787 resultados para Arqueologia Marítima


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O estilo de vida, atualmente, tem bastante influência na higiene do sono. São diversos os fatores que contribuem tanto para a sua manutenção como para a sua falha. O trabalho por turnos está frequentemente associado a elevadas cargas de stresse e fadiga devido a situações imprevisíveis e perigosas que possam advir da área profissional, da rotatividade do horário laboral, a um sono deficiente, à falta de atividades desportivas e de lazer, bem como à má alimentação. Estilo de vida, este, que reduz a qualidade de vida em geral e aumenta drasticamente a probabilidade de surgir doenças quer ao nível físico como mental. O sono, por sua vez, é um fenómeno universal de grande importância para o desenvolvimento humano. A qualidade do sono é determinada por vários fatores, entre eles as rotinas de sono. Torna-se, assim, importante estudar as rotinas de forma a incrementar o conhecimento sobre este determinante. A alternância do dia-noite –claro/escuro -, os horários de trabalho, os horários de lazer, as atividades familiares são todos fatores exógenos que sincronizam o ciclo sono-vigília. Estudar a qualidade de sono em profissionais que trabalham por turnos é de extrema relevância visto tratar-se de uma população cada vez mais em risco e em que se considera que o sono seja um dos fatores mais comprometidos. O presente estudo tem como objetivo caraterizar e avaliar a qualidade do sono em profissionais, em função dos horários de trabalho. A metodologia utilizada é quantitativa e centrou-se na aplicação do questionário IQSP – Índice de Qualidade do Sono de Buysse et al. (1989), adaptado e traduzido para português. O questionário foi aplicado a 50 indivíduos pertencentes à Polícia Marítima, na Zona Norte de Portugal Continental, na maioria (92%) homens com idades compreendidas entre os 36 e os 55 anos. Do total de participantes, 76% (n=38) encontra-se a trabalhar por turnos. A análise dos dados foi efetuada através do Statistical Package for the Social Sciences, versão 22, tendo sido realizadas análises descritivas, inferenciais e correlacionais. Com maior relevância, no presente estudo, conclui-se que não existem diferenças estatisticamente significativas na qualidade do sono entre aqueles que trabalham por turnos e os que têm horário fixo, bem como, que a qualidade do sono também não se diferencia em função da idade, do tempo de profissão e da existência de filhos pequenos. Conclui-se, ainda, que a qualidade do sono parece estar relacionada com a satisfação com o horário de trabalho.

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El interés de esta monografía es evaluar la relación entre el derecho internacional, la guerra y la política exterior a la luz del concepto de lawfare. Esta relación se evalúa a la luz del caso de las relaciones de Nicaragua con sus vecinos. Se analiza y explican las distintas nociones de derecho internacional desarrolladas por las teorías de Relaciones y sus limitaciones; la utilización de la guerra jurídica como estrategia sustitutiva de la guerra material en el caso de Nicaragua. Utilizando el concepto desarrollado por Charles Dunlap, el trabajo busca demostrar que el lawfare explica algunas relaciones entre derecho, guerra, y relaciones internacionales que las teorías clásicas no pueden y, adicionalmente da razón de las acciones de Nicaragua mediante la utilización del Derecho Internacional.

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In The Box surge como una idea de negocio que parte de la observación diaria con base en el ordenamiento del espacio público de la ciudad de Bogotá. La idea principal del proyecto se basa en el uso de espacios públicos que se encuentran de alguna manera en deterioro por parte de la administración distrital, con el fin de transformar estos espacios en lugares que los ciudadanos puedan aprovechar de una forma más adecuada. En este orden, In The Box propone la utilización de dichos espacios (zonas bajas de los puentes vehiculares) con el fin de ofrecer al cliente una experiencia gastronómica diferente, a través de la adaptación de un restaurante en un contenedor de carga marítima que podrá ser localizado en diferentes partes de la ciudad con base en el concepto on the go; Puesto que gran parte de los capitalinos se encuentran inmersos en una ardua rutina laboral la cual no permite en la mayoría de los casos el tiempo suficiente para ir a comer en un restaurante y obliga a acudir al consumo de productos de comida rápida.

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El presente estudio de caso busca examinar la incidencia de las medidas migratorias de control fronterizo implementadas por el Frontex y el gobierno Italiano en las condiciones mínimas de supervivencia de los migrantes irregulares, económicos y solicitantes de asilo en la Isla de Lampedusa, en el periodo 2011-2015. De esta manera, se identifican las medidas migratorias de control fronterizo implementadas por Frontex y el gobierno Italiano. Se examina la situación de la seguridad humana en la crisis migratoria de la Isla, y se analiza la relación entre las medidas migratorias de control fronterizo y las condiciones mínimas de supervivencia de los migrantes. El resultado de la investigación permite plasmar, las consecuencias negativas que han tenido las medidas migratorias en cuanto a las condiciones mínimas de supervivencia, lo que ha desembocado en una crisis humanitaria.

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NEW DATA ON THE CHRONOLOGY OF THE VALE DO FORNO SEDIMENTARY SEQUENCE (LOWER TAGUS RIVER TERRACE STAIRCASE) AND ITS RELEVANCE AS FLUVIAL ARCHIVE OF THE MIDDLE PLEISTOCENE IN WESTERN IBERIA Pedro P. Cunha 1, António A. Martins 2, Jan-Pieter Buylaert 3,4, Andrew S. Murray 4, Luis Raposo 5, Paolo Mozzi 6, Martin Stokes 7 1 MARE - Marine and Environmental Sciences Centre, Department of Earth Sciences, University of Coimbra, Portugal: pcunha@dct.uc.pt 2 MARE - Marine and Environmental Sciences Centre, Dep. Geociências, University of Évora, Portugal; aam@uevora.pt 3 Centre for Nuclear Technologies, Technical University of Denmark, Risø Campus, Denmark; jabu@dtu.dk 4 Nordic Laboratory for Luminescence Dating, Aarhus University, Risø DTU, Denmark; anmu@dtu.dk 5 Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa, Portugal; 3raposos@sapo.pt 6 Department of Geosciences, University of Padova, Italy; paolo.mozzi@unipd.it 7 School of Geography, Earth and Environmental Sciences, University of Plymouth, UK; m.stokes@plymouth.ac.uk The stratigraphic units that record the evolution of the Tagus River in Portugal (study area between Vila Velha de Ródão and Porto Alto villages; Fig. 1) have different sedimentary characteristics and lithic industries (Cunha et al., 2012): - a culminant sedimentary unit (the ancestral Tagus, before the drainage network entrenchment) – SLD13 (+142 to 262 m above river bed – a.r.b.; with probable age ca. 3,6 to 1,8 Ma), without artefacts; - T1 terrace (+84 to 180 m; ca. 1000? to 900 ka), without artefacts; - T2 terrace (+57 to 150 m; top deposits with a probable age ca. 600 ka), without artefacts; - T3 terrace (+43 to 113 m; ca. 460 to 360? ka), without artefacts; - T4 terrace (+26 to 55 m; ca. 335 a 155 ka), Lower Paleolithic (Acheulian) at basal and middle levels but early Middle Paleolithic at top levels; - T5 terrace (+5 to 34 m; 135 to 73 ka), Middle Paleolithic (Mousterian; Levallois technique); - T6 terrace (+3 to 14 m; 62 to 32 ka), late Middle Paleolithic (late Mousterian); - Carregueira Sands (aeolian sands) and colluvium (+3 a ca. 100 m; 32 to 12 ka), Upper Paleolithic to Epipaleolithic; - alluvial plain (+0 to 8 m; ca. 12 ka to present), Mesolithic and more recent industries. The differences in elevation (a.r.b.) of the several terrace staircases results from differential uplift due to active faults. Longitudinal correlation with the terrace levels indicates that a graded profile ca. 200 km long was achieved during terrace formation periods and a strong control by sea base level was determinant for terrace formation. The Neogene sedimentary units constituted the main source of sediments for the fluvial terraces (Fig. 2). Geomorphological mapping, coupled with lithostratigraphy, sedimentology and luminescence dating (quartz-OSL and K-feldspar post-IRIR290) were used in this study focused on the T4 terrace, which comprises a Lower Gravels (LG) unit and an Upper Sand (US) unit. The thick, coarse and dominantly massive gravels of the LG unit indicate deposition by a coarse bed-load braided river, with strong sediment supply, high gradient and fluvial competence, during conditions of rapidly rising sea level. Luminescence dating only provided minimum ages but it is probable that the LG unit corresponds to the earlier part of the MIS9 (ca. 335 to 325 ka), immediately postdating the incision promoted by the very low sea level (reaching ca. -140 m) during MIS10 (362 to 337 ka), a period of relatively cold climate conditions with weak vegetation cover on slopes and low sea level. Fig. 1. Main Portuguese reaches in which the Tagus River can be divided (Lower Tagus Basin): I – from the Spanish border to Arneiro (a general E–W trend, mainly consisting of polygonal segments); II – from Arneiro to Gavião (NE–SW); III – from Gavião to Arripiado (E–W); IV – from Arripiado to Vila Franca de Xira (NNE-SSW); V – from Vila Franca de Xira to the Atlantic shoreline. The faults considered to be the limit of the referred fluvial sectors are: F1 – Ponsul-Arneiro fault (WSW-ENE); F2 – Gavião fault (NW-SE); F3 – Ortiga fault (NW-SE); F4 – Vila Nova da Barquinha fault (W-E); F5 – Arripiado-Chamusca fault (NNE-SSW). 1 – estuary; 2 – terraces; 3 – faults; 4 – Tagus main channel. The main Iberian drainage basins are also represented (inset). The lower and middle parts of the US unit, comprising an alternation of clayish silts with paleosols and minor sands to the east (flood-plain deposits) and sand deposits to the west (channel belt), have a probable age of ca. 325 to 200 ka. This points to formation during MIS9 to MIS7, under conditions of high to medium sea levels and warm to mild conditions. The upper part of the US unit, dominated by sand facies and with OSL ages of ca. 200 to 154 ka, correlates with the early part of the MIS6. During this period, progradation resulted from climate deterioration and relative depletion of vegetation that promoted enhanced sediment production in the catchment, coupled with initiation of sea-level lowering that increased the longitudinal slope. The Vale do Forno and Vale da Atela archaeological sites (Alpiarça, central Portugal) document the earliest human occupation in the Lower Tagus River, well established in geomorphological and environmental terms, within the Middle Pleistocene. The Lower Palaeolithic sites were found on the T4 terrace (+26 m, a.r.b.). The oldest artefacts previously found in the LG unit, display crude bifacial forms that can be attributed to the Acheulian, with a probable age of ca. 335 to 325 ka. The T4 US unit has archaeological sites stratigraphically documenting successive phases of an evolved Acheulian, that probably date ca. 325 to 300 ka. Notably, these Lower Palaeolithic artisans were able to produce tools with different sophistication levels, simply by applying different strategies: more elaborated reduction sequences in case of bifaces and simple reduction sequences to obtain cleavers. Fig. 2. . Simplified geologic map of the Lower Tagus Cenozoic basin, adapted from the Carta Geológica de Portugal, 1/500000, 1992). The study area (comprising the Vale do Forno and Vale de Atela sites) is located on the more upstream sector of the Lower Tagus River reach IV, between Arripiado and Chamusca villages. 1 – alluvium (Holocene); 2 – terraces (Pleistocene); 3 – sands, silts and gravels (Paleogene to Pliocene); 4 – Sintra Massif (Cretaceous); 5 – limestones, marls, silts and sandstones (Mesozoic); 6 – quartzites (Ordovician); 7 – basement (Proterozoic to Palaeozoic); 8 – main fault. The main Portuguese reaches of the Tagus River are identified (I to V). The VF3 site (Milharós), containing a Final Acheulian industry, with fine and elaborated bifaces) found in a stratigraphic level located between the T4 terrace deposits and a colluvium associated with Late Pleistocene aeolian sands (32 to 12 ka), has an age younger than ca. 154 ka but much older than 32 ka. In the study area, the sedimentary units of the T4 terrace seem to record the river response to sea-level changes and climatically-driven fluctuations in sediment supply. REFERENCES Cunha P. P., Almeida N. A. C., Aubry T., Martins A. A., Murray A. S., Buylaert J.-P., Sohbati R., Raposo L., Rocha L., 2012, Records of human occupation from Pleistocene river terrace and aeolian sediments in the Arneiro depression (Lower Tejo River, central eastern Portugal). Geomorphology, vol. 165-166, pp. 78-90.

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Qual o universo de aprendizagens que esteve disponível e se concretizou, num determinado território e durante um certo período? Qual o contributo das instituições escolares e não-escolares para a qualificação de uma determinada comunidade? Que estilos de aprendizagem eventualmente construíram os indivíduos residentes num determinado território e pertencentes a uma comunidade concreta? Foram estas algumas das questões de partida que balizaram o projecto de investigação “Arqueologia das Aprendizagens no Alandroal” – promovido pelo Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia – que está em curso no concelho do Alandroal (um município do sul de Portugal, com 545Km2 de área geográfica, uma população aproximada de 6000 indivíduos e constituído por 6 freguesias) e cujos resultados têm vindo a ser, regularmente, divulgados.

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No período que decorre entre o século XVI e o início do século XIX, com o alargamento e ligação das rotas marítimas registaram-se grandes mudanças na rede do comércio internacional. Nesta conjuntura histórica a “rota marítima da seda” contribuiu para a concretização do intercâmbio e comércio direto entre a China e o Ocidente e para a evolução da cidade de Macau e o gradual aumento da procura de produtos de seda chineses no mercado internacional e da prata vinda da América. Com base nas ligações entre Macau e Manila pretendemos dar um contributo para a compreensão da complexidade e amplitude das redes comerciais que criam um comércio à escala global.

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Resumo As cidades apresentam no seu desenvolvimento características comuns, embora em cada uma se verifique uma entidade intrínseca e determinada por vários fatores, nomeadamente a morfologia e o desenho urbano. Estes são influenciados pelo processo de instalação da cidade, numa determinada época, com uma posição específica no território funcional e num sítio com características topográficas e geográficas, que irão informar a criação das várias dimensões da configuração urbana; económicas; funcionais; sociológicas; estéticas e simbólicos. Temos, assim, cidades com os seus elementos estruturantes distintos: ruas; praças; quarteirões, equipamentos; edifícios singulares e a arquitetura de caracter corrente, que as distinguem. Analisemos o exemplo das cidades de Setúbal e Évora sob estes aspetos e as suas diferentes configurações morfológicas. A cidade de Setúbal instalou-se numa local que lhe assegurou boas condições naturais de defesa, boa exposição solar, proteção dos ventos, facilidade de recursos económicos assentes nas actividades fluvio-marítimos, condições geográficas de comunicação quer por via terrestre, quer por via fluvial e marítima, através do Oceano Atlântico. A urbe, que beneficiou de grande desenvolvimento no período de ocupação romana, terá sofrido, posteriormente, um período de decadência, tendo sido reocupada com a reconquista cristã. A área urbana inicial foi cercada, no séc. XIV, por uma cintura de muralhas. No séc. XVII a construção da segunda estrutura defensiva, abaluartada, circunscreveu também os arrabaldes e conteve a consolidação urbana até ao final ao séc. XIX. Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda hoje o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção remonta à Baixa Idade Média. O desenvolvimento da cidade ocorreu a partir dos eixos que ligavam as principais portas situadas no circuito amuralhado quer o mais antigo que remontava ao período romano-godo quer o seguinte da época medieva, ou o mais recente, o Sistema Vauban do século XVII. O tecido urbano foi-se densificando ao longo dos séculos constatando-se actualmente a existência de espaços urbanos livres no casco histórico de tipologias diversas. No caso de Setúbal o tecido urbano foi sendo formado, com uma forma alongada, sob a orientação de eixos paralelos à linha de costa e o surgimento progressivo de praças, segundo um crescimento orgânico, embora submetido a uma estrutura que seguiu em cada momento os parâmetros organizacionais definidores e geradores da forma urbana. A cidade de Évora teve um desenvolvimento radio-concêntrico que evoluiu prolongando os eixos radiais, interligados através de vias circulares.

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Resumo As cidades apresentam no seu desenvolvimento características comuns, embora em cada uma se verifique uma entidade intrínseca e determinada por vários fatores, nomeadamente a morfologia e o desenho urbano. Estes são influenciados pelo processo de instalação da cidade, numa determinada época, com uma posição específica no território funcional e num sítio com características topográficas e geográficas, que irão informar a criação das várias dimensões da configuração urbana; económicas; funcionais; sociológicas; estéticas e simbólicos. Temos, assim, cidades com os seus elementos estruturantes distintos: ruas; praças; quarteirões, equipamentos; edifícios singulares e a arquitetura de caracter corrente, que as distinguem. Analisemos o exemplo das cidades de Setúbal e Évora sob estes aspetos e as suas diferentes configurações morfológicas. A cidade de Setúbal instalou-se numa local que lhe assegurou boas condições naturais de defesa, boa exposição solar, proteção dos ventos, facilidade de recursos económicos assentes nas actividades fluvio-marítimos, condições geográficas de comunicação quer por via terrestre, quer por via fluvial e marítima, através do Oceano Atlântico. A urbe, que beneficiou de grande desenvolvimento no período de ocupação romana, terá sofrido, posteriormente, um período de decadência, tendo sido reocupada com a reconquista cristã. A área urbana inicial foi cercada, no séc. XIV, por uma cintura de muralhas. No séc. XVII a construção da segunda estrutura defensiva, abaluartada, circunscreveu também os arrabaldes e conteve a consolidação urbana até ao final ao séc. XIX. Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda hoje o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção remonta à Baixa Idade Média. O desenvolvimento da cidade ocorreu a partir dos eixos que ligavam as principais portas situadas no circuito amuralhado quer o mais antigo que remontava ao período romano-godo quer o seguinte da época medieva, ou o mais recente, o Sistema Vauban do século XVII. O tecido urbano foi-se densificando ao longo dos séculos constatando-se actualmente a existência de espaços urbanos livres no casco histórico de tipologias diversas. No caso de Setúbal o tecido urbano foi sendo formado, com uma forma alongada, sob a orientação de eixos paralelos à linha de costa e o surgimento progressivo de praças, segundo um crescimento orgânico, embora submetido a uma estrutura que seguiu em cada momento os parâmetros organizacionais definidores e geradores da forma urbana. A cidade de Évora teve um desenvolvimento radio-concêntrico que evoluiu prolongando os eixos radiais, interligados através de vias circulares.

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CARTOGRAFIA ANTIGA Resumo: A cartografia, ou seja, a ciência de preparar cartas, mapas e planos para os mais variados fins, com diversos níveis de complexidade e informação, baseados em elementos científicos, técnicos e artísticos de extremo apuro, tendo por base os resultados da observação direta ou da análise de documentos, remonta a tempos muito antigos. Conhecem-se cartas ou representações de território ou do mundo que ia sendo descoberto, desde Ptolomeu que os realizou baseado nas referências de viajantes e mercadores, e no material coligido por geógrafos que o antecederam, dados sobre a Europa, Ásia e África. Uma das representações mais remotas que existe é uma reconstituição (de autor não identificado) do mapa de Eratóstenes, de cerca de 220 a.C. O matemático grego e bibliotecário da Alexandria usou os levantamentos do mundo conhecidos, após as conquistas de Alexandre, o Grande. Posteriormente nos mapas-mundo medievais, a Terra não tem forma geográfica, mas geográfica ou anti geográfica -como se poderá observar em Psalter, manuscrito em papel velino, anónimo, 1265). Mais tarde o Planisfério de Cantino (1502), constitui-se como a mais antiga carta náutica portuguesa conhecida, mostrando o resultado das viagens de Vasco da Gama à Índia, Colombo à América Central, Gaspar Corte Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, representando a superfície terrestre em seu conjunto, apresentando os dois hemisférios lado a lado. A época dos descobrimentos, foi para Portugal, altura em que a ciência da cartografia se desenvolveu de forma muito assinalável, sendo de referir inúmeros cartógrafos reais, de entre os quais André Homem, Bartolomeu Velho, Fernando Álvaro Seco, João Teixeira Albernaz, o Moço, João Teixeira Albernaz, o Velho, Lopo Homem, Pedro Reinel, Pedro Teixeira Albernaz, Diogo Ribeiro, entre muitos outros. Os portugueses também se destacaram na produção de portulanos, especialmente no período do Infante D. Henrique e da lendária "Escola de Sagres “. A partir do século XVI a designação de ‘'portulano'' disseminou-se e começou a ser aplicado a qualquer coleção de instruções náuticas, assim como aos mapas que as acompanhavam. A partir do século XIX o termo passou a designar, de forma genérica, as cartas marítimas produzidas até aos fins do século XVI. A cartografia, foi desde sempre um conjunto de documentos fundamentais, para que homens e bens pudessem circular, que as diferentes civilizações, nas mais distantes partes do mundo se conectassem. Como elementos de orientação terrestre ou marítima foram a representação de territórios novos a explorar. Mais ou menos guarnecidos de cor ou representações fantásticas de gentes e animais procuraram transmitir a visão dos homens coevos.

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O Alto Alentejo constitui-se como uma região extensa e muito diversa nas suas paisagens. Essa heterogeneidade ajuda a dfinir uma rede de povoamento que em época romana apresenta grandes variações, desde as áreas plenamente inseridas nos circuitos da romanidade até sub-regiões onde a presença é escassa ou parece preservar uma identidade arcaica. Durante a Antiguidade Tardia os fenómenos de evolução diferenciada acentuam-se: a rede de povoamento sofre uma retracção, abandonando-se as áreas periféricas, e nos territórios mais próximos da capital provincial, Augusta Emerita, e/ou da rede viária que percorre este espaço, criam-se reformulações na arquitectura e vivência das villae. Na passagem do tempo vemos profundas alterações no modo como se vive em meio rural, quer pela presença de novas comunidades, quer também pela implementação do cristianismo que conduz a novas formas de perceber os sítios e o território. Analisam-se as linhas evolutivas neste território, procurando caracterizar os novos perfis de ocupação nos sítios e as alterações na estrutura da rede de povoamento.

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Em 1880, uma parte de uma Europa científica marca encontro em Lisboa, no XV Congresso Internacional de Antropologia e Arqueologia Pré-Histórica, coincidindo com a euforia europeia de nacionalismo, de cientismo e de colonialismo científico. Um Congresso Científico permite olhar para práticas científicas e culturais decorrentes da rede de organização de congresso científicos internacionais, como «parlamentos científicos itinerantes» que mobilizam cidades e Estados. Este focus permite convergir para uma história da ciência em áreas de interface de prática científica: diplomacia e relações internacionais; ciência, cientistas e construção de identidades exibidas e propagandeadas nos programas sociais, nas visitas de turismo, nas sessões de abertura e de encerramento ou de receções festivas. Cada um dos focus de parlamentarismo científico itinerante funcionaram também como instrumentos de construção do publico entendimento da ciência, numa clara afirmação da importância do capital científico da primeira metade do século XX!

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Évora revela, recentemente, noum espólio cerâmico bastante significativo e heterogéneo de cronologia medieval-islâmica. Neste espólio destaca-se uma tigela com uma técnica ornamental até agora nunca documentada na Península Ibérica. Ao expor e discutir os resultados do estudo estilístico e analítico efectuado sobre a peça, revelou-se a originalidade da técnica decorativa, caracterizada por uma cor de base castanho/castanho escuro sobre a qual está desenvolvida uma decoração em verde e branco. Este estudo pretende contribuir para um melhor conhecimento da cerâmica islâmica da Península Ibérica e, subsequentemente, do território português.

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City & Spectacle: a vision of pre-earthquake Lisbon consists of a virtual recrea on of the city of Lis- bon on the eve of the great earthquake of 1 November 1755, giving shape to a laboratory model for research into the city’s history. As its star ng point the project has the virtual recrea on of one the most emblema c of spaces from 18th century Lisbon, the Royal Opera House, which disappeared during the 1755 earthquake. The recrea on of the Opera House was developed in the scope of the commemora- ons of the 250th anniversary of the 1755 catastrophe as an a empt to restore this space of the highest ar s c quality to memory and to return it to the inventory of the Portuguese heritage of architectural history.1 Using Second Life® technology it was possible to put forward a model of both the struc- ture and interiors of the Opera House as well as its anima on combined with a small piece of the opera presented at the inaugura on of the building in April 1755. The public presenta on of this virtual model at the conference 1755: Catástrofe, memória e arte (1755: catastrophe, memory and art), which took place at the Centro de Estudos Compara- stas, Universidade de Lisboa, led to a debate on the study and cri cal analysis of documentary sources and their selec on and applica on on recrea ons using virtual world technology. It also emphasized the need to extend the research on pre-earthquake Lisbon.

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The thesis examines the technical aspects of unglazed molded ceramics from Mértola, in the context of Islamic archaeology of the Iberian Peninsula (Almohad period, end of 12th and the beginning of 13th century). Ceramics of the time period under discussion (12th – 13th century) are understudied, including in what concern to shaping and firing of ceramic vessels, the origin of raw materials used in ceramics and glazes, and decoration methods such as slip painting and/or colored glazes. Moreover, the use of archaeometry tools is rare. Along with providing a general picture of molded ceramic production in Mértola, this work provides a new dimension to the discipline of Islamic ceramic studies by the analytical tool used and demonstrating the importance of archaeological ceramics of the western peripheries to the understanding the production of ceramics and the transmission of knowledge and cultural traditions within the Islamic caliphate. The chemical and mineralogical characterization of 12th/13th century Almohad unglazed molded ware from Mértola was accomplished through multi – analytical approach combining SEM, Powder/uXRD and LA-ICP-MS methods. In this paper unglazed and glazed samples were analyzed but the attention was given to unglazed specimens, while the glazed samples were used for the comparison with the previous group in order to determine possible similarities or dissimilarities, thus providing enough data to discuss about technical aspects and potential provenance; Resumo: A tese debruça-se sobre os aspetos técnicos de cerâmica de molde não-vidrada de Mértola, no contexto da arqueologia islâmica da Península Ibérica (período Almóada, final de XII e início do século XIII). A cerâmica do período em discussão (séculos XII-XIII) é pouco estudada inclusive no que concerne ao fabrico e à cozedura, à de fonte de matérias-primas, na pasta ou nos esmaltes e aos métodos de decoração, como pintura, presença de engobes ou esmaltes. Além disso, o uso de ferramentas de Arqueometria é raro. Para fornecer uma visão geral da produção de cerâmica moldada em Mértola, este trabalho oferece uma nova dimensão para a disciplina de cerâmica islâmicas pelas ferramentas analíticas utilizadas. Demonstrando a importância da cerâmica arqueológica da periferia ocidental para a compreensão da produção cerâmica e a transmissão de conhecimentos e tradições culturais no califado islâmico. A caracterização mineralógica e química das cerâmicas de molde e não-vidrada, Almóada, dos séculos XII-XIII de Mértola foi realizada através de uma abordagem multi-analítica que combina métodos de SEM-EDS, uXRD e LA-ICP-MS. Neste trabalho, as cerâmicas vidradas e não-vidradas foram analisadas conjuntamente, dando mais atenção aos espécimes não vidrados. As amostras de cerâmicas vidradas foram utilizados para a comparação com o grupo anterior, a fim de determinar as possíveis semelhanças ou diferenças, proporcionando, assim, dados suficientes para discutir os aspetos técnicos e o potencial de proveniência das cerâmicas não vidradas