797 resultados para Endoscopia respiratória
Resumo:
BACKGROUND AND AIM: The effects of portal hypertension in the small bowel are largely unknown. The aim of the study was to prospectively assess portal hypertension manifestations in the small bowel. METHODS: We compared, by performing enteroscopy with capsule endoscopy, the endoscopic findings of 36 patients with portal hypertension, 25 cirrhotic and 11 non-cirrhotic, with 30 controls. RESULTS: Varices, defined as distended, tortuous, or saccular veins, and areas of mucosa with a reticulate pattern were significantly more frequent in patients with PTH. These two findings were detected in 26 of the 66 patients (39%), 25 from the group with PTH (69%) and one from the control group (3%) (P < 0.0001). Among the 25 patients with PTH exhibiting these patterns, 17 were cirrhotic and 8 were non-cirrhotic (P = 0.551). The presence of these endoscopic changes was not related to age, gender, presence of cirrhosis, esophageal or gastric varices, portal hypertensive gastropathy, portal hypertensive colopathy, prior esophageal endoscopic treatment, current administration of beta-blockers, or Child-Pugh Class C. More patients with these endoscopic patterns had a previous history of acute digestive bleeding (72% vs. 36%) (P = 0.05). Active bleeding was found in two patients (5.5%). CONCLUSIONS: The presence of varices or areas of mucosa with a reticulate pattern are manifestations of portal hypertension in the small bowel, found in both cirrhotic and non-cirrhotic patients. The clinical implications of these findings, as regards digestive bleeding, are uncertain, although we documented acute bleeding from the small bowel in two patients (5.5%).
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Analisar fatores intercorrentes e a incidência da infecção em pacientes operados no Hospital Universitário da UFRN. Métodos: Foram estudados, através de protocolo previamente estabelecido, 3.120 pacientes internados que se submeteram a procedimentos cirúrgicos no período de janeiro de 1999 a outubro de 2002. Resultados: O índice de infecção hospitalar foi de 5,9%, e a topografia de maior incidência foi a ferida operatória (3,7%). Infecção respiratória ocorreu em 1,2%, urinária em 0,6% e bacteremia em 0,1%. O índice de infecção comunitária foi de 9,2%, predominando infecção urinária (5%) e respiratória (2,1%). Quanto ao grau de contaminação das feridas operatórias, as feridas limpas (1479) apresentaram infecção em 2,9%, as feridas limpascontaminadas (1277) em 6,0% dos casos, as feridas contaminadas (270) em 15,1%, e as ferida infectadas (94) resultaram em infecção em 30,75% dos casos. Conclusão: Concluiu-se que a incidência de infecção cirúrgica foi compatível com os índices na literatura mundial. A partir desses dados, ratifica-se a importância de medidas de controle de infecção hospitalar de forma sistemática, como vem sendo realizado no hospital onde o estudo foi realizado
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A síndrome Takotsubo (STT) é uma forma adquirida e transitória de disfunção sistólica, cuja apresentação clínica e eletrocardiográfica mimetiza um enfarte agudo do miocárdio. A STT é também conhecida como miocardiopatia de stress, síndrome do «coração partido», balonamento apical, insuficiência cardíaca aguda reversível, miocárdio «atordoado» (forma neurogénica) ou miocardiopatia aguda das catecolaminas. Os autores descrevem uma apresentação rara de STT após procedimento anestésico. Adolescente de 14 anos, sexo feminino, com antecedentes pessoais de enxaqueca hemiplé- gica e quisto pineal, submetida a ressonância magnética (RM) cranioencefálica de controlo. Durante a indução anestésica com propofol verificou-se bradicardia, revertida com atropina, seguida de taquidisritmia ventricular, revertida com lidocaína e murro pré-cordial. Nas primeiras horas de internamento evoluiu para edema pulmonar associado a insuficiência respiratória global por disfunção ventricular esquerda aguda. O ecocardiograma transtorácico mostrou dilatação do ventrículo esquerdo com hipocinesia global e fração de ejeção reduzida (< 30%). O eletrocardiograma revelou taquicardia sinusal persistente e alterações inespecíficas do segmento ST. Os biomarcadores cardíacos encontravam-se elevados (troponina 2,42 ng/ml, proBNP 8248 pg/ml). Foi medicada com diuréticos, IECA, digitálico e dopamina, com melhoria clínica, bioquímica e ecocardiográfica ao quarto dia. Os ecocardiogramas subsequentes mostraram normalização da função ventricular. A doente teve alta medicada com carvedilol, que suspendeu após normalização da função cardíaca e RM cardíaca não ter revelado alterações. Estão descritos poucos casos de STT em idade pediátrica. Alguns são desencadeados por patologia aguda do sistema nervoso central, mas nem todos cumprem os critérios de diagnóstico clássicos. Neste caso, o procedimento anestésico poderá ter desencadeado a STT.
Resumo:
Objetivo: Analisar fatores intercorrentes e a incidência da infecção em pacientes operados no Hospital Universitário da UFRN. Métodos: Foram estudados, através de protocolo previamente estabelecido, 3.120 pacientes internados que se submeteram a procedimentos cirúrgicos no período de janeiro de 1999 a outubro de 2002. Resultados: O índice de infecção hospitalar foi de 5,9%, e a topografia de maior incidência foi a ferida operatória (3,7%). Infecção respiratória ocorreu em 1,2%, urinária em 0,6% e bacteremia em 0,1%. O índice de infecção comunitária foi de 9,2%, predominando infecção urinária (5%) e respiratória (2,1%). Quanto ao grau de contaminação das feridas operatórias, as feridas limpas (1479) apresentaram infecção em 2,9%, as feridas limpascontaminadas (1277) em 6,0% dos casos, as feridas contaminadas (270) em 15,1%, e as ferida infectadas (94) resultaram em infecção em 30,75% dos casos. Conclusão: Concluiu-se que a incidência de infecção cirúrgica foi compatível com os índices na literatura mundial. A partir desses dados, ratifica-se a importância de medidas de controle de infecção hospitalar de forma sistemática, como vem sendo realizado no hospital onde o estudo foi realizado
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Objetivou-se, neste estudo exploratório/descritivo, identificar conhecimentos e necessidades dos cuidadores da criança com Infecção Respiratória Aguda (IRA) através de uma amostra de 129 crianças atendidas no serviço de crescimento e desenvolvimento de uma unidade de saúde. Foram aplicados formulários junto aos cuidadores, em seu domicílio, nos meses de fevereiro e março de 2002. Os cuidadores eram do sexo feminino, a maioria jovem, com ensino fundamental incompleto e com renda de 1 a 2 salários. Em relação aos primeiros cuidados com a criança doente, 48,2% dos cuidadores procuram o médico, 36,6% medicam por conta própria e 13,2% utilizam fitoterápicos. Como medidas de prevenção contra pneumonia em crianças com IRA leve, os cuidadores utilizam medidas de senso comum e sabem reconhecer sinais de gravidade das doenças, por experiências anteriores, revelando uma lacuna do conhecimento dos principais sinais e sintomas de doenças graves do trato respiratório
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Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Celular, Pós-Graduação em Biologia Molecular, 2015.
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Introdução: A tosse constitui um dos principais motivos de consulta médica e, apesar de na maioria dos casos ser de etiologia vírica ou alérgica, por vezes surgem diagnósticos inesperados. Caso Clínico: Criança do sexo feminino, 19 meses, sem antecedentes relevantes. Recorreu ao Serviço de Urgência por tosse produtiva há 3 semanas e rinorreia serosa, sem febre. Noção materna de dificuldade respiratória e recusa alimentar parcial. À admissão, polipneica, com tiragem subcostal e gemido expiratório. Auscultatoriamente, murmúrio vesicular globalmente diminuído, tempo expiratório aumentado e sibilos dispersos. Analiticamente sem alterações. A radiografia torácica evidenciou volumosa imagem quística no hemitórax direito. A TC to- rácica documentou estômago intratorácico. Foi submetida a laparoscopia que constatou hérnia do hiato paraesofágica. Após Fundoplicatura de Nissen ficou assintomática. Discussão: A hérnia do hiato é rara em idade Pediátrica, tendo sido um achado inesperado no caso clínico descrito. Consideramos assim que, apesar da sua raridade, as anomalias anatómicas devem ser consideradas no diagnóstico diferencial da tosse persistente.
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Desde os tempos da Roma Antiga que se associam problemas respiratórios a trabalhadores da panificação, em parte, provocados pela inalação de substâncias de alto peso molecular como farinhas. A espirometria é uma forma simples de estudar a ventilação pulmonar na qual se obtêm informações acerca de uma possível obstrução, restrição ou situação mista. Pretendeu-se avaliar a Capacidade Vital Forçada, o Volume Expiratório Máximo no Primeiro Segundo e a respectiva razão entre eles, recorrendo à espirometria em trabalhadores da panificação da cidade de Portimão, que aceitaram participar voluntariamente no estudo. A amostra final contemplou 48 trabalhadores. Através da análise dos resultados ficou patente que os trabalhadores com mais de 1O anos de serviço sofrem alterações na função respiratória estatisticamente significativa em relação aos valores de referência (p<0,05). Pode-se, por isso, afirmar que na cidade de Portimão, existe uma relação directa, numa perspectiva a longo prazo, entre a exposição à farinha e a obstrução respiratória. ABSTRACT; Since Rome Ancient times there has been an association between respiratory problems and bakery employees, in part because of the inhalation of substances of high molecular weight such as flours. Spirometry is a simple way to study pulmonary ventilation, through which one can obtain information about a possible obstruction, restriction or mixed situation. The aim of this study is to evaluate the Forced Vital Capacity, Forced Expiratory Volume in One Second and the ratio between them, using spirometry with volunteering bakery workers in the city of Portimão. The final sample compromised 48 workers. lt was evident that individuals working more than 1O years have statistically significant changes in respiratory function (p<0,05), when compared with reference values leading to the conclusion that in the city of Portimão, there is a direct relationship, in a long-term perspective, between exposure to flour and respiratory obstruction.
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O vírus da gripe é uma das maiores causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, afetando um elevado número de indivíduos em cada ano. Em Portugal a vigilância epidemiológica da gripe é assegurada pelo Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), através da integração da informação das componentes clínica e virológica, gerando informação detalhada relativamente à atividade gripal. A componente clínica é suportada pela Rede Médicos-Sentinela e tem um papel especialmente relevante por possibilitar o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia de gripe. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e tem como objetivos a deteção e caraterização dos vírus da gripe em circulação. Para o estudo mais completo da etiologia da síndrome gripal foi efectuado o diagnóstico diferencial de outros vírus respiratórios: vírus sincicial respiratório tipo A (RSV A) e B (RSV B), o rhinovírus humano (hRV), o vírus parainfluenza humano tipo 1 (PIV1), 2 (PIV2) e 3 (PIV3), o coronavírus humano (hCoV), o adenovírus (AdV) e o metapneumovirus humano (hMPV). Desde 2009 a vigilância da gripe conta também com a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe que atualmente é constituída por 15 hospitais onde se realiza o diagnóstico laboratorial da gripe. A informação obtida nesta Rede Laboratorial adiciona ao PNVG dados relativos a casos de doença respiratória mais severa com necessidade de internamento. Em 2011/2012, foi lançado um estudo piloto para vigiar os casos graves de gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que deu origem à atual Rede de vigilância da gripe em UCI constituída em 2015/2016 por 31 UCI (324 camas). Esta componente tem como objetivo a monitorização de novos casos de gripe confirmados laboratorialmente e admitidos em UCI, permitindo a avaliação da gravidade da doença associada à infeção pelo vírus da gripe. O Sistema da Vigilância Diária da Mortalidade constitui uma componente do PNVG que permite monitorizar a mortalidade semanal por “todas as causas” durante a época de gripe. É um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e estimar de forma rápida os impactos de eventos ambientais ou epidémicos relacionados com excessos de mortalidade. A notificação de casos de Síndrome Gripal (SG) e a colheita de amostras biológicas foi realizada em diferentes redes participantes do PNVG: Rede de Médicos-Sentinela, Rede de Serviços de Urgência/Obstetrícia, médicos do Projeto EuroEVA, Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Rede vigilância da gripe em UCI. Na época de vigilância da gripe de 2015/2016 foram notificados 1.273 casos de SG, 87% dos quais acompanhados de um exsudado da nasofaringe para diagnóstico laboratorial. No inverno de 2015/2016 observou-se uma atividade gripal de baixa intensidade. O período epidémico ocorreu entre a semana 53/2015 e a semana 8/2016 e o valor mais elevado da taxa de incidência semanal de SG (72,0/100000) foi observado na semana 53/2015. De acordo com os casos notificados à Rede Médicos-Sentinela, o grupo etário dos 15 aos 64 anos foi o que apresentou uma incidência cumulativa mais elevada. O vírus da gripe foi detetado em 41,0% dos exsudados da nasofaringe recebidos tendo sido detetados outros vírus respiratórios em 24% destes. O vírus da gripe A(H1)pdm09 foi o predominantemente detetado em 90,4% dos casos de gripe. Foram também detetados outros vírus da gripe, o vírus B - linhagem Victoria (8%), o vírus A(H3) (1,3%) e o vírus B- linhagem Yamagata (0,5%). A análise antigénica dos vírus da gripe A(H1)pdm09 mostrou a sua semelhança com a estirpe vacinal 2015/2016 (A/California/7/2009), a maioria dos vírus pertencem ao novo grupo genético 6B.1, que foi o predominantemente detetado em circulação na Europa. Os vírus do tipo B apesar de detetados em número bastante mais reduzido comparativamente com o subtipo A(H1)pdm09, foram na sua maioria da linhagem Victoria que antigenicamente se distinguem da estirpe vacinal de 2015/2016 (B/Phuket/3073/2013). Esta situação foi igualmente verificada nos restantes países da Europa, Estados Unidos da América e Canadá. Os vírus do subtipo A(H3) assemelham-se antigenicamente à estirpe selecionada para a vacina de 2016/2017 (A/Hong Kong/4801/2014). Geneticamente a maioria dos vírus caraterizados pertencem ao grupo 3C.2a, e são semelhantes à estirpe vacinal para a época de 2016/2017. A avaliação da resistência aos antivirais inibidores da neuraminidase, não revelou a circulação de estirpes com diminuição da suscetibilidade aos inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir). A situação verificada em Portugal é semelhante à observada a nível europeu. A percentagem mais elevada de casos de gripe foi verificada nos indivíduos com idade inferior a 45 anos. A febre, as cefaleias, o mal-estar geral, as mialgias, a tosse e os calafrios mostraram apresentar uma forte associação à confirmação laboratorial de um caso de gripe. Foi nos doentes com imunodeficiência congénita ou adquirida que a proporção de casos de gripe foi mais elevada, seguidos dos doentes com diabetes e obesidade. A percentagem total de casos de gripe em mulheres grávidas foi semelhante à observada nas mulheres em idade fértil não grávidas. No entanto, o vírus da gripe do tipo A(H1)pdm09 foi detetado em maior proporção nas mulheres grávidas quando comparado as mulheres não grávidas. A vacina como a principal forma de prevenção da gripe é especialmente recomendada em indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde. A vacinação antigripal foi referida em 13% dos casos notificados. A deteção do vírus da gripe ocorreu em 25% dos casos vacinados e sujeitos a diagnóstico laboratorial estando essencialmente associados ao vírus da gripe A(H1)pdm09, o predominante na época de 2015/2016. Esta situação foi mais frequentemente verificada em indivíduos com idade compreendida entre os 15 e 45 anos. A confirmação de gripe em indivíduos vacinados poderá estar relacionada com uma moderada efetividade da vacina antigripal na população em geral. A informação relativa à terapêutica antiviral foi indicada em 67% casos de SG notificados, proporção superior ao verificado em anos anteriores. Os antivirais foram prescritos a um número reduzido de doentes (9,0%) dos quais 45.0% referiam pelo menos a presença de uma doença crónica ou gravidez. O antiviral mais prescrito foi o oseltamivir. A pesquisa de outros vírus respiratórios nos casos de SG negativos para o vírus da gripe, veio revelar a circulação e o envolvimento de outros agentes virais respiratórios em casos de SG. Os vírus respiratórios foram detetados durante todo o período de vigilância da gripe, entre a semana 40/2015 e a semana 20/2016. O hRV, o hCoV e o RSV foram os agentes mais frequentemente detetados, para além do vírus da gripe, estando o RSV essencialmente associado a crianças com idade inferior a 4 anos de idade e o hRV e o hCoV aos adultos e população mais idosa (≥ 65 anos). A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe, efetuou o diagnóstico da gripe em 7443 casos de infeção respiratória sendo o vírus da gripe detetado em 1458 destes casos. Em 71% dos casos de gripe foi detetado o vírus da gripe A(H1)pdm09. Os vírus da gripe do tipo A(H3) foram detetados esporadicamente e em número muito reduzido (2%), e em 11% o vírus da gripe A (não subtipado). O vírus da gripe do tipo B foi detetado em 16% dos casos. A frequência de cada tipo e subtipo do vírus da gripe identificados na Rede Hospitalar assemelha-se ao observado nos cuidados de saúde primários (Rede Médicos-Sentinela e Serviços de Urgência). Foi nos indivíduos adultos, entre os 45-64 anos, que o vírus A(H1)pdm09 representou uma maior proporção dos casos de gripe incluindo igualmente a maior proporção de doentes que necessitaram de internamento hospitalar em unidades de cuidados intensivos. O vírus da gripe do tipo B esteve associado a casos de gripe confirmados nas crianças entre os 5 e 14 anos. Outros vírus respiratórios foram igualmente detetados sendo o RSV e os picornavírus (hRV, hEV e picornavírus) os mais frequentes e em co circulação com o vírus da gripe. Durante a época de vigilância da gripe, 2015/2016, não se observaram excessos de mortalidade semanais. Nas UCI verificou-se uma franca dominância do vírus da gripe A(H1)pdm09 (90%) e a circulação simultânea do vírus da gripe B (3%). A taxa de admissão em UCI oscilou entre 5,8% e 4,7% entre as semanas 53 e 12 tendo o valor máximo sido registado na semana 8 de 2016 (8,1%). Cerca de metade dos doentes tinha entre 45 e 64 anos. Os mais idosos (65+ anos) foram apenas 20% dos casos, o que não será de estranhar, considerando que o vírus da gripe A(H1)pdm09 circulou como vírus dominante. Aproximadamente 70% dos doentes tinham doença crónica subjacente, tendo a obesidade sido a mais frequente (37%). Comparativamente com a pandemia, em que circulou também o A(H1)pdm09, a obesidade, em 2015/2016, foi cerca de 4 vezes mais frequente (9,8%). Apenas 8% dos doentes tinha feito a vacina contra a gripe sazonal, apesar de mais de 70% ter doença crónica subjacente e de haver recomendações da DGS nesse sentido. A taxa de letalidade foi estimada em 29,3%, mais elevada do que na época anterior (23,7%). Cerca de 80% dos óbitos ocorreram em indivíduos com doença crónica subjacente que poderá ter agravado o quadro e contribuído para o óbito. Salienta-se a ausência de dados históricos publicados sobre letalidade em UCI, para comparação. Note-se que esta estimativa se refere a óbitos ocorridos apenas durante a hospitalização na UCI e que poderão ter ocorrido mais óbitos após a alta da UCI para outros serviços/enfermarias. Este sistema de vigilância da gripe sazonal em UCI poderá ser aperfeiçoado nas próximas épocas reduzindo a subnotificação e melhorando o preenchimento dos campos necessários ao estudo da doença. A época de vigilância da gripe 2015/2016 foi em muitas caraterísticas comparável ao descrito na maioria dos países europeus. A situação em Portugal destacou-se pela baixa intensidade da atividade gripal, pelo predomínio do vírus da gripe do subtipo A(H1)pdm09 acompanhada pela deteção de vírus do tipo B (linhagem Victoria) essencialmente no final da época gripal. A mortalidade por todas as causas durante a epidemia da gripe manteve-se dentro do esperado, não tendo sido observados excessos de mortalidade. Os vírus da gripe do subtipo predominante na época 2015/2016, A(H1)pdm09, revelaram-se antigénicamente semelhantes à estirpe vacinal. Os vírus da gripe do tipo B detetados distinguem-se da estirpe vacinal de 2015/2016. Este facto conduziu à atualização da composição da vacina antigripal para a época 2016/2017. A monitorização contínua da epidemia da gripe a nível nacional e mundial permite a cada inverno avaliar o impacto da gripe na saúde da população, monitorizar a evolução dos vírus da gripe e atuar de forma a prevenir e implementar medidas eficazes de tratamento da doença, especialmente quando esta se apresenta acompanhada de complicações graves.
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Background - Several studies have shown that celiac disease, an autoimmune disorder that occurs in genetically susceptible individuals, is highly prevalent among relatives of celiac patients. Aim - To determine the prevalence of celiac disease in a group of first degree relatives of Brazilian celiac patients. Methods - First degree relatives of celiac patients attending the Brasilia University Hospital Pediatric Gastroenterology Outpatient Clinic or the Celiac Disease Investigation Center, Brasília, DF, Brazil, between March 2001 and November 2004 were invited to undergo serological screening for celiac disease applying the IgA anti-endomysium antibody test (IgA-EMA). All positive IgA-EMA sera underwent a second screening using the IgA anti-tissue transglutaminase antibodies test. Duodenal or small intestinal biopsies were performed in all subjects positive to serological testing. Biopsy samples were classified as type (O) normal, (I) infiltrative, (II) infiltrative hyperplastic, (III) flat destructive, and (IV) atrophic hypoplastic. The final diagnosis was ascertained in subjects showing positive serological tests and a grade I to III small intestinal lesion. Results - Nine new cases of celiac disease were found among the 188 first degree relatives tested (4.8%). Conclusion - The present study confirms the high prevalence of celiac disease among first degree celiac patients’ relatives and reinforces the need of extensive diagnostic screening in this specific group.
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Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, 2015.
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Este relatório foi realizado no âmbito do estágio curricular no Hospital Veterinário do Baixo Vouga de 1 de Setembro de 2015 a 31 de Janeiro de 2016. A primeira componente trata da casuística acompanhada no estágio. A área médica mais comum foi a gastroenterologia. A segunda componente consiste na revisão bibliográfica da aspergilose canina complementada com um caso clínico acompanhado no estágio. A aspergilose sino-nasal canina ocorre principalmente em indivíduos jovens ou de meia-idade, mesaticéfalos ou dolicocéfalos e saudáveis. O seu diagnóstico implica o conjunto de vários exames, nomeadamente imagiológicos, cultura de fungos, histopatologia, serologia e diagnóstico molecular. O tratamento recomendado é o tópico. A aspergilose disseminada é menos frequente, sendo mais comum na raça Pastor Alemão. Sendo geralmente mais grave, o tratamento passa essencialmente pela terapia antifúngica sistémica. O uso de fungicidas tem sido muito associado à ocorrência de resistências cruzadas a antifúngicos azóis, dificultando o tratamento destas infeções; Abstract: Small Animal Medicine This report was elaborated following a traineeship at the Hospital Veterinário do Baixo Vouga from September 1st, 2015 to January, 31st, 2016. The first component covers the casuistry accompanied during the same. The most prevalent medical field was the gastroenterology. The second component consists of a literature review of canine aspergillosis along with the report of a case followed during the internship. Canine sinonasal aspergillosis primarily affects young to middle-aged, mesaticephalic or dolichocephalic and healthy dogs. Its diagnosis involves a conjunction of medical exams, namely imagiologic, fungal culture, histopathology, serology and molecular diagnosis. The recommended treatment is the topical one. Disseminated aspergillosis is more infrequent, occurring usually in German Shepard Dogs. Being more grievous, its treatment is based upon the administration of systemic antifungals. The use of azole fungicides has been linked to the development of cross-resistances between these and the antifungal azoles, making it difficult to treat such infections.
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Objetivo: El dolor lumbar es una de las patologías más complejas en términos de costo-efectividad de los tratamientos. En este estudio evaluamos la utilidad de la epiduroscopia en el manejo de dolor lumbar, y su beneficio en comparación con las técnicas percutáneas tradicionales. Materiales y métodos: Se realizó una búsqueda de manera sistemática en las bases de datos PubMed, EMBASE, Cochrane y MedLine para artículos publicados entre enero de 1990 y diciembre de 2013. Se incluyeron estudios clínicos descriptivos y experimentos clínicos aleatorizados, excluyéndose estudios no clínicos, opiniones de expertos, etc. Resultados: Se obtuvieron 353 artículos en las 4 bases de datos, de los cuales sólo 78 pasaron el corte según criterios de exclusión e inclusión. Posteriormente se realizó un análisis crítico de los artículos según parámetros estandarizados. De los 78 artículos evaluados, se incluyeron 24 en la revisión final, 14 estudios evaluaron lisis de adherencias e inyección de esteroides, 3 estudios evaluaron la efectividad de la inyección epidural dirigida por epiduroscopia, mientras que los 7 restantes evaluaron otras intervenciones. Conclusiones: La epiduroscopia es una tecnología útil en el tratamiento del dolor lumbar con diferencias significativas en los resultados a largo plazo en ciertos pacientes. Esta tecnología es más útil en pacientes con antecedente quirúrgico con síntomas persistentes que en pacientes que no han sido intervenidos. De igual manera, cuando el dolor es de características radiculares, los resultados a largo plazo son más favorables que cuando se trata de dolor axial o inespecífico.
Resumo:
Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz