1000 resultados para Igreja e Educação Brasil
Resumo:
A histrica engenharia de explorao e subjugao do trabalho negro no Brasil configurou um circuito de desigualdades sociais reincidente. Esse quadro se mostra claro nos limites estruturais impostos s possibilidades de ascenso social de afrodescendentes ainda hoje verificadas. Este trabalho pretende refletir sobre trajetrias de docentes negros de universidades pblicas brasileiras, procurando perceber como a educação aparece instrumentalizada nestes discursos, tensionada entre a busca consciente de superao da condio histrica, os limites socioestruturais da desigualdade formal e simblica, e a representao de si na composio do mrito. A anlise desenvolve-se, mobilizando produes sociolgicas acerca da relao entre educação, raa e ascenso social, a partir da anlise das estratgias e dos caminhos encontrados pelos sujeitos para enfrentar condies institucionalizadas de preconceito
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O texto discute a repercusso das polticas educacionais em vigncia no Brasil nas concepes de escola e de conhecimento escolar e sua incidncia na constituio de desigualdades educativas na sociedade. utilizada a metodologia da anlise de contedo de documentos oficiais e oficiosos do Banco Mundial e do Ministrio da Educação, visando a identificar polticas para a escola e orientaes curriculares, as quais estariam levando desfigurao das funes emancipadoras do conhecimento escolar. O texto defende o acesso aos conhecimentos culturais e cientficos como meio de promoo e ampliao do desenvolvimento dos processos psquicos superiores dos alunos, em estreita articulao com suas prticas socioculturais e institucionais, e como condio de superao das desigualdades educativas.
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Este artigo ressalta a importncia da capacitao de bibliotecrios, profissionais da informao, por meio da educação aberta e a distncia (EAD) mediada por computador, sendo estes videntes ou pessoas com necessidades educacionais especiais (PNEEs) com limitao visual. Apresenta o curso Bibliotec II, realizado pelo DCI/Fabico/UFRGS, ministrado para bibliotecrios e com a participao de dois profissionais PNEEs com limitao visual. Aborda temas relacionados biblioteca escolar, educação, acessibilidade e incluso social, digital e profissional das PNEEs, e o bibliotecrio como educador, sendo um mediador, junto com os professores e os alunos, no uso das TICs, nos processos de interao, colaborao, cooperao em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs).
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[spa] Esta publicacin recoge los trabajos presentados en las III Jornadas de Historias de Vida en Educacin La construccin del conocimiento a partir de las historias de vida, celebradas en la Facultad de Psicologa y Ciencias de la Educacin de la Universidad de Porto en los das 8 y 9 de noviembre 2012, y organizadas por el Centro de Investigacin e Intervencin Educativas.En las diferentes contribuciones se profundiza la reflexin sobre el uso de las historias de vida en educacin como proceso de investigacin y de construccin de conocimiento insustituible, especfico y pertinente para la formacin y mejora de los docentes y los investigadores y para explorar relaciones y procedimientos particulares derivados de cada ejemplo presentadoEsta publicacin ofrece un retrato del debate que tuvo lugar en la Universidad de Porto y da muestras de la vitalidad de esa comunidad que integra docentes e investigadores universitarios y estudiantes de master y doctorado de Espaa, Portugal, Mxico, Chile, Suiza, Argentina y Brasil.
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Este trabalho enfoca o sistema educativo das graduaes em Medicina e Enfermagem, considerando o perodo de 1995 a 2003. Apresenta as principais caractersticas dessas graduaes no Brasil - oferta de cursos, de vagas e quantidade de egressos segundo dependncia administrativa das instituies (pblica, privada) e sua distribuio geogrfica -, a partir de dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep), do Ministrio da Educação. Os resultados obtidos assinalam distores na distribuio da oferta dessas graduaes, podendo servir como subsdios para as instncias gestoras do Sistema nico de Sade na formulao e implementao de uma poltica de recursos humanos condizente com os princpios e diretrizes desse sistema, direcionada formao de profissionais competentes tecnicamente e comprometidos com a resoluo das demandas e necessidades de sade da populao.
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Este trabalho foi realizado com o objetivo de oferecer aos estudantes de graduao em Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) a vivncia de aes de sade pblica, segundo princpios do Sistema nico de Sade (SUS), por meio da elaborao de um projeto coletivo de promoo da sade ocular de crianas de 0 a 7 anos. Para isto, foi aplicado um questionrio para levantar as necessidades em relao sade ocular em uma amostra da populao usuria do Centro de Sade Jardim Santa Mnica em Campinas (SP), em 2003. Nele, percebeu-se a falta de informaes sobre cuidados bsicos com os olhos e de recursos e qualificao profissional para diagnstico e tratamento, bem como o desconhecimento dos direitos sade e a ausncia de medidas preventivas, principalmente para crianas. Foi desenvolvido, ento, um projeto de ao e aprendizado com alunos, professores, agentes comunitrios de sade e auxiliares de uma creche do bairro, formando uma equipe de trabalho. Foram realizadas oficinas com essa equipe, na perspectiva da promoo e proteo da sade ocular. Para a sustentabilidade do projeto, o planejamento previu a criao de um banco de culos para a doao de armaes e garantia da confeco para as pessoas com dificuldades financeiras. A experincia da construo e da aplicao do projeto permitiu o conhecimento, na prtica, da organizao dos servios e a dinmica do sistema de sade, inclusive para compreender alguns limites e sugerir polticas pblicas de sade ocular que correspondam s necessidades da populao, apontando-se o papel do mdico no desencadeamento de um trabalho coletivo de compartilhamento de saberes e responsabilidades.
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OBJETIVO: Avaliar os juramentos mdicos (JM) utilizados nas faculdades de Medicina do Brasil. MTODOS: Estudo descritivo, incluindo as escolas mdicas brasileiras com turmas formadas at 2004. Foi enviado um questionrio aos responsveis por cada faculdade, em trs diferentes tentativas de contato, por correio convencional, telefone, fax e correio eletrnico. RESULTADOS: De um total de 96 faculdades, 48 (51,1%) responderam ao questionrio, sendo 25 destas (52,1%) pblicas. Todas as escolas utilizavam algum tipo de juramento durante o curso. Quanto ao texto utilizado: 44 faculdades (91,7%) utilizavam o Juramento de Hipcrates (JH), trechos ou modificaes deste. Trinta e oito respostas (79,2%) continham o juramento na ntegra, que foram analisados quanto ao contedo. Os temas mais citados foram os princpios da beneficncia e no-maleficncia (94,7%) e o segredo mdico (97,4%). Somente um juramento citava autonomia dos pacientes, e nenhum o princpio da justia. CONCLUSES: A utilizao de JM amplamente difundida nas escolas mdicas brasileiras, mas, ao contrrio do que visto em outros pases, os textos utilizados ainda so baseados, em sua grande maioria, no JH e no abordam temas atuais importantes para a tica mdica e biotica.
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O pronturio do paciente ou do cliente, tambm denominado pronturio mdico, um elemento fundamental ao bom atendimento e um instrumento de educação permanente e de pesquisa, entre outras finalidades de gerenciamento hospitalar. Neste estudo, foram avaliados os modelos de pronturio utilizados em 77 (73,3%) dos 105 hospitais filiados Associao Brasileira de Hospitais Universitrios e de Ensino (Abrahue), sendo estudados pela estimativa de escores para vrios de seus itens ou de partes referentes histria clnica e evoluo do paciente. O tipo predominante dos pronturios (92,2%; n = 71) era em suporte de papel e nenhum no formato eletrnico. Comparados aos pronturios dos hospitais filantrpicos (n = 23), os dos pblicos (n = 54) alcanaram maiores escores (p < 0,05), mas em ambos a totalidade dos itens estudados teve baixa pontuao. Nos itens componentes da anamnese, por exemplo, enquanto o escore mximo esperado era 22, a mdia foi 4,3 (± 3,7), com limites de 0 e 15 e mediana de 4. Em concluso, alm da reduzida qualidade da maioria dos pronturios estudados, a quase totalidade ainda no incorporou as modernas tecnologias disponibilizadas pela cincia da informao.
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O objetivo deste trabalho avaliar as caractersticas dos Processos tico-Profissionais (PEP) com denncia de infrao por erro mdico e discutir a importncia da educação mdica na sua preveno. O principal artigo do Cdigo de tica Mdica que caracteriza o erro mdico o artigo 29. Trata-se de um estudo descritivo em que foi feita uma reviso de todos os PEP julgados no Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) de 2000 a 2004. Dos 372 mdicos processados no Cremeb no perodo, 42,7% (n = 159) foram denunciados no artigo 29. Destes, a maioria (78,6%) era do gnero masculino, e a idade mdia era de 44 anos. As especialidades mais freqentes foram: Ginecologia-Obstetrcia (24,8%), Cirurgia Geral (9,4%) e Anestesia (7,4%). A maioria das denncias de erro mdico se deu em atendimento pblico (80,1%, n = 109) e relacionada a atos cirrgicos (66%, n = 97). Foi identificada negligncia em 67,3% (n = 107) das denncias, imprudncia em 23,3% (n = 37) e impercia em 8,8% (n = 14). Apenas 23,9% (n = 38) foram considerados culpados, enquanto 31,4% (n = 50) foram absolvidos por falta de provas e 44% (n = 70) por comprovada inocncia. Conclui-se que o erro mdico uma freqente causa de denncias contra mdicos no Cremeb, sendo a maioria por negligncia, o que justifica a necessidade de discutir e valorizar este tema cada vez mais na graduao mdica.
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Trata-se de um ensaio sobre a diferena entre ensinar e educar na rea da sade. A partir de alguns casos de esquistossomose em adolescentes de Campinas, assistidos pelo autor no prprio servio em que desempenha tarefas de docente e assistente na rea de Pediatria, discute-se o modo como esta doena vem sendo abordada nos ltimos 50 anos, sempre numa perspectiva educacional, isto , mais complexa e ampla. A partir deste debate, podem-se encaminhar reflexes e crticas sobre o modelo de ensino-assistncia na rea da sade no Brasil nas ltimas dcadas, apesar das novas diretrizes curriculares. Questionam-se as diferenas entre a esquistossomose no Brasil na dcada de 1960 e no incio do sculo 21, considerando, em cada perodo, a populao, a migrao, as condies de vida da populao, as teraputicas, etc. Tambm se interroga sobre qual tem sido o papel da educação multidisciplinar na mudana deste quadro. Apontam-se algumas direes, para discusso e reflexo, sobre estratgias de ensino na rea da sade.
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Faz-se uma reviso no exaustiva da evoluo do ensino mdico no Brasil desde sua origem, passando pelas inmeras reformas praticadas, que buscam melhorar a formao tcnica dos estudantes. Chama-se a ateno para o fato de nessas reformas nunca terem sido referidas questes como o bem-estar e a sade mental dos alunos. O curso de Medicina sempre foi considerado estressante, mas a preocupao com esse aspecto recente na histria. Alguns estudos tentam identificar a fase do curso mais estressante, e a maioria indica a primeira srie do ciclo clnico. Outros tentam apontar os fatores mais responsveis pelo estresse, buscando-os nas caractersticas dos alunos e do curso. So apontados os diagnsticos mais frequentes citados na literatura e sugestes para minimizar esse processo no mbito das escolas mdicas.
A humanizao e a formao mdica na perspectiva dos estudantes de medicina da UFRN - Natal - RN - Brasil
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Este estudo, por meio de uma abordagem qualitativa, busca compreender a percepo dos estudantes de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) acerca da humanizao no contexto da formao mdica. Foi utilizada a tcnica de grupo focal, envolvendo uma equipe multidisciplinar com profissionais das reas de antropologia, psicologia e medicina, que estudou dois grupos de nove estudantes do ltimo ano do curso. Os dados foram analisados pela tcnica de anlise de contedo temtica categorial, da qual emergiram trs categorias: relao estudante-paciente, ensino-aprendizagem e relao estudante-professor. A primeira categoria permite identificar que a experincia do contato do estudante com o paciente essencial construo de uma identidade profissional humanizada. Em relao segunda categoria, percebe-se que professores sem capacitao nas prticas pedaggicas, inerentes profisso de professor, e a dicotomia teoria-prtica dificultam a formao autnoma do conhecimento e uma viso integral do indivduo. Da terceira categoria emergiram duas subcategorias antagnicas (professor-modelo e relaes assimtricas), que refletem a importncia da postura tico-humanista do professor em detrimento de uma atitude autoritria para a construo da identidade profissional do estudante. Esses dados apontam aspectos da formao mdica que podem respaldar uma discusso acerca da humanizao no contexto das novas diretrizes curriculares.
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Com a intensa produo e veiculao de informaes cientficas, tornou-se difcil para o profissional mdico manter-se atualizado com os recursos habituais. A necessidade de conhecer e de participar de processos de formao continuada se impe. Entre outras iniciativas, a Associao Mdica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina lanaram o Programa Nacional de Educação Continuada a Distncia para mdicos, buscando divulgar o conhecimento produzido nos grandes centros para profissionais de reas mais remotas ou com reduzida disponibilidade de tempo. Tendo como pressu posto que a Sociedade do Conhecimento requer a formao inicial e continuada de profissionais e de cidados com um novo conjunto de competncias para atuar com eficincia e responsabilidade, esses programas devem ser desenvolvidos com base em abordagens pedaggicas que efetivamente valorizem, alm dos contedos de ensino, a disposio para a pesquisa, a autonomia na busca da informao, o esprito colaborativo e a postura tica, entre outras. No intuito de contribuir para essa reflexo, este texto tem por objetivos retomar o processo de formalizao da educação mdica continuada a distncia no Brasil em termos didtico-pedaggicos e analisar perspectivas dessas aes educativas.
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OBJETIVO: Identificar questes emocionais subjetivas da consulta ginecolgica que possam interferir na relao mdico-paciente e motivar a necessidade de ampliar a formao pessoal como uma atividade complementar. MTODO: Foi realizado um estudo clnico-qualitativo de pesquisa, por meio da tcnica de entrevista semidirigida de questes abertas. Estas foram submetidas tcnica de anlise temtica de contedo e elaborao de categorias de anlise embasadas no referencial psicodinmico. Foi constituda uma amostra intencional com oito mdicos ginecologistas da Regio Sudeste do Brasil. RESULTADOS: A anlise das entrevistas originou duas categorias temticas sobre a relao mdico-paciente: a consulta mdica como "um encontro afetivo-profissional" e como "um momento de reflexo pessoal". Observou-se que a interao mdico-paciente exerce importante papel na satisfao do exerccio profissional, contribuindo para que o mdico reflita sobre suas questes pessoais. Houve uma demanda por ensinamentos complementares que pudessem dar continncia aos sentimentos internos mobilizados a partir da relao com a paciente. H momentos de maior vulnerabilidade do mdico, e o incio da prtica clnica considerado um dos momentos marcantes de transio. CONCLUSO: Os entrevistados evidenciaram mltiplos aspectos que apontam uma forte mobilizao de questes emocionais a partir do contato com as pacientes no ambiente da consulta mdica. Limitaes da educação mdico-acadmica dos ginecologistas entrevistados levaram busca de complementao de sua formao pessoal, eventualmente incluindo suporte psicoterpico.
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O Programa Sade da Famlia (PSF) constitui, desde a sua implantao em 1994, a principal estratgia para a reestruturao da Ateno Bsica em Sade no Brasil, sendo a atuao do Mdico de Famlia e Comunidade (MFC) fundamental para o sucesso do programa. Este estudo descreve a distribuio geogrfica dos vnculos de trabalho em MFC no Brasil, presentes no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade, e sua relao com o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), coeficiente de mortalidade infantil, anos de estudo, PIB e rendimento mensal em 2004. Trata-se de estudo ecolgico, com apresentao geogrfica dos indicadores em relao s microrregies brasileiras. Os coeficientes de correlao entre os vnculos de trabalho e o coeficiente de mortalidade infantil, o IDH e o PIB foram 0,17, 0,18 e 0,74, respectivamente. Presentes na quase totalidade das microrregies, em menos de 12% delas havia trs ou mais vnculos descritos, conforme preconiza o PSF. Aps dez anos de implantao da Estratgia de Sade na Famlia no Brasil, a distribuio dos vnculos em MFC ainda era irregular e, na maioria das microrregies, insuficiente.