933 resultados para Everyday [cotidiano]
Resumo:
O presente trabalho verificou como o jornalismo pode ser parceiro e fonte para a história por meio da reprodução e análise dos fatos político-econômicos brasileiros nas páginas dos jornais impressos diários. Nessa perspectiva, as colunas escritas nos últimos 25 anos (1983-2009) por Janio de Freitas, no jornal Folha de S.Paulo, significam interpretação e análise dessa história. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa e está ancorada nos Estudos Culturais. O corpus desta pesquisa é composto de um recorte de 47 comentários sobre as Diretas Já , de janeiro até abril de 1984, período em que ocorreram as principais mobilizações da sociedade civil pela eleição direta para a Presidência da República e culminou com a votação e a rejeição da emenda Dante de Oliveira pelo Congresso Nacional. No desenvolvimento do trabalho foram utilizadas as ferramentas da Análise de Conteúdo a partir das categorias analíticas criadas Personagens, Votação da Emenda Dante de Oliveira e Movimento Diretas Já nas ruas , para descrever o conteúdo textual das colunas. Para que se pudesse efetuar uma análise aprofundada do corpus da pesquisa foi utilizado o referencial teórico da ACD Análise Crítica do Discurso em nove das 47 colunas selecionadas. O critério de escolha para essas colunas foi a identificação daquelas que no título já traziam uma referência explícita à Campanha pelas Diretas Já , Às mobilizações nas ruas , A votação da emenda Dante de Oliveira , Ao processo de sucessão presidencial ou as que tinham o seu conteúdo integral sobre um dos temas. Este estudo constata a hipótese de que o jornalista é um historiador do cotidiano e que é possível fazer uma leitura da história da Campanha das Diretas Já por meio das colunas de Janio de Freitas. Ao tecer em suas colunas o cenário da época, desnuda para a história e para os historiadores o xadrez político personagens, acordos políticos, votação da emenda e a campanha nas ruas que envolveu o processo. Dessa forma, a partir de suas lentes, oferece elementos para a construção da memória coletiva sobre esse período da história brasileira.(AU)
Resumo:
Este estudo investiga a presença e a importância do anônimo e do cotidiano para a história e para o jornalismo brasileiro, no sentido de democratização de vozes que propicia um melhor entendimento da realidade social do momento abordado. Para isso, recorro a conceitos importantes que melhor explicam a realidade em que vivemos como o de complexidade e transdisciplinaridade, enfocando três áreas: História, Literatura e Antropologia. Desde o século XX, o anônimo tem sido visto com olhar diferenciado pelos historiadores no sentido de realização de uma história social. No jornalismo, a importância dada ao protagonista do cotidiano , como me refiro neste trabalho, tem sido pequena, segundo entendo. Apesar disso, algumas iniciativas jornalísticas mais avançadas procuram resgatar o espaço dessas vozes anônimas na vida social. Meu estudo versa sobre uma delas, a revista piauí.(AU)
Resumo:
Este trabalho investiga a docência no Ensino Superior, focalizando as práticas pedagógicas dos docentes que atuam nos Cursos de Graduação Tecnológica, modalidade que requer o aprofundamento de estudos científicos, visto que sua expansão é ainda recente. O objetivo foi estudar as representações sociais dos alunos, docentes e gestores educacionais sobre a docência nessa modalidade de ensino, tendo como problemática a influência dessas representações sociais no cotidiano da ação pedagógica dos docentes. Foi utilizada a fundamentação teórica sobre a Teoria das Representações Sociais segundo Sérge Moscovici (1978; 2003) numa interface com os conceitos de representações e vida cotidiana de Henri Lefebvre (1961; 1991). Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, a partir de entrevistas semi-estruturadas com quinze sujeitos, divididos em três grupos: alunos, docentes e gestores educacionais, em duas instituições particulares da cidade de São Paulo e Região do Grande ABC. Após o processo de transcrição, foi utilizada a metodologia de análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977; 2008) e Franco (2008), para desvelar as representações sociais sobre o objeto de estudo. Os resultados são convergentes: indicam que a docência nos cursos de Graduação Tecnológica está voltada para os ensinamentos práticos da área de formação de cada curso, sem a fundamentação teórica, a pesquisa e a crítica que fundamenta o ensino na universidade, indicando a necessidade de reflexões mais aprofundadas sobre a docência nessa modalidade de Ensino Superior.(AU)
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A sobreposição da ação administrativa à ação pedagógica no cotidiano de trabalho do Supervisor Escolar tem ocupado, nas últimas décadas, espaço importante na discussão acadêmica. Fruto da insatisfação de grande parte desses profissionais que, ao assumirem os cargos, deparam-se com uma carga de obrigações burocráticas que os impede de atuar efetivamente nos projetos pedagógicos das escolas, a pesquisa na área, embora crescente, ainda carece de exploração. O problema dessa pesquisa diz respeito às formas pelas quais os supervisores escolares da Rede Municipal de Ensino de São Paulo articulam essas duas faces da função que constitui a sua profissão, a administrativa, ligada às obrigações burocráticas e a pedagógica, ligada ao trabalho pedagógico nas escolas e em outras esferas. Parte-se do delineamento da trajetória histórica do Supervisor Escolar no município, feito perante o levantamento dos referenciais legais que objetivaram sua função/profissão e dos contextos históricos em que se inseriram. Na sequência, as respostas da pesquisa realizada com supervisores escolares de diretorias regionais de educação da cidade analisadas em suas relações com o levantamento histórico citado e os referenciais teóricos eleitos, em que se destacam as obras de Demerval Saviani e Celestino Alves da Silva Júnior, autores reconhecidos como referenciais importantes e amplamente citados nas pesquisas da área da supervisão educacional. A pesquisa aponta importantes indicadores para contribuir com a elucidação do problema em tela, especialmente no que tange à controvérsia das atribuições impostas à Supervisão Escolar, à formação deficitária desses profissionais e, por conseguinte, à dificuldade de se construir a identidade profissional do Supervisor Escolar do Município de São Paulo.
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Esta investigação empírica discute e analisa o trabalho docente do profissional do Ensino Médio, sua formação e desestruturação na sociedade contemporânea, procurando relacioná-la à própria crise da formação cultural em vigor. O objetivo principal é analisar as formas de adaptação e de resistência do professor perante as grandes mudanças e novas exigências para o educador do novo século iniciado no ano de 2000, com a chegada do novo milênio. A partir desse objetivo analisado, foi estudado como o professor compreende sua formação e carreira, focalizando as ações instauradas atualmente pela Secretaria do Estado da Educação de São Paulo, no período de 2000 a 2014, nas escolas de Ensino Médio do município de Barueri, confrontando com as regras propostas pela última LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e legislação correlata também em âmbito estadual. A hipótese que rege esta investigação é a de que há inconsistências e incoerências na normatização na esfera executiva do sistema estadual de ensino. As Escolas Estaduais de Ensino Médio do município de Barueri (SP) serão o campo empírico desta pesquisa que se realizará em 2013 e 2014. A partir de informações obtidas por meio de análise documental e de respostas fornecidas por professores com questionários padronizados, objetivando caracterizar o perfil profissional do professor, confronta-lo com as exigências do sistema, identificar ações que regulam a sua seleção e explicitar sua manifestação sobre o impacto da má qualidade de sua formação no exercício da docência, fator que favorece o agravamento de forças conservadoras, cristalizadas em forma de práticas voltadas para a resolução de problemas do cotidiano escolar do Ensino Médio. Os estudos sobre cultura escolar, história da educação será apoiado Florestan Fernandes (1966), Otaíza de Oliveira Romanelli (1990), Helena Souza Patto (1999), Raquel Volpato Serbino (1998), Edgar Morin (2006), Guiomar Namo de Mello (2004), Dermeval Saviani (2003), Antônio Nóvoa (1995), José Mário P. Azanha (1968), Selma Pimenta Garrido (1992), Bernadete Gatti (1996), Francisco Imbernón (2002), Martha Abrahão Saad Lucchesi (2002), Lizete Shizue Bomura Maciel (2004), entre outros autores que estaremos pesquisando ao longo do nosso trabalho.
Resumo:
Este estudo identifica as representações sociais das professoras da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental sobre a Educação Infantil. Embasado nas reflexões de Moscovici (1978) e Jodelet (2004), na perspectiva da Teoria das Representações Sociais, concentra a reflexão nos discursos dos sujeitos participantes. São representações sociais forjadas no grupo e que denotam a compreensão dos seus membros sobre a realidade. Os discursos apresentados pelas professoras foram analisados pelo software ALCESTE e pelo programa EVOC. O processamento dos dados possibilitou reconhecer o espaço da Educação Infantil como um universo dinâmico de conhecimento e construção. As representações sociais apresentadas pelas professoras no transcorrer desta pesquisa nos revelam um discurso formado historicamente pelo grupo e marcado fortemente por sua formação teórica. Acompanhando o processo histórico, no qual a Educação Infantil foi gestada, verificamos algumas tendências que marcam o discurso das professoras hoje. Ao comparar a fala destes sujeitos, verifica-se que seus referenciais teóricos, sua trajetória educativa e o histórico social da Educação Infantil são fatores preponderantes para constituição de seu universo consensual e, consequentemente, das suas representações sociais. Os discursos das professoras confirmam que a história, a vivência no grupo e as teorias que embasaram sua formação contribuem para a constituição das representações sociais. Assim, as representações desvendam que as professoras pensam a Educação Infantil como o local propício para o desenvolvimento integral da criança, entremeado por atividades lúdico-pedagógicas, visando a formação do cidadão e sua inserção no universo escolar. A Educação Infantil está ancorada na ideia de desenvolvimento e as professoras objetivam tal representação na figura da árvore que cresce, da semente que germina, da escada que leva para fases superiores. Ao dialogar com os falatórios das professoras, compreendemos que as representações sociais estão presentes no seu cotidiano e compõem sua prática: falas e gestos dão conteúdo ao seu mundo.(AU0
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Este estudo teve por objetivo investigar quais as representações sociais que os tutores têm, sobre a própria atuação na educação a distância, em cursos de Licenciatura. Com o propósito de analisar se o tutor se reconhece como docente e participante no processo de formação do aluno o estudo de campo teve como sujeitos tutores com formação acadêmica em licenciaturas e que atuam em cursos do mesmo nível nessa modalidade, em instituição particular de Ensino Superior da Grande São Paulo. Os caminhos percorridos para tal investigação justificam-se na trajetória formativa pessoal e nos espaços da experiência que se constroem no cotidiano dessa atividade. Um estudo sobre os modelos disponíveis na modalidade a distância no ensino superior do país, um breve histórico sobre os aspectos da EAD no Brasil e uma explanação sobre o modelo no qual esses tutores atuam, além de uma aproximação com as representações sociais da profissão docente, são abordagens presentes neste trabalho, que pretendeu contribuir para a educação aprofundando conhecimentos sobre o tutor responsável pelo acompanhamento dos alunos nos ambientes virtuais de aprendizagem, considerando as possibilidades de ampliação, de alcance e democratização da educação no país. Os Resultados demonstram que há uma tendência de ser considerada, pelo tutor, uma atuação que se confunde com a essência da profissionalidade docente, numa indicação de que é necessária uma reflexão mais aprofundada sobre a função e a atuação desses profissionais.(AU)
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Few works address methodological issues of how to conduct strategy-as-practice research and even fewer focus on how to analyse the subsequent data in ways that illuminate strategy as an everyday, social practice. We address this gap by proposing a quantitative method for analysing observational data, which can complement more traditional qualitative methodologies. We propose that rigorous but context-sensitive coding of transcripts can render everyday practice analysable statistically. Such statistical analysis provides a means for analytically representing patterns and shifts within the mundane, repetitive elements through which practice is accomplished. We call this approach the Event Database (EDB) and it consists of five basic coding categories that help us capture the stream of practice. Indexing codes help to index or categorise the data, in order to give context and offer some basic information about the event under discussion. Indexing codes are descriptive codes, which allow us to catalogue and classify events according to their assigned characteristics. Content codes are to do with the qualitative nature of the event; this is the essence of the event. It is a description that helps to inform judgements about the phenomenon. Nature codes help us distinguish between discursive and tangible events. We include this code to acknowledge that some events differ qualitatively from other events. Type events are codes abstracted from the data in order to help us classify events based on their description or nature. This involves significantly more judgement than the index codes but consequently is also more meaningful. Dynamics codes help us capture some of the movement or fluidity of events. This category has been included to let us capture the flow of activity over time.
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The attitudes that bilingual teachers have toward the use of foreign languages seem to have an effect on the success of bilingual education programs. In this study, our purpose is to shed light on how often bilingual teachers in New York City use Spanish in their everyday lives, and to examine their attitudes toward the use of Spanish in the U.S. Overall, results indicate only moderate frequencies of use of Spanish in everyday life among bilingual teachers. In addition, the study shows that bilingual teachers have a favorable attitude toward the use of Spanish in the U.S. However, bilingual teachers whose first language is English seem to have a more favorable attitude than those whose first language is Spanish. Among the native Spanish speakers, those born abroad show a more favorable attitude than those born in the U.S. Although no group seems to favor the use of lexical borrowings and code-switching, bilingual native Spanish-speaking teachers born in the U.S. seem to have a less favorable attitude than native Spanish-speaking teachers born abroad. In addition, native Spanish-speaking teachers born abroad seem to have a less favorable attitude toward lexical borrowings and code-switching than U.S.-born teachers whose first language is English. Recommendations for the training of bilingual teachers are discussed in the conclusions of the study.
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Utilising de Certeau's concepts of daily life and his delineation between strategies and tactics as everyday practices this paper examines the role of informal economies in post-Ukraine. Based on 700 household surveys and seventy-five in-depth interviews, conducted in three Ukrainian cities, the paper argues that individuals/households have developed a wide range of tactics in response to the economic marginalisation the country has endured since the collapse of the Soviet Union. Firstly, the paper details the importance of informal economies in contemporary Ukraine while highlighting that many such practices are operated out of necessity due to low wage and pension rates and high levels of corruption. This challenges state-produced statistics on the scale of economic marginalisation currently experienced in the country. By exploring a variety of these tactics the paper then examines how unequal power relations shape the spaces in which these practices operate in and how they can be simultaneously sites of exploitation and resistance to economic marginalisation. The paper concludes pessimistically by suggesting that the way in which these economic spaces are shaped precludes the development of state policies which might benefit the economically marginalised.
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In this article, discourse analysis, combined with lesbian feminist politics, are used to explore subtle forms of heterosexism in language, a social phenomenon that I have termed "mundane heterosexism," because of its everyday nature. Drawing on feminist understandings of subtle sexism and discursive psychology I analyse three forms of mundane heterosexism derived from (predominantly) tape-recorded antiheterosexism training session data: (1) prejudice against the heterosexual, (2) nonheterosexuality as a deficit and (3) refusing diversity. Two levels for challenging mundane heterosexism are discussed. interactional counterarguments, and broader societal campaigns. I conclude by advocating the necessity of further detailed analyses of the construction of mundane heterosexism, and stress the importance of heterosexism for feminist research. © 2001 Elsevier Science Ltd. All rights reserved.
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CD
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Few works address methodological issues of how to conduct strategy-as-practice research and even fewer focus on how to analyse the subsequent data in ways that illuminate strategy as an everyday, social practice. We address this gap by proposing a quantitative method for analysing observational data, which can complement more traditional qualitative methodologies. We propose that rigorous but context-sensitive coding of transcripts can render everyday practice analysable statistically. Such statistical analysis provides a means for analytically representing patterns and shifts within the mundane, repetitive elements through which practice is accomplished. We call this approach the Event Database (EDB) and it consists of five basic coding categories that help us capture the stream of practice. Indexing codes help to index or categorise the data, in order to give context and offer some basic information about the event under discussion. Indexing codes are descriptive codes, which allow us to catalogue and classify events according to their assigned characteristics. Content codes are to do with the qualitative nature of the event; this is the essence of the event. It is a description that helps to inform judgements about the phenomenon. Nature codes help us distinguish between discursive and tangible events. We include this code to acknowledge that some events differ qualitatively from other events. Type events are codes abstracted from the data in order to help us classify events based on their description or nature. This involves significantly more judgement than the index codes but consequently is also more meaningful. Dynamics codes help us capture some of the movement or fluidity of events. This category has been included to let us capture the flow of activity over time.
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This article draws upon the use of photography to research the lives of children living in Accra, Ghana. Its aim is to consider method in visual research, and to reflect upon those modes of explanation and understanding that any consideration of method must require. It suggests a role for photography as a 'vector', as something capable of connecting our knowledge and understanding of the everyday with the everyday experiences and reality of others. Drawing upon the photographs and spoken testimonies of children who live and work on the street, and of children who live in a large informal settlement, the article advances an intimate connection between photography and knowledge of the everyday reality of children's lives, most evident in the capacity of children's photographs to surprise and highlight the fallibility of our understandings. © 2010 International Visual Sociology Association.
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Among student and young professional migrants to the UK the opportunity for a global or cosmopolitan experience emerges as a motivating factor for migration. This article takes the example of student and young professional migrants to the UK from the South Indian state of Tamil Nadu, and explores how this cosmopolitan ambition plays out in the formation of UK social networks. Two 'types' of research participant are identified; 'self-conscious cosmopolitans' whose social networks are cross-ethnic, and others whose networks are largely co-ethnic and who are often derided by their self-consciously cosmopolitan counterparts as 'clannish' or 'cliquey'. The article asks how ethnicity emerges as salient (or not) in these migrants' talk and practice around UK social network formations. It then considers whether a co-ethnic social network necessarily limits the cosmopolitan experience, or whether this interpretation reflects a narrow understanding of cosmopolitanism which excludes the multiple inter-cultural encounters these migrants experience in their everyday lives. © The Author(s) 2013 Reprints and permissions: sagepub.co.uk/journalsPermissions.nav.