1000 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação
Resumo:
Esta dissertao aborda, desde uma perspectiva especfica, uma problemtica que se constitui em um dos maiores desafios que se apresentam para a reflexo contempornea. Trata-se do que convm denominar de crise de civilizao, estreitamente vinculada -para a perspectiva adotada nestas linhas- hegemonia detentada por uma compreenso unilateral da razo. O tema discutido seguindo o pensamento de um pensador -Carl Gustav JUNG- que deve ser considerado um precursor na abordagem desta questo e de suas consequncias para o destino da humanidade. No sendo o pensamento de JUNG amplamente conhecido fora da rea de influncia da psicologia analtica, pareceu necessrio, antes de discutir a temtica especfica que constitui o objetivo desta dissertao, proceder apresentao de alguns dos conceitos fundamentais por ele elaborados. Em um segundo momento discutido o processo no qual o racionalismo atinge a hegemonia que hoje detenta, para analisar depois a reflexo desenvolvida por Jung na procura de superar a unilateralidade da razo, outorgando particular destaque sua teoria da sincronicidade.
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Este estudo aproxima Eunice Katunda (1915-1990) e Esther Scliar (1926-1978) pela verificao de suas trajetrias individuais e pela anlise musical de Sonata de Louvao (1960) e Sonata para Piano (1961). A investigao de suas trajetrias enfatiza, com base em documentos como cartas, depoimentos e entrevistas, a experincia vivida. A abordagem prioriza a experincia individual, sem prescindir da contextualizao de suas atuaes, desde o final dos anos 40, no cenrio musical brasileiro. A reviso bibliogrfica dos estudos de gnero em msica integra o trabalho como ferramenta metodolgica para as anlises das duas sonatas.
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Destacamos duas matrizes discursivas que interpretam o acontecimento ecolgico: o discurso ecol6gico oficial e o discurso ecolgico alternativo. O primeiro aquele enunciado pelas instituies governamentais e intergovernamentais. Opera dentro dos limites do pensamento liberal, propondo estratgias ecolgicas compatveis com o desenvolvimento industrial capitalista. O segundo esta ligado aos setores do movimento ecol6gico que empreendem uma crítica radical ao modo de produo capitalista, cultura urbanoindustrial, e razo ocidental. Aponta solues bascadas em modos no predatrios de produo, bem como numa outra tica das relaes entre os homens. Constitui-se no contexto dos chamados novos movimentos sociais e produz, atravs de uma pratica poltica diferenciada, novos valores e novos sujeitos sociais. Esses discursos lutam, de seus lugares antagnicos, por territrios de significao, disputando a hegemonia da interpretação do acontecimento ecolgico.
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O objeto do presente estudo a descrio e anlise dos projetos de desenvolvimento de comunidade implantados em So Lus do Maranho, pela Secretaria de Educao e Ao Comunitria, nos perodos 1971-74 (Projeto Euterpe) e 1976-78 (Proj eto Desafio), no que se refere participao das populaes carentes da periferia de so Lus na ao educativa dos referidos projetos.
O planejamento como princpio educativo: contribuio para uma anlise crítica da gesto sindical cutista
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Este um estudo de caso acerca do processo de planejamento de um dos maiores sindicatos do Estado do RJ e de toda a Amrica Latina, com aproximadamente 100.000 trabalhadores na base, o Sindicato dos Trabalhadores Metalrgicos. Mas, alm disso, consiste na demarcao da gnese histrica do planejamento atravs do debate sobre a crise da ideologia liberal e do mercado como sujeito da regulao social, discute-se tambm o processo conflitante da racionalidade capitalista na modernidade. A anlise do processo de planejamento desse Sindicato levou-nos a discutir a proposta cutista de gesto sindical elaborada pela Secr. Nacional de Formao da CUT e pela Escola Sindical 7 de Outubro, entre 1989 e 1990, condensada e sistematizada por extensa bibliografia dessa Escola e, principalmente, no Programa de Planejamento e Administrao Sindical. Levou-nos tambm a analisar algumas experincias em administrao sindical, permitindo visualizar de maneira mais ampla a gesto sindical cutista, embora no seja possvel ainda tirar concluses definitivas. Essa proposta de planejamento, se levada implementao pelos dirigentes sindicais cutistas, pode produzir mudanas radicais nas organizaes sindicais, formar dirigentes com a personalidade do produtor. Nesse sentido o planejamento pode ser considerado muito mais do que um instrumento de trabalho auxiliar na gesto sindical, ele assume as caractersticas daquilo que Gramsci denomina de princpio educativo do trabalho: ou seja, que o planejamento sindical proposto pela Escola Sindical e a SNF-CUT um princpio educativo. Como princpio educativo o planejamento pode superar o autoritarismo imperante nas relaes capitalistas de trabalho pois ele no resume-se nessa concepo ao mero cumprimento de direitos e deveres estabelecidos pelo contrato de trabalho. O planejamento passa a ser um meio de elevar a personalidade do trabalhador a um estgio superior, de servil e subalterna, petrificada assim pelas filosofias taylorista e toyotista da organizao e do processo de trabalho uma personalidade de dirigente ou produtor alcanvel pela participao dos trabalhadores em todos os nveis do processo de deciso. A dinmica da racionalidade capitalista, o conflito dialtico entre a racionalidade corporativa e a racionalidade societal, consiste no principal obstculo do planejamento efetivar-se como princpio educativo. Trata-se ento de desvelar essa tenso entre uma racionalidade instituda pelas foras capitalistas, a racionalidade corporativa ou privatista, e uma racionalidade instituinte, a racionalidade societal, produzida por foras sociais que agem em sentido contrrio lgica e dinmica do capital. Essa tenso entendida como desdobramento do conflito entre as classes sociais fundamentais do capitalismo e entre as fraes de classes. Nosso pressuposto bsico que racionalidades distintas, considerando-se os conflitos de hegemonia e a pluralidade de poderes, produzem subjetividades e ticas distintas, e que elas emergem principalmente do processo produtivo, da tecnologia e das formas de organizao do trabalho, de onde irradiam-se para outras esferas sociais. Constatamos uma crise de direo no movimento sindical cutista, entre a proposta de gesto sindical da CUT, contida em seu Estatuto e Resolues e a forma concreta em que os sindicatos cutistas so geridos. Estes recusam-se, de uma forma geral, a implementar em suas estruturas organizacionais os princpios, diretrizes e fundamentos da CUT. Entretanto, o que tornou-se revelador com essa pesquisa foi o fato de que mesmo em Centrais Sindicais e Sindicatos que declaram-se oponentes ao corporativismo e a favor de uma gesto participativa, democrtica, combativa, autnoma e pela base, como no caso da proposta cutista de gesto sindical, continua imperando a hegemonia da racionalidade corporativa e privatista sobre a racionalidade societal. Revela-se ento que a conscincia dos fatos no suficiente para transform-los. Dessa constatao emergiu uma problemtica que pretendemos abordar em um outro momento, a relao entre a conscincia crítica e poder, entre saber e vontade. Segundo Carlos Matus o planejamento uma reflexo que precede e preside a ao, ou seja, ele orienta a vontade estratgica dos atores sociais. Com essa definio Matus critica a metodologia e aplicabilidade do planejamento normativo, por sua demasiada centralizao e desconsiderao dos conflitos institucionais. Da trilogia metodolgica e operativa de Matus trabalhamos nessa pesquisa apenas o Mtodo Altadir de Planificacin Popular, adaptado e utilizado no planejamento sindical dos sindicatos cutistas. Por ltimo constatamos que a proposta de Planejamento e Administrao Sindical (PASC) da Escola Sindical 7 de Outubro e da SNT-CUT, subestima a gesto sindical, e que uma proposta que se preocupe em aprofund-la fundamental para a superao dos problemas crticos das organizaes sindicais cutistas.
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A prtica do psiclogo escolar no Municpio do Rio de Janeiro vem sofrendo intensas modificaes. Inicialmente direcionada ao atendimento individual de alunos que apresentavam problemas de aprendizagem e/ou ajustamento, vai, progressivamente, assumindo um carter preventivo. As razes para estas mudanas encontram-se tanto nas reflexes do prprio psiclogo escolar em relao a sua prtica, como tambm devido a legislao em vigor, que enfatiza o carter preventivo da atuao dos tcnicos educacionais.
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O presente trabalho objetivou analisar criticamente o 1 ciclo d. Universidade Federal do Maranho, UFMA, dentro do contexto no qual ele se encontra inserido. Para efetivao dessa proposta, fez-se uma abordagem histrica sobre a Universidade no Maranho, partindo-se da criao das primeiras escolas de ensino superior no Estado at a implantao e funcionamento das atuais universidades, uma vez que o aprofundamento em um elemento particular, no caso o 1 ciclo. somente, uma viso parcial do todo.
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A vida escolar em internatos, ret.] a;;ada nos ro mances brasileiros: O Ateneu, de F.~ul Pompiai c Uoidinho, e Jos Lins do Rego i Balo Cativo e cho de Ferro, de Pedro Navai e A Rede, de Martha Antiero, reinterpretada numa busca das relaes socio-educacionaiD descLitas nos trabalhos de criao. A procura de retenao dos elementos estruturais estabelecidos na escola feita atravs de cor relao e oposio dos textos selecionados, onde suas peE sonagens atuaro corno "informantes" e teorias filosofico- -sociais sobre Educao, corno elementos de integrao e crItica. Da constatao de que o sistema educacional est baseado, em sua essncia, numa relao de subordinao/do minao entre a gerao precedente e aquela que a segue quando h comunicao pedaggica, o sistema escolar foi se parado e analisado dentro de dois subsistemas distintos, segundo a situao de seus elementos de subordinados e/ou dominantes, denominados, os dois mundos, de "Colegiatura" e "Equipe Pedaggica". Compreendendo que a escola , por sua vez, um ~ubsistema que faz parte do sistema maior, a sociedade, foi estabelecido, introdutoriamente a cada des crio das escolas, um esboo sobre a influncia do social no estabelecimento escolar, onde o colegial separado da influncia domstica para o preparo ao domnio social da rua.
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O presente trabalho tem por objetivo fazer uma anlise dos dados levantados pelo Departamento de Psicologia, de um Estabelecimento Escolar, que utiliza conceitos de Psicologia Institucional, desde a implantao (agosto de 1974), at o presente momento, (julho de 1978) pois seu desenvolvimento continua acontecendo. Durante este perodo os objetivos principais centralizaram-se em procurar investigar todas s formas do "latente" institucional a fim de desinvestir e desmontar as estruturas repressivas que pudessem estar impedindo o crescimento do estabelecimento no sentido de proporcionar um trabalho autogestivo com um mximo de liberdade e esprito crtico. Para que ento, estes conceitos sejam aplicados tem-se praticado, de forma permanente, a metodologia da Anlise Institucional, pois atravs dela que se pretende realizar uma abordagem aos diferentes aspectos inconscientes e/ou desconhecidos da estrutura psico-socio-comunicacional do Estabelecimento. Tenta-se atravs de contextos tcnicos vivenciais (grupos, etc) fazer com que os diferentes quadros do estabelecimento elaboremos aspectos acima mencionados, instrumentando-os para controlar as posies contraditrias, que ocupam, simultaneamente, todos os seus integrantes, por serem servidores do institudo e tambm encarregados de uma funo instituinte.
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O objetivo deste estudo volta-se para uma anlise a nvel terico,da construo de normas. constitutivas do sistema moral aptas a direcionarem a conduta humana. Trs referenciais bsicos foram estabelecidos como pla taformas para o estudo: A Crítica da Razo Prtica de I. Kant e a avaliao do carter neces5rio da norma. bem como a dificuldade de transpor para o plano histrico e emprico. critrios de universalidade inerentes ao "imperativo categrico". A categorizao dos valores de E. Spranger forneceu elementos para proceder a uma anlise da sociognese das normas, partindo de critrios valorativos. culturalmente estabelecidos, aptos a quantificar contedos para a moral. Finalmente. a perspectiva piagetiana ofereceu as bases para uma avaliao da psicognese como construo formal dos sistemas de regras, que compem a moral humana. O estudo aqui realizado estabelece seus prprios limites dentro dos trs contextos acima selecionados por constituirem uma interpretação prefixada que viza harmonizar tais posioes. Estas fronteiras. assim definidas. justificam portanto o carter circunscrito. e sem pretenses de ser exaustivo na matria que o presente trabalho se prope evidenciar.
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A presente dissertao tem por objetivo desenvolver uma reflexo sobre a relao entre mtodo e escrita da histria a partir da anlise dos escritos de Joo Capistrano de Abreu. A hiptese que orienta a leitura de sua obra a de que os dispositivos da crítica documental, praticada pelos historiadores do sculo XIX, ao mesmo tempo em que conferem as marcas de credibilidade ao texto histrico, tambm impem coeres e limites incontornveis sua construo. O estudo do caso Capistrano oferece a possibilidade de investigar alguns desdobramentos epistemolgicos desta questo, sobretudo em um momento em que a histria nacional investiu-se de pretenses cientficas, com diretrizes tericas e temticas prprias. A histria em captulos do historiador corresponderia instaurao de um novo regime de escrita cujos dispositivos de validao no se encontrariam exclusivamente na explicitao do aparato crtico utilizado, mas na coerncia explicativa prpria do texto que ele elaborou.
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Este estudo procura investigar a atual situao do sistema de franquias no Brasil e propiciar uma maior compreenso das razes que levaram franqueados a desligarem-se de suas redes de franquias. Em primeiro lugar, apresenta-se um referencial terico. Em seguida, so apresentados os resultados de uma pesquisa exploratria, baseada no Estudo de Casos, realizada junto a onze ex-franqueados de diferentes redes de franquias. Objetiva-se identificar os fatores que geraram a insatisfao com a franquia e os principais motivos de desligamento da rede. Por fim, so apresentadas as limitaes e contribuies do estudo, bem como sugestes para estudos futuros.
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Este trabalho dedica-se ao estudo comparativo da produo literria de Luca Guerra Cunningham, autora da obra terico-crítica La mujer fragmentada: histria de un signo, e de suas obras de fico, limitando-se ao romance Ms all de las mscaras e dois contos, Frutos extraos e Antes del nombre. Para isso abordar-se-, na anlise comparativa, as importantes contribuies críticas que a escritora chilena, representativa voz de reflexo feminista, aporta em seu ensaio e a forma que este estudo articulado em suas obras de fico. O trabalho abrange o exame de aspectos da histria que incorporam no somente diferenas de gnero, foco principal da dissertao, mas tambm outras vises de alteridade que contribuem para denunciar as injustias das convenes polticas, sociais, raciais e de gnero que partem do ponto de vista nico do homem branco e de elite.
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A violncia domstica contra as crianas e os adolescentes constitui hoje um dos parmetros de discusso apresentados pelos movimentos sociais e pela sociedade civil. Reconhecida h poucas dcadas como um problema social no pas, ela representa um dos componentes relacionados aos debates sobre a operacionalidade da Justia no Brasil. Reconhecendo a pluralidade de modelos de organizao familiar e as formas alternativas de apaziguamento dos embates sociais, procurou-se entender que tipo de tratamento conferido pelos tribunais quelas aes litigiosas que convergem para o seu campo de atuao. Por meio de um estudo de caso do sistema de justia criminal na cidade de Santa Maria, confrontando os tipos de sentena terminativa atribudas aos processos com os elementos legais e extralegais utilizados pelos operadores do direito, percebeu-se as especificidades do funcionamento destas instncias judiciais em relao aos conflitos interpessoais vivenciados no mbito domstico. Diante de um movimento crescente que procura aumentar a penalizao para os crimes que envolvem estas formas de violncia, foi possvel discutir como estes conflitos so solucionados nas varas criminais comuns e no juizado especial criminal. A partir dos elementos encontrados ao longo do trabalho de campo, apreendeu-se que embora a informalizao da justia viabilize uma participao mais efetiva da vtima e de seu representante legal no processo, em detrimento justia comum, tornando mais clere o movimento da ao litigiosa e oportunizando a conciliao entre as partes, ela depara-se, ainda, com os problemas relacionados interpretação da legislao e percepo desta temtica pelos agentes do aparelho judicirio.
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Esta monografia analisa as caractersticas da consulta tributria no Estado do Rio de Janeiro, abordando suas principais caractersticas e efeitos, com enfoque na interpretação das hipteses em que o Estado do Rio de Janeiro no conhece a consulta tributria, em especial no artigo 165, inciso III, do Decreto Estadual n 2.473/1979. Antes de analisar como o referido dispositivo legal deve ser interpretado, foi defendido que o artigo 165 do Decreto Estadual n 2.473/1979 foi recepcionado como lei pela Constituio Federal de 1988, com base em decises do Supremo Tribunal Federal que entenderam (i) que uma mesma lei poderia ter dupla natureza jurdica e que (ii) um decreto anterior Constituio Federal de 1988 foi recepcionado como lei pela atual Constituio. Alm disso, foi defendido que a legislao tributria, incluindo o artigo 165, inciso III, do Decreto Estadual n 2.473/1979, no pode ser interpretada exclusivamente de acordo com o silogismo jurdico, razo pela qual as normas jurdicas, sempre que tiverem mais de uma interpretação e/ou limitarem e/ou violarem direitos fundamentais, devem ser interpretadas de acordo com o ps-positivismo jurdico. A concluso deste estudo a de que o artigo 165, inciso III, do Decreto Estadual n 2.473/1979 deve ser interpretado conforme a Constituio, de forma que a consulta tributria s no ser conhecida nos casos em que a situao descrita em ato normativo for flagrantemente impossvel de gerar quaisquer dvidas sobre a interpretação da legislao tributria.