968 resultados para agalsidase alfa
Resumo:
O objetivo deste trabalho é, primeiramente, apresentar algumas discussões referentes aos termos “falsos cognatos”, “falsos amigos” e “cognatos enganosos”. Em um segundo momento, após concluirmos que os termos “falsos cognatos” e “cognatos enganosos” referem-se a dois fenômenos lingüísticos diferentes, propomos definições distintas para cada um deles, ilustrando com exemplos da prática, baseados na Teoria dos Conjuntos Matemáticos.
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O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a construção de sentido em narrativas escolares produzidas durante o SARESP - Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo. A proposta é conseqüência da observação de que a prática da redação escolar nos sistemas de avaliação externa constitui uma atividade mecânica e resulta da prescrição de instruções, de forma que os textos produzidos apresentem relativa estabilidade composicional. Considera-se, na análise, 1) que a estabilidade textual decorrente das instruções de produção promove a padronização das redações; 2) que ao se desviar do tema proposto, o sujeito opera com a singularidade das experiências vividas; 3) que em meio à estabilidade promovida pelo Sistema de Avaliação, identificam-se nos textos dos alunos fontes enunciativas que se confrontam e evidenciam valores histórico-culturais, o que permite vislumbrar a condição do aluno como sujeito social e da linguagem como meio de interação. A discussão fundamenta-se nas reflexões de Mikhail Bakhtin sobre dialogismo e gêneros discursivos. Na análise dos textos, atenta-se também para o conceito de heterogeneidade enunciativa discutido por Authier-Revuz.
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António de Morais Silva publicou em 1789 a 1ª edição de seu Diccionario da Lingua Portugueza e em 1813, a sua 2ª edição, ambas em Lisboa. Partindo da relação entre gramática e dicionário, obras que se completam no ensino e aprendizagem de uma língua, estudamos neste trabalho a projeção gramatical do autor na elaboração dos verbetes da 2ª edição do Diccionario, numa tentativa de demonstrar que Morais, influenciado pelas idéias reformistas do Século das Luzes em Portugal, inovou em termos lexicográficos e gramaticais, registrando essas inovações e também algumas críticas às gramáticas de seu tempo, no interior dos verbetes de sua obra lexicográfica.
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Este trabalho apresenta o comportamento das vogais médias pretônicas no português culto falado na região de São José do Rio Preto, noroeste do estado de São Paulo. Nessa região, há variação lingüística que envolve as vogais médias [e, o] e as altas [i, u], respectivamente, fato que gera formas variantes como al[e]gria ~ al[i]gria e n[o]tícia ~ n[u]tícia. Esse fenômeno fonológico, denominado por Alçamento Vocálico, é aqui investigado a partir de fatores estruturais, segundo o modelo teórico-metodológico da Sociolingüística Quantitativa. Com base nos resultados gerados pelo programa VARBRUL, o alçamento vocálico foi interpretado, na variedade estudada, como resultado, sobretudo, da redução da diferença articulatória da pretônica com relação aos segmentos consonantais adjacentes. Constatou-se que a vogal alta contígua à pretônica tem importante papel na aplicação da regra do alçamento e a presença de vogal alta na sílaba tônica, em muitos casos, reforça, mas não determina a aplicação da regra. Tais fatos sustentam a afirmação de que a redução vocálica é o processo característico do dialeto estudado.
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Para os sistemas computacionais que processam línguas naturais, como os de tradução automática, os recursos léxico-conceituais bilíngues ou multilíngues são de extrema importância. Consequentemente, o desenvolvimento de tais recursos tem ocupado lugar de centralidade no Processamento Automático das Línguas Naturais (PLN). Para o português do Brasil (PB), os recursos desse tipo ainda são escassos. Neste trabalho, apresenta-se REBECA, uma base de dados léxico-conceitual bilíngue desenvolvida para o par de línguas “inglês americano-PB” (Ingl-PB). Na introdução, contextualiza-se o projeto de desenvolvimento dessa base. Na sequência, apresentam-se (i) o equacionamento metodológico do projeto, enfatizando as atividades de pesquisa realizadas em cada uma das etapas previstas pela metodologia, (ii) a construção da base com o auxílio do editor de ontologias Protégé-OWL, (iii) as principais características e potencialidades da base REBECA e, por fim, (iv) as possíveis extensões e algumas considerações finais.
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Este trabalho aborda o discurso documental, trazendo elementos para sua análise. Localiza-se esse tipo de discurso no interior da perspectiva da Análise de Discurso e da História das Idéias Lingüísticas e mostra-se seu lugar nas ciências da linguagem, seu estatuto textual e sua ligação com a história. Depois, são abordadas as instâncias do discurso documental: sua constituição, formulação e circulação. Em seguida, explicita-se como o esse discurso, enquanto prática de arquivo, produz uma memória institucionalizada. Por fim, propõem-se alguns direcionamentos para a análise do discurso de documentação de dicionários produzidos e ou utilizados no Brasil.
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Este estudo tem como objetivo pesquisar a existência de um legado grego terminológico na organização gramatical brasileira, considerando que a gramática incipiente grega é a fonte da nossa gramática, por via da gramática latina, e que o recorte de campo que ela preparou é um ponto de referência para o estudo da evolução do pensamento ocidental sobre a linguagem. A orientação teórico-metodológica se assenta na Linguística Histórica, na linha que orientou a ampla pesquisa sobre a emergência da gramática no Ocidente que constitui a fonte das informações que aqui se organizam (NEVES, 2005). As reflexões dirigem-se especialmente para o exame da nomenclatura, entendendo que ela mapeia conceptualmente o conjunto das posições assumidas, e em geral mantidas, que merecem apreciação. Entre outras coisas o exame opôs: termos gregos legados na corrente contínua do pensamento gramatical a termos gregos introduzidos posteriormente; termos transliterados do grego a termos decalcados da tradução latina. Além disso, verificaram-se casos de alteração de nome com manutenção de conceito, e casos de alteração de conceito para um nome conservado. De todo modo, o exame da nomenclatura revela a indiscutível existência de um legado grego à organização da gramática portuguesa.
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Supported by the Functional Discourse Grammar theoretical model, as proposed by Hengeveld (2005), this paper aims to show that the order of modifiers of the Representational Level in spoken Brazilian Portuguese is determined by scope relations according to the layers of property, state-of-affairs and propositional content. This kind of distribution indicates that, far from being free-ordered as suggested by traditional grammarians, modifiers have a preferred position determined by semantic relations that may be only changed for pragmatic and structural reasons.
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Este trabalho tem por objetivo fazer algumas considerações sobre os elementos classificados por Dik (1989, 1997) como constituintes extrafrasais (ECCs). Procuramos especificar as propriedades comuns a todos os ECCs e levantar alguns problemas advindos da relação entre os constituintes extrafrasais e os elementos tradicionalmente conhecidos como satélites dentro da teoria da Gramática Funcional.
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A elaboração de um dicionário requer, evidentemente, obediência às teorias e técnicas lexicográficas tais como critérios para a entrada de verbetes, classificação gramatical e definição dos itens léxicos, tipos de definição e exemplificação, etc. Em se tratando de um dicionário de valência verbal, alguns parâmetros específicos devem nortear o trabalho, como, por exemplo, embasamento teórico que orientará a apresentação de matrizes indicativas da taxionomia e da estrutura morfossintática da oração. A presente proposta baseiase na teoria da argumentação, na gramática de valências e na gramática de casos. Como se trata de um dicionário que busca retratar a realidade da língua escrita contemporânea, há que se trabalhar com um “corpus” que seja representativo de uma época e dos vários gêneros da produção escrita. Propõe-se, pois, o registro exaustivo dos verbos ocorrentes no português escrito contemporâneo do Brasil nos últimos cinqüenta anos, em textos de ficção, de oratória, de linguagem técnica e jornalística.
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O presente trabalho configura um estudo sobre o emprego das pausas preenchidas eh (ɛ) e uh (ɘ) por brasileiros falantes de inglês como língua estrangeira em entrevistas do Teste de Profi ciência Oral em Língua Inglesa (TEPOLI). O estudo fundamenta-se sobre a teoria da Fonologia Prosódica de Nespor e Vogel (1986) e sobre os estudos de pausas preenchidas e o conceito de fluência de Moniz (2006), Merlo (2006) e Scarpa (1995). A investigação compõe-se de um olhar triplo: analisamos a escolha de eh e uh como sons preenchedores; investigamos os contextos prosódicos das pausas preenchidas; e examinamos a motivação cognitivo-discursiva para a inserção dessas pausas preenchidas. Os dados embasam uma reflexão sobre o conceito de fluência e oferecem maior poder descritivo à escala do teste, contribuindo, portanto, para seus estudos de validade e confiabilidade.
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Partindo de questionamentos ao modo como a literatura trata o fenômeno hesitativo, defendemos, neste trabalho, a hipótese de que as hesitações funcionariam como marcas de momentos de tensão entre elementos lingüístico-discursivos. Buscando confirmá-la, analisamos material extraído de sessões de conversação de um sujeito com doença de Parkinson e de um sujeito sem patologia neurológica. Verificamos, nos vínculos entre as marcas de hesitação e os trechos de fala que a elas se relacionavam: (a) se ocorria contenção da ou abertura para a deriva; (b) se as ações sujeito-língua ocorriam antecipadamente ou reparando a deriva; e (c) se as tensões predominavam no eixo sintagmático e/ou paradigmático da linguagem. Essa observação permitiu-nos conjecturar: (I) que, no processo hesitativo, podem figurar uma contenção da deriva e/ou uma abertura para a deriva; (II) que as hesitações se constituem em pontos de deriva/ancoragem de ações sujeito-linguagem de reparação e/ou antecipatórias; (II) que subsistemas lingüístico-discursivos funcionam sob diferentes relações de predominância no acontecimento do fenômeno hesitativo.
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Neste artigo analiso a oração condicional Se não me engano, tendo como base a teoria da gramaticalização. Assim, proponho discutir a recente premissa de que esse tipo de oração condicional vem se gramaticalizando no português do Brasil com a função de modalizador epistêmico.
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Valency is an inherent property of nominalizations representing higher-order entities, and as such it should be included in their underlying representation. On the basis of this assumption, I postulate that cases of non-overt arguments, which are very common in Brazilian Portuguese and in many other languages of the world, should be considered a special type of valency realization. This paper aims to give empirical support to this postulate by showing that non-overt arguments are both semantically and pragmatically motivated. The semantic and pragmatic motivations for non-overt arguments may be accounted for by the dynamic implementation of the FDG model. I argue that the way valency is realized by means of non-overt arguments suggests a strong parallelism between nominalizations and other types of non-finite embedded constructions – like infinitival and participial ones. By providing empirical evidence for this parallelism I arrive at the conclusion that there are at least three kinds of non-finite embedded constructions, rather than only two, as suggested by Dik (1997).
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This paper deals with the (im)possibility of expressing a variety of modal categories within the context of the layering approach to complementation in Functional Discourse Grammar (FDG).Our hypothesis is that modal expressions in complement clauses only pertain to operator or modifier classes of the highest layer relevant for that type of embedded construction and for all lower levels. In order to test this hypothesis, occurrences of complement clauses in two databases of spoken Brazilian Portuguese are analyzed. The investigation of this hypothesis is restricted to representational complement clauses.