971 resultados para Lee, Spike, 1957- Crítica e interpretação
Resumo:
Esta pesquisa teve por objetivo observar, compreender e descrever a produção de sentidos mediante as interações dos alunos entre si, e destes com o professor ao desenvolverem projetos de modelagem matemática. A investigação foi realizada em uma turma de 5ª série de uma Escola de Ensino Fundamental e Médio da Rede Federal de Ensino na cidade de Belém do Pará. A observação participante foi à técnica predominantemente utilizada para a coleta de dados, que foram registrados através do diário de campo, de vídeos-gravações das aulas e áudios capitados nos grupos de alunos, quando desenvolviam as atividades propostas, constituindo assim a metodologia adotada. Desse modo, a pesquisa, de cunho qualitativo, se caracterizou como pesquisa-participante. O referencial teórico que subsidiou a pesquisa foi composto, predominantemente pela filosofia da matemática de Ludwig Wittgenstein, que entende o jogo de linguagem como uma forma de vida, ressaltando que a aplicação de regras e seus sentidos fazem parte desse jogo; o conceito de resíduo de Gilles-Gaston Granger, que se refere aos significados que estão além do texto matemático formal, ou seja, os aspectos que escaparam da malhas da rede lingüística; o conceito da educação matemática crítica, que se refere aos aspectos políticos da educação matemática e que traz para o debate, questões ligadas ao tema poder, que refletem nas interações entre os sujeitos no ato cognoscitivo, estabelecendo padrões de comunicação; além dos autores que tratam da modelagem matemática no ensino. As análises apontam para possibilidades de produção de ambientes de aprendizagem apropriados para transitar um padrão de comunicação que desempenhe sua função primordial em situação de ensinoaprendizagem: a comunicação através da linguagem ou dos jogos de linguagem.
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Esta dissertação trata de uma discussão referente ao estatuto da psicanálise no contexto da Teoria Crítica, cujo propósito é o de refletir sobre o conceito de Durcharbeitung, elaborado por Freud, a partir da leitura de Theodor Adorno. Do ponto de vista geral, a teoria freudiana representa a própria razão de ser da Escola de Frankfurt, pois permite Á Teoria Crítica pensar seu objeto, pensar-se a si mesma, e pensar a própria psicanálise enquanto momento da cultura. Baseando-nos metodologicamente numa interpretação dialética da psicanálise, recorremos ao corpus teórico do psicanalista Jacques Lacan, com intuito de mostrar que aquilo que interessa é o caráter dialético da teoria freudiana inserido no corpo teórico frankfurtiano. No que se refere a Adorno especificamente, a questão da "elaboração do passado" é uma das mais importantes dentre as quais se lhe apresentaram na intercessão das décadas de 1950 e 60. Contido, tal como pretendemos discutir neste estudo, é necessário atentar para o fato que essa elaboração- ou perlaboração - , no âmbito da dialética negativa, não pode assumir, de forma alguma, uma conotação positiva, pois, assim, estaria fadada a torna-se, de início, inócua.
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Pós-graduação em Educação - FFC
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A partir da denúncia da contraditória presença de pressupostos morais dogmáticos na formulação dos princípios norteadores da atividade científica, Nietzsche concebe uma outra noção de cientificidade, compatível com a opção hegemônica pelo saber, que ele reconhece como presente na cultura ocidental. O presente artigo visa a discutir sob quais parâmetros Nietzsche, no período intermediário de sua produção filosófica, empreende sua interpretação da cientificidade ocidental e como, apresentando-se como seu fomentador, ele formula uma crítica desmistificadora desta.
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Em sua vasta trajetória intelectual – que atravessa os múltiplos campos teóricos das ciências humanas – Michael Löwy destacou-se pela capacidade de estabelecer um diálogo profícuo entre tradições diversas do pensamento social. Partindo desta constatação, o objetivo deste artigo é a apresentação e sistematização de alguns aspectos decisivos da trajetória teórica e intelectual de Michael Löwy, com ênfase especial: 1) na importância da sua formação intelectual, ainda no Brasil (no final da década de 1950), para a constituição de uma leitura não-dogmática do marxismo; e 2) sua incorporação da dialética no diagnóstico weberiano da modernidade. O artigo argumenta que essa interpretação “aberta” do marxismo permitiu-lhe reinterpretar autores do passado — como Marx e Weber — a partir das condições de possibilidade do cenário histórico e intelectual contemporâneo. Esta disposição para enfrentar os desafios do presente sem abandonar as perspectivas do passado comprova a importância da obra de Löwy para as ciências sociais e, mais especificamente, para o marxismo contemporâneo.
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A proposta do presente livro é oferecer ao leitor uma descrição fonológica das qualidades vocálicas vigentes na primeira fase (período trovadoresco) do português arcaico a partir da análise das rimas e da grafia das Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio, Rei de Leão e Castela, elaboradas na segunda metade do século XIII.
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This proposal offers a possibility of approximation of mathematical knowledge at the prospect of Critical Education defended by researchers such as Ole Skovsmose and Paulo Freire. Using storytelling as a methodological resource is intended to develop an activity that allows students to think critically about real-life situations that have democratic questions as ground. The research is part of the branch of mathematics concerned with the education goals of teaching mathematics in basic education. We discuss the relevance of an educational process that enables the development of a democratic competence in the first years of primary education by showing students that their classroom can and should be seen as a community, where everyone has rights and duties. The interpretation and understanding of real situations can be something very complex and uninteresting for students of that age, looking for an attractive feature such as storytelling, which is based on the tendency of Reading and Writing in Mathematics, proposed by Nacarato and Lopes; Cardoso and Fonseca. Adopting a phenomenological attitude in the research seeks to understand if the storytelling can contribute to the formation of the critical student. Assuming this perspective has developed a didactic sequence from the story 'o que os olhos não vêem' from writer Ruth Rocha. The student's writing, favored by the proposed sequence, subsidizes the understanding of their thinking and acting on the democratic situations
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This article seeks to historically contextualize Kracauer’s aesthetic-political position regarding this successful literary genre among German writers in the early 1930s: the novel report. It is inevitable the reference to the Berlin journal, Die Linkskurve, and to Lukács’s critiques developed in the period – when he resumes aesthetic questions on the novel as a literary genre in a Marxist interpretation and outlines his thesis on “critical realism”. Kracauer wrote a critique about the film Kuhle Wampe, directed by S. Dudow with a script by B. Brecht and E. Ottwald and music by H. Eisler, which engendered a discussion full of misunderstandings, but extremely interesting, between E. Bloch and Kracauer and between Kracauer and Brecht. Finally, I comment the journal project Krise und Kritik, which failed with the rise of Hitler.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Letras - FCLAR
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During the lead-up to Montana second progressive era, Lee Metcalf and Forrest Anderson, along with others, kept the progressive flame lit in Montana. Metcalf’s political history is replete with close electoral wins because of his commitment to progressive ideals when the times were not always politically favorable for that. As State Legislator, MT Supreme Court Justice, Congressman and eventually as US Senator, Lee won races by as little as 55 votes because he stuck to his guns as a progressive. In Forrest Anderson’s career as a County Attorney, State Legislator, MT Supreme Court Justice and 12 years as MT Attorney General he was respected as a pragmatic practitioner of politics. But during that entire career leading up to his election as Governor, Forrest Anderson was also a stalwart supporter of the progressive agenda exemplified by FDR and the New Deal, which brought folks out of the Great Depression that was brought on by the bad policies of the GOP and big business. As MT’s second progressive period began in 1965, the first important election was Senator Metcalf’s successful re-election battle in 1966 with the sitting MT Governor, Tim Babcock. And the progressive express was really ignited by the election of Forrest Anderson as Governor in 1968 after 16 years of Republican Governors in MT. Gordon Bennett played a rather unique role, being a confidant of Metcalf and Anderson, both who respected his wide and varied experience, his intellect, and his roots in progressivism beginning with his formative years in the Red Corner of NE Montana. Working with Senator Metcalf and his team, including Brit Englund, Vic Reinemer, Peggy McLaughlin, Betty Davis and Jack Condon among others, Bennett helped shape the progressive message both in Washington DC and MT. Progressive labor and farm organizations, part of the progressive coalition, benefitted from Bennett’s advice and counsel and aided the Senator in his career including the huge challenge of having a sitting popular governor run against him for the Senate in 1966. Metcalf’s noted intern program produced a cadre of progressive leaders in Montana over the years. Most notably, Ron Richards transitioned from Metcalf Intern to Executive Secretary of the Montana Democratic Party (MDP) and assisted, along with Bennett, in the 1966 Metcalf-Babcock race in a big way. As Executive Secretary Richards was critical to the success of the MDP as a platform for Forrest Anderson’s general election run and win in 1968. After Forrest’s gubernatorial election, Richards became Executive Assistant (now called Chief of Staff) for Governor Anderson and also for Governor Thomas Judge. The Metcalf progressive strain, exemplified by many including Richards and Bennett, permeated Democratic politics during the second progressive era. So, too, did the coalition that supported Metcalf and his policies. The progressivism of the period of “In the Crucible of Change” was fired up by Lee Metcalf, Forrest Anderson and their supporters and coalitions, and Gordon Bennett was in the center of all of that, helping fire up the crucible, setting the stage for many policy advancements in both Washington DC and Montana. Gordon Bennett’s important role in the 1966 re-election of Senator Lee Metcalf and the 1968 election of Governor Forrest Anderson, as well as his wide experience in government and politics of that time allows him to provide us with an insider’s personal perspective of those races and other events at the beginning of the period of progressive change being documented “In the Crucible of Change,” as well as his personal insights into the larger political/policy picture of Montana. Gordon Bennett, a major and formative player “In the Crucible of Change,” was born in the far northeast town of Scobey, MT in 1922. He attended school in Scobey through the eighth grade and graduated from Helena High School. After attending Carroll College for two years, he received his BA in economics from Carleton College in Northfield, MN. During a brief stint on the east coast, his daily reading of the New York Times (“best newspaper in the world at that time … and now”) inspired him to pursue a career in journalism. He received his MA in Journalism from the University of Missouri and entered the field. As a reporter for the Great Falls Tribune under the ownership and management of the Warden Family, he observed and competed with the rigid control of Montana’s press by the Anaconda Company (the Great Falls Tribune was the only large newspaper in Montana NOT owned by ACM). Following his intellectual curiosity and his philosophical bend, he attended a number of Farm-Labor Institutes which he credits with motivating him to pursue solutions to economic and social woes through the law. In 1956, at the age of 34, he received his Juris Doctorate degree from the Georgetown University Law Center in Washington, DC. Bennett’s varied career included eighteen years as a farmer, four years in the US Army during WWII (1942-46), two years as Assistant MT Attorney General (1957-59) with Forrest Anderson, three years in private practice in Glasgow (1959-61), two years as Associate Solicitor in the Department of Interior in Washington, DC (1961-62), and private law practice in Helena from 1962 to 1969. While in Helena he was an unsuccessful candidate for the Montana Supreme Court (1962) and cemented his previous relationships with Attorney General Forrest Anderson and US Senator Lee Metcalf. Bennett modestly refuses to accept the title of Campaign Manager for either Lee Metcalf (1966 re-election over the challenger, MT Republican Governor Tim Babcock) or Forrest Anderson (his 1968 election as Governor), saying that “they ran their campaigns … we were only there to help.” But he has been generally recognized as having filled that critical role in both of those critical elections. After Governor Anderson’s election in 1968, Bennett was appointed Director of the MT Unemployment Compensation Commission, a position from where he could be a close advisor and confidant of the new Governor. In 1971, Governor Anderson appointed him Judge in the most important jurisdiction in Montana, the 1st Judicial District in Helena, a position he held for seventeen years (1971-88). Upon stepping down from his judgeship, for twenty years (1988-2008) he was a law instructor, mediator and arbitrator. He currently resides in Helena with his wife, Norma Tirrell, former newspaper reporter and researcher/writer. Bennett has two adult children and four grandchildren.
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"Puestos a escoger entre nuestras concepciones poéticas y la fidelidad a la propia experiencia, finalmente optamos por esta última". Esa frase de Jaime Gil de Biedma bien podría formar parte de uno de los aforismos del libro Juan de Mairena, de Antonio Machado. La problemática de la conformidad de lo ético junto a lo estético nos lleva a la propuesta de ese artículo, es decir, el análisis del importante papel de la obra Juan de Mairena para la afirmación de una posición ético-poética en la obra de Jaime Gil
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A lo largo del siglo XX, y aún a comienzos del siglo XXI, la mayor parte de los estudios sobre la obra de Paul Ricoeur han enfatizado sus escritos fenomenológico-existenciales y su posterior filosofía hermenéutica. Como corolario, su legado filosófico parece mayormente limitarse a una pretensión fenomenológico-hermenéutica, ocasionalmente mediada por el estructuralismo, enraizada en el campo de una antropología filosófica. No se trata de impugnar aquí que la cuestión del "sujeto", o mejor, del "sí mismo", sea individual o colectivo -tal como aparece en el lenguaje técnico de Soi-même comme un autre (1990)-, se erige como un tema central en su vasta obra. Tampoco es cuestión de negar que si bien sus escritos constituyen, como él mismo advierte, "la estructura de recepción para la filosofía política [...] Esta filosofía política queda por hacer" (ver Ricoeur, P., "Le philosophe et le politique devant la question de la liberté", 1969). Lo que sí se intentará destacar es que, como enseña nuestro pensador en "Le paradoxe politique" (1957), "[...] la humanidad viene al hombre por medio del cuerpo político [...] que el individuo no se hace humano más que en esa totalidad que es la 'universalidad de los ciudadanos'". Sirva la cita al solo efecto de mostrar que si bien no elaboró una filosofía política metódica, que su investigación se detuvo en el umbral de lo político en el sentido preciso de una teoría del Estado y que existe escasísima bibliografía secundaria sobre el tema, su interés por la filosofía política no estuvo ausente en su obra. Como advierte y en gran parte muestra su principal biógrafo, François Dosse, "[p]or el contrario, sus trabajos siempre se nutrieron de la filosofía política". Bajo esta premisa, se rastrearán sus reflexiones políticas, primero ocasionales y dispersas, luego un poco más sistemáticas, desde el que el propio Ricoeur considera su texto seminal en la materia, el ya citado artículo "Le paradoxe politique", hasta su última obra publicada en vida, Parcours de la reconnaissance (2004). Aclarado el punto de partida, la hipótesis de este trabajo -enunciada de manera sumaria- es que si bien el hilo conductor, y a su vez el telos, de su pensamiento político es el "vivir-bien" -razón por la cual lo político y lo ético de algún modo se co-implican sin fusionarse-, mientras sus trabajos tempranos apuntan a una síntesis entre libertad e institución, en el marco de una filosofía política autonomizada de lo económico; en los textos tardíos la síntesis es entre justicia e institución, en el dominio de una filosofía política que se resiste a ser reducida a lo jurídico. Enunciada la hipótesis y dentro de una reconstrucción que podría calificarse de escalonada, se expondrán y se hará el esfuerzo cuasi inédito de articular, siguiendo un orden mayormente cronológico y en la medida de lo posible también contextual, los hitos principales del legado político de Ricoeur. Se declinará explícitamente todo intento de elaborar un sistema político orgánico porque si bien en sus escritos aparecen una y otra vez las nociones básicas de la filosofía política tradicional -Estado, poder, institución, contrato, violencia, etc.-, como dice con acierto Dauenhauer en "Ricoeur and the Tasks of Citenzenship" (2002): "Ricoeur no ha desarrollado una filosofía política comprehensiva, sistemática, que se dirija a los principales asuntos políticos [...] Aunque su pensamiento político no está desprovisto de principios afianzados que conforman una unidad genuina"
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A lo largo del siglo XX, y aún a comienzos del siglo XXI, la mayor parte de los estudios sobre la obra de Paul Ricoeur han enfatizado sus escritos fenomenológico-existenciales y su posterior filosofía hermenéutica. Como corolario, su legado filosófico parece mayormente limitarse a una pretensión fenomenológico-hermenéutica, ocasionalmente mediada por el estructuralismo, enraizada en el campo de una antropología filosófica. No se trata de impugnar aquí que la cuestión del "sujeto", o mejor, del "sí mismo", sea individual o colectivo -tal como aparece en el lenguaje técnico de Soi-même comme un autre (1990)-, se erige como un tema central en su vasta obra. Tampoco es cuestión de negar que si bien sus escritos constituyen, como él mismo advierte, "la estructura de recepción para la filosofía política [...] Esta filosofía política queda por hacer" (ver Ricoeur, P., "Le philosophe et le politique devant la question de la liberté", 1969). Lo que sí se intentará destacar es que, como enseña nuestro pensador en "Le paradoxe politique" (1957), "[...] la humanidad viene al hombre por medio del cuerpo político [...] que el individuo no se hace humano más que en esa totalidad que es la 'universalidad de los ciudadanos'". Sirva la cita al solo efecto de mostrar que si bien no elaboró una filosofía política metódica, que su investigación se detuvo en el umbral de lo político en el sentido preciso de una teoría del Estado y que existe escasísima bibliografía secundaria sobre el tema, su interés por la filosofía política no estuvo ausente en su obra. Como advierte y en gran parte muestra su principal biógrafo, François Dosse, "[p]or el contrario, sus trabajos siempre se nutrieron de la filosofía política". Bajo esta premisa, se rastrearán sus reflexiones políticas, primero ocasionales y dispersas, luego un poco más sistemáticas, desde el que el propio Ricoeur considera su texto seminal en la materia, el ya citado artículo "Le paradoxe politique", hasta su última obra publicada en vida, Parcours de la reconnaissance (2004). Aclarado el punto de partida, la hipótesis de este trabajo -enunciada de manera sumaria- es que si bien el hilo conductor, y a su vez el telos, de su pensamiento político es el "vivir-bien" -razón por la cual lo político y lo ético de algún modo se co-implican sin fusionarse-, mientras sus trabajos tempranos apuntan a una síntesis entre libertad e institución, en el marco de una filosofía política autonomizada de lo económico; en los textos tardíos la síntesis es entre justicia e institución, en el dominio de una filosofía política que se resiste a ser reducida a lo jurídico. Enunciada la hipótesis y dentro de una reconstrucción que podría calificarse de escalonada, se expondrán y se hará el esfuerzo cuasi inédito de articular, siguiendo un orden mayormente cronológico y en la medida de lo posible también contextual, los hitos principales del legado político de Ricoeur. Se declinará explícitamente todo intento de elaborar un sistema político orgánico porque si bien en sus escritos aparecen una y otra vez las nociones básicas de la filosofía política tradicional -Estado, poder, institución, contrato, violencia, etc.-, como dice con acierto Dauenhauer en "Ricoeur and the Tasks of Citenzenship" (2002): "Ricoeur no ha desarrollado una filosofía política comprehensiva, sistemática, que se dirija a los principales asuntos políticos [...] Aunque su pensamiento político no está desprovisto de principios afianzados que conforman una unidad genuina"
Resumo:
A lo largo del siglo XX, y aún a comienzos del siglo XXI, la mayor parte de los estudios sobre la obra de Paul Ricoeur han enfatizado sus escritos fenomenológico-existenciales y su posterior filosofía hermenéutica. Como corolario, su legado filosófico parece mayormente limitarse a una pretensión fenomenológico-hermenéutica, ocasionalmente mediada por el estructuralismo, enraizada en el campo de una antropología filosófica. No se trata de impugnar aquí que la cuestión del "sujeto", o mejor, del "sí mismo", sea individual o colectivo -tal como aparece en el lenguaje técnico de Soi-même comme un autre (1990)-, se erige como un tema central en su vasta obra. Tampoco es cuestión de negar que si bien sus escritos constituyen, como él mismo advierte, "la estructura de recepción para la filosofía política [...] Esta filosofía política queda por hacer" (ver Ricoeur, P., "Le philosophe et le politique devant la question de la liberté", 1969). Lo que sí se intentará destacar es que, como enseña nuestro pensador en "Le paradoxe politique" (1957), "[...] la humanidad viene al hombre por medio del cuerpo político [...] que el individuo no se hace humano más que en esa totalidad que es la 'universalidad de los ciudadanos'". Sirva la cita al solo efecto de mostrar que si bien no elaboró una filosofía política metódica, que su investigación se detuvo en el umbral de lo político en el sentido preciso de una teoría del Estado y que existe escasísima bibliografía secundaria sobre el tema, su interés por la filosofía política no estuvo ausente en su obra. Como advierte y en gran parte muestra su principal biógrafo, François Dosse, "[p]or el contrario, sus trabajos siempre se nutrieron de la filosofía política". Bajo esta premisa, se rastrearán sus reflexiones políticas, primero ocasionales y dispersas, luego un poco más sistemáticas, desde el que el propio Ricoeur considera su texto seminal en la materia, el ya citado artículo "Le paradoxe politique", hasta su última obra publicada en vida, Parcours de la reconnaissance (2004). Aclarado el punto de partida, la hipótesis de este trabajo -enunciada de manera sumaria- es que si bien el hilo conductor, y a su vez el telos, de su pensamiento político es el "vivir-bien" -razón por la cual lo político y lo ético de algún modo se co-implican sin fusionarse-, mientras sus trabajos tempranos apuntan a una síntesis entre libertad e institución, en el marco de una filosofía política autonomizada de lo económico; en los textos tardíos la síntesis es entre justicia e institución, en el dominio de una filosofía política que se resiste a ser reducida a lo jurídico. Enunciada la hipótesis y dentro de una reconstrucción que podría calificarse de escalonada, se expondrán y se hará el esfuerzo cuasi inédito de articular, siguiendo un orden mayormente cronológico y en la medida de lo posible también contextual, los hitos principales del legado político de Ricoeur. Se declinará explícitamente todo intento de elaborar un sistema político orgánico porque si bien en sus escritos aparecen una y otra vez las nociones básicas de la filosofía política tradicional -Estado, poder, institución, contrato, violencia, etc.-, como dice con acierto Dauenhauer en "Ricoeur and the Tasks of Citenzenship" (2002): "Ricoeur no ha desarrollado una filosofía política comprehensiva, sistemática, que se dirija a los principales asuntos políticos [...] Aunque su pensamiento político no está desprovisto de principios afianzados que conforman una unidad genuina"