Geo-morfo-evolução de Setúbal e Évora: paralelismos e diversidades


Autoria(s): Tomé, Manuela; Tereno, Maria; Monteiro, Maria
Contribuinte(s)

Rede Lusófona de Morfologia Urbana / Portuguese-language Network of Urban Morphology (PNUM)

Data(s)

30/01/2017

30/01/2017

15/07/2016

Resumo

Resumo As cidades apresentam no seu desenvolvimento características comuns, embora em cada uma se verifique uma entidade intrínseca e determinada por vários fatores, nomeadamente a morfologia e o desenho urbano. Estes são influenciados pelo processo de instalação da cidade, numa determinada época, com uma posição específica no território funcional e num sítio com características topográficas e geográficas, que irão informar a criação das várias dimensões da configuração urbana; económicas; funcionais; sociológicas; estéticas e simbólicos. Temos, assim, cidades com os seus elementos estruturantes distintos: ruas; praças; quarteirões, equipamentos; edifícios singulares e a arquitetura de caracter corrente, que as distinguem. Analisemos o exemplo das cidades de Setúbal e Évora sob estes aspetos e as suas diferentes configurações morfológicas. A cidade de Setúbal instalou-se numa local que lhe assegurou boas condições naturais de defesa, boa exposição solar, proteção dos ventos, facilidade de recursos económicos assentes nas actividades fluvio-marítimos, condições geográficas de comunicação quer por via terrestre, quer por via fluvial e marítima, através do Oceano Atlântico. A urbe, que beneficiou de grande desenvolvimento no período de ocupação romana, terá sofrido, posteriormente, um período de decadência, tendo sido reocupada com a reconquista cristã. A área urbana inicial foi cercada, no séc. XIV, por uma cintura de muralhas. No séc. XVII a construção da segunda estrutura defensiva, abaluartada, circunscreveu também os arrabaldes e conteve a consolidação urbana até ao final ao séc. XIX. Évora é uma urbe que, remontando a data indeterminada, conserva ainda hoje o seu centro histórico circunscrito por um conjunto notável de muralhas cuja construção remonta à Baixa Idade Média. O desenvolvimento da cidade ocorreu a partir dos eixos que ligavam as principais portas situadas no circuito amuralhado quer o mais antigo que remontava ao período romano-godo quer o seguinte da época medieva, ou o mais recente, o Sistema Vauban do século XVII. O tecido urbano foi-se densificando ao longo dos séculos constatando-se actualmente a existência de espaços urbanos livres no casco histórico de tipologias diversas. No caso de Setúbal o tecido urbano foi sendo formado, com uma forma alongada, sob a orientação de eixos paralelos à linha de costa e o surgimento progressivo de praças, segundo um crescimento orgânico, embora submetido a uma estrutura que seguiu em cada momento os parâmetros organizacionais definidores e geradores da forma urbana. A cidade de Évora teve um desenvolvimento radio-concêntrico que evoluiu prolongando os eixos radiais, interligados através de vias circulares.

Identificador

Tome, Manuela, Tereno, Maria, Monteiro, Maria, (2016), Geo-morfo-evolução de Setúbal e Évora: paralelismos e diversidades, . Rede Lusófona de Morfologia Urbana / Portuguese-language Network of Urban Morphology (PNUM).

978-989-99484-6-4

http://hdl.handle.net/10174/20182

manuela.tome@mun-setubal.pt

ceutereno@gmail.com, mcst@uevora.pt

filomena.monteiro@cm-evora.pt

327

Idioma(s)

por

Publicador

Rede Lusófona de Morfologia Urbana / Portuguese-language Network of Urban Morphology (PNUM)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Morfologia urbana; cartografia; desenvolvimento urbano; Setúbal; Évora.
Tipo

article