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Resumo:
Esta investigação tem o objetivo de avaliar e comparar a qualidade de vida (QV) de graduandos da área da saúde de uma universidade pública. O estudo exploratório transversal incluiu voluntariamente 630 alunos dos cursos de enfermagem, farmácia, fonoaudiologia e medicina dessa instituição, correspondendo a 57% dessa população. Utilizou-se o Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36) para avaliação da qualidade de vida, além de uma questão aberta relacionada à percepção do aluno sobre a influência da Universidade em sua qualidade de vida. O domínio com melhor escore foi a capacidade funcional, e o pior foi vitalidade. Na comparação da qualidade de vida entre as séries, o curso de farmácia apresentou piores escores nos anos iniciais, tendendo a melhorar no decorrer do curso; enquanto os demais apresentaram piores resultados nos anos finais, o que pode estar relacionado ao aumento das atividades práticas de estágio. Dentre os achados qualitativos, a escassez de tempo livre e o cansaço foram referidos pelos estudantes como os principais comprometedores da qualidade de vida, corroborando os achados do SF-36, que apresentaram piores resultados para a vitalidade.
Resumo:
Apresenta-se uma revisão de literatura sobre a qualidade de vida dos estudantes de Medicina, por meio da análise de bibliografia, usando como descritores "qualidade de vida" e "estudantes de Medicina", tendo como fonte de busca a Biblioteca Virtual em Saúde nas Bases Eletrônicas Medline, Lilacs, SciELO e PubMed, e a plataforma Mendeley. Foram claramente identificados dois grupos de publicações: um de cunho quantitativo, que focaliza a medida da qualidade de vida de cada grupo de estudantes; e outro de abordagem qualitativa, voltado não só para a avaliação da percepção do aluno sobre o tema, mas também para o entendimento dos motivos que transformam o curso em um fator estressor para esse indivíduo. O predomínio de artigos quantitativos e a escassez de qualitativos, além de poucas conclusões que poderiam motivar intervenções práticas, mostram que o tema necessita ser mais estudado e debatido.
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O aprendizado por meio da interação com pacientes é vital para a educação médica. É sabido que a participação do aluno na prática médica é bem aceita pelos pacientes. Entretanto, na especialidade de Ginecologia, a natureza íntima da consulta torna a discussão do tema mais delicada. Este trabalho avaliou como as mulheres atendidas em ambulatórios do SUS percebem o atendimento ginecológico prestado por estudantes de Medicina e objetivou identificar pontos positivos e negativos da consulta relatados por elas. Foi feito um estudo de corte transversal com 360 mulheres através da realização de entrevistas. Os resultados apontaram que, embora a maioria das mulheres considerasse boa a presença do estudante, 52,7% relataram receio quanto à presença deste. A principal justificativa para o sentimento positivo foi o interesse do aluno. Dentre as que julgaram ruim a presença do estudante, a vergonha foi o principal motivo citado. A maioria avaliou que o sexo do aluno não influencia sua opinião sobre a consulta. Concluiu-se que a avaliação de como as mulheres vivenciam esse atendimento é essencial para aprimorar a relação estudante-paciente e aumentar a aceitação desse tipo de atendimento.
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A Anatomia Humana estuda as estruturas do corpo humano e as relações entre elas. Assim, seu ensino a estudantes da área da saúde, incluindo alunos de Fisioterapia, é de extrema importância. É necessário um bom aproveitamento nesta disciplina para se tornar um bom profissional, porém as estratégias de ensino-aprendizagem nesta disciplina têm sido bastante discutidas. Com base nesta premissa, este estudo teve por objetivos avaliar o aproveitamento teórico-prático dos discentes do curso de Fisioterapia na disciplina Anatomia Humana, bem como descrever as facilidades e dificuldades enfrentadas e suas implicações durante o curso. Para tanto, foi elaborado um questionário específico e utilizada também a avaliação dos professores realizada pelo Colegiado de Fisioterapia. O tratamento estatístico foi composto por análise descritiva e correlação de Pearson, sendo os dados analisados pelos programas Microsoft Excel® 2007 e Graphpad Prism®. Não se observou correlação entre desempenho do aluno e grau de satisfação diante de diferentes parâmetros analisados neste trabalho. O estudo revelou que os alunos apresentam aproveitamento satisfatório, mas há grandes insatisfações quanto à forma como a disciplina é conduzida.
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INTRODUÇÃO: O curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP de Sorocaba passou por mudanças em seu modelo curricular, motivadas por vários fatores, entre eles a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina (DCN), que resultou numa ampliação dos cenários da prática. Desde 2011, o estágio de urgências clínicas, do sexto ano, passou a ser realizado também em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). OBJETIVOS: Avaliar o estágio na UPA sob a perspectiva discente. MATERIAL E MÉTODOS: O instrumento de avaliação foi composto por um questionário semiestruturado, aplicado aos alunos do ano de 2012. RESULTADOS: Os alunos consideraram positivo o fato de ser um cenário prático, com grande volume de pacientes e com acompanhamento do professor. Chamou a atenção o grande número de pacientes que solicitam atestados para justificar falta ao trabalho, além dos quadros de lombalgia, dor torácica e dor abdominal e as doenças respiratórias. Entre os pontos negativos, destacaram a curta duração do estágio e o pequeno número de salas para atendimento. CONCLUSÃO: A inserção do aluno no nível secundário da atenção às urgências, em uma Unidade de Pronto Atendimento, mostrou-se como mais uma possibilidade para o ensino de urgência na graduação médica e de aspecto fundamental, dada a organização do sistema de saúde.
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Metodologias ativas de ensino-aprendizagem apontam a necessidade de colocar o aluno em contato com o paciente e suas necessidades desde o início do curso médico. A reflexão sobre a realidade por meio da problematização assume papel fundamental, juntamente com uma visão humanística do paciente, conhecendo, entendendo e respeitando a complexidade deste. Assim, este trabalho teve por objetivo investigar como a inserção longitudinal de estudantes de Medicina em cenários comunitários de Atenção Básica à saúde poderia influenciar sua formação. Mediante entrevistas, observou-se que o contato com a comunidade - particularmente em visitas domiciliárias, acompanhando agentes comunitários de saúde - resultou em profundas reflexões sobre a inserção social dos sujeitos como alunos e futuros profissionais.
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As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina de 2001 têm como eixo norteador 28 competências, sem uma definição do conceito de competência utilizado. Na literatura há uma série de definições, sendo esse tema vasto e polêmico. Desse modo, a forma como a competência é compreendida pelo docente terá um impacto direto na formação do aluno. Com a finalidade de clarificar o conceito de competência médica adotado por docentes do curso de Medicina de uma universidade, foi realizada uma pesquisa qualitativa a partir da apresentação e questionamentos frente a um caso clínico comum. Para a síntese, organização e análise desses discursos foi utilizado o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Entre os conceitos de competência pode-se notar a aplicabilidade prática dos conhecimentos, das habilidades e atitudes, aliada a uma prática reflexiva e ética. Esta última tem destaque e é um pilar das competências. Atitudes como comprometimento e respeito foram apontadas como essenciais para apresentar competência. As atitudes e a ética têm um papel central na competência do egresso, e estratégias para estimular seu desenvolvimento devem ser um dos focos da formação médica.
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O objetivo do estudo foi analisar a confiabilidade e validade interna de um questionário de satisfação aplicado prospectivamente a alunos do sexto ano médico que frequentaram o estágio de Neonatologia em uma universidade pública de 2000 a 2011. Responderam ao questionário 1.349 (97,4%) alunos. O coeficiente de Cronbach foi 0,7. A análise fatorial determinou quatro domínios: atuação dos docentes, assistência na sala de parto, número de recém-nascidos assistidos e carga teórica, que explicaram, respectivamente, 18%, 16%, 14% e 9% da variância total. O escore de satisfação foi 89,3 ± 7,6% do escore máximo, o número de recém-nascidos recepcionados na sala de parto/aluno foi 4,7 ± 3,3, e as notas do pré-teste e pós-teste foram 5,3 ± 0,9 e 8,8 ± 0,5, respectivamente. A correlação de Pearson entre o escore total e a nota do pós-teste foi 0,7 (p = 0,010) . Houve correlação positiva entre escore de satisfação e qualidade das aulas, aproveitamento na sala de parto, atuação do plantonista e docente, atendimento ao recém-nascido e hospital com condições para o aprendizado. Concluiu-se que a confiabilidade e a validade interna do questionário foram adequadas, e o escore de satisfação do aluno foi elevado.
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O ensino médico sofreu intensas modificações nos últimos anos. A rápida evolução do conhecimento requer metodologias que estimulem a metacognição, substituindo o excesso de conteúdo pelo"aprender a aprender", formando profissionais construtores ativos do seu conhecimento e capacitados para refletir sobre a própria prática. A importância do conteúdo de emergências é inquestionável, especialmente na graduação, pois se trata de uma área de grande carência de profissionais que vem sendo cada vez mais ocupada pelo médico recém-graduado, quase sempre despreparado para se conduzir diante da gravidade dos casos. Simular a realidade integra o saber ao fazer, aliados ao desenvolvimento de habilidades. O ensino das emergências em cenários reais é insubstituível, contudo limitado por questões de segurança do paciente e pela impossibilidade de repetição de procedimentos.A simulação em laboratório de habilidades propicia contato do aluno com diversas situações em ambiente controlado, permite repetição e favorece o aprendizado significativo mediante discussão dos temas e reflexão sobre a própria prática.Este artigo descreve a inserção longitudinal do conteúdo de emergências médicas no currículo de um curso de Medicina,utilizando técnicas de simulação e reflexão acerca da prática como metodologia de aprendizado, além da vivência em ambientes de prática real.
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Relato da experiência de atuação precoce dos alunos do primeiro ao terceiro período do curso de Medicina na comunidade em bairro periférico do município de Vassouras (RJ) . Visitam-se famílias, momento em que o acadêmico desempenha uma função de acordo com o período em que está matriculado e seu grau de conhecimento. Ao término das atividades, nas quais é priorizado o uso de tecnologia leve, alunos e docentes discutem a situação de saúde dos moradores e planejam ações. Esta experiência representa a incorporação de novas práticas educativas, centradas no aluno, que tem estimulada a autonomia e uma postura proativa em busca de soluções para problemas. Colabora para a compreensão pelo aluno do seu papel de transformador social por meio de ações de promoção de saúde e incentivo ao empoderamento da comunidade, e contribui para melhorar os indicadores de saúde e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas. Esta inserção contribui para a formação de médicos valorizadores da Atenção Primária à Saúde, imprescindível para a resolução dos agravos mais prevalentes na população.
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Considerando as novas diretrizes curriculares da educação médica, há necessidade de humanizar a prática médica, sendo importante discutir a relação paciente-aluno de Medicina. O objetivo deste trabalho foi avaliar as percepções dos pacientes internados em hospital-escola durante as aulas práticas do módulo de Habilidades Médicas V (Semiologia/Clínica Médica) do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza. Foi realizado um estudo transversal, com aplicação de um questionário que abordou questões socioeconômicas, diagnóstico, tempo de internação e percepções dos pacientes sobre sua participação nas aulas práticas com a presença de estudantes de Medicina. A maioria dos pacientes aceita de maneira satisfatória participar das aulas práticas e sente-se bem em ajudar os futuros médicos.
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A formação do enfermeiro no contexto teórico-prático visa à obtenção de um profissional apto às adversidades apresentadas pelos diferentes cenários da saúde e perfis da população. O estudo objetivou compreender a percepção dos internos de Enfermagem sobre a estruturação prática e teórica do internato de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina. Utilizou-se a metodologia qualitativa, com a obtenção de dados através da questão: O que você achou da estruturação do internato na parte prática e teórica? Após análise dos dados, formaram-se quatro categorias: práticas educativas utilizadas nos encontros teóricos; associação da teoria e da prática do internato na visão do aluno; potencialidades e desafios encontrados na área hospitalar; potencialidades e desafios encontrados na saúde coletiva. Concluiu-se que o internato proporcionou satisfação aos internos em sua estruturação prática e teórica, e também identificação com a área pelos alunos. Entre os desafios encontrados está o aprofundamento do ensino da gerência na realização do estágio.
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INTRODUÇÃO: Há pouca discussão na literatura sobre quais procedimentos médicos o estudante de Medicina deve ser capaz de realizar no final do curso de graduação e em qual momento do currículo escolar eles devem ser inseridos. METODOLOGIA: Uma comissão formada por especialistas de diversas áreas organizou uma lista de possíveis procedimentos médicos diagnósticos e terapêuticos, sugerida por estudos e debates do grupo e que estivessem de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2001. Após consenso do grupo, mediante aprovação de mais de 75% dos integrantes da comissão, os procedimentos que de fato deveriam integrar o currículo foram definidos. RESULTADOS: Mais de 50 procedimentos médicos foram definidos, de acordo com o nível de complexidade esperada para o aluno de graduação. Após esta definição, tais procedimentos foram distribuídos na matriz curricular e divididos didaticamente em momentos de aprendizagem de domínio cognitivo e domínio motor. CONCLUSÃO: O presente estudo apresentou uma proposta de definição das competências e habilidades relativas aos procedimentos médicos a serem alcançadas pelos estudantes de Medicina de graduação em nossa instituição e teve como objetivo sistematizar a sua distribuição na matriz curricular.
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A educação, em seus vários níveis, tem o papel de assimilação de uma realidade cultural e de se preparar para resolver problemas referentes a determinada área do conhecimento. Dentre as várias vertentes do ensino, o construtivismo tem exercido influência na formação profissional, manifestada principalmente nas metodologias problematizadoras de ensino-aprendizagem. Em diversas escolas no mundo, o curso de graduação em Medicina tem se mostrado um cenário de aplicação destas modalidades: a aprendizagem baseada em problemas e a problematização. Embora metodologicamente diferentes, ambas trabalham em regiões de desenvolvimento cognitivo potencial dos estudantes, valorizando problemas e não temáticas como pontes entre o conhecimento do aluno e os objetos de aprendizagem. Este trabalho sumaria a utilização das metodologias problematizadoras na formação profissional na graduação médica como estratégias de aproximação da aprendizagem cotidiana do profissional, propondo uma reformulação do arco de Maguerez que torna o esquema mais aplicável às diversas etapas desse processo formativo.
Resumo:
Introdução O processo de avaliação formativa nas escolas médicas envolve o professor na observação direta do desempenho do estudante. Esta avaliação gera desconforto e angústia para alguns professores, na tentativa de serem justos e imparciais. Este trabalho tem por objetivos identificar as dificuldades na avaliação dos estudantes de Medicina, conhecer os sentimentos, conceitos e crenças dos professores frente ao processo e identificar os fatores que dificultam e facilitam esta avaliação. Método Foram conduzidos três Grupos Focais com professores do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais estratificados por tempo de docência e classificados quanto a gênero, titulação e categoria funcional. As reuniões tiveram uma moderadora auxiliada pelo pesquisador, duraram entre 90 e 120 minutos e terminaram quando ocorreu a saturação do tema. Toda a discussão foi transcrita e rendeu 118 páginas, que foram submetidas à análise de conteúdo. Resultados O discurso foi categorizado em cinco grandes temas: dificuldade da avaliação de habilidade clínica e atitudes; relação professor-aluno; sentimentos vivenciados pelos docentes durante a avaliação; fatores facilitadores; necessidade de mudanças. Conclusões Os docentes sentem falta de objetivos bem definidos e instrumentos avaliativos específicos. Reconhecem a necessidade de melhores conhecimentos pedagógicos e considera a avaliação formativa uma situação solitária, com pouco respaldo da instituição.