886 resultados para basic need satisfaction
Resumo:
Esta tese discute o impacto do Diagnóstico de Malformação fetal na experiência das gestantes usuárias do SUS na Bahia, destacando as noções de dia-gnosis e pro-gnosis desenvolvidas por Gross e Shuval (2008) de forma associada à medicina do risco no encontro médico-paciente. Destaca o discurso biomédico na formatação diagnóstica, as diferentes percepções de risco e o forte engajamento das usuárias frente às tecnologias pré-natais e intervenções cirúrgicas neonatais, caucionado na esperança de que o avanço da ciência seja capaz de reverter ou abrandar a condição do seu feto/bebê. È diante da responsabilização da mulher por não ter produzido um feto/bebê saudável, mas um feto/bebê malformado, que se observa a prevalência de normas culturais e de gênero que conferem à maternidade um lugar de autossacrificio, de dedicação e criação dos filhos, como também status social O espaço pré-natal é marcado pela ausência de discussão a respeito do prognóstico de tais condições, com a consequente busca pelas gestantes do conhecimento por meio da internet, da opinião do marido e da crença religiosa que servem de alicerce para lidar com a antecipação da deficiência. As gestantes acreditam ser este um desígnio de Deus, uma espécie de provação e uma prova de amor incondicional ao futuro filho com deficiência (que poderá ou não sobreviver). A maioria das gestantes, 20 entrevistadas, prefere, contudo, ter um filho com deficiência do que sofrer sua perda. Em outra vertente, a tese analisa a forma como se organiza o sistema de saúde quanto à detecção de uma malformação congênita, apontando a precariedade da rede de atenção básica quanto à qualificação dos profissionais e o devido encaminhamento referente ao serviço especializado. A tecnologia de visualização o ultrassom obstétrico é a primordial ferramenta para detecção de alguma alteração fetal, porém somente ocorre o esclarecimento do diagnóstico de malformação fetal no serviço público de referência em medicina fetal em Salvador, Bahia. Destaca-se a falta de uma política pública do Ministério da Saúde que norteie o desenvolvimento da medicina fetal no Brasil, haja vista os diferentes impactos diante das tecnologias de inovação em saúde que geram vulnerabilidades e desigualdades sociais. Enfatiza-se a necessidade de uma revisão quanto à regulamentação do uso do ultrassom obstétrico que impeça o uso abusivo ou sua omissão diante dos crescentes casos de anomalias congênitas.
Resumo:
A estratégia saúde da família foi o modelo de escolha utilizado para a reorganização da atenção básica brasileira. No município do Rio de Janeiro sua implantação tem início em 1995 em passos lentos. A partir do ano de 2009, inicia-se um processo de implantação e expansão da ESF e a área de planejamento 5.3 é escolhida como área prioritária para essa expansão. Acredita-se que a expansão da ESF, o aumento da cobertura da população atendida e o aumento do acesso aos serviços de saúde, implicarão na melhoria da saúde da população e consequentemente impactarão positivamente nos indicadores de saúde. Este trabalho busca analisar os impactos da expansão da ESF em indicadores de saúde, na AP 5.3 do município do Rio de Janeiro, no período de 2009 a 2012. Tendo como objetivos específicos (1) descrever a expansão da cobertura da ESF entre os anos de 2009 e 2012 na AP 5.3; (2) analisar a evolução dos indicadores de saúde nesse mesmo período; (3) correlacionar os indicadores de saúde com o aumento de cobertura do saúde da família; e (4) comparar os dados encontrados na AP 5.3 com os do município do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais. Os indicadores de saúde selecionados para análise deste estudo foram escolhidos considerando elementos de estrutura e desempenho da ESF, assim como o estado de saúde da população, nas situações em que seria possível estabelecer relações entre ações da ESF e modificações no perfil de saúde. Os resultados encontrados em relação à evolução da expansão da cobertura da ESF na AP 5.3 evidenciou um aumentou que passou de 41% em agosto de 2010 para 98%, em junho de 2012, tendo atingido a meta de 100% em setembro de 2013. A produção ambulatorial, nessa região, aumentou em 130%. O percentual de nascidos vivos que realizaram 7 consultas pré-natais e mais, entre os anos de 2009 e 2012, aumentou em 3%. O percentual de nascidos vivos por partos cesáreos na AP 5.3 vem aumentando ao longo do período analisado. No entanto, nessa região mais de 50% dos partos realizados ainda são vaginais. O coeficiente de mortalidade infantil na AP 5.3, sofreu um decréscimo de 6,84%, no período de 2009 a 2012. Já o coeficiente de mortalidade neonatal, no mesmo período, apresentou um aumento de 16%. Enquanto o coeficiente de mortalidade pós-neonatal, nessa região, apresentou, do período de 2009 até o ano de 2012, uma redução de 33%. Os resultados encontrados neste estudo sugerem a contribuição positiva do programa na evolução de muitos dos indicadores de saúde da população. Todavia, algumas ações e serviços carecem de melhorias para garantir uma assistência integral e de maior qualidade aos usuários. Mais do que a ampliação do acesso, com aumento da cobertura é necessário garantir a qualidade da assistência.
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Esta tese tem como proposta realizar um estudo da política pública do campo da saúde, conhecido no Brasil como Processo Transexualizador, baseado em uma análise bioética. Pode-se afirmar que o termo Processo começa a ser usado quando, em 2008, foi promulgada a Portaria 1707, pelo Ministério da Saúde (portaria mais tarde atualizada, e ainda em vigor, sob o numero 2803, de 2013). Inserida no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), essa política tem como pilares a integralidade e a humanização da atenção a pessoas transexuais. O objetivo da tese é: identificar o conjunto de Funcionamentos considerados básicos, tanto pela ótica dos transexuais, quanto pela ótica dos profissionais de saúde. Simultaneamente, em diálogo paralelo, a tese busca cotejar a contribuição, através da perspectiva dos Funcionamentos, para a avaliação do próprio Processo Transexualizador e vice-versa. No plano teórico-conceitual, o trabalho se norteia pelo princípio bioético da justiça em saúde, tal como trabalhado por Sen, Nussbaum, Dias e Ribeiro, autores que abordaram a justiça, associando-a ao que eles próprios cunharam conceitualmente como Funcionamentos básicos. No plano metodológico, a forma monográfica de apresentação dos resultados valoriza tanto os dados primários coletados em entrevistas (gravadas, transcritas e sistematizadas em ferramenta de informática Programa NVIVO), quanto documentos oficiais e, ainda, a leitura crítica e discussão dos autores mencionados, acrescidos de outros como Cecilio, Buber, Bento e Arán. Com relação ao material primário, o campo de estudo foi um hospital universitário do município do Rio de Janeiro, que possui Unidade de Atenção Especializada a Transexuais, referência no Sistema Único de Saúde (SUS). O material empírico primário foi coletado por meio de técnica de entrevista semi aberta, orientada por roteiro. O universo de sujeitos de pesquisa é composto por dez mulheres transexuais e quatro profissionais da área de saúde que também participam da política. Os resultados apontam a necessidade do estabelecimento, por parte do Ministério da Saúde, de instrumentos avaliativos que tenham atuação para além dos trâmites burocráticos institucionais. Devem-se incluir, entre seus tópicos, a Rede de Atenção à saúde estabelecida, o atendimento das necessidades de saúde e a oferta da tecnologia em saúde, os quais comprometem a integralidade da atenção à saúde e, consequentemente, a realização do projeto de vida das mulheres transexuais por não possibilitarem o florescimento de seus Funcionamentos básicos.
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Demographic parameters were derived from sectioned otoliths of John’s Snapper (Lutjanus johnii) from 4 regions across 9° of latitude and 23° of longitude in northern Australia. Latitudinal variation in size and growth rates of this species greatly exceeded longitudinal variation. Populations of John’s Snapper farthest from the equator had the largest body sizes, in line with James’s rule, and the fastest growth rates, contrary to the temperature-size rule for ectotherms. A maximum age of 28.6 years, nearly 3 times previous estimates, was recorded and the largest individual was 990 mm in fork length. Females grew to a larger mean asymptotic fork length (L∞) than did males, a finding consistent with functional gonochorism. Otolith weight at age and gonad weight at length followed the same latitudinal trends seen in length at age. Length at maturity was ~72–87% of L∞ and varied by ~23% across the full latitudinal gradient, but age at first maturity was consistently in the range of 6–10 years, indicating that basic growth trajectories were similar across vastly different environments. We discuss both the need for complementary reproductive data in age-based studies and the insights gained from experiments where the concept of oxygen- and capacity-limited thermal tolerance is applied to explain the mechanistic causes of James’s rule in tropical fish species.
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A review of the significant contributions in the peer-reviewed literature indicates that the discarding of marine fish known as bycatch remains one of the most significant problem facing fisheries managers. Bycatch has negative affects on marine biodiversity, is ripe with ethical and moral issues surrounding the waste of life from increased juvenile fish mortality, hinders commercial profitability and recreational satisfaction, increases management costs, and results in socio-cultural problems and conflicts. While appearing to have a simple conservation engineering solution, reducing or eliminating bycatch in marine fishing operations given the presently existing regulated open access management environment is demonstrated to actually be so complex that its effects can appear to be counter-intuitive. An ecosystem simulation model that explicitly incorporates the human and biological dimensions is used to evaluate proposed bycatch reduction regulations for two fishing fleets exploiting three out of seven species of fish, each with ten cohorts, in two resource areas. One of the fishing fleets is divided into two components representing commercial fishermen and recreational anglers. The seven fish species represent predator, prey, and competitor behaviors and one stock is treated as an endangered species. The results displayed in a series of figures demonstrate the potential unintended effects of simplistic management approaches and the need for a holistic and comprehensive approach to bycatch management. That is, an ecosystem model that explicitly incorporates socio-cultural and biophysical attributes into a common framework allows the magnitude and direction of behavioral responses to be predicted based on changes in governance or biophysical constraints to determine if management goals and objectives have been obtained through the use of quantitative metrics.
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Professionals who are responsible for coastal environmental and natural resource planning and management have a need to become conversant with new concepts designed to provide quantitative measures of the environmental benefits of natural resources. These amenities range from beaches to wetlands to clean water and other assets that normally are not bought and sold in everyday markets. At all levels of government — from federal agencies to townships and counties — decisionmakers are being asked to account for the costs and benefits of proposed actions. To non-specialists, the tools of professional economists are often poorly understood and sometimes inappropriate for the problem at hand. This handbook is intended to bridge this gap. The most widely used organizing tool for dealing with natural and environmental resource choices is benefit-cost analysis — it offers a convenient way to carefully identify and array, quantitatively if possible, the major costs, benefits, and consequences of a proposed policy or regulation. The major strength of benefit-cost analysis is not necessarily the predicted outcome, which depends upon assumptions and techniques, but the process itself, which forces an approach to decision-making that is based largely on rigorous and quantitative reasoning. However, a major shortfall of benefit-cost analysis has been the difficulty of quantifying both benefits and costs of actions that impact environmental assets not normally, nor even regularly, bought and sold in markets. Failure to account for these assets, to omit them from the benefit-cost equation, could seriously bias decisionmaking, often to the detriment of the environment. Economists and other social scientists have put a great deal of effort into addressing this shortcoming by developing techniques to quantify these non-market benefits. The major focus of this handbook is on introducing and illustrating concepts of environmental valuation, among them Travel Cost models and Contingent Valuation. These concepts, combined with advances in natural sciences that allow us to better understand how changes in the natural environment influence human behavior, aim to address some of the more serious shortcomings in the application of economic analysis to natural resource and environmental management and policy analysis. Because the handbook is intended for non-economists, it addresses basic concepts of economic value such as willingness-to-pay and other tools often used in decision making such as costeffectiveness analysis, economic impact analysis, and sustainable development. A number of regionally oriented case studies are included to illustrate the practical application of these concepts and techniques.
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Professionals who are responsible for coastal environmental and natural resource planning and management have a need to become conversant with new concepts designed to provide quantitative measures of the environmental benefits of natural resources. These amenities range from beaches to wetlands to clean water and other assets that normally are not bought and sold in everyday markets. At all levels of government — from federal agencies to townships and counties — decisionmakers are being asked to account for the costs and benefits of proposed actions. To non-specialists, the tools of professional economists are often poorly understood and sometimes inappropriate for the problem at hand. This handbook is intended to bridge this gap. The most widely used organizing tool for dealing with natural and environmental resource choices is benefit-cost analysis — it offers a convenient way to carefully identify and array, quantitatively if possible, the major costs, benefits, and consequences of a proposed policy or regulation. The major strength of benefit-cost analysis is not necessarily the predicted outcome, which depends upon assumptions and techniques, but the process itself, which forces an approach to decision-making that is based largely on rigorous and quantitative reasoning. However, a major shortfall of benefit-cost analysis has been the difficulty of quantifying both benefits and costs of actions that impact environmental assets not normally, nor even regularly, bought and sold in markets. Failure to account for these assets, to omit them from the benefit-cost equation, could seriously bias decisionmaking, often to the detriment of the environment. Economists and other social scientists have put a great deal of effort into addressing this shortcoming by developing techniques to quantify these non-market benefits. The major focus of this handbook is on introducing and illustrating concepts of environmental valuation, among them Travel Cost models and Contingent Valuation. These concepts, combined with advances in natural sciences that allow us to better understand how changes in the natural environment influence human behavior, aim to address some of the more serious shortcomings in the application of economic analysis to natural resource and environmental management and policy analysis. Because the handbook is intended for non-economists, it addresses basic concepts of economic value such as willingness-to-pay and other tools often used in decision making such as costeffectiveness analysis, economic impact analysis, and sustainable development. A number of regionally oriented case studies are included to illustrate the practical application of these concepts and techniques.