1000 resultados para oxidação lipídica e antioxidantes
Resumo:
O cultivo da amora-preta é recente no Brasil. A espécie apresenta elevada adaptabilidade, baixa exigência em frio, facilidade de manejo, rusticidade e pouca utilização de defensivos agrícolas. É uma fruta que vem despertando elevada atenção dos consumidores devido à presença de compostos fenólicos com propriedades antioxidantes. Com este trabalho, objetivou-se analisar o custo de produção do cultivo da amora-preta, em primeiro ano de produção. Para estimar a matriz de coeficientes técnicos e os custos de produção, em 2007, os preços de venda foram levantados junto a um produtor, e o restante das informações foi obtido de um experimento. De acordo com os dados e os cálculos de custos, a primeira produção da cultura foi de 3.000 kg.ha-1, com custo de implantação e condução, no primeiro ano, de R$ 8.710,63, e no segundo ano, apresentou custo de R$ 6.467,50. o custo de produção foi relativamente baixo comparado com outras frutíferas perenes cultivadas na região, evidenciando que esta atividade pode ser mais uma alternativa de renda para agricultura familiar.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo estudar o efeito das poliaminas espermidina e espermina no crescimento de calos Hancornia speciosa Gomes. Calos com 0,5 cm de diâmetro foram inoculados em meio Murashige & Skoog (1962) (MS) a 50% + 100 mg L-1 de caseína hidrolisada + 200 mg L-1 de levedura de cerveja, variando os tratamentos:A: 1 mmol de espermina + 2 mg L-1 de 2,4-D (ácido 2,4 diclorofenoxiacético) + 0,5 mg L-1 de NAA (ácido naftalenoacético); B: 1 mmol de espermidina + 2 mg L-1 de 2,4-D + 0,5 mg L-1 de NAA; C: 2 mg L-1 de 2,4-D + 0,5 mg L-1 de NAA. Não houve influência das poliaminas no crescimento dos calos. observou-se, nos calos tratados com espermidina, maior concentração celular de putrescina (582,37 µg g mf-1) aos 60 dias, maior teor de espermidina (502,54 µg g mf-1) e espermina (868,53 µg g mf-1) aos 40 dias de cultivo, quando se aplicou a própria poliamina. Conclui-se que a aplicação exógena de poliaminas em Hancornia speciosa não proporciona aumento no crescimento de calos. A oxidação promovida por longos períodos de cultivo in vitro induz aumento nos níveis de putrescina.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do pequi. Para isso, frutos maduros colhidos de trinta e cinco pequizeiros (Cariocar coriaceum Wittm.) nativos, provenientes da Chapada do Araripe, Estado do Ceará, foram avaliados quanto as suas características químicas e físico-químicas. Na polpa do fruto, foram determinados pH, acidez total titulável (ATT), sólidos solúveis (°Brix), açúcares solúveis totais (AST), relação °Brix/acidez, atividade de água, proteína, carboidratos totais e valor energético total; na polpa e amêndoa, umidade, lipídios, cinzas e minerais (Ca, Mg, P, K, Cu, Fe, Mn, Na e Zn). As plantas apresentaram grande variabilidade para a maioria das características avaliadas. As maiores variabilidades foram observadas para a acidez, açúcares totais e proteína. Em relação aos minerais, a maior variabilidade foi observada para o cobre na polpa e sódio na amêndoa. A menor variabilidade foi detectada para a atividade de água, pH e umidade da polpa, em ordem crescente. Seis plantas destacaram- se por apresentarem percentagem de lipídios (polpa e amêndoa) superiores à média deste estudo. A composição em minerais variou entre as amostras (onze plantas), destacando-se, em termos quantitativos, o potássio na polpa e o fósforo na amêndoa. A amêndoa é mais rica em minerais do que a polpa. A polpa do pequi, face às características de baixa acidez, alto pH e alta atividade de água, apresenta-se propícia ao desenvolvimento de microrganismos patogênicos e à deterioração. Além disso, a presença de nutrientes, temperatura e a disponibilidade de oxigênio são fatores importantes que devem ser considerados durante o processamento e armazenamento por favorecerem a oxidação dos lipídios. Os resultados demonstram a importância nutricional do pequi, principalmente de sua amêndoa, pelo elevado teor de lipídios e minerais.
Resumo:
A amora-preta (Rubus spp.), pequena fruta de clima temperado, possui coloração atraente, variando do vermelho púrpura ao azul, devido ao elevado teor de antocianinas. As antocianinas, juntamente com os carotenoides, compõem os pigmentos naturais, majoritários encontrados em diversas frutas. Diversos estudos têm relatado a importância destes pigmentos naturais como protetores e/ou inibidores de doenças degenerativas, porém são escassos os estudos sobre compostos bioativos presentes em amora-preta cultivada no Brasil. Os objetivos do presente estudo foram identificar as antocianinas e os carotenoides presentes em amora-preta, determinar os conteúdos totais de compostos fenólicos, carotenoides, flavonoides, antocianinas totais, monoméricas, poliméricas e copigmentadas, e a capacidade antioxidante frente aos radicais livres ABTS e DPPH. O teor total de carotenoides foi baixo (86,5 ± 0,2 µg/100 g), com all-trans-β-caroteno (39,6 %) e all-trans-luteína (28,2 %) como os majoritários. As amoras-pretas apresentaram elevado potencial antioxidante principalmente pelo teor representativo de antocianinas monoméricas (104,1 ± 1,8 mg/100 g de fruto), presença de antocianinas poliméricas (22,9 ± 0,4 %), baixa porcentagem de antocianinas copigmentadas (1,6 ± 0,1 %) e altos teores de compostos fenólicos (241,7 ± 0,8 mg equivalente de ácido gálico/100 g) e de flavonoides totais (173,7 ± 0,7 mg equivalente de catequina/100 g). Cianidina 3-glucosídeo foi a antocianina majoritária (92,9 %). Diante destes resultados, a amora-preta pode ser considerada uma fonte natural rica em antioxidantes e pigmentos.
Composição centesimal e de minerais de casca e polpa de manga (Mangifera indica L.) cv. Tommy Atkins
Resumo:
O Brasil produz cerca de 140 milhões de toneladas de alimento por ano; entretanto, a fome ainda é um dos maiores problemas enfrentados por grande parte da sua população. O aproveitamento integral de alimentos é uma alternativa para suprir as necessidades nutricionais e contribuir para reduzir o lixo orgânico. Nesse sentido, cascas, talos, sementes e outras partes, tradicionalmente não utilizadas como alimentos, podem ser incorporadas na dieta alimentar. Estudos revelam que cascas de muitas hortifrutícolas possuem mais nutrientes que determinadas polpas, a parte tradicionalmente consumida. No entanto, o conhecimento sobre a concentração de metais pesados nessas frações também é importante, uma vez que podem provocar intoxicações alimentares, se consumidos, mesmo em concentrações reduzidas. O Brasil é o sétimo produtor mundial de manga e dentre as cultivares de importância comercial, a cv. Tommy Atkins é a mais plantada e exportada pelo Brasil. A pesquisa teve como objetivo determinar a composição centesimal e o perfil de macro e microminerais, inclusive, os elementos-traço, da casca e da polpa de manga cv. Tommy Atkins. A maior fração da composição centesimal da casca estudada foi a umidade, seguida dos carboidratos totais, com destaque para o teor de fibra alimentar total (FAT), que representou cerca 11% dessa quantidade. Já os teores de proteína e de cinzas apresentaram cerca de 2,5%, enquanto a fração lipídica foi inferior aos demais componentes. O perfil de minerais da casca revelou que as concentrações desses elementos foram superiores aos encontrados na polpa, exceto para zinco e ferro. As concentrações de metais pesados presentes na casca, em função das concentrações menores que 0,1 mg/100g, possibilitam a sua utilização na alimentação humana. A composição centesimal e perfil mineral da casca da manga demonstraram a sua importância nutricional e a possibilidade da utilização dessa parte, até então considerada não comestível na dieta brasileira, visando a contribuir para a melhora do estado nutricional da população e a reduzir os resíduos do processo industrial.
Resumo:
A anomalia do epicarpo da goiaba, comumente relatada por agricultores e técnicos como o "anelamento juvenil da goiaba", tem causado preocupação devido à desinformação sobre o assunto. O objetivo deste estudo foi analisar quimicamente as concentrações de substâncias fenólicas e carotenoides na região do epicarpo de goiabas afetadas pelo "anelamento", visando a caracterizar essa anomalia previamente relatada. Foram analisadas substâncias fenólicas (taninos, flavonas/flavonóis, antocianinas e fenóis totais) e carotenoides em epicarpos de frutos verdes e maduros de goiabeiras cv. Paluma, com e sem anomalia. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, sendo estabelecidos seis tratamentos com o epicarpo dos frutos maduro sem anomalia na região inferior (FMSI); frutos maduros sem injuria na região superior (FMSS); frutos verdes sem anomalia na região inferior (FVSI); frutos verdes sem anomalia na região superior (FVSS); frutos verdes com anomalia na região inferior (FVCI); frutos verdes com anomalia na região superior (FVCS). Dentre as substâncias analisadas, os carotenoides, os taninos e os fenóis totais mostram indicativos para a caracterização do anelamento. Tanto substâncias fenólicas quanto carotenoides apresentam propriedades antioxidantes e, dessa forma, poderiam estar relacionadas à defesa antioxidante causada por um fator de estresse ainda desconhecido, que promove o "anelamento" característico apresentado pelas goiabas.
Resumo:
Altos custos de produção geralmente limitam o uso comercial da micropropagação. O uso de meios de cultura líquidos é considerado uma solução para a automação e redução de custos. Entretanto, dependendo da cultivar de bananeira, esse processo pode mostrar diferentes níveis de dificuldade, e adaptações nos protocolos são necessárias. Neste estudo, experimentos de diferenciação celular e regeneração de plantas foram desenvolvidos em células em suspensão de banana pela avaliação da densidade inicial de células, meios de cultura e sistemas de imersão temporária. Para tanto, uma sequência de três experimentos foi realizada: o primeiro avaliou os efeitos da densidade celular (0,5; 1 e 2 mL), meios de cultura (M1: 1/2MS, 0,1 g.L-1 de ácido ascórbico, 0,1 g.L-1 de L-prolina, 30 g.L-1 de sacarose e 10 µM de 2iP; M2: MS, 30 g.L-1 de sacarose, 2,2 µM de BAP e 11,4 µM de AIA) e períodos de diferenciação celular (40 e 130 dias); o segundo experimento analisou o efeito do tamanho dos propágulos diferenciados em meio líquido (aprox. 2,5; 5 e 10 mm em diâmetro) na formação de embriões somáticos ou na regeneração de plantas; finalmente, um terceiro experimento avaliou o efeito de sistemas de cultivo com papel-filtro cobrindo o meio de cultura semissólido e sistemas de imersão temporários na diferenciação dos propágulos e na regeneração de plantas. Não foram observadas diferenças significativas entre os meios de diferenciação, porém as melhores diluições de células para a diferenciação foram de 1 e 2 mL/30mL de meio de cultura, enquanto diluições de 0,5 mL/30 mL de meio aumentaram a oxidação celular. A extensão do período de diferenciação de 40 para 130 dias foi importante para produzir maior número de calos/propágulos uniformes e com pelo menos de 10 mm de diâmetro, que puderam ser usados em sistemas de imersão temporária (biorreatores) para a diferenciação de embriões somáticos e regeneração de plantas. Considerando todos os sistemas de regeneração, verificou-se que o uso de meios de regeneração de consistência semissólida com papel-filtro na superfície do meio é o mais responsivo para a diferenciação de embriões somáticos e regeneração de plantas.
Resumo:
Dentre as fruteiras do Cerrado brasileiro com forte potencial para a exploração sustentada, encontram-se o araticum (Annona Crassiflora Mart.), o coquinho-azedo (Butia Capitata Mart.) e o pequi (Caryocar Brasiliense Camb.). O objetivo deste trabalho foi caracterizar o teor de óleo e o perfil de ésteres metílicos da fração lipídica da polpa dos frutos destas três espécies. Os teores de lipídeos foram determinados por extração contínua a quente com éter de petróleo em extrator tipo Soxhlet. O óleo para perfil de ésteres metílicos foi extraído a frio por Bligh e Dyer e caracterizado por cromatografia a gás, usando detector de ionização de chama. A polpa de pequi apresentou elevados teores de óleo, em média 30,89 %; as polpas de araticum e coquinho-azedo apresentaram, respectivamente, médias de 2,14 e 2,73 % de óleo. Os ácidos graxos oleico e palmítico predominaram nas três espécies, e todas apresentaram prevalência de ácidos graxos insaturados, sendo a maior concentração encontrada no araticum (78,3 %), seguida pelo coquinho-azedo (63,3 %). A polpa de araticum e de coquinho-azedo apresentaram elevados teores de ácido linolênico (2,5 a 3,7%). A presença de ésteres metílicos de ácido caproico parece estar associada à percepção do aroma frutal típico destas frutas do Cerrado.
Resumo:
Esforços são empregados para identificar plantas com teores de antioxidantes que conferem benefícios à saúde. A capacidade antioxidante do pêssego deve-se aos compostos fenólicos, vitamina C e carotenoides. O objetivo deste trabalho foi caracterizar quatro cultivares de pessegueiro (Aurora, Biuti, Diamante e Douradão) em relação à capacidade antioxidante, determinando o teor dos compostos antioxidantes relacionados a essa atividade. Os frutos foram separados em dois grupos: sem armazenamento e armazenados por cinco dias à temperatura ambiente. Foram determinados os teores de vitamina C, carotenoides, compostos fenólicos e a capacidade antioxidante, pelos métodos DPPH e β-caroteno/ácido linoleico. As quatro cultivares mostraram-se ricas em substâncias antioxidantes, porém a intensidade dessa ação foi diferenciada entre elas. A cultivar Biuti apresentou maior teor das substâncias analisadas e maior atividade antioxidante em relação às outras cultivares. Foi observado que o potencial antioxidante dos frutos de pêssego aumentou durante o período de armazenamento.
Resumo:
Na busca pela identificação de novas fontes de antioxidantes naturais e de esclarecer lacunas acerca das reais propriedades benéficas atribuídas ao Noni (Morinda citrifolia Linn), este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização química e avaliar a atividade antioxidante da polpa, casca e sementes do noni. Foram determinadas a composição centesimal (umidade, cinzas, proteínas, carboidratos e lipídios); os compostos bioativos (fenólicos totais, carotenoides totais e vitamina C) e a atividade in vitro em extratos aquoso, etanólico e acetônico. Os resultados demonstraram que o Noni possui quantidades significativas de carboidratos (27,21%; 9,70% e 8,37%) e de proteínas (2,64%; 2,23%; e 2,24%) nas sementes, casca e polpa, respectivamente. A polpa apresentou maior teor de vitamina C (23,1 mg/100g) e de carotenoides totais (3,90 mg/100g). No extrato acetônico da polpa, foram quantificados 109,81 mg/100g de fenólicos totais, seguidos pelos extratos acetônicos da casca (76,01 mg/100g), das sementes (28,75 mg/100g) e do extrato etanólico da polpa (20,33 mg/100g). Todos os extratos avaliados apresentaram atividade antioxidante in vitro; os extratos acetônico e etanólico da casca e das sementes do Noni apresentaram maior atividade pelo método β-caroteno/ ácido linoleico, enquanto o extrato etanólico da polpa teve maior atividade antioxidante pelo ensaio DPPH e ABTS, e o extrato acetônico da polpa, pelo método ABTS. O noni é um fruto com significativo teor de compostos fenólicos totais que apresentam atividade antioxidante in vitro.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi caracterizar física e físico-quimicamente frutos de 21 matrizes de pupunheira (Bactris gasipaes Kunth), visando a obter subsídios que permitam avançar com o programa de melhoramento genético, em especial para características da polpa do fruto. Os frutos provenientes de diferentes genótipos foram caracterizados quanto à dimensão dos frutos e caroço, umidade, proteínas, lipídeos, cinzas, fibras e carotenoides totais. Os resultados obtidos para as diferentes variáveis analisadas demonstraram diferenças entre os frutos obtidos de diferentes genótipos. A análise de proteínas apresentou valores que variaram de 4,20 a 6,79%, com destaque para a matriz B04-P20, que apresentou o maior valor. Para lipídeos, os teores variaram bastante, com valores entre 8,25 e 40,83%, destacando-se a matriz B02-P30 com o maior teor de lipídeos. Os teores de carotenoides totais das matrizes de pupunheira variaram de 8,02 a 124,90µg/g, com destaque para as matrizes B02-P30 (124,90µg/g) e B05-P45 (123,04µg/g), indicando que a pupunha pode contribuir de maneira importante na ingestão de antioxidantes na dieta. De maneira geral, as análises físicas e físico-químicas dos frutos mostraram diferenças significativas entre as matrizes para os caracteres estudados, evidenciando ser um conjunto geneticamente promissor para a prática da seleção.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar as características químicas e a conservação do maracujá-amarelo embalado com filme de PVC durante o armazenamento refrigerado a 5 ºC. Atividade antioxidante (DPPH e TEAC), compostos fenólicos totais, β-caroteno e ácido ascórbico do suco do fruto foram os parâmetros químicos avaliados. As estimativas de perda de massa, enrugamento, cor e sintomas de patógenos foram utilizadas no estudo de conservação. As avaliações foram realizadas em intervalos de 10 dias, durante 40 dias. De acordo com os resultados, o teor de fenólicos totais aumentou durante o armazenamento, com variações entre 20,10 e 21,29 mg EAG 100 mL-1. O conteúdo de ácido ascórbico aumentou até o 20º dia de armazenamento (33,58 mg 100 mL-1), mas seguiu com decréscimos até o 40º dia (21,67 mg 100 mL-1). Independentemente do uso de PVC, o conteúdo de β-caroteno não variou durante o armazenamento. As atividades antioxidantes DPPH e TEAC do suco diminuíram durante o armazenamento. Não foram encontradas correlações positivas entre as atividades DPPH e TEAC e o teor de fenólicos totais, sugerindo que este último não contribui para a atividade antioxidante do suco do maracujá. O uso da embalagem de PVC não influenciou positivamente a atividade antioxidante e os teores de fenólicos totais e ácido ascórbico do suco do maracujá-amarelo durante seu armazenamento. A embalagem de PVC não inibiu sintomas de desenvolvimento de patógenos por até 30 dias de armazenamento, a 5 ºC, mas reduziu a perda de massa fresca e o enrugamento do fruto, proporcionando condições ótimas de comercialização por até 20 dias.
Resumo:
As indústrias de frutas destacam-se pelo volume de resíduo gerado e, principalmente, pela composição dos mesmos. O Brasil vem-se consolidando como um importante produtor mundial de suco de uva, gerando grande quantidade de resíduos diversos, como o bagaço, que corresponde a aproximadamente 20% da fruta processada. O bagaço constitui-se de casca e semente, e apresenta uma composição rica e heterogênea em compostos fenólicos (flavonoides e não flavonoides), razão pela qual foi empregado como matéria-prima no presente trabalho para a obtenção de um extrato bioativo. As extrações enzimática e etanólica foram avaliadas para a recuperação destes compostos para fins alimentícios. Dentre as condições avaliadas nos dois planejamentos experimentais, a extração hidroetanólica foi mais eficiente na recuperação dos compostos bioativos (p< 0,01), cujo extrato apresentou uma capacidade antioxidante de 1.965 µmol Trolox por 100 g de bagaço, 25% superior à do extrato obtido com a melhor condição enzimática (1.580 µmol Trolox por 100 g de bagaço).
Resumo:
Várias espécies da família Annonaceae produzem frutos comestíveis cultivados em pomares comerciais ou coletados de forma extrativista, em diversas partes do mundo. O gênero Annona possui elevado número de espécies nativas, no entanto poucas produzem frutos comestíveis. Algumas são cultivadas comercialmente, outras são obtidas de forma extrativista. As principais anonáceas cultivadas no mundo são: Annona muricata, Annona squamosa e Annona cherimola, com destaque também para a atemoia (híbrido entre A. squamosa x A. cherimola). Economicamente, são importantes para muitos países da África, Ásia e também da América Central, do Norte e do Sul. Os principais países produtores são: Austrália, Chile, Espanha, Estados Unidos, Nova Zelândia e Israel para cherimólia; México, Brasil, Venezuela e Costa Rica para graviola; e Índia, Brasil, Tailândia, Filipinas e Cuba para pinha. A produtividade de frutos das anonáceas nos diversos países produtores é relativamente baixa, em função do uso inadequado de técnicas de manejo (irrigação, fertilização, podas, polinização, controle de insetos e enfermidades, etc.). No Brasil, os cultivos comerciais mais relevantes com anonáceas são: pinha (A. squamosa L.), graviola (A. muricata L.) e atemoia. O objetivo deste trabalho é apresentar a situação atual e as perspectivas para as anonáceas no Brasil e no mundo. O cultivo é caracteristicamente de pequenos agricultores, usando especialmente a mão de obra familiar. De um modo geral, esses cultivos apresentam relevância socioeconômica nos países que possuem produção comercial pela geração de emprego e renda, e vêm, recentemente, ganhando importância no mercado mundial, dada sua condição de fruta exótica e pela sua qualidade, dentre as quais o valor nutracêutico (vitaminas, antioxidantes e outras propriedades funcionais). A expansão do consumo e sua maior relevância no mercado mundial dependem de ações relativas à divulgação do produto por meio de um programa de marketing, demonstrando suas qualidades nutricionais e funcionais para a saúde dos consumidores.
Resumo:
Annona vepretorum Mart. é uma espécie endêmica do bioma Caatinga, conhecida no Nordeste do Brasil como "araticum". Neste trabalho, o conteúdo de fenóis totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteu. O teor de flavonoides totais também foi medido. A atividade antioxidante dos extratos foi analisada pelos métodos do sequestro do radical DPPH e inibição da auto-oxidação do β-caroteno, e comparada com o ácido ascórbico, BHA e BHT, utilizados como compostos de referência. A análise de citotoxidade foi realizada frente a linhagens de células HCT-116, OVCAR-8 e SF-295. O efeito antibacteriano foi avaliado pelo método de microdiluição. O conteúdo de fenóis totais do extrato etanólico (Av-EtOH) foi de 76,60 ± 5,57 mg de equivalente de ácido gálico/g. O conteúdo de flavonoides foi de 194,50 ± 11,72 mg de equivalente de catequina/g para o extrato hexânico. O extrato EtOH exibiu boa atividade antioxidante (IC50 = 98,87 ± 11,24 mg/mL) no método do DPPH. Os extratos mostraram atividade citotóxica e antibacteriana contra a maior parte das células e microrganismos testados. Pesquisas adicionais serão realizadas para o isolamento e a identificação dos principais constituintes fenólicos dos extratos.