999 resultados para Literatura História e crítica Teoria, etc.
Resumo:
Este texto explora alguns aspectos do pensamento de Claude Lvi-Strauss a respeito da história. Partindo de uma crítica s leituras reducionistas de sua obra, trata-se de demonstrar dois pontos. Em primeiro lugar, ainda que a reflexo sobre a história ocupe na obra do autor uma dimenso aparentemente secundria, justamente a partir dela que se pode atingir dimenses importantes e marginalizadas do chamado estruturalismo. Em segundo lugar, trata-se de demonstrar que a reflexo levistraussiana foi capaz de desenvolver uma persperctiva verdadeiramente antropolgica e no etnocntrica acerca da história e da historicidade das sociedades humanas.
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Este artigo objetiva levantar questes acerca de alguns dos debates travados pela historiografia colonial brasileira nas ltimas duas dcadas, relacionando-as, em linhas gerais, com mudanas polticas e sociais ocorridas no Brasil. Sugere-se que, no cerne de tais debates, encontra-se um mal-estar atinente s formas pelas quais os historiadores lidam com o problema da responsabilidade diante de uma sociedade marcadamente desigual.
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Objetivou-se identificar as bases histricas e filosficas da epidemiologia, a fim de enriquecer a reflexo sobre a insero dessa cincia no conjunto das prticas de sade. Utilizando-se informaes historiogrficas extradas de textos consagrados na literatura especializada, e buscando-se subsdios tericos e metodolgicos na produo da epistemologia histrica francesa, procede-se a uma aproximao epistemolgica apoiada tico-filosoficamente na crítica da razo moderna desenvolvida pela chamada Escola de Frankfurt. Destaca-se a noo abstrata de "meio" na traduo terica do "espao pblico da sade" como a base contraditria da conformao instrumental do conhecimento epidemiolgico. Com base nesta noo ampliou-se, de forma progressiva, a possibilidade de conhecimento e interveno sobre os fenmenos sanitrios, mas, ao mesmo tempo, limitou-se a objetivao do carter propriamente pblico desses fenmenos.
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Este trabalho rev e discute de forma crítica a literatura sobre as motivaes dos voluntrios para doarem o seu tempo s ONGs. Quanto melhor uma organizao conhecer os voluntrios, mais essa organizao poder ir de encontro s necessidades e expectativas desses mesmos indivduos. Por isso, compreender as motivaes que podem levar um indivduo a doar o seu tempo a uma determinada organizao e a manter-se nessa mesma organizao matria relevante na gesto das ONGs. Primeiro, o artigo mostra e compara os diferentes tipos de motivaes associadas ao trabalho voluntrio. Depois, apresenta-se uma tipologia que agrupa os determinantes das motivaes dos voluntrios em cinco grupos: o altrusmo, a socializao, o interesse pessoal, a carreira profissional e a aprendizagem e, por fim, a comunidade. Por fim, efectua-se uma anlise que aponta trs lacunas na literatura das motivaes dos voluntrios que justificam investigao adicional: (i) a omisso de diferenas entre as motivaes relacionadas com a Atraco versus a Reteno dos voluntrios; (ii) a focalizao das investigaes no contexto norte-americano e australiano; e (iii) a ausncia de anlises comparativas que relacionem as motivaes por tipos de ONGs.
História do ensino da literatura infantil na formao de professores no Estado de So Paulo (1947-2003)
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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O confronto entre certas criaes ficcionais e a dinmica da colonizao nos leva a diversos campos disciplinares. Se a história registrou o intenso intercmbio de mercadorias e idias que ocorreu entre Portugal e Brasil, a partir da descoberta do Novo Mundo, a literatura revisitou e recriou esse passado. o que se constata na obra do escritor brasileiro Joo Guimares Rosa, em que articulando a realidade e a imaginao, a natureza e o homem, o regional e o universal, o escritor de perfil naturalista ilumina a linguagem da História e da Cincia pela Arte. Com relao s expedies cientficas portuguesas pelo Brasil, a história relata que, na segunda metade do sculo XVIII, Portugal impulsionou a elaborao de um projeto de confeco de uma História Natural, tendo como espao de criao cultural a Academia Real das Cincias de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, no teria sido possvel sem as viagens imaginrias do intelectual Domenico Agostino Vandelli, correspondente de Lineu e um dos principais articuladores da poltica portuguesa dirigida s colnias. Assim, instrudos conforme o livro Viagens filosficas ou dissertaes sobre as importantes regras que o filsofo naturalista nas suas peregrinaes deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de História Natural e Qumica, so preparados para explorar as colnias ultramarinas. Em meio produo literria de Guimares Rosa, destacamos o conto O recado do morro, do livro Corpo de baile, lanado em 1956, para um paralelo com a História. Nessa fico, um narrador conta a estria de uma pitoresca expedio, formada por moradores de um vilarejo, contratados por um viajante alemo, que percorre o interior do estado de Minas Gerais. Regio de grutas, minerais, vegetao de cerrado (com diversidade em espcies comestveis e medicinais), de fazendas de gado, animais em perigo de extino e homens sbios do serto, com o uso dessa enigmtica paisagem, que o escritor vai moldar o seu recado. Atravs de um estudo comparado entre os ideais naturalistas de Vandelli (evidentes nas correspondncias trocadas com Lineu e nas Instrues aos viajantes) e do escritor Guimares Rosa (expresso de forma ficcional), destacamos a necessidade de se resgatar, nos dias atuais, seus trabalhos, como forma de se propor uma nova relao do homem com o meio ambiente. Ns, de fato, reconhecemos que Deus todo-poderoso escreveu dois livros, a natureza e a revelao [...] (Lineu, 1765) O confronto entre certas criaes ficcionais e a dinmica da colonizao nos leva a percorrer interessantes caminhos da História, da Literatura e das Cincias da Natureza. Se a história registrou o intenso intercmbio de produtos e idias, que ocorreu entre Portugal e Brasil, via Atlntico, a partir da descoberta do Novo Mundo, alguns escritores do Modernismo brasileiro revisitaram e recriaram esse passado. No que se refere s expedies cientficas portuguesas pelo Brasil, o historiador Oswaldo Munteal Filho lembra que, na segunda metade do sculo XVIII, Portugal impulsionou a elaborao de um projeto de confeco de uma História Natural de suas colnias, tendo como espao de criao cultural e reflexiva a Academia Real das Cincias de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, no teria sido possvel sem as viagens imaginrias do intelectual ilustrado Domenico Agostino Vandelli, um dos principais articuladores da poltica portuguesa dirigida s colnias no mbito da Academia. Segundo seu pensamento, era preciso munir os naturalistas com ferramentas capazes de desvendar um Brasil desconhecido do ponto de vista da cincia e ainda intocado quanto s potencialidades de seus elementos naturais. Portanto, o olhar do naturalista deveria passar, primeiro, pelo utilitrio: as virtudes das plantas medicinais, os usos dos gneros exticos, o aproveitamento do reino animal e mineral e a fertilidade das extensas terras. Reordenar a Natureza, no mais de forma alegrica, mas atravs da observao e experincia figurava-lhe como medida necessria e urgente. A par disso e instrudos conforme o livro Viagens filosficas ou dissertaes sobre as importantes regras que o filsofo naturalista, nas suas peregrinaes, deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de História Natural e Qumica, so preparados para explorar as colnias ultramarinas (p. 483-518).
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O presente trabalho procura, de forma sucinta, descrever o processo de confronto da nao alem com o seu passado nacional-socialista, um processo que se tem vindo a desenrolar num mbito poltico, jurdico e social desde h mais de seis dcadas. Pretende-se ainda argumentar que o perodo em que a Alemanha viveu sob o domnio nazi, elemento incontornvel da prpria narrativa nacional, tem sido amplamente representado quer na literatura, quer no cinema, tanto por sujeitos da chamada primeira gerao, como tambm pelas geraes que nasceram aps 1945, indivduos cuja influncia do passado familiar e/ou interesse pela memria histrica do pas constituem a matriz das suas obras.
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Os contributos para pensar a comunicao, os media e a cultura de Harold A. Innis e Marshall McLuhan foram durante muitas dcadas ou praticamente esquecidos ou ignorados, no caso de Innis, ou olhados com desconfiana ou fascnio, no caso de McLuhan, no seio do que se designa hoje por cincias da comunicao. Nos ltimos anos, essa situao alterou-se significativamente e hoje Innis desperta um enorme interesse na teoria da comunicao e na economia poltica dos media. Estes dois autores canadianos, o primeiro escrevendo entre os anos 20 e 40 do sculo XX e o segundo a partir dos anos 50 e at ao final da dcada de 70, centraram a sua ateno nas formas/suportes tcnicos atravs dos quais comunicamos e como esses dispositivos produzem efeitos a longo prazo na sociedade, na cultura, na poltica e na ordem do sensorium humano. Como se est j a ver, ao contrrio das tradies mainstream norte-americanas do mesmo perodo, centradas na anlises quantitativas de curto-mdio prazo dos efeitos e usos dos contudos das mensagens, Innis e McLuhan, optaram por formas ensasticas, de história das civilizaes, mobilizando recursos da cultura, da literatura, da economia e da tecnologia, que privilegiam a reflexo de longo prazo (mudanas na ordem social e no sensorium operadas escala histrica, civilizacional). Embora esta perspectiva de largo alcance temporal tenha tido diversos cultores durante o sculo XIX e XX, como so exemplos Auguste Comte, Karl Marx, Arnold Toynbee, Oswald Spengler, entre outros, nos estudos de comunicao, ela tinha muito pouca tradio. O impacto destes tericos radica na introduo na investigao em comunicao e media de uma problemtica que durante muito tempo se encontrou ausente da quer na Europa, quer na Amrica do Norte (particularmente nos EUA) que a relao entre os modos (meios, tcnicas) de comunicao e a sociedade. O seu maior contributo para os estudos sociolgicos da comunicao foi chamar a ateno para os efeitos a longo prazo das formas tcnicas de comunicao na sociedade e na cultura. Pela primeira vez, se questionou a dimenso tcnica da comunicao. Ou seja, exploraram a ideia de que as tcnicas de comunicao so responsveis pela configurao das sociedades e da cultura; que os processos de comunicao e as instituies a eles associadas tm efeitos penetrantes na natureza das sociedades e no curso da sua história, erguendo novas constelaes culturais; mudam os meios/os suportes tcnicos atravs dos quais comunicamos, muda a cultura, muda a sociedade. Defendem que a história da comunicao uma das grandes chave da historia universal, o que os faz ler a história universal luz da história da comunicao. H quem afirme que exploram uma certa determinao comunicacional da sociedade (perspectiva que j se encontrava presente nos economistas polticos alemes e nos primeiros socilogos americanos, como Albion Small, William Sumner e Edward Ross, entre outros), segundo a qual a sociedade um organismo, mas muito mais complexo do que propunha Herbert Spencer, um organismo com formas de conscincia forjadas atravs da comunicao. Eu diria que isto basicamente aquilo que une estes dois autores, tudo o resto tende a afast-los como vou tentar mostrar de seguida.
Resumo:
Tese de doutoramento em Cincas da Educao, rea da Teoria Curricular e Ensino das Cincias
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Dissertao para obteno do grau de Mestre em Msica - Interpretao Artstica
Resumo:
Tese de doutoramento, Teoria da Literatura, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2003
Resumo:
Comunicao apresentada no 2 Encontro da Associao Luso-Alem para a Cultura e Cincia (Lisboa, 28 de Outubro de 1991), subordinado ao tema Aspectos da História Luso-Alem; publicada em Aspectos da História Luso-Alem, Lisboa (pp. 57-68)
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A existncia de um mercado nico de bens, servios, capital e mo-de-obra tomou-se simultneamente uma evidncia e um axioma inquestionvel para a teori a econmica dominante. A globalizao dos mercados mundiais apresenta-se como uma forma material determinante da inquestionabilidade terica do pensamen to econmico neo-liberal. Converteu-se numa mundividncia, isto , na representao econmica dominante. Contribui para o prognstico qu e vaticina o fim dos Estados nacionais. Propala-se o fim de uma era, o fim da história como espao de conflitos. Estas duas ltimas afirmaes, embora no pertenam ao discurso da teoria econmica, integram-na como tendn cias inevitveis ou como leis naturais inexorveis que permitem o pleno funcionamento do mercado universal anunciado. O completo falhano das economias socialistas e a desintegrao geo-poltica do Imprio Sovitico corroboramas tendncias acima mencionadas.
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Soror Antnia Baptista, religiosa professa no Convento da Esperana de Vila Viosa, redigiu o Livro da Fundao do santo Convento de nossa Senhora da esperana de Villa vioza e de algas plantas que em elle se criaro pera o ceo dignas de memoria, concludo em 1657. Trata-se de um exemplar nico, autgrafo, que permaneceu manuscrito at hoje. A faceta de cronista da autora coabita com a de poetisa, almejando uma intencionalidade didtica, de doutrinao, ao propor modelos de santidade de religiosas que viveram no convento da Esperana de Vila Viosa, aspirando plenitude da perfeio religiosa. Ao perpetuar as figuras que traz memria, Soror Antnia imortaliza, simultaneamente, a história do convento, cumprindo deste modo um propsito identitrio que respeita a comunidade religiosa do mesmo convento. A anlise que se impe propicia a reconstituio de um retrato epocal, com base na compreenso da história local e regional, fornecida pelas frequentes aluses aos hbitos de vida comunitria, prticas devocionais e pelas relaes do convento com o exterior. A filiao do texto de Soror Antnia Baptista a obras coevas permite inseri-lo no filo da escrita conventual feminina direcionada para as obras de "fundao".