1000 resultados para representações e práticas sociais
Resumo:
A cannabis permanece como a substância ilícita mais consumida no mundo. Defendida por uns e “diabolizada” por outros, constitui uma das substâncias psicoactivas mais polémicas. Alguns autores destacaram já, a importância do estudo das representações sociais das substâncias psicoactivas. No entanto, desconhecem-se investigações que abordem a representação social desta substância num espaço rural. São objectivos deste estudo: 1) conhecer as representações sociais da cannabis no que diz respeito à substância, ao consumidor e ao contexto da utilização, 2) identificar as diferenças existentes entre utilizadores e não utilizadores desta substância da amostra em estudo. Para concretizar estes objectivos, foi realizado um estudo qualitativo que recorreu a uma dupla abordagem etno-metodológica e fenomenológica. Foram realizadas 30 entrevistas a indivíduos residentes nas duas maiores freguesias do concelho de Góis que, depois de transcritas, foram objecto de análise de conteúdo. No espaço rural considerado, a cannabis é maioritariamente representada como uma “droga”, indutora de uma sensação de mal-estar e causadora de dependência. Para os participantes o utilizador é percebido como detentor de características de personalidade negativas, que o induzem ao consumo. Relativamente ao eixo espacial, o espaço rural, e mais especificamente o concelho de Góis é representado como local de consumo e de produção da cannabis herbácea. Há uma distinção clara entre a representação social dos participantes que não utilizam a substância e os que utilizam. O último grupo representa-a como uma “droga leve”, e mostra-se esclarecido sobre as possíveis consequências da sua utilização. Neste grupo é ainda evidente a valorização da cannabis herbácea, em detrimento dos seus derivados. /
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Este trabalho pretende conhecer as representações sociais de Psiquiatras, Internos de Psiquiatria, Pedopsiquiatras e Psicólogos Clínicos sobre a doença mental em quatro dimensões: (1) conceptual – conceitos de saúde e doença mental, (2) explicativa – causalidade da doença mental (3) interventiva – modelos de intervenção e objetivos da prática clínica, e (4) contextual – influência do contexto na prática clínica. É um estudo qualitativo de carácter exploratório, pontuado epistemologicamente pelo construcionismo social e teoricamente pelo quadro das representações sociais. Participaram 30 profissionais (13 Psicólogos, 10 Psiquiatras, 5 Internos de Psiquiatria e 2 Pedopsiquiatras) aos quais foi aplicada uma entrevista semi-estruturada que foi analisada quanto ao seu conteúdo (através do software NVivo 10). Da análise dos resultados salienta-se que as representações dos profissionais quanto à conceptualização da doença mental são heterogéneas. A saúde mental é equacionada como flexibilidade, adaptação, funcionalidade e bem-estar biopsicossocial do indivíduo. A causalidade atribuída à doença mental assenta no modelo interacionista biopsicossocial. Quanto à intervenção, os participantes utilizam estratégias e modelos de intervenção ecléticos, salientando-se como objetivos a promoção do bem-estar e diminuição do sofrimento, a promoção do funcionamento e autonomia e a “cura”. O contexto institucional surge como comprometedor da liberdade de atuação na prática pública e como facilitador da liberdade de atuação do clínico na prática privada. Conclui-se que a análise individual (disposicional) do comportamento patológico é privilegiada em detrimento da análise contextual (situacional). Implicações do presente estudo para o quadro teórico das representações sociais da doença mental são consideradas. / The present aims to acknowledge the social representations about mental disease of Psychiatrists, Psychiatrist Interns, Child Psychiatrists and Clinical Psychologists. Four dimensions were considered: (1) conceptual - concepts about health and mental disease; (2) descriptive – mental disease causes; (3) intervention – models for clinical intervention and clinical procedures; and (4) context – influence of the context in clinical procedures. A qualitative and exploratory study was developed based, epistemologically, on social constructionism and social representations. Through the course of the research 30 semi-structured interviews were conducted (13 psychologists, 10 psychiatrists, 5 Internal Psychiatry and 2 child psychiatrists) to which it was applied a semi-structured interview. A content analysis of the interviews was performed by NVivo 10. Results showed that the social representations of mental disease are heterogeneous. Mental health is conceptualized according to the flexibility, adaptation, functionality and the biopsychosocial well-being of the individual. The causality of mental disease is explained by the interactionist biopsychosocial model. Professionals mainly adopt eclectic intervention models and strategies in clinical practice. Participants refer that their goals are to promote the well-being, diminish the suffering and promote the functioning, the autonomy and “cure”. The public institutional framework compromises the flexibility in the clinical procedures. Private practices increases the procedural possibilities of the professionals. Concludes that the individual analysis (dispositional) of the pathological behavior is privileged in detriment of the contextual analysis (situational). Implications of this study to the theoretical framework of social representations of mental illness are considered.
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A acreditação de um hospital revela-se um instrumento de extrema importância na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde. Subjacente a este processo, estão inerentes alterações ao nível organizacional e individual. Este artigo tem como objetivo, identificar os efeitos do processo de acreditação nas práticas profissionais dos assistentes sociais em contexto hospitalar. Neste sentido, realizou-se um painel de peritos, com recurso à técnica Delphi, no qual participaram 12 peritos multidisciplinares e internacionais, tendo sido conseguida obtenção de consenso em três rondas. Dos resultados obtidos emergiram consensos que permite considerar cinco dimensões de ação relevantes face aos efeitos da acreditação nas práticas profissionais dos assistentes sociais, quanto: 1) especificidades da prática; 2) interação de equipas; 3) eficácia profissional; 4) avaliação e monitorização; 5) ganhos em saúde. São dimensões que correspondem a mudanças e que sugerem uma linha de ação que é influenciada, e determinada pelo processo de acreditação no desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua da qualidade da actividade do Serviço Social e do agir profissional. Os resultados obtidos evidenciam que um processo de acreditação tem efeitos diretos e positivos nas práticas dos assistentes sociais.
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Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti para obtenção do grau de Mestre em Intervenção Comunitária, especialização em Contextos de risco.
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As crianças são muito sensíveis a qualquer mudança no meio familiar ou social. O modo como apreendem, vivenciam e exprimem emoções ou sentimentos, em interacção com o meio - pais, professores e colegas determina, em muito, o seu desenvolvimento, nomeadamente a nível cognitivo, emocional e social. Nesta investigação averiguámos as representações sociais dos sentimentos, em particular da alegria e da tristeza, entre crianças com 5 e 6 anos, de ambos os sexos, que frequentam Jardins de Infância em Lisboa. Enquadrámos teoricamente a investigação na teoria das Representações Sociais (e.g. Moscovici,1976). Os dados foram recolhidos através de desenhos e por associação livre de palavras, a questões colocadas individualmente às crianças, e tratados através de AFO. Os resultados revelaram bastante acerca dos sentimentos das crianças, o que também nos estimula a reflectir sobre o modo mais cuidado para actuar com elas, contribuindo para o seu bem-estar psíquico e social, e aprendizagem. ABSTRACT; Children are deeply sensitive to any change in the family or social environment. The way in which they perceive, experience, and express emotions or feelings when interacting with the environment - parents, teachers, and fellow students - largely determines their development namely on a cognitive, emotional and social level. This research examines the social representations of feelings, particularly of joy and sadness, among children aged 5 and 6 years old, of the both sexes, and attending Kindergartens in Lisbon. On a theoretical perspective, the empirical research is framed on the Social Representations theory (e.g., Moscovici,1976). The data was gathered using drawings and free association, from questions individually made to the children, and examined through FCA2. The results showed quite a lot about the feelings of the children, which also leads us to reflect on the most careful way to act with them, as to contribute to their psychic and social well being, as well as their learning
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Mestrado, Ensino de História e de Geografia no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário, 27 de Junho de 2016, Universidade dos Açores (Relatório de Estágio).
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Neste estudo exploratório procurouse identificar as representações sociais que jovens universitários elaboram sobre a aids e a percepção de risco em relação à infecção pelo HIV. Utilizou-se um instrumento de evocação que se baseia na associação livre de ideias, partindo-se do termo indutor aids. Participaram da pesquisa 201 estudantes, de ambos os sexos, matriculados em diferentes cursos de uma universidade pública. Os dados foram analisados pelo programa de computação EVOC. Os resultados indicaram que os universitários construíram um saber sobre a aids ancorado no conhecimento médico-científico sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida. Sexo, morte e doença foram as palavras mais evocadas que, junto a medo, constituem o provável núcleo organizador das representações acerca da aids. Crenças e preconceito relacionados a grupos estigmatizados e a comportamentos considerados desviantes não apareceram nas associações dos universitários. Percebem-se como vulneráveis à infecção identificando comportamentos de risco em toda a população, inclusive no grupo interno. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT
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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Música, Programa de Pós-graduação em Música, 2015.
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Dissertação de mest. em Observação e Análise da Relação Educativa, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2005
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O objetivo deste estudo é analisar as representações sociais do envelhecimento ativo, procurando detetar os impactos das conceções diferenciadas de homens e mulheres idosos. Foi desenvolvido um estudo de coorte transversal. Foram inquiridas 123 pessoas idosas (M=76,84; DP=8,46). Utilizámos para aceder às evocações sobre o envelhecimento ativo a Técnica de Associação Livre de Palavras. As representações que emergiram com maior frequência foram a “família”, “passeio”, “convívio” e “saúde”. Foi possível destacar diferenças na representação social do envelhecimento ativo a partir de um olhar genderizado. Das evocações exclusivas do sexo masculino a evocação proeminente ancora no “desporto”, enquanto no sexo feminino a “atividade doméstica” predomina. Ambos os sexos elegeram a “família” como evocação proeminente na representação social do envelhecimento ativo. As mulheres, refletindo os papéis que desempenharam ao longo da sua vida parecem assumir que um envelhecimento ativo representa a execução das tarefas que sempre fizeram, centrando-se muitas das suas evocações em conteúdos de cariz familista, onde o papel de cuidadoras se destaca. As atividades de carácter instrumental e associadas à esfera privada, como as tarefas domésticas emergem com maior proeminência. No caso dos homens, a componente familista é também evocada, emergindo concomitantemente atividades de lazer.
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É hoje amplamente reconhecida na literatura de especialidade a importância da leitura, no âmbito de uma reconstrução em pleno de um exercício de cidadania que se (re)quer crescentemente multidimensional. No que respeita aos estudantes do ensino superior, aumentam hodiernamente os desdobramentos da leitura, cruzando-se no seu quotidiano e na escola, em práticas cujas diversidade e funcionalidade adquirem considerável relevância. Nesse sentido, neste estudo procuramos indagar que representações sobre a leitura evidenciam estudantes futuros profissionais da Educação a frequentar um 1.º ciclo de estudos de Bolonha sobre: i) a sua motivação para a leitura; ii) o seu desempenho em compreensão na leitura; iii) os fatores que os influenciam; iv) estratégias didáticas orientadas para a motivação para a leitura e o desenvolvimento da compreensão na leitura no seu futuro público. Adicionalmente refletimos sobre as possíveis repercussões de tais representações nas suas práticas educativas futuras centradas: i) na motivação do seu futuro público para a leitura; ii) no desempenho da compreensão na leitura nesse mesmo público. Face aos objetivos delineados, considerámos adequada uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico o estudo de caso. Os participantes neste estudo foram 53 estudantes inscritos na unidade curricular de Iniciação à Leitura e à Escrita que integra o plano de estudos da licenciatura em Educação Básica na Escola Superior de Educação de Viseu (3.º ano, 1.º semestre do ano letivo 2012/2013). Foram utilizados os seguintes instrumentos de recolha e análise dos dados: um inquérito por questionário; duas reflexões escritas individuais; um depoimento escrito individual sobre o processo de seleção de um álbum/obra e um relatório escrito final com uma componente coletiva e outra individual. Concluímos que as representações sobre a leitura evidenciadas por estes estudantes eram um constructo complexo e multidimensional, existindo múltiplos fatores que as influenciariam. Tais representações teriam repercussões no modo como os estudantes encaravam as suas futuras práticas educativas e o seu futuro público. Face ao interesse de que se revestem representações sobre a leitura dos estudantes futuros profissionais da Educação, pela sua responsabilidade na formação de leitores, importará realizar mais estudos que permitam (re)descobrir a sua possível riqueza e diversidade.
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Numa época pautada por desafios comunicacionais de elevada exigência, as práticas de leitura e de escrita assumem particular relevância. Os futuros profissionais da Educação Social, dado o pendor educacional e comunicacional de que se revestirá a sua atividade, terão de ler e escrever de forma proficiente. Deste modo, o propósito deste estudo é identificar e compreender os principais aspetos que caracterizam as representações dos estudantes futuros profissionais da Educação Social sobre a importância da leitura e da escrita, relativamente ao seu futuro labor. Considerou-se adequada uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico o estudo de caso. Participaram 105 estudantes do 1.º ano do curso de Educação Social, inscritos na unidade curricular de Técnicas de Produção de Texto, no 1.º semestre de 2014/2015 e de 2015/2016. Foram analisadas 210 reflexões individuais realizadas no início e no final da unidade curricular. Concluiu-se que os estudantes atribuíam considerável relevância à leitura e à escrita para o seu futuro profissional, tendo sido possível compreender que as suas representações se caracterizavam por alguma diversidade, destacando-se o «desenvolvimento profissional», a «comunicação interpessoal» e o «desenvolvimento de técnicas de produção de texto». Inferiu-se igualmente a necessidade de realizar mais estudos que possibilitem aprofundar o conhecimento sobre a relevância da leitura e da escrita para os futuros profissionais da Educação Social, de modo a que a formação destes estudantes se possa adequar aos desafios crescentes que os aguardam.
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Este capitulo resulta de um trabalho de investigação em sociologia que tem como principal objetivo conhecer e compreender quais representações sociais dos adultos desempregados, relativamente ao processo formativo em que estão inseridos. Trata-se de um trabalho que pretende descodificar quais as representações sociais que os adultos em formação (50-60 anos de idade) têm sobre o regresso a uma sala de aula (aqui entendida como a sala de formação), após vários anos afastados do ensino. Sendo as representações sociais, categorias do campo das opiniões, crenças, valores que os indivíduos atribuem a um determinado objeto, pretende-se com a investigação descodificar os percursos socioprofissionais antes da integração na formação profissional, identificar as representações sociais dos indivíduos sobre a ação profissional de formação que frequentam, (antes do ingresso e durante), compreendendo assim quais são, e como se formam, as representações sociais. Todavia, a abordagem que se desenvolveu recorre às representações sociais enquanto categoria sociológica, através da qual se pretendem desmontar conceitos da sociologia em geral, e da sociologia da educação e das profissões em particular.
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Esta produção textual tem como objetivo apresentar o projeto de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Paraná, Brasil, em nível de doutorado, o qual envolve em sua abordagem as áreas de geografia, de turismo e a teoria das representações sociais. Através de uma abordagem metodológica que se utiliza de alguns aspectos da dialética enquanto método e de alguns princípios da teoria das representações sociais, utiliza como metodologia a aplicação de roteiro estruturado de entrevista e questionário. Este projeto de pesquisa se desenvolve no município da Lapa-PR, Brasil, e encontra-se em sua fase final. Os resultados almejados por este projeto envolvem a compreensão do espaço e do espaço turístico enquanto espaço social.