997 resultados para Théroigne de Méricourt, 1762-1817.
Resumo:
Este artigo propõe um alargamento na abordagem normalmente aplicada à fotografia em Portugal, reclamando um espaço de abertura disciplinar e metodológica que permita, por um lado, deslocar o olhar do investigador de uma história feita de centros e de momentos marcantes e, por outro, reflectir sobre as várias dimensões discursivas e socioculturais em que a imagem fotográfica existe e dialoga com os seus públicos. Na linha da abertura fundadora que os estudos culturais provocaram na estrutura das Humanidades interessará, do mesmo modo, fomentar uma investigação baseada numa consciente focalização no objecto de estudo que seja capaz de articular diversos contributos teóricos e disciplinares no campo unificado dos estudos fotográficos. Partindo não apenas da profunda enunciação que Jean‑Pierre Esquenazi traça da noção de instituição, mas também da reformulação do termo estudos culturais que Mieke Bal propõe com o conceito de análise cultural, este artigo procurará sobretudo caracterizar e debater a pertinência de um campo de estudo para a fotografia, que se pretenda transnacional, interdisciplinar e metodologicamente flexível, e que permita abarcar criticamente as várias dimensões culturais que a imagem fotográfica sempre cumpre.
Resumo:
A argumentação centra-se na história da produção cenográfica da segunda metade do século XIX em Portugal, propondo um tratamento teórico mais abrangente, que desloque o enfoque analítico da peça de arte em si ou do carácter efémero e global da espectacularidade que tem merecido alguma atenção da historiografia contemporânea, para uma escala de cultura visual ou mesmo de visualidade, no sentido mais dilatado destas expressões. Discutindo essencialmente a problemática em torno da imagem teatral como produto do mundo oitocentista analisa-se o potencial cognitivo da série cenográfica na sua capacidade de representação e apropriações ideológicas. Para esta dialéctica concorrem as repercussões epocais do espectáculo, designadamente na regulação da vida social, na mediação de processos económicos, no combate político, e sobretudo, em modelos de percepção artística fundados nos convencionalismos cenográficos como acontece, por exemplo, na produção decorativa e arquitectónica integradas num particular campo visual ou na teatralidade actuante dos edifícios, cuja essência, em todos os casos, é devedora de uma cultura paradoxalmente centrada nos limites da caixa cénica e na infinitude emotiva do espectacular.
Resumo:
Ângelo de Sousa (1938-2011) mereceu a denominação de “experimentador”, e é sob a lente da “experimentação” que olhámos para o seu percurso, e mais especificamente para o filme experimental Chão de Cimento (1) (1972), em Super 8, com cerca de 4’43’’ (cor e sem som). Este ensaio é marcado por dois objectivos principais. Em primeiro lugar, procura perceber o que é a experimentação no trabalho de Ângelo de Sousa, partindo da definição de experimentação de José Gil, e entender qual a relação desta com Chão de Cimento (1). E em segundo lugar, procura ainda analisar a relação da arte minimal com o filme em estudo e com a restante produção artística de Ângelo de Sousa. Neste contexto, cumpre destacar que, tal como desenvolvido no ensaio “Art and Objecthood” (1976) de Michael Fried, a experiência do observador-experimentador no trabalho de Ângelo de Sousa é fundamental. As características-chave de Chão de Cimento (1) vinculam-se com as características da arte minimal e da sua interpenetração com outras disciplinas artísticas: a relação entre a dança, a escultura e os filmes; o carácter simplificado da forma; a relação do observador-experimentador com o movimento e o espaço vazio; e a persistência da imagem, num entendimento de repetição de movimento.
Resumo:
The paper will address George Kubler’s Portuguese Plain Architecture [PPA] (1972) and its effect in Portuguese architectural practice. Kubler’s philosophy of art history implied that closed sequences of objects could be opened by several reasons. Thus, it will be argued that there is an effect upon Portuguese architecture post 1974, that is apparent by the reemergence of some of the form classes treated by Kubler. This was mostly achieved through the popularity of Kubler’s book within architectural practice, scholarship and moreover by the establishment of the term “Plain Architecture” in portuguese architectural vocabulary. Plain Architecture of the seventeenth and eighteenth centuries shared some qualities with the architecture to be built in post‑revolutionary Portugal, most importantly the effect that could be achieved with low budget buildings that were responding to a situation of crisis, and simultaneously exhaled aristocratic sparsity. The connection of PPA with the ideological attributes of early modernism and the political context of the time catalysed the reemergence of a new order of Portuguese Plain that resonates still in contemporary architecture.
Resumo:
Walter Benjamin é uma referência com a qual se esbarra em inúmeros textos sobre modernidade e arte contemporânea. Os autores norte-americanos da escola de Nova Iorque consolidaram-se como uma das mais influentes fontes para a sua divulgação, propagando a utilização dos seus conceitos nas universidades e no espaço crítico. Os fundadores e discípulos da revista October (MIT Press, criada em 1976 por Rosalind Krauss e Annette Michelson) tiveram um papel fundamental na mudança do discurso da história da arte contemporânea mais recente, obrigando a repensar uma série de propostas artísticas (quase sempre ocidentais) desde o início do século xx à luz de novas concepções de história e do objecto da história da arte, e marcadas pelo estruturalismo e pós-estruturalismo francês. Mas também marcadas por Walter Benjamin. Procurar-se-á neste artigo analisar como a instauração de um «paradigma da cópia» para entender a arte do século XX, por reacção ao modernismo de Clement Greenberg, contribuiu para a disseminação de conceitos de Walter Benjamin no discurso historiográfico. A autora em foco será Rosalind Krauss, pilar da reformulação da historiografia da arte de uma forma que muito tem influenciado as abordagens internacionais, teóricas, críticas e históricas, da arte do século XX.
Resumo:
A história da arte no contexto português rejeitou durante muito tempo os desafios que as abordagens feministas colocaram à disciplina, internacionalmente, desde a década de 1970. O feminismo vivido em Portugal durante esse período tentava ainda assegurar direitos básicos de igualdade jurídica entre mulheres e homens, inexistente até à década de 1970. E isto também pode ajudar a explicar a escassa inscrição teórica do feminismo no interior da academia. Para lá da globalização e circulação do conhecimento, a história da arte continua muito dependente das diferentes tradições historiográficas nacionais. Em certos países, como o Reino Unido ou os Estados Unidos da América, a história da arte fez uso dos instrumentos teóricos do feminismo para se questionar a si própria. Ou seja, perante a ausência do feminino, questionou os próprios paradigmas da disciplina – aqueles que invisibilizaram o feminino mas também aqueles que nunca questionaram porque é que a feminino era invisível. Como é que as abordagens feministas podem passar a integrar a história da arte portuguesa sem possuir uma genealogia, uma história feita das transformações e críticas teóricas que os próprios feminismos experimentaram ao longo de várias décadas naqueles contextos em que foram mais debatidos? Será que nos podemos apropriar das respostas sem antes termos feito as perguntas?
Resumo:
This paper aims to explore the ways in which standard art history terminology shapes the practice of art history by conditioning the interpretation of specific works of art and, in certain cases, the definition of a research subject (especially where questions of genre and periodization are concerned). Taking as a case study a painting by Georges de La Tour, the Peasant Couple Eating, I will argue that terms such as realism, realistic, naturalistic etc. used for its description and/or interpretation, far from constituting objective stylistic characterizations, shape our perception of the work in question. Bringing the question of social class to the center of the discourse on realism, I propose to show how the social divide between the painter and his subject matter (in this case, the peasants) is internalized in the painting’s style and meaning, and how it is fundamental for the understanding of its intentionality and function.
Resumo:
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Fundação Millennium bcp
Resumo:
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Fundação Millennium bcp
Resumo:
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Fundação Millennium bcp
Resumo:
Recensão de: José Gil, Arte como Linguagem – A “última lição”
Resumo:
Recensão de: Vítor Silva, "Henrique Pousão – Infância, Experiência e História do Desenho", Porto: Dafne editora, 2011
Resumo:
Recensão de: Michelangelo Sabatino, "Pride in Modesty: Modernist Architecture and the Vernacular Tradition in Italy", Toronto: University of Toronto Press, 2011
Resumo:
Recensão de: George Baker, "'Late Criticism' in Canvases and Careers Today. Criticism and its Markets", Berlin: Sternberg Press, 2008
Resumo:
Recensão de: Georges Didi‑Huberman, "O que nós vemos, o que nos olha", Porto: Dafne editora, 2010 (1992)