954 resultados para Epistolary genre
Resumo:
O actual paradigma inclusivo associado a um enquadramento sociocultural da investigação em Didáctica reposiciona a escrita por iniciativa própria num referencial mais amplo, no qual o aprender a escrever se cruza com a relação com o (saber) escrever de todos os alunos. Neste enquadramento, torna-se possível conjugar a centralidade que a escrita ocupa (i) nos percursos escolares dos alunos, (ii) na definição das opções metodológicas dos professores e (iii) nas orientações programáticas estabelecidas para todo o ensino básico, confrontando-a com as características dos suportes de escrita utilizados em contexto escolar. Tais suportes são elementos essenciais porque constituem uma memória que viabiliza a partilha, a reformulação e a reflexão. É também nesse sentido que interpretamos o Programa de Língua Portuguesa para o 1.º Ciclo Ensino Básico quando propõe que cada aluno tenha «um caderno onde possa fazer tentativas de escrita, escrever como souber, o que quiser, quando quiser». Daí, a nossa opção por realizar uma investigação de cariz interpretativo centrada nas opções metodológicas do(s) professor(es) e na relação com a escrita subjacente às produções dos alunos, questionando os sentidos e as práticas perceptíveis na utilização de cadernos individuais de escrita no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Os resultados obtidos junto de três turmas, ao longo do terceiro e quarto anos de escolaridade, destacam a diversidade de dinâmicas passíveis de serem estabelecidas em cada grupo e a expansão da gama de géneros de textos que, claramente, surge associada a uma crescente afirmação intencional do lugar dos alunos enquanto sujeitos que querem e sabem dizer de si, reflectindo acerca do seu próprio agir, entre pares.
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Esta investigação tem por objetivo perceber os protagonismos associados à música raiz na região do Sul de Minas, estado brasileiro de Minas Gerais. Desenvolvido no âmbito da etnomusicologia, trata-se de um estudo etnográfico realizado entre os anos de 2009 e 2012 no município de Jacutinga, localizado no Vale do Sapucaí. Como música raiz entende-se nesse contexto um universo musical que engloba vários “ritmos”, “formas” ou “estilos”, como a moda-de-viola, o pagode-de-viola, a querumana, a guarânia, dentre outros, performado por uma dupla cantando em dueto com acompanhamento da viola caipira. O termo engloba os segmentos música caipira e música sertaneja no sentido em que, para os protagonistas, as classificações convergem. O conceito de paisagem cantada é adotado como principal ferramenta de análise uma vez que no romance – gênero cantado e central da música raiz - a poética-narrativa atua como testemunha da história de um universo associado ao modo de vida rural do centro-sudeste brasileiro. A memória é portanto entextualizada na moda – unidade mínima musical de análise – que ao ser performada evoca um catálogo de elementos identificadores de uma cartografia humana, territorial e sonora, associadas a um universo designado por caipira. O sentido de pertencimento e de identificação com este paradigma promove uma recontextualização destes elementos fazendo emergir novas paisagens e novas práticas onde eles são ressignificados, adquirindo, em alguns casos, o valor de marcos sonoros (ex: o carro-de-boi, o berrante e o monjolo). Paralelamente, o processo de materialização da música que conduziu à sua fixação em disco e ao aparente desaparecimento da situação de performance participativa, transformou a própria música raiz num marco sonoro através do qual a caipiridade é representada.
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Partindo da importância de que se reveste a escrita para construção e explicitação do conhecimento, e da necessidade de os professores fazerem uma mediação da aprendizagem desta vertente da escrita, procurámos analisar e perceber de que modo as práticas de escrita que os professores implementam influenciam a qualidade dos textos que os alunos produzem. No sentido de dar resposta à questão enunciada, definimos um objetivo geral: avaliar se um dispositivo didático, o MDG, construído com base no conhecimento das propriedades dos géneros e dos textos, implementado de forma explícita e intencional pelos professores, pode refletir-se, e a que níveis, na qualidade dos textos que os alunos produzem. O estudo foi realizado no contexto de um programa de formação que envolveu 14 professores dos três ciclos do ensino básico, para o qual definimos três fases distintas: (i) caracterização das práticas de escrita dos professores dos três ciclos do ensino básico antes da planificação do MDG; ii) caracterização das práticas de escrita dos alunos de uma turma do 4.º ano de escolaridade antes da implementação do MDG, e (iii) avaliação das práticas de escrita dos alunos depois de implementado o MDG pelos professores. Os dados foram recolhidos através da análise qualitativa e quantitativa das planificações dos professores e dos textos dos alunos. Os resultados evidenciam que nas fases prévias à implementação do MDG há a ausência de critérios específicos de avaliação dos textos e a utilização de instruções de escrita demasiado vagas, pouco orientadoras da produção do texto do género por parte dos alunos. Por sua vez, estes revelaram dificuldades quer na seleção de informação, ao nível da escolha dos conteúdos pertinentes, quer na produção do género pedido, já que o texto final configura uma colagem de partes de textos lidos, sem qualquer configuração adaptada ao género. Já na fase 3, e depois de planificado e implementado o MDG, os alunos demonstraram um melhor desempenho na seleção de informação e na escrita do texto. No entanto, foi também possível identificar alguns aspetos em que não apresentaram mudança ou que essa mudança não foi significativa.
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Durante a sua vida Frederico de Freitas abordou praticamente todos os géneros musicais, demonstrando uma imensa e notória versatilidade tanto na música erudita como na não erudita. O repertório para canto e piano representa uma parte substancial da sua obra vocal e, apesar de menos divulgado, não pode deixar de se considerar de grande importância. É precisamente neste género que mais se evidencia a versatilidade do seu estilo composicional. Este repertório abrange, assim, os géneros erudito e ligeiro, ou popular, pelo que as suas canções refletem a facilidade com que se movia de um meio para outro. Enquanto investigador, os estudos que realizou sobre música medieval portuguesa, o número elevadíssimo de recolhas de melodias tradicionais portuguesas que fez ao longo da vida e as investigações que realizou sobre o fado deram origem, paralelamente à composição de canções eruditas, a harmonizações de melodias medievais, a arranjos de temas na música tradicional e à composição de fados. Do ponto de vista interpretativo, a diversidade de estilos presentes nas canções de Frederico de Freitas exige do cantor lírico uma versatilidade e capacidade de se adaptar, ainda que mantendo a matiz da sua formação erudita, ao estilo próprio de cada canção. Com vista a uma interpretação estilística e vocalmente adequada, e por representarem um universo tão diferenciado, esta tese de doutoramento centra a sua atenção na problemática da vocalidade das suas canções.
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A presente tese inscreve-se no domínio da etnomusicologia. Resulta da realização de trabalho de campo no estado do Maranhão/Brasil, entre 2012 e 2014, e propõe um exercício de reflexão sobre as transformações pelas quais passou a prática performativa Bumba meu Boi, a partir da introdução dos instrumentos de sopro na sua componente musical, dando origem ao Boi de Orquestra. Parti do estudo etnográfico dos quatro principais estilos de Bumba meu Boi (sotaques) existentes antes da criação do Boi de Orquestra, e de uma pesquisa de cunho histórico que buscou o modo como esta prática se configurou já no século XX e como ela se traduz na performance (folguedo). Argumento que a criação do sotaque de orquestra favoreceu a aceitação do folguedo pela elite social do Maranhão, que o identificou como próximo da cultura europeia, da qual se sentia caudatária. O repertório performativo analisado neste trabalho inclui as toadas, as danças, as indumentárias e os rituais de batizado e morte do boi, a partir dos registros sonoros e visuais efetuados no mês de junho e julho de 2013. Desta forma, este trabalho procura contribuir para a compreensão do lugar que a música ocupou nos movimentos gerados pelos povos subjugados no período pós-colonial, na luta pela afirmação do seu direito à existência singular. Neste sentido serão analisados os processos de ressignificação e de recontextualização do Bumba Meu Boi e da música, enquanto dispositivos que, no caso do Maranhão, contribuíram para a construção de mundos comuns a partir da criação de realidades ilusórias.
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Nomadic Narratives, Visual Forces explores issues, questions, and problems emerging in the analysis of epistolary and visual narratives. This book focuses in particular on Gwen John's letters and paintings. It offers an innovative theoretical approach to narrative analysis by drawing on Foucault's theory of power, Deleuze and Guattari's analytics of desire, and Cavarero's concept of the narratable self. Furthermore, it examines the use of letters as documents of life in narrative research and highlights the dynamics of spatiality in the constitution of the female self in art. This study brings together theoretical insights that emerge from the analysis of life documents - some of them previously unpublished - combining innovative research with specific methodological suggestions on doing narrative analysis.
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This research aims, through performance, fashion photography, video making and the theatrical devices that accompany such practice, to explore the style of a contemporary, largely male, subcultural collective. The common term that joins these loosely bound groups is revival as they appear driven by an impulse to simulate and re-enact the dress, rites and rituals of British and American subcultures from a perceived golden era. The similarities with re-enactment societies are also explored and exploited to the end of developing new style- based aesthetics in male fashion image-making formed around an elaborate re- enactment of Spartacus and the Third Servile Wars. Examined through comparative visuals (revivalists / re-enactors) a common thread is found in the wearing of leather as a metaphor for resistance, style and a pupa-like second skin. Subsequent findings of this research suggest that the cuirass of popular culture emerges as the motorcycle jacket of both the sword and sandal epic and the historical re-enactor. Addressing extremes in narcissistic dress and behaviour amongst certain individuals within these older male communities, this study also questions parts of established theory on subcultural development within the field of cultural studies and postulates on a metaphorical dandy gene. Citing two leading practitioners in the field of fashion photography the work of both Richard Prince and Bruce Weber is viewed through the lens of the subcultural aesthete and conclusions drawn as to their role as agents provocateurs in the development of the fashion image with a revival based narrative. In addition the often used term retro is examined, categorised and granted its own genre within fashion image- making and defined as being separate from the practice element of this research. Reflecting a multi-disciplinary approach that engages the researcher as Bricoleur and participant observer this research operates in the reflexive realm and uses simulation as a key method of enquiry. The practice-led outcome of this investigation takes the form of a final research exhibition that takes the form of a substantial installation of photography, video, clothing and textile prints. Key terms: dandy gene, historical re-enactment groups, internal theatre, narcissism, narrative image-making, reflexive practice, revival as theatre, subcultures,
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In this article, I consider the importance of epistolary narratives in the interface of autobiography and politics. In doing this, I read the letters of Fannia Mary Cohn, a Jewish immigrant worker, trade union activist and ardent labour organizer in the garment industry in the USA in the first half of the twentieth century. Cohn was a prolific writer and political activist and left a rich body of labour literature, but never wrote an autobiography or a diary or journal. It is in her letters to her comrades and friends in the labour movement that short autobiographical stories erupt and it is on such stories across her correspondence that this article focuses. The analysis is informed by Hannah Arendt’s theorization of narratives in their interrelation with politics and history. Drawing on a rich body of feminist literature around the relational self, what I argue is that an Arendtian reading of epistolary narratives is a useful analytical tool in understanding gendered politics in the diverse histories of the labour movement.
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Ce mémoire étudie la situation de l'accès à l'éducation élémentaire au Sénégal en procédant à une analyse des dépenses publiques associée à la dominance stochastique. Je montre ainsi qu'en général, les inégalités dans l'accès à l'enseignement de base ont diminué entre 2001 et 2006. En divisant par la région et le genre, je relève aussi que de grandes disparités entre les milieux urbain et rural existent toujours au Sénégal, mais que les écarts entre les filles et les garçons sont pratiquement nuls, sauf à la campagne où les filles les plus pauvres constituent le groupe fréquentant le moins l'école publique dans tout le pays. Ces résultats démontrent que les analyses d'inégalités dans l'accès aux services publics doivent impérativement tenir compte des inégalités régionales. De plus, une comparaison plus superficielle avec 1992 permet de constater qu'à l'échelle nationale, la situation n'a cessé de progresser depuis ce temps, mais qu'en s'attardant à chaque région, on aperçoit des changements importants dans la tendance de chacune d'entre elles.
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La situation precaire de jeunes adultes non diplomés préoccupe les acteurs sociaux et des programmes soutiennent leur insertion. Ces programmes, à l'image de la société, font un usage important de l'écrit. Pourtant, des recherches indiquent que du personnel intervenant auprs de ces jeunes adultes croient qu'ils n'aiment pas lire et écrire et n'ont pas ce genre d'activités. La question de recherche est: Quelle est la place de l'écrit dans la vie de jeunes adultes non diplômés en situation de précarité? Ce mémoire s'inscrit dans un projet de l'équipe de recherche sur les transitions et l'apprentissage avec un échantillon de 45 jeunes adultes fréquentant un carrefour jeunesse-emploi. La méthodologie est mixte à dominante qualitative. Les résultats permettent d'affirmer que l'écrit a une place significative dans des moments importants de ces jeunes adultes, que la présence de l'écrit est souvent existentielle permettant la rencontre de soi et la rencontre des autres.
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Le Bulletin des agriculteurs existe depuis 1918 et a eu une incidence considérable sur la population rurale du Québec.Le présent mémoire porte sur la subversion dans douze récits fantastiques publiés dans la revue entre 1940 et 1959. Ce mémoire est divisé en trois chapitres distincts.Le premier relate la petite histoire de la revue. À ses débuts, en 1918,Le Bulletin des agriculteurs est une revue purement agricole qui n'a d'autre but que celui d'informer ses abonnés. Mais dès 1936, la revue adopte le style revue et apporte à ses nombreux lecteurs, en plus de l'information générale, des chroniques féminines, des articles humoristiques et des récits de fiction. Ce sont ces derniers qui sont à l'origine de ce mémoire.Le deuxième chapitre insistera sur l'aspect théorique de l'étude. Dans un premier temps, nous avons fait la typologie de tous les récits de fiction parus dans la revue entre 1934 et 1984 les classant par genre et par sous-genre. Dans un deuxième temps, nous avons étudié le fantastique et son potentiel subversif. Enfin, dans un troisième temps, nous avons identifié l'idéologie qui prévalait au Québec rural dans les années quarante et cinquante.Le troisième chapitre est consacré exclusivement à la recherche de subversion dans les douze contes fantastiques sélectionnés afin d'en faire une lecture sociocritique.
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Isolationism and neutrality are two of the recurrent themes in the study of the history of the U.S. foreign policy in the interwar years. The trauma of the Great War, which had swept away 130.000 U.S. lives and had cost $30 billion, had led public opinion to strongly oppose any involvement with European affairs. Besides, the urgent need for economic recovery during the dismal years of the Great Depression did not leave Roosevelt much room for manoeuvre to influence international events. His positions regarding the intentions of the Fascist states remained, at best, ambivalent. These facts notwithstanding, about 2800 U.S. citizens crossed the Atlantic and rushed in to help democratic Spain, which was on the verge of becoming one more hostage in the hands of the Fascism. They joined the other British, Irish and Canadian volunteers and formed the XV International Brigade. 900 Americans never returned home. This alone should challenge the commonly held assumption that the American people were indifferent to the rise of the Fascist threat in Europe. But it also begs other questions. Considering the prevailing isolationist mood, what really motivated them? With what discursive elements did these men construct their anti Fascist representations? How far did their understanding of the Spanish democracy correspond to their own American democratic ideal? In what way did their war experience across the Atlantic mould their perception of U.S. politics (both domestic and foreign)? How far did the Spanish Civil War constitute one first step towards the realization that the U.S. might actually be drawn into another international conflict of unpredictable consequences? Last but not the least, what ideological, political and cultural complicity existed between the men from the English-speaking battalions? In order to unearth some of the answers, I intend to examine their letters and see how these men recorded the historical events in which they took part. Their correspondence emerged from the desire to prove their commitment to a common cause and spoke of a common war experience, but each letter, in its uniqueness, ends up mirroring not only the social and political background of each individual fighter, but also his own particular perspective of the war, of world politics and of the Spanish people. We shall see how these letters differ and converge and how these particular accounts weave, as in an epistolary novel, a larger-than-life narrative of outrage and solidarity, despair and hope.
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Le principal objectif de notre mémoire de maîtrise, de type production, visait à enrichir le contenu du didacticiel Des médias et des mots par la production d'une série de fiches traitant de difficultés d'ordre orthographique et syntaxique ainsi que des mots touchés par les Rectifications orthographiques. Ce didacticiel, hébergé dans le site ayant pour adresse http://catifq.usherbrooke.ca/didacticielmedia, a été créé pour répondre aux besoins des journalistes, rédacteurs et animateurs de la presse écrite et présente de façon ludique des fiches d'exercice concernant des difficultés langagières tirées de contextes réels d'utilisation et accompagnées de solutions de rechange et d'un commentaire explicatif. Afin de respecter le critère de contextes réels d'emploi, nous avons procédé, avant le travail de rédaction des fiches, au repérage dans un corpus représentatif de textes journalistiques québécois des principales difficultés orthographiques et syntaxiques, c'est-à-dire celles qui posent problème par rapport à la"norme" du français écrit et dont l'utilisation était récurrente. Cette étape a été effectuée au moyen d'une liste d'écarts constituée à partir des difficultés de la langue française abordées dans les cours de français normatif que nous donnons au Département des lettres et communications de l'Université de Sherbrooke et regroupées dans 22 catégories différentes. L'inventaire des difficultés langagières rencontrées dans le discours journalistique québécois nous a, par la suite, amenée à analyser les usages linguistiques observés. Ainsi, nous avons pu établir que l'utilisation de la préposition représente le problème le plus récurrent dans les textes journalistiques. L'emploi du verbe (accord et conjugaison), des participes passés des verbes pronominaux et du trait d'union apparaît aussi comme une difficulté très importante dans ce genre de discours. Enfin, les données recueillies concernant le genre des substantifs, quelques cas d'orthographe d'usage de même que l'emploi de l'apostrophe, des adjectifs de couleur, des adjectifs verbaux, des déterminants numéraux, de demi, de même, des participes passés autres que ceux des pronominaux, de quel que/ quelque, de quoi que/ quoique, et de tout confirment le fait que ces notions posent problème aux journalistes.
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Au Québec, l'intérêt des chercheurs pour la scène éditoriale de la littérature pour la jeunesse grandit constamment. Nous avons cependant constaté l'absence de travaux sur un phénomène permettant d'accroître la diversité de cette littérature : l'édition de poésie. Bien que marginale et méconnue, cette production participe à la légitimation de la littérature pour la jeunesse en y introduisant un genre littéraire consacré. En matière de littérature pour la jeunesse, et particulièrement lorsqu'il s'agit de poésie, la médiation effectuée par le milieu scolaire représente un enjeu incontournable. Le premier chapitre dresse le portrait historique des liens établis entre le milieu scolaire et celui de la littérature pour la jeunesse depuis le XlXe siècle au Québec. La réflexion porte ensuite sur les programmes scolaires adoptés avec la réforme de l'éducation des années 2000, qui proposent de donner à l'enseignement un ancrage culturel. Dès lors, l'initiation des élèves à une littérature soutenue, issue d'une «culture seconde», devient un apprentissage essentiel. L'intérêt porté à une littérature pour la jeunesse plus exigeante crée un contexte favorable à l'édition de poésie pour la jeunesse. Le deuxième chapitre, qui porte sur la période 1993-2007, met en lumière le phénomène éditorial qui prend de l'ampleur, surtout après 2000. Outre l'analyse de ce corpus, il s'agit de retracer l'histoire de cette production laissée dans l'ombre jusqu'à ce jour. L'arrivée de la collection «Poésie» de La courte échelle en 2002 marque un moment charnière de l'édition de poésie pour la jeunesse. Le troisième chapitre du mémoire présente les stratégies éditoriales que cette collection a suscitées. Ainsi, La courte échelle a fait appel à des poètes reconnus et à des artistes visuels légitimés. La collection «Poésie» utilise des stratégies propres à la littérature pour la jeunesse, comme la conception de fiches pédagogiques visant le marché scolaire, mais ne se restreint pas à ce public. Le paratexte épuré, tout comme les titres des recueils qui évoquent des thématiques universelles, signalent que l'éditeur tente également de rejoindre un lectorat adulte.
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L'amour et le mariage sont au Moyen Âge des sujets non exempts de controverses touchant à la fois à la philosophie, à la médecine, à la littérature et à la théologie. Étudier leurs représentations au travers d'un art d'aimer et d'un traité scientifique, oeuvres du médecin et poète Évrart de Conty (mort en 1405) permet de mettre en valeur les enjeux qui les traversent. En prenant le partie de la philosophie au détriment de la théologie, en répondant aux attentes de ses jeunes lecteurs--concilier sexualité et amour, en prenant appui sur les réalités et règles sociales--mariage bien ancré dans les moeurs, poids de l'honneur--et les règles morales aristotéliciennes, Évrart de Conty propose une synthèse fondée sur la recherche de la raison et de la mesure, l'amour entrant dans le «dessein de Nature» socle de la réflexion de l'auteur. Ces différentes influences permettent de dresser un tableau nuancé des représentations d'Évrart de Conty: médecine, héritage courtois et règles sociales nourrisent l'image des femmes à la fois mères et jeunes fines pudiques, inférieures aux hommes dont les apanages sont la raison, la poursuite du savoir et la bienséance. En raison des nombreuses influences, normatives, sociales, médicales et philosophiques qui traversent ses répresentations, l'analyse des écrits d'Évrart de Conty montre des prises de position et parfois des contradictions, enjeux liés d'une part à la relation entre discours théologique et discours philosophique, d'autre part à la relation entre pratiques sociales et discours philosophie et/ou religieux. Ainsi, analyser les représentations de l'amour chez Évrart de Conty permet de mieux saisir les enjeux liés aux questions du genre, du mariage, et des relations entre théologie, philosophie, médecine et pratique.