luz da filosofia de Bergson, alm do pensamento de Gilles Deleuze. A partir desse caminho investigativo possvel pensar a condio do protagonista como um confronto de si, uma experincia do tempo que traz uma revelao mediante a condio de ser tarde demais

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Admitindo a produo esttica como uma importante condio da existncia humana, no difcil entender a importncia de se dar voz juventude que tem uma produo potica rica, ainda desconhecida e pouco explorada seu favor. Dar voz, aqui, sobretudo s suas imagens visuais, criar oportunidades de explorar a eloquncia e as significaes dessa literacia visual especfica (Gil, 2011) e dar ouvidos ao que nos gritam tais imagens. A pagada aqui defendida se estende aos gadgets, s telas de celular, computadores, videoclipes, games, mangs, entre tantas outras fontes visuais e comportamentais. Assim, no permanente processo de ressignificao da escola, nos parece promissor o mximo aproveitamento das imagens que constituem a cultura visual que envolve o cotidiano dos estudantes. Esperamos que esta pesquisa mostre um pouco da riqueza, fora ou energia cultural que existe no universo da pichao e a pertinncia de sua reflexo em sala de aula como um caminho de elucidao no apenas dos seus aspectos estticos e plsticos mas, tambm redefinir o papel poltico da afirmao de padres esttico-culturais e assim fortalecer o dilogo com os jovens estudantes periferizados

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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) surgiu em 1987, como uma opo de centro-esquerda, e, de acordo com seus fundadores a agremiao nasceu alinhada com a ideologia social-democrata. Contudo, desde sua origem o partido apresenta duas diferenas fundamentais em relao aos partidos social-democratas europeus: no tem vnculos com movimentos trabalhistas e defende o liberalismo de mercado. No decorrer de sua história, o partido muda da centro-esquerda para a centro-direita demonstrando mais claramente sua verdadeira inclinao ideolgica, fato que pode ser observado no posicionamento de sua bancada, no auto-posicionamento e nas polticas que foram implementadas nos anos em que esteve frente do executivo federal. A anlise dos documentos do PSDB nos revela que a mudana do partido no foi de algo pragmtico, na verdade o partido j apresentava simpatia s polticas pr-mercado em seus manifestos desde sua fundao.