901 resultados para Etilismo crônico
Resumo:
As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no Brasil e a hipertensão arterial está entre os seus principais fatores de risco. A não-adesão ao tratamento da hipertensão arterial é um dos mais importantes problemas enfrentados pelos profissionais que atuam na atenção primária. Gera custos substanciais, pelas baixas taxas de controle alcançadas, que acabam aumentando a morbimortalidade conseqüente a essa síndrome. A problemática da adesão ao tratamento é complexa, pois vários fatores estão associados. Desta maneira acredita-se ser de extrema relevância realizar uma revisão da literatura sobre os fatores associados à resistência para adesão ao tratamento anti-hipertensivo. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de se fazer uma revisão da literatura sobre os determinantes associados à resistência para adesão ao tratamento anti-hipertensivo que podem estar contribuindo para o controle da hipertensão arterial sistêmica. A partir do estudo, foi possível observar que os fatores determinantes para a adesão ao tratamento da hipertensão arterial têm mostrado a influência de variáveis estruturais como o caráter crônico e assintomático da doença, a relação médico-paciente, a complexidade dos esquemas de tratamento, os efeitos colaterais dos medicamentos, entre outros. Conclui-se que a adesão ao tratamento é um dos mais importantes desafios para o controle de pacientes com hipertensão arterial.
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Benzodiazepínicos (BZD's) são medicamentos psicotrópicos mundialmente utilizados para tratamento de ansiedade e insônia. Por serem de baixo custo e fácil acesso em saúde pública, Diazepam e Clonazepam têm sido comumente prescritos pelos médicos generalistas, muitas vezes de maneira inadequada, levando ao risco de abuso. O presente trabalho teve como objetivos identificar uma possível utilização abusiva desses medicamentos pela população de Camacho (MG) e traçar o perfil dos usuários, através da análise de dados secundários de dispensação pela farmácia básica municipal no ano de 2008. A fim de quantificar essa utilização foi aplicada uma metodologia da Organização Mundial de Saúde (OMS), através do sistema Anatomical Therapeutic Chemical/ Defined Daily Dose (ATC/DDD), que classifica e mede a quantidade consumida de drogas em determinado período e local, possibilitando comparações entre grupos populacionais. Foi constatado que em Camacho, no ano de 2008, a cada 1000 habitantes 41,36 utilizaram 10mg de Diazepam por dia. Verificou-se que para cada 1000 habitantes 9,56 utilizaram 2mg de Clonazepam por dia. Foram encontrados 134 usuários do primeiro e 141 do segundo, não havendo simultaneidade de utilização dos mesmos. Houve predominância do sexo feminino e da faixa etária entre 40 e 59 anos, para ambos. A dispensação para idosos foi consideravelmente inferior à população adulta. Quanto ao local de residência, a maioria dos usuários de Diazepam residiam na zona urbana, ao contrário do Clonazepam, cuja predominância foi de população rural. O tempo de uso variou entre 6 a 12 meses, caracterizando o uso crônico. Os dados obtidos para Camacho, quando comparados à literatura, mostraram que o consumo de BZD's no município esteve acima da média nacional, em 2008. Devido à falta de um serviço estruturado de atenção à saúde mental no município, as prescrições desses medicamentos são feitas pelo médico de Saúde da Família, ora como indicação ora como manutenção de prescrições prévias, considerando a rotatividade de profissionais. Isso evidencia a necessidade de novos estudos, mais detalhados, acerca da utilização de BZD's em Camacho, a fim de possibilitar a elaboração de ações que visem o controle da mesma, além de práticas responsáveis.
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Objetivo: Identificar os fatores de risco modificáveis e as sequelas prevalentes nos idosos cadastrados no SIS-HIPERDIA da ESF São Geraldo do Município de São Gotardo/MG. Métodos: estudo epidemiológico transversal de estatística descritiva através da ficha de cadastro de SIS-HIPERDIA da Unidade de Saúde da Família São Geraldo, no período de 2009 a 2010, no município de São Gotardo. Resultados: 164 idosos compõem esse universo, com predominância do sexo feminino, à semelhança de outros estudos realizados com idosos; é a feminização do envelhecimento. No que dizem respeito à faixa etária, os idosos apresentaram de 60 a 93 anos, sendo a média de 73,3 anos, a moda de 63 anos, a mediana de 73 anos e o desvio-padrão de 9 anos. Revelou também sobrepeso de 14,0 e obesidade de 24,4; 9,8 de tabagismo anterior (deixaram o vício) e continuam fumando 3,0; 1,2 de etilismo; 51,2 de sedentarismo. Conclusão: a realização deste estudo forneceu indicadores para o planejamento de adoção de hábitos e estilos de vida saudáveis, prevenindo complicações e proporcionando melhoria da qualidade de vida dos idosos.
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A transição demográfica no Brasil e no mundo é fato real. O Brasil está envelhecendo, e, segundo projeção para 2025, é esperado um crescimento de 15 da população idosa. O número de idosos brasileiros aumentou a partir da segunda metade dos anos setentas, quando ocorreu redução significativa das taxas de natalidade e mortalidade. Junto à transição demográfica, observa-se a transição epidemiológica caracterizada pelo aumento das doenças crônico-degenerativas alterando os padrões de morbimortalidade. A partir de vários aspectos da saúde, a saúde bucal merece atenção especial, uma vez que a abordagem de pacientes idosos difere daquela direcionada à população em geral. O envelhecimento leva a alterações fisiológicas que predispõem o idoso a apresentar condições patológicas típicas que requerem cuidados por parte dos profissionais. A atenção primária das equipes de saúde da família é destacada como estratégia fundamental para a saúde bucal dos idosos. Assim, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão da literatura que permita identificar as alterações fisiopatológicas e psicossociais relacionadas com a saúde bucal em idosos e as possibilidades de intervenção no âmbito da atenção primária à saúde.
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O estudo teve como objetivo realizar um levantamento estratificado do risco cardiovascular dos pacientes hipertensos vinculados à Equipe 01 do Centro de Saúde São Tomás em Belo Horizonte, Minas Gerais. O estímulo inicial foi a observação de que não havia um programa específico de atenção aos hipertensos, algo que seria fundamental na Unidade Básica de Saúde para prevenção de agravos, recuperação da saúde e promoção da saúde. Tratou-se de uma pesquisa de caráter descritivo e quantitativo, através da qual foram coletados dados a partir de prontuários dos hipertensos. As referências de maior ênfase para o presente estudo foram as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010). Os prontuários foram selecionados de acordo com a atualização recente de exames e presença de informação acerca de importantes características dos pacientes tais como: idade, sexo, pressão arterial, tabagismo, etilismo, peso, perímetro abdominal, dislipidemia, diabetes, histórico de doenças cardiovasculares precoces na família, lesões de órgãos alvo, condições clínicas associadas, doença renal crônica e síndrome metabólica. Dentre os 309 hipertensos pertencentes à Equipe 1, foram selecionados 115 para inclusão na pesquisa. Para cada fator de risco foram diferenciadas a prevalência entre mulheres e homens. Além da própria hipertensão arterial, os fatores de risco cardiovascular com maior prevalência foram excesso de peso (77,4), aumento do perímetro abdominal (66,1), idade (57,4), síndrome metabólica (32,2) e diabetes mellitus (39,1). Já dislipidemia (13,9), tabagismo (12,2), condições clínicas associadas (11,3), o histórico de DCV precoce na família (9,5), doença renal crônica (9,5), etilismo (7,8), e as lesões em órgãos alvo (5,2) apresentaram prevalência menor entre a população alvo. Notou-se que as mulheres se sobressaíram em maior número de fatores de risco comparando-as aos homens. O Risco Cardiovascular Global do conjunto de hipertensos foi levantado e concluiu-se que 54 deles tem risco alto ou muito alto de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), 28 têm risco moderado e 18 possuem risco basal ou baixo risco. Apesar da importância da estratificação do risco cardiovascular foram escassos os estudos encontrados com este objetivo. O estudo permitiu uma visualização ampla e ao mesmo tempo específica da população hipertensa, podendo mostrar, por exemplo, que quanto mais avançada a idade, maior o risco de DCV. Possibilitou a obtenção de dados para um planejamento estratégico de ações que possam prevenir agravos, tratar precocemente aqueles que surgirem e promover melhor qualidade de vida aos hipertensos usuários dos serviços prestados pela Unidade Básica de Saúde.
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O aumento da representatividade dos idosos é um fenômeno mundial que abrange tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Atribui-se tal realidade ao combate às doenças infecciosas, ao saneamento básico e às melhorias nas condições de vida, como também ao controle das doenças crônico-degenerativas. A mudança do perfil demográfico da população é acompanhada de profundas alterações epidemiológicas. Tais alterações caracterizam-se pelo predomínio das moléstias crônico-degenerativas nos idosos, o que gera aumento de fatores de risco à saúde. A partir dos 60 anos de idade, a polifarmácia e o uso de medicamentos inadequados continuam sendo problemas comuns, também na prática da Estratégia de Saúde da Família. O objetivo deste trabalho foi analisar a produção de conhecimento sobre os conceitos de polifarmácia em idosos, suas causas, comportamento e consequências, como também a frequência e importância de correção e prevenção na população atendida na prática clínica. Utilizou-se a revisão bibliográfica narrativa de produções científicas a partir de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na base do SciELO, tendo como termos de busca: "idosos", "polifarmácia" e "inapropriados". Localizou-se vinte artigos, dos quais cinco foram excluídos. Diversas estratégias poderão contribuir para melhorar a prescrição no doente idoso e evitar os riscos associados à terapêutica medicamentosa. A educação permanente do doente pelo seu médico, realizada em cada consulta, é considerada como tendo uma boa relação custo benefício.
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Este trabalho é um estudo de revisão de literatura narrativa sobre a Síndrome de Burnout em trabalhadores do Programa de Saúde da Família. O Programa surgiu como uma estratégia para a reorientação do modelo de assistência da saúde pública no Brasil, de forma a organizar e otimizar a efetividade do Sistema Único de Saúde (SUS). Houve uma mudança do foco de atendimento do âmbito hospitalar para o âmbito familiar e da comunidade, operacionalizado mediante a implantação de equipes multiprofissionais nas unidades básicas de saúde do País, as Equipes de Saúde da Família (ESF), passaram a ser responsáveis pela prevenção, promoção e vigilância em saúde, além da prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de agravos de uma determinada comunidade. Esses trabalhadores passaram a ter inúmeras e diversificadas atribuições, tiveram que assumir uma postura mais ativa, autonômica e descentralizadora ao servirem de referência para a comunidade, deparando-se com as mais diversas situações sociais, econômicas, biológicas e psicológicas. Assim ao desenvolver seu trabalho, esses profissionais estão expostos a inúmeros fatores que constituem fonte importante de estresse que, quando crônico, pode levar a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional, ocorrendo quando o indivíduo não possui mais estratégias para enfrentar as situações e conflitos no trabalho. Este estudo objetiva identificar e caracterizar os fatores que podem levar ao adoecimento desses profissionais pela Síndrome de Burnout, ao demonstrar e caracterizar o tipo de trabalho realizado pelas ESF, no intuito de serem evitados e solucionados; e fornecendo informações sobre a síndrome, afim de a mesma ser cogitada ou percebida como hipótese diagnóstica a frente desses profissionais, relevante para um diagnóstico precoce, instauração de um tratamento correto e um acompanhamento adequado. Estas são questões fundamentais para a promoção e preservação da saúde do trabalhador, para que assim possam melhor desenvolver suas atividades, minimizando os danos à sua saúde, melhorando a qualidade de vida no trabalho, e assim possibilitar uma assistência integral e de qualidade à população.
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Este estudo apresenta as implicações fisiológicas e psíquicas do envelhecimento para o indivíduo e para a saúde pública do Brasil. O envelhecimento populacional brasileiro passa pelo processo de transição demográfica, acarretando mudanças no perfil epidemiológico do país, aumentando a prevalência de doenças crônico-degenerativas. O profissional de saúde, principalmente o integrante da atenção básica, deve estar ciente deste processo, pois suas ações são fundamentais na prevenção, tratamento ou na detecção precoce de uma comorbidade que pode afetar o idoso, que está inserido no ambiente domiciliar. Estas ações devem ser estendidas à família. Na área de abrangência do Centro de Saúde Dom Cabral a população idosa é de 14,9 (acima da média nacional, que de acordo com o Censo 2010 é de 10,7). Segundo os dados do cadastro dos agentes de saúde, no qual são registradas as comorbidades dos pacientes, a maioria destes idosos são considerados idosos frágeis. A equipe percebe a necessidade de sistematizar e criar parâmetros de atendimento ao idoso, considerando as especificidades próprias do envelhecer e também se faz necessária a capacitação dos profissionais da atenção primária. O objetivo é de elaborar uma proposta de atendimento ao paciente idoso frágil que é assistido pela Estratégia de Saúde da Família. A metodologia baseou-se em revisão bibliográfica narrativa, com busca nas bases de dados Lilacs, Scielo e Medline, tendo sido considerados artigos publicados entre os anos de 2000 e 2010 nos idiomas português e inglês. Foi elaborado um fluxograma de direcionamento do atendimento baseado nas atribuições dos profissionais, tanto da Equipe de Saúde da Família quanto Equipe de Apoio. Espera-se que esta proposta torne o atendimento mais eficaz, completo e amplie a visão do profissional de saúde sobre o paciente idoso.
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O presente projeto trata da implantação da prática de exercícios físicos e abordagem de conhecimentos teóricos para adultos e idosos cadastrados no Programa de Saúde da Família (PSF) Nova Holanda, Divinópolis, visando a melhoria dos fatores de risco cardiovasculares. O projeto pretende promover a adoção de modos saudáveis de vida, bem como o desenvolvimento de cidadania dos usuários, envolvendo a população, o serviço de saúde, secretarias municipais e organizações governamentais e não-governamentais (ONG's). A população mundial encontra-se em processo de envelhecimento associado do aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Atividade física regular se apresenta como base dos tratamentos, reduzindo fatores de risco cardiovasculares. Quando associada de mudanças de hábitos de vida (alimentação saudável, redução do estresse, do tabagismo e do etilismo) apresenta suas ações potencializadas. A instituição de outras terapias, medicamentosas ou cirúrgicas, não exclui a prática de exercícios físicos. Entretanto, no Brasil, observa-se a baixa estimulação dos profissionais de saúde para que a população abandone o sedentarismo.
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Sobrepeso e obesidade são intercorrências de saúde cada vez mais frequentes em crianças e adolescentes de todo mundo. Vários são os fatores que predispõem ao sobrepeso e à obesidade, dentre eles os reflexos da vida contemporânea, como comportamento sedentário, facilitado pelas tecnologias vigentes e disponibilidade de alimentos ricos em carboidratos e açúcares. Evidências científicas mostram consequências da obesidade em crianças e adolescentes, por exemplo, as doenças crônico-degenerativas diabetes mellitus e hipertensão arterial. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo refletir acerca do sobrepeso e da obesidade em crianças e adolescentes, por meio de levantamento de publicações na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde - BVS (Lilacs e SciELO), no idioma português, utilizando os descritores: obesidade; sobrepeso; crianças; adolescentes. Além disso, foram consultados programas do Ministério da Saúde, teses e dissertações de mestrado. O trabalho sugere ações multiprofissionais e intersetoriais de promoção da saúde como forma de prevenir sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.
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Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT's) são caracterizados pelo desgaste de estruturas do sistema musculoesquelético e gerados pelo uso repetitivo desse sistema sem que haja tempo para a sua recuperação. O objetivo do estudo foi identificar os principais tipos de DORT's que ocorrem em cirurgiões-dentistas, bem como, os fatores de risco e os aspectos relacionados à prevenção. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica narrativa, com publicações entre 2000 a 2011, em bases de dados contendo revistas indexadas, tais como BIREME, MEDLINE, Lilacs e Scielo, no período de novembro de 2010 a abril de 2011. Os DORT's são causas de incapacitação profissional temporária ou permanente, sendo por isso, considerada pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública. O processo inflamatório crônico acomete articulações, tendões, músculos, nervos, sinóvias, vasos sanguíneos e podem ocorrer em qualquer local do aparelho locomotor, embora, a região cervical e lombar da coluna vertebral seja as mais acometidas. O exercício profissional obriga que os cirurgiões-dentistas utilizem na execução das tarefas os membros superiores frequentemente, com repetitividade de um mesmo padrão de movimento, assumindo posturas incorretas e utilizando forças excessivas. Há evidências de que quanto mais especializado for o cirurgião-dentista, mais repetitivos serão os seus movimentos, aumentando assim a probabilidade de desenvolvimento de DORT's. Conclui-se que, para melhorar a saúde geral e proporcionar uma melhor qualidade de vida, será necessário maior informação e conscientização aos cirurgiões-dentistas de forma a melhorarem ergonomicamente o ambiente de trabalho, com mudanças nas posturas adotadas, intervalos entre os atendimentos, alongamentos, prática de atividade física.
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O envelhecimento é um processo natural e dinâmico inerente a todos os seres, e está associado à múltiplas alterações orgânicas, como as neurológicas, estruturais, funcionais e químicas. E este processo é marcado por transformações na estrutura populacional mundial, inclusive no Brasil. A estimativa é que o país seja o sexto país do mundo com uma população idosa acima dos sessenta anos de idade. O presente estudo visa conhecer e descrever o perfil epidemiológico dos idosos cadastrados na ESF Diamante Vida, no bairro Vila Operária, no município de Diamantina, e aborda questões como a ocorrência das síndromes geriátricas, doenças crônico degenerativas, situações de risco e aspectos sociais e funcionais. Foi utilizado um formulário elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e Coordenadoria de Atenção ao Idoso preenchido pelos Agentes Comunitários de Saúde em visitas domiciliares. Trata-se de uma coleta de dados secundários, em que a escolha dos indivíduos foi realizada de maneira aleatória por sorteio, além da busca de referencial teórico em bancos de dados. Os resultados mostraram dentre outras considerações, que a maioria dos idosos cadastrados na ESF Diamante Vida, possui mais de sessenta anos de idade, grande número apresenta Hipertensão Arterial e que as Síndromes Geriátricas acometem um número reduzido de idosos, assim como o Diabetes. Diante dessa realidade, para o atendimento do idoso no âmbito da saúde, as ações de políticas públicas deverão se adequar a este novo cenário, para que possam oferecer condições necessárias à prevenção, promoção, tratamento e reabilitação da saúde.
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A utilização aumentada de psicofármacos é um problema que ocorre em todo o mundo. O aumento de diagnósticos de transtornos psiquiátricos, novos medicamentos disponíveis e as novas indicações terapêuticas de psicofármacos existentes são fatores relacionados a esta evidência. Desta forma, o estudo é relevante para a Estratégia Saúde da Família uma vez que este problema é uma realidade na nossa sociedade e constitui motivo de preocupação para o setor saúde. O objetivo geral da pesquisa foi realizar uma revisão bibliográfica sobre a utilização e uso abusivo de psicofármacos na atenção primária por meio de uma revisão narrativa de artigos científicos e livros-texto que abordavam o tema. Os principais fatores envolvidos no uso de tais medicamentos são ansiedade, estresse, depressão, insônia e problemas sociais. Portanto, existe a preocupação quanto ao seu uso abusivo devido aos riscos de dependência que leva a dificuldades quando se deseja a interrupção do tratamento. Um dado apresentado em vários estudos foi o fato das mulheres apresentarem maior prevalência de uso desses medicamentos. A maior prescrição destes aos jovens também foi citada como contribuição para o aumento do consumo. Os psicofármacos mais utilizados foram os benzodiazepínicos e os antidepressivos. A alta prevalência do uso crônico mostra a importância da indicação adequada e do acompanhamento médico regular desses usuários. O planejamento de ações que visem à qualidade de vida dos usuários, disponibilização de outras formas de tratamento e conscientização acerca dos diagnósticos psiquiátricos podem contribuir para o uso racional e consciente desses medicamentos. Os profissionais de saúde envolvidos neste processo devem atuar de forma preventiva, limitando o uso dos psicofármacos às suas verdadeiras indicações.
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A pressão arterial é a força exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos, variando de maneira contínua a cada ciclo cardíaco. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é considerada um problema crônico, sendo seu controle um desafio para os profissionais de saúde. A sua prevalência mundial é de 1 bilhão de pessoas adultas chegando a 7,1 milhões de óbitos anuais, sendo que em média 40 a 60% não fazem uso da medicação anti-hipertensiva. A morte prematura de pessoas em idade produtiva por doenças crônicas como a HAS poderá gerar uma perda de 40 bilhões de dólares para o Brasil o que reduz o potencial de desenvolvimento econômico. O objetivo deste estudo foi o de realizar revisão de literatura sobre os fatores que interferem na adesão correta ao tratamento de trabalhadores hipertensos. Para tal e por meio de revisão narrativa, buscaram-se publicações incluídas no período de 2000 a 2011, na língua portuguesa. Após leitura analítica dos materiais coletados chegou-se aos resultados: o diagnóstico da hipertensão pode ser realizado através da medida da pressão arterial; são vários os fatores de risco da hipertensão arterial, dentre eles: o diabetes mellitus, hereditariedade, dislipidemia, o sedentarismo, dentre outros. Para o controle da hipertensão é adotado o tratamento medicamentoso e não medicamentoso conforme critério médico. A adesão ao tratamento tem baixos índices o que acarreta complicações cardiovasculares. Os fatores frequentemente citados e estudados são os relacionados à doença, ao paciente, à terapêutica, fatores socioeconômicos, sistema de saúde e equipe de saúde. Para ampliar a adesão ao tratamento anti-hipertensivo são utilizadas estratégias direcionadas ao paciente, ao tratamento e a equipe multidisciplinar, sendo de grande relevância em prol do bem estar do indivíduo a atuação direta e indireta do profissional enfermeiro e sua equipe de saúde, através da educação em saúde, no processo de mudança do hábito de vida, do conhecimento das crenças em saúde e a comunicação interpessoal com o paciente hipertenso. Por meio da educação continuada é possível a redução do índice de absenteísmo ao trabalho e reduz o custo para as empresas em relação a internações, afastamentos e aposentadorias.
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A Hipertensão Arterial Sistêmica é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. A não adesão ao tratamento da HAS é um desafio enfrentado pelos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde em nosso país. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura para subsidiar a elaboração de um plano de intervenção para diminuir o índice de não adesão dos idosos ao tratamento anti-hipertensivo, propondo uma forma de organização para assistir estes usuários de forma humanizada e integral na Unidade Básica de Saúde. Foi realizada uma revisão de literatura-tipo narrativa, o estudo foi desenvolvido por meio de levantamento bibliográfico utilizando bases de dados informatizadas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foi feito uma leitura minuciosa das publicações, um fichamento das principais ideias e teorias pertinentes ao tema. A partir do estudo, foi possível conhecer os fatores que dificultam a não adesão ao tratamento anti-hipertensivo são: falta de dieta equilibrada, etilismo, tabagismo, problema financeiro para adquirir os medicamentos, efeitos colaterais causados pela medicação, sedentarismo, fatores emocionais, deficiências físicas e mentais, abandono família. Foi elaborado um plano de ação de acordo o preconizado por Campos; Faria; Santos (2010). Espera-se que a partir implantação do plano de ação haja um aumento do número de idosos na adesão ao tratamento de modo adequado. Cabem os profissionais de saúde compreender um pouco mais sobre a complexidade da pessoa idosa em seu contexto, refletindo sobre ações e estratégias que possa minimizar esse problema.