973 resultados para Semántica distribucional
Resumo:
Neste trabalho se esboça uma critica às concepções correntes nos estudos da frase, apontando-se as dificuldades de delimitação dos componentes, as inadequações dos níveis estruturais e as controvérsias de questões como criatividade, primazia da sintaxe e universalidade. Descarta-se a identificação das estruturas conceptuais com as representações semânticas, ressaltando-se o papel da codificação na determinação da forma em que as estruturas conceptuais devem ser moldadas na manifestação lingüística. Enfim, destaca-se a relevância da perspectiva na estruturação da frase e a semântica como componente básico da gramática.
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Este trabalho pretende estudar as figuras de pensamento da retórica clássica como uma das estratégias empregadas pelo enunciador para persuadir o enunciatário, para fazê-lo crer em seu discurso. Essas figuras retóricas dividem-se em dois grupos: as que se constroem a partir de procedimentos da sintaxe discursiva e as que se produzem a partir de mecanismos da semântica discursiva. As primeiras têm sua origem num desacordo entre as instâncias do enunciado e da enunciação, quando, por exemplo, se afirma algo no enunciado e se nega na enunciação, enquanto as segundas resultam de uma combinação, na sucessividade do sintagma, de figuras do discurso em disjunção. Com as figuras de pensamento, o enunciador diz sem ter dito, simula moderação para dizer de maneira enfática, finge ênfase para afirmar de maneira atenuada, apresenta uma nova combinação de figuras do discurso para levar o enunciatário a assumir o que lhe está sendo comunicado.
Resumo:
Este trabalho pretende fornecer uma classificação tipológica da ambigüidade, enquanto recurso expressivo, e, ao mesmo tempo, examinar seus efeitos de sentido para a ação perlocutória de persuasão, presente, seja implícita seja explicitamente, na mensagem verbal da publicidade.
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Estuda-se aqui a teoria da Lingüística Geral, fundada por Ferdinand de Saussure(FS) como uma teoria não-representacional do signo e da significação, contrária, portanto, àSemântica da palavra isolada e do referente-coisa, que lhe tem sido indevidamente atribuída porcausa da introdução, no CLG, do célebre diagrama do signo-árvore, que não é dele, mas doseditors do livro, Ch. Bally e A. Sechéhaye. Mostra-se que FS é um pioneiro das teorias contextuaisda significação, uma das quais é esboçada no CLG.
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Trata-se de uma proposta de análise de derivação sufixai em português, que se contrapõe ao tratamento dado pelas gramáticas tradicionais. São estudados três casos considerados exemplares, em função de sua afinidade semântica, de acordo com a classe e subclasse de palavras a que se aplica cada sufixo, ordem e posição na estrutura da palavra, produtividade e valores semânticos. Verifica-se que a escolha entre um e outro sufixo não é aleatória, mas motivada pela necessidade argumentativa.
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A recessividade é entendida como um traço que leva a frase a perde um argumento. É proposta uma divisão das construções recessivas, diversa da de Tesnière, além de se considerar uma maior variedade de processos, quais sejam: a recessividade por intrasitivação, a recessividade pronominalização e a recessividade por lexicalização.
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O trabalho procura conceituar homonímia e poüssemia, do ponto de vista sincrônico, reunindo as orientações de Mattoso Câmara Jr. e B. Pottier. E quer mostrar a confluência de ambos os fatos para a ambigüidade da frase, como riqueza de expressão em diversos textos, de cunho literário e popular.
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Este trabalho descreve a classe dos Pronomes Relativos em Português, considerando o papel dos mesmos na organização sintático-semântica do texto. A descrição procura privilegiar aspectos semânticos e critérios desses pronomes como elementos de coesão na configuração textual.
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O trabalho apresenta uma descrição sintático-semàntica das principais estruturas derivadas das frases dinâmicas do português escrito contemporâneo do Brasil, e discute os vários processos e circunstâncias em que se realizam as derivações.
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Neste artigo tentamos mostrar que a distinção semântica entre orações restritivas e não restritivas do português culto do Brasil tem uma contraparte sintática: as primeiras são constituintes internos de um SN, enquanto as últimas ocupam uma posição de adjunção. Todos os relativizadores são pronomes, exceto que, o qual pode classificar-se como uma partícula altamente pronominal.
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Discutem-se os problemas relativos à delimitação dos sentidos dos itens lexicais num dicionário, bem como o tratamento lexicográfico que deve ser dado às palavras que servem como cabeça de definição, tais como ciência, arte e técnica.
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O estudo se propõe a esclarecer os mecanismos responsáveis pela organização semântica do léxico do futebol. Apóia-se na teoria semântica estruturalista (Greimas, Pottier). Gomo primeiro passo, delimita-se a área do trabalho e a escolha recai no domínio lexical definido pelo núcleo CAMPO-JOGO-TIME. Discutem-se, também, os conceitos próprios da linguagem futebolística (espaço- posição-função). O confronto dos dados leva a identificar e a descrever quatro processos lexicais coesivos. O mais significativo é o da espacialidade específica, não só por mobilizar a maioria das lexias, mas ainda por gerar sinestesias e conotações - o segundo processo lexical em importância.
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A criação neológica estilística enfeixa a criatividade lexical e a neologia semântica. A neologia de sentido consiste no emprego de um significante já existente na língua c om um conteúdo que ele não possuía, ou porque o conteúdo é novo ou porque, até aquele momento, era expresso por outro significante. No texto literário, uma criação resultante desse tipo de procedimento tende a não se repetir. É o que chamamos de neologia semântica estilística. Nessa operação, a estrutura da frase tem função básica, pois, no mínimo, é necessário um sintagma para que surja novo sentido. A partir de algumas relações sintagmáticas, estudamos certos modos de manifestação da neologia semântica em Grande sertão: veredas.
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As duas primeiras seções deste artigo tratam de nomes que ocupam a segunda posição em grupos N1 N2 do português do Brasil. Investigamos um corpus de 224 ocorrências extraídas de amostras de literatura romanesca, jornalística, dramática, técnica e oratória. O objetivo era uma proposta de tratamento lexicográfico para tais nomes num dicionário de usos do português. Tentamos responder a questões sobre a classificação e as funções de N2, com base nas seguintes características: função qualificadora; possibilidade de gradação; coordenação com adjetivos; ausência de função temática; concordância. Utilizando essas propriedades, estabelecemos uma hierarquia para a classificação de N2: os que exibem a maior parte das propriedades acima seriam classificados como adjetivos; os demais mantêm o estatuto de substantivo. Na terceira seção discutimos a análise de 372 nomes do inglês (extraídos de jornais e revistas), de acordo com os mesmos critérios, e concluímos que, embora a maioria dos substantivos adnominais do inglês não possa ser classificada como adjetivo, alguns substantivos qualificadores sofrem a conversão. Os adjetivos não predicativos, porém, nunca mudam de categoria. A comparação entre o inglês e o português, na seção 4, mostra que o comportamento dos nomes não predicativos difere quantitativamente, mas não qualitativamente, nas duas línguas.
Resumo:
Este artigo tem por objetivo estudar o formativo tele-, mostrando os sentidos adquiridos por esse elemento grego ao penetrar na língua geral. A descrição constará de uma parte histórica em que se demonstrará a evolução semântica do referido afixo em algumas obras lexicográficas desde o fim do século passado. Em seguida, utilizando um corpus constituído de expressões extraídas da publicidade, é analisado o comportamento atual de tele- com suas variantes neológicas.