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Mulheres intelectuais na idade mdia: Hildegarda de Bingen - entre a medicina, a filosofia e a mstica
Resumo:
corrente se afirmar que antes da Modernidade no h registro de mulheres na construo do pensamento erudito. Que, se tomarmos, po exemplo, a Filosofia e a Teologia, que foram as duas reas do conhecimento que mais produziram intelectuais, durante a Idade Mdia, no encontraremos a a presena de mulheres. Entretanto, apesar de todas as evidncias, se vasculharmos a construo do Pensamento Ocidental, veremos que possvel identificar a presena de algumas mulheres j nos tempos remotos, na Antiguidade Clssica e na Patrstica (ou Alta Idade Mdia). Mas na Escolstica (Baixa Idade Mdia) que encontramos as primeiras Pensadoras, responsveis por um sistema autnomo, distinguindo-se como fecundas escritoras, donas de obras to profundas e importantes quanto as produzidas pelos homens de seu tempo, com os quais muitas vezes dialogaram em p de igualdade. Dentro desse maravilhoso universo feminino de intelectuais, destacamos, na Escolstica, a figura de Hildegarda de Bingen (1098-1165), da qual trataremos um pouco neste artigo.
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Este artigo tematiza o desamparo vivenciado pela conscincia ante a ausncia de bases slidas para seus anseios de felicidade e para suas representaes simblicas. Com esse propsito, toma como objeto de reflexo um dos ensaios filosficos de Albert Camus, O mito de Ssifo, equacionando a possibilidade de uma tica que estilize a vida, sem que se minimize a dolorosa precariedade da existncia humana. Posteriormente, em dilogo com alguns textos de M. Foucault, a reflexo procura estabelecer os vnculos possveis entre a tica camusiana e a tica como uma estética da existncia, tal como pensada entre os gregos antigos.
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As crticas a teorias naturalistas/fisicalistas na filosofia da mente tm focado problemas conceituais fundamentados em qualia e experimentos de pensamento. Cabe questionar a validade de tais crticas, se o alvo das mesmas satisfaz as exigncias de uma explicao cientfica e se as objees envolvem asseres aparentemente ad hoc. Os filsofos da mente Tyler Burge e Alva No, sem fazer uso de tais recursos tericos, propem novas maneiras de questionar a neurocincia atual. Suas perspectivas chamam ateno pelo foco em problemas empricos e ainda assim revelam lacunas surpreendentes, no que fisicalistas tendem a considerar a cincia mais avanada da mente.
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Aps uma parte introdutria sobre o estatuto da filosofia da histria como conhecimento, o texto procura analisar o corte efetuado por Habermas em sua trajetria terica visando livrar sua teoria social daquela filosofia e, consequentemente, superar as teses acerca da construo de um sujeito da histria e da exequibilidade da histria. Com essa anlise procura-se diagnosticar as transformaes fundamentais que esse corte ou rejeio, por parte de Habermas, do pensamento prprio da filosofia da histria trouxe para a sua teoria crtica da sociedade, e tambm apontar os rudimentos e traos daquela filosofia nessa teoria.
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Definida como beleza lgica e forma do paradoxo, a ironia romntica de Friedrich Schlegel (1772-1829) assimila a antiga ironia socrtica e a reinterpreta, inserindo-a como elemento central de sua teorizao crtico-literria. O presente artigo analisa a ironia romntica, buscando situar sua alterao e abrangncia no final do sculo XVIII, quando o conceito passa a significar metacrtica, reflexo filosfica, ruptura ficcional, distncia estética e forma de exposio da arte literria.
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Este artigo pretende, por meio da anlise literria e da leitura de Freud (2011), investigar a concepo de progresso em Sade, tomando como objeto de estudo o romance A filosofia na alcova (2008b). Defende-se que a fico sadeana resulta de um conflito entre indivduo e sociedade, de cujo resultado depende a felicidade humana. Esta seria alcanada com a superao dos obstculos impostos pela educao, pela cultura e pela abertura da sociedade para a satisfao de todos os prazeres do sentido.
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A anlise visa a uma reflexo sobre tica e educao na obra De consolatione philosophiae, de Bocio. A partir da posio e atitude filosfica e de uma breve exposio geral do trabalho, procura-se compreender o processo boeciano de busca da felicidade, exposto no Livro III. No dilogo entre a Filosofia e Bocio, retomada a ideia de que todos os homens desejam alcanar o bem final identificado como felicidade. Perdidos na multiplicidade fragmentada dos bens exteriores das paixes, os homens devem procurar, pelo caminho da filosofia e sem apelo religio, o bem nico e verdadeiro: Deus. A reflexo mostra o itinerrio da vida humana e a necessidade de cada pessoa em "aprender a viver" uma vida tica, libertando-se das paixes do corpo que adoecem a alma.
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Fazendo a leitura cruzada de um tardio ensaio de Kant – Anncio da prxima assinatura de um tratado para a paz perptua em filosofia (1796) – e da segunda seco do primeiro captulo da Teoria Transcendental do Mtodo da Crtica da Razo Pura, que leva o ttulo "Disciplina da razo pura em relao ao seu uso polmico", tenta-se identificar e compreender a aparente contradio do programa da crtica kantiana da razo, o qual, se, por um lado, se anuncia com a inteno de resolver os interminveis conflitos que tm lugar na arena da razo pura, superando o escndalo das aparentes contradies da razo consigo mesma e estabelecendo, enfim, a "paz perptua em filosofia", por outro, conduz-se mediante um procedimento dialctico inspirado na retrica judicial, fazendo apelo a um "uso polmico da razo pura", como sendo a forma mais adequada e, na verdade, segundo o filsofo crtico, a nica disponvel, para neutralizar, seja as pretenses do dogmatismo, seja as do cepticismo a propsito das questes metafsicas. Ao mesmo tempo que a nossa reflexo nos leva a caracterizar a pax philosophica kantiana e as pressupostas homologias entre a soluo dos conflitos polticos e a dos conflitos especulativos, chega-se por ela tambm a reconhecer que toda a filosofia kantiana est originariamente determinada por uma concepo agnica da vida, da sociedade humana, do cosmos, da prpria razo.
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Il saggio intende delucidare la genesi delle nozioni di "filosofia scolastica" e "seconda scolastica". Le ricerche svolte fino a oggi sulla storia della nozione di "scolastica" non sembrano aver preso in esame la questione della possibile diversit della storia della nozione di "filosofia scolastica" rispetto alla storia delle nozioni di "teologia scolastica" e di "scolastica" tout court. In questo studio viene proposta la tesi secondo la quale la storia della nozione di "filosofia scolastica", bench strettamente connessa con la storia della nozione di "teologia scolastica", non identica a quest'ultima e vengono presentati elementi e indizi circa i tempi e i modi nei quali, tra prima modernit e inizio del XX secolo, l'aggettivo "scolastica" fu utilizzato per designare un tipo di filosofia che viene ritenuto essere altro dal genere di filosofia praticato dagli autori moderni. I risultati raggiunti forniscono la base per determinare le ragioni che portarono Carlo Giacon a formulare, negli anni '40 del XX secolo, la nozione di "seconda scolastica", della quale vengono individuate le originarie finalit e implicazioni teoretiche.
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Partimos da afirmao de K.-O. Apel, repetida por Joo Maria Andr (1986, p. 400), de que "[...] na ‘mstica' do ‘logos' e na teologia negativa do Pseudo-Dionsio que, de modo determinante, Nicolau de Cusa ir beber os traos fundamentais da sua filosofia da linguagem". Com base no De filiatione Dei (1450) propomo-nos refletir sobre a relao fundamental e constitutiva entre o verbo mental humano e o Verbo ou Logos eterno. A importncia desse texto, no mbito do problema da linguagem em Nicolau de Cusa, reconhecida por Casarella (1992) justamente por sua inflexo cristolgica em relao aos primeiros sermes, pois, em oposio reflexo intratrinitria dos sermes, a imagem humanamente visvel de Cristo torna-se o espelho da linguagem, ou seja, em Cristo, vemos de modo perfeito o que pode ser expresso por meio da linguagem. O texto cusano uma meditao sobre Jo, I, 12: "Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que creem em seu nome". Interessa-nos principalmente a meditao sobre os exemplos aduzidos por Nicolau de Cusa para explicitar de que modo colhemos a unidade divina intelectualmente, pois sero nesses exemplos ou enigmas que o autor pensar a relao constitutiva entre o verbo mental humano e o verbo mental inefvel.
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O presente artigo aborda a dimenso tica no pensamento de Jean-Franois Lyotard. Como conceito decisivo para essa relao, aqui proposto o conceito de receptividade (passibilit). Partindo dele, deseja-se mostrar que possvel reconstruir uma concepo de responsabilidade tica no pensamento do filsofo francs, a qual se coloca em sentido diametralmente oposto concepo de autonomia: a obrigao tica se torna por conta disso afetiva, fundada e repousando na capacidade de se deixar falar. Com vistas a uma determinao mais acurada dessa posio, sero consultadas as reflexes de Lyotard acerca da filosofia da linguagem em Le Differnd: a concepo do “acontecimento da fase” se deixa mostrar na tica do dilogo, que deixa espao para a assimetria, alteridade e transformao. O pensamento do conflito insolvel (diffrend) mostra-se como plenamente implicado com essa tica.
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RESUMO:No incomum que se tome o dilogo de Schelling conhecido como Clara por um estoque de proposies filosficas, do qual se arrancam aquelas mais apropriadas para a tese que se queira sustentar. Procuramos nos afastar desse tipo de procedimento. Tomando seriamente seu tratamento literrio, trata-se antes de investigar esse dilogo, apreendendo-o como um modelo, ensaiado pelo filsofo, para uma crtica do presente. Para tanto, analisamos a oscilao entre dilogo e narrativa, de modo a compreender sua composio e princpio formal, o que acarreta uma reflexo, interna obra, sobre o tempo histrico, o qual se apresenta numa dialtica entre inatualidade e presente.
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RESUMO:A hiptese desenvolvida nos leva a confrontar trs textos do corpusrousseausta: o Segundo Discurso, Jlia ou A Nova Helosa e o extrato do Primeiro Dilogo, em que h a fico do mundo ideal, textos que, apesar do seu estatuto genrico diferente, esto em coerncia e convergncia terica. Desejamos evidenciar um aspecto da unidade problemtica do pensamento de Rousseau concernente abordagem crtica da sociedade de seus contemporneos e sua concepo do papel das Letras e dos Espetculos. A preocupao do filsofo de refundar a natureza humana, a fim de lanar as bases de uma nova organizao social. Nessa empreitada, a fico desempenha um papel crucial, o prefcio do Segundo Discurso o comprova: para bem conhecer o homem atual, deve-se supor o que ele no mais. O homem do estado de natureza, ser de fico, cujas paixes so retas e naturais, o modelo terico que reativa a sociedade dos seres ideais de Jlia. Dessa forma, a fico chamada a desempenhar um papel referencial fundamental para o pensamento social e poltico de Rousseau, aparecendo como um poderoso meio de ao sobre o pblico. O romance pode reeducar os povos corrompidos, pois, assim como o teatro, como denuncia a Carta a d’Alembert, possui os meios para perverter uma sociedade tida como virtuosa.
Resumo:
Este texto foi escrito buscando estudar, com base na memria biogrfica, problemas especficos da realidade social, neste caso, o lugar da escola e da famlia na definio do destino profissional. Trata-se aqui da histria de um chefe de cozinha, com formao universitria em filosofia e filho de famlia de tradicionais cozinheiros na rede hoteleira da regio de So Paulo. Esto em estudo, neste trabalho, os hbitos da famlia, a formao profissional em escola tcnica e a escola como espao de socializao, desejos e sonhos individuais associados aos projetos familiares e as condies oferecidas pela sociedade em dado momento histrico. O estudo realiza tambm uma reflexo sobre a memria como fonte de pesquisa em sociologia da educao.