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Resumo:
taxa de evacuação gástrica é uma variável importante para estimar o consumo diário de alimento e portanto a pressão de predação que um piscívoro exerce sobre as presas. Esta taxa pode ser influenciada pela temperatura, tamanho do predador e pelo tipo de alimento. Neste trabalho medimos experimentalmente os efeitos que estas três variáveis exercem sobre a evacuação gástrica de Pygocentrus nattereri, um dos principais piscívoros da Amazônia. Para isso foram utilizadas temperaturas variando de 27° a 31°C e os seguintes itens alimentares: músculo e nadadeira de Semaprochilodus insignis e gafanhoto da espécie Paulinia sp. Estes alimentos compõem a dieta silvestre da piranha. O tamanho da piranha não influenciou na evacuação gástrica. Músculos obtiveram uma taxa de evacuação gástrica de 18,3% h -1, enquanto que nadadeira e gafanhoto obtiveram uma taxa média de 10,7% h -1. O efeito da temperatura foi mais pronunciado quando o item alimentar era músculo do que com nadadeira e insetos.
Resumo:
Elaeis oleifera (Kunth) Cortés - Arecaceae (caiaué) apresenta características vantajosas para a hibridação com o dendê E. guineensis que variam entre populações. Com o objetivo de contribuir para a discriminação de populações amazônicas, caracterizou-se a morfologia do pólen de dez populações de caiaué (Acajatuba, Amatari, Autazes, BR-174, Careiro, Manicoré, Maués, Moura, Novo Aripuanã e Tefé). Utilizou-se o método da acetólise para eliminação do conteúdo celular e observou-se o tamanho, forma, abertura e superfície dos grãos de pólen. A população Novo Aripuanã apresentou maior tamanho médio dos grãos de pólen (49,0 μm) e as populações Amatari, BR-174 e Moura os menores (42,5 a 44,0 μm). Os grãos de pólen são elípticos ou piriformes, com abertura monocolpada e superfície microrreticulada. Observou-se, também, anormalidades morfológicas em alguns grãos. A morfologia polínica separou as populações amazônicas em três grupos e, quando associada a outras análises (isoenzimas e DNA), pode representar uma ferramenta importante na discriminação de populações.
Resumo:
Este trabalho trata da desmidioflórula de um lago marginal do rio Acre, lago Novo Andirá (AM), baseado na análise de 52 amostras coletadas, mensalmente, no período de maio/ 1988 a junho/1989. Foram identificados e descritos 98 táxons de desmídias, dos quais 38 são variações da espécie típica correspondente, distribuídos em 10 gêneros e três famílias. Os gêneros Cosmarium, Closterium e Staurastrum foram, em termos qualitativos, os mais bem representados, com 29, 19 e 16 espécies, respectivamente; os menos representados foram Gonatozygon, Octacanthium e Xanthidium, com uma espécie cada. A distribuição geográfica foi feita com base na literatura publicadada até dezembro de 1998 e foram considerados tanto os trabalhos mais completos, com descrições e/ou ilustrações, quanto aqueles nos quais constam apenas listagem de espécies. Devido à variação morfológica observada na população, particularmente neste trabalho, o gênero Staurastrum foi o que apresentou maiores problemas taxonômicos, conflitando dados registrados em literatura. A variação morfológica em nível populacional também impossibilitou a identificação de Euastrum verrucosum Ehrenberg ex Ralfs.
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Os estudos anatômicos das folhas e caules de Picrolemma sprucei revelaram que as epidermes das folhas são glabras, apresentam células de paredes onduladas e estômatos anomocíticos. O mesofilo é dorsiventral com uma camada de células em paliçada e um parênquima lacunoso. Os feixes vasculares são bicolaterais e apresentam idioblastos escuros de conteúdo tânico. No caule evidencia-se um parênquima cortical desenvolvido, com células de natureza esclerenquimática, isoladas ou reunidas em pequenos grupos, de paredes espessas. Internamente observa-se a região vascular com vasos xilemáticos isolados ou em grupos imersos em tecido fibroso, sendo o parênquima do tipo paratraqueal, vasicêntrico. Na região central encontra-se uma medula desenvolvida. Testes histoquímicos (sudam III e cloreto férrico) realizados na nervura mediana do terço médio do limbo foliar e no pecíolo revelaram respectivamente, a presença de um conteúdo tânico e óleo-resinoso em algumas de suas células.
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São apresentados e discutidos dados adicionais sobre a taxonomia das espécies brasileiras de Adenophaedra e Tetrorchidium. Ambos são gêneros pouco conhecidos na Amazônia, por isso mal estudados na região. Adenophedra está representado no Brasil por três espécies : A. grandifolia, A. megalophylla e A. cearensis, esta última aqui proposta como nova para a Ciência. Tetrorchidium está representado por T. rubrivenium, T. parvulum, T. macrophyllum e T. duckei. São fornecidas ilustrações e chaves para identificação dos gêneros e espécies tratados, bem como um mapa de distribuição geográfica das espécies, como uma contribuição para uma futura revisão desses taxa.
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Os autores apresentam os resultados obtidos com o estudo de Talisia esculenta (A. St.-Hil.) Radlk. (Sapindaceae), denominada principalmente de "pitomba" ou "pitombeira", envolvendo aspectos botânicos referentes à morfologia, taxonomia, distribuição geográfica e respectivos usos. A espécie é bastante difundida no Brasil, sendo que nas regiões norte e nordeste o seu uso é intenso.
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Foram estudadas as características anatômicas da madeira de 7 espécies ocorrentes na floresta Amazônia com vistas a geração de energia ou produção de papel. Para qualificação de madeira para produção de papel consideraram-se, dentre outros parâmetros, o coeficiente de rigidez e de flexibilidade, densidade, índice de Runkel, percentual de fibras, vasos, parênquima axial e de raios. Para produção de energia determinaram-se a densidade, a fração parede (%) das células em relação a área ocupada por cada tipo de células, percentual de fibras, de vasos e de parênquima axial e radial. O estudo foi baseado em 3 áreas de seções transversais, orientadas do centro em direção ao alburno. Com base nas características anatômicas e na densidade, Bellucia grossularioides, Cecropia palmata, Duguetia cauliflora, Eschweilera matamata e Parkia multuijuga podem ser usadas para polpa destinada a produção de papel, e Myrocarpus frondosus, Sloaneagrandis podem ser usadas na produção de carvão.
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O objetivo deste estudo foi identificar produtos e subprodutos de origem animal e vegetal utilizados na medicina popular que são comercializados na cidade de Boa Vista, Estado de Roraima, traçando um perfil preliminar de sua forma de comercialização. Foram identificados 117 produtos : 100 (85,5 %) de origem vegetal e 17 (14,5 %) de origem animal. Os produtos de origem vegetal de maior destaque foram o Jatobá (Hymenaea courbaril), o Barbatimão (Stryphnodendron adstrinfens), a Sucuba (Himatanthus articulatus), o Xixuá (Maytenus guianesis), a Copaíba (Copaifera officinalis) e a Pata-de-vaca (Bauhinia ungulata). A banha de Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) foi o produto de origem animal mais procurado pelos usuários. A maioria dos produtos identificados são originários da região Nordeste do Brasil, embora Roraima possua uma rica flora medicinal , porém, pouco explorada de forma comercial.
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A frota pesqueira de Manacapuru, Itacoatiara e Parintins foi analisada em suas características físicas e comparada com a frota Manaus através de dados coletados diretamente nos portos de desembarque e de dados secundários obtidos junto à órgãos federais e a Federação de Pescadores. Foi encontrado que as canoas isoladas variaram de tamanho entre os centros analisados, sendo as maiores encontradas em Manacapuru e Itacoatiara. Os barcos de pesca de Parintins foram significativamente menores que os barcos de pesca de Manaus, Manacapuru e Itacoatiara. O motor Yanmar predominou em todos os municípios, havendo uma relação linear entre a potência deste motor e o tamanho do barco. Manacapuru apresenta barcos mais velhos, seguido da frota de Itacoatiara. As frotas de Parintins e Manaus foram as mais jovens, tendo esta última maior amplitude de idades. Foram encontrados entre 5-6 pescadores por barco de pesca e 2-3 por canoa isolada. A duração das pescarias efetuadas pelos barcos de pesca é crescente descendo o rio, mas não difere para as canoas isoladas entre os centros urbanos. O rendimento da pesca foi menor para os barcos de pesca de Parintins, sendo o rendimento por pescador dos barcos de pesca melhor que o das canoas no período de safra. A partir dos resultados concluiuse que há diferenciação nas características da frota que desembarca em Parintins (Médio Amazonas) em relação aquela desembarcando em Itacoatiara e Manacapuru e que a pesca efetuada com canoas isoladas deve ser tratada diferenciadamente daquela efetuada com barcos de pesca.
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Estudos sobre o levantamento da fauna de flebótomos foram realizados numa floresta primária de terra firme da Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EEST) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), durante os meses de outubro de 1998 a março de 1999. Utilizando-se de armadilhas luminosas CDC colocadas a 1m, 10m e 20 metros de altura do solo, foram coletados 7.409 flebótomos, pertencentes a dois gêneros, Lutzomyia (99,98 %) e Brumptomyia (0,02%), abrangendo 39 espécies. Dentro do gênero Lutzomyia, os subgêneros mais representados foram Nyssomyia, com 39,43%, e Psychodopygus com 22,68%. O número de flebotomíneos coletados foi crescente, a partir do início da estação chuvosa.
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This paper records for the first time the presence of Corbicula fluminea (Philipi, 1844) in the Brazilian Amazon Basin. This exotic bivalve was found in localities on the Amazonas, Pará and Tocantins rivers. Density and population size structure were measured in some localities. Mean density is between 6.66 and 7.3 individuals m-2. Population size structure and the dates of the first records suggest that the introductions may have occurred between 1997 and 1998. The introductions may have been mediated by ocean-going vessels visiting the ports of Manaus and Belém. The potential impact of the invasion on native freshwater bivalves is discussed along with the need for monitoring and prevention of further introductions of non-indigenous bivalves in Brazil.
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Trace levels of three organophosphate insecticides (OPI) were detected in eight fish species from the region of Santarém, State of Pará, Brazil. Individual concentrations of OPI in fish ranged from less than the detection limit to 2,1 ppb. Mean concentrations of chlorpyrifos, malathion, and methyl-parathion were 0,3 ± 0,3, 0,1 ± 0,1, and 0,3 ± 0,3 ppb, respectively. Pellona flavipinnis, the largest and fattest piscivorous species analyzed, was the most contaminated. Since an inhabitant of this Amazonian region consumes 220 g of fish per day on average, ingested doses of chlorpyrifos, malathion, and methyl-parathion may reach up to 308, 220, and 462 ng·d-1, respectively. Compared to acceptable daily intakes (ADI), quantities of OPI absorbed via fish consumption on a daily basis are far below deleterious levels. We estimated that even considering the highest OPI contents detected, the average daily fish consumption of anadult of 60 kg would have to increase by ca. 1 950, 5 450, and 2 600 times to reach ADI of chlorpyrifos, malathion, and methyl-parathion, respectively. Neither fish diet nor fish lipid content enabled us to completely explain the interspecific differences observed.
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Os óleos essenciais das folhas e galhos finos de Piper reticulatum e de P. crassinervium, coletados na região norte do Brasil, foram obtidos por arraste à vapor e analisados através de GC/MS. O óleo de P. reticulatum é constituido principalmente por β-elemeno (24,6%) e β-cariofileno (16,7%). Os principais compostos identificados no óleo de P. crassinervium foramβ-cariofileno (17,7%), γ-elemeno (14,4%) e β-elemeno (10,9%).
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Dissertação de mestrado integrado em Engenharia e Gestão Industrial
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O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do horário, taxa e freqüência de alimentação no desempenho do matrinxã (Brycon amazonicus) em tanques de cultivo. O trabalho foi realizado no Centro de Aqüicultura da UNESP, Jaboticabal, SP, no período de outubro de 1997 a janeiro de 1998 sendo realizados três ensaios, em tanques de 200m² subdivididos em 4 de 50 m². No ensaio I foram medidos em 3 períodos (manhã-m; meio do dia-md e tarde-t) o consumo de ração, índice de ingestão, tempo de saciação e velocidade de ingestão em peixes com peso médio de 232,13 g, alimentados com ração extrusada (32% de PB). Não foi observada diferença significativa nos parâmetros analisados. No ensaio II, em peixes com peso médio de 233,98 g, foi medido o consumo médio de ração, em intervalos de duas horas, das 07 às 19 horas. O maior consumo ocorreu quando o matrinxã foi alimentado às 17 horas. No ensaio III, durante 57 dias, os peixes foram alimentados uma vez ao dia (m); uma vez ao dia (t); duas vezes ao dia(m/t) e três vezes ao dia (m,md,t). Peixes com peso médio inicial de 322,25 g receberam ração com 32% de PB, na quantidade de 2% do PV. Não foram observadas diferenças significativas no ganho de peso diário (3,17; 2,80; 3,04 e 2,81 g) e na conversão alimentar aparente (2,11; 2,48; 2,16 e 2,31:1). Concluiu-se que a freqüência de alimentação de uma vez ao dia, em qualquer horário, mostrou ser suficiente.