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Resumo:
São escassas as informações sobre o papel da mobilidade populacional na manutenção da leishmaniose tegumentar americana no estado do Paraná. Avalia-se a mobilidade populacional como fator de risco para esta endemia em três mesorregiões do Paraná, utilizando dados gerados na Universidade Estadual de Maringá, no período de 1987 a 2004. Foram notificados 1.933 casos, predominando os casos migrantes (54,4%). Os municípios com maior número de casos notificados foram Maringá (358), Doutor Camargo (108) e Terra Boa (105). Os casos rurais foram predominantemente autóctones (89,8%), enquanto os urbanos, na maioria (84,8%) migrantes (p<0,0001). Para os casos rurais autóctones, não houve predomínio entre os sexos (p=0,127); para os casos urbanos migrantes, prevaleceu o sexo masculino (p<0,0001). Os casos migrantes foram na maioria relacionados com a mobilidade intra e intermunicipal. A mobilidade populacional parece ser uma variável importante na epidemiologia desta doença no Estado do Paraná.
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Bactérias eletroquimicamente ativas possuem a capacidade de transferir eletrões extracelularmente, durante a respiração celular. Esta característica tem sido atualmente explorada para aplicação na produção de eletricidade, tratamento de águas residuais, biorremediação e em diversas áreas da biotecnologia, onde a transferência eletrónica ocorre na presença de aceitadores insolúveis (tais como, óxidos metálicos e ânodos metálicos). Contudo, o número de espécies identificadas, isoladas e caracterizadas até à data é bastante reduzido. Os métodos atualmente disponíveis para deteção de bactérias eletroquimicamente ativas são morosos, dispendiosos e complexos de operar, tornando-se necessário o desenvolvimento de outros métodos mais rápidos, simples e menos dispendiosos que auxiliem na otimização das aplicações mencionadas. O objetivo principal deste trabalho foi o desenvolvimento de um sensor colorimétrico de papel utilizando um material eletrocrómico, trióxido de tungsténio, como camada ativa para a deteção destas bactérias. Para isso, foram definidos no papel poços delimitados por barreiras hidrofóbicas, através da impressão e difusão de uma camada de cera. As várias amostras de nanopartículas de WO3, sintetizadas por um método hidrotermal assistido por micro-ondas, foram depositadas nos poços por drop casting. As nanopartículas com estrutura cristalográfica hexagonal, impregnadas no sensor de papel, foram capazes de detetar com sucesso uma bactéria eletroquimicamente ativa, Geobacter sulfurreducens, desde uma fase de crescimento bastante inicial (Abs600 nm = 0,1, correspondente a 0,07 g/L com um rácio RGB de 1,10 ± 0,040) até à fase exponencial-tardia (Abs600 nm = 0,5, correspondente a 0,33 g/L com um rácio RGB de 1,33 ± 0,005), com P <0,0001. O sensor de papel e respetivo método de deteção colorimétrico desenvolvido neste trabalho, revelou ser sensível e específico à deteção destas bactérias, de uma forma rápida, simples e pouco dispendiosa.
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INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública, com grau de letalidade alcançando 10%. Para o tratamento medicamentoso, é recomendado o antimoniato de metilglucamina. Este estudo tem como objetivo avaliar o uso de medicamento em casos de leishmaniose visceral atendidos no Serviço de Infectologia do Núcleo de Hospital Universitário de Campo Grande Estado do Mato Grosso do Sul. MÉTODOS: Para coleta de dados, foram pesquisados prontuários de 76 pacientes com diagnóstico de leishmaniose visceral atendidos pelo Serviço de Infectologia do Hospital Universitário de Campo Grande. RESULTADOS: Foram analisados prontuários de 76 (28,9%) pacientes (56 homens e 20 mulheres) apresentavam comorbidades. Como droga de 1ª escolha, 88,2% dos pacientes utilizaram o antimoniato-N-metil glucamina com evolução para óbito de 18,4%. A análise de sobrevida mostrou diferença estatisticamente significativa em pacientes com e sem comorbidades (p< 0,0001) e com comorbidade que fizeram uso de Glucantime® (p <0,0009). A letalidade de 18,4% sinaliza ineficiência das medidas de assistência a saúde adotadas. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o prognóstico da doença torna-se ruim quando associado à presença de comorbidades e que o tratamento deve ser criterioso, para minimizar a letalidade.
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INTRODUÇÃO: A AIDS entre adultos mais velhos é um problema de saúde pública emergente. Comparamos o perfil epidemiológico e sociodemográfico, bem como a evolução e a tendência da epidemia entre homens e mulheres nas faixas etárias de 50 anos e mais e 20 a 39 anos acometidos pela AIDS, no Estado do Espírito Santo, Brasil. MÉTODOS: Realizamos um estudo de série temporal, com dados secundários do SINAN/AIDS, no período de Janeiro de 1991 a dezembro 2006. RESULTADOS: Neste período, foram notificados 3.382 casos de AIDS em indivíduos com idade entre 20 e 39 anos e 551 casos entre indivíduos com 50 anos e mais. Em ambas as faixas etárias, os mais acometidos são os homens. Há diferenças referentes à raça/cor, em que a maioria dos mais velhos são brancos (45,3% - p-valor = 0,044) e os mais jovens pardos (44,7%, p-valor = 0,003). O analfabetismo prevalece entre os mais velhos (17,7% - p-valor = 0,001). Mais da metade (80%) das notificações ocorreu em municípios de médio a grande porte. A principal categoria de exposição foi a heterossexual, em ambos as faixas etárias, com maior frequência para o grupo de 50 anos ou mais (77,3% - p=0,0001). A incidência acumulada é maior para a faixa etária de 20 a 39 anos (R²=0,68); porém, vem aumentando proporcionalmente, entre as duas faixas no decorrer dos anos, com tendência de crescimento significativa para ambas (p <0,01). CONCLUSÕES: A epidemia de AIDS pode ser considerada em expansão entre mais velhos no Espirito Santo.
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RESUMO - Introdução: As alterações epidemiológicas do sarampo em Portugal, assim como a existência de surtos de doença na Europa e noutras regiões do mundo, associadas ao facto de a informação sero epidemiológica atualizada ser escassa e pontual, e nem sempre estar relacionada com o estado vacinal, dificultam a tomada de decisões fundamentadas na área da vacinação, nomeadamente no que respeita às idades ótimas para a administração de VASPR I e VASPR II. Este estudo pretende avaliar a adequação da estratégia vacinal contra o sarampo vigente em Portugal, no que diz respeito às idades para realização da VASPR I e da VASPR II, no sentido de dar continuidade ao cumprimento do objetivo de eliminar a doença em território nacional. Material e métodos: Foi realizado um estudo com 206 recém-nascidos filhos de mães com diferentes estados vacinais contra o sarampo (0 doses, 1 dose e 2 doses). Também foram estudados 186 adolescentes/jovens que realizaram a VASPR II em diferentes idades. Os dados obtidos provêm de 3 fontes de informação: história vacinal documentada; questionários aplicados por entrevista e informação serológica. A informação serológica foi obtida através do doseamento do título de anticorpos específicos antissarampo (ATS IgG) em soros, recorrendo ao método imunoenzimático ELISA do kit Enzygnost® Anti-measles Virus/IgG, do fabricante Siemens. Resultados: A taxa de cobertura vacinal da vacina contra o sarampo aumentou de valores de pouco mais de 30% na geração nascida antes de 1977, com uma única dose de vacina, para valores superiores a 95 % na geração nascida depois de 1993, com duas doses de vacina. A concentração geométrica de ATS IgG no sangue do cordão umbilical aumentou com o aumento da idade da mãe (r2 = 0,092; p = 0,001). Os recém-nascidos filhos de mães vacinadas, apresentam menor quantidade de ATS IgG do que os filhos de mães não vacinadas (p < 0,0001), independentemente do número de doses que as suas mães tenham recebido (p = 0,222). A concentração geométrica média (CGM) de ATS IgG nos jovens e adolescentes diminui com o tempo decorrido desde a toma de VASPR II (r2 = 0,244; p = 0,001). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre a média de ATS IgG dos indivíduos que se vacinaram com VASPR II aos 5-6 anos de idade e os que se vacinaram entre os 10-13 anos de idade (p = 0,301). Após 9 anos de VASPR II mais de 5 % dos indivíduos já não estão seropositivos contra o sarampo.Discussão: A CGM de ATS IgG aumentou com a idade da mãe, provavelmente porque as mães pertencentes às gerações mais novas contactaram menos com o vírus selvagem do sarampo, devido aos efeitos das elevadas taxas de cobertura vacinal. Os recém-nascidos filhos das mães mais novas, apesar de apresentarem menor CGM de ATS IgG, ao final de 12 meses de idade poderão ainda apresentar um teor de ATS IgG que pode interferir com a resposta vacinal à VASPR I. Vacinar com VASPR II aos 5-6 anos de idade ou vacinar entre os 10-13 anos parece ser indiferente o que parece relevante é o tempo que passa desde a última vacinação VASPR II. Nove anos depois de VASPR II a percentagem de seronegativos já ultrapassa os 5% recomendados pela OMS. Conclusão: As idades da toma de VASPR I e VASPR II poderão ter de ser alteradas por forma a adequarem-se às mudanças epidemiológicas ocorridas nos últimos anos em Portugal e contribuírem para a eliminação do sarampo no país.
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INTRODUCTION: The present study investigated the association between mannose-binding lectin (MBL) gene polymorphism and serum levels with infection by HIV-1. METHODS: Blood samples (5mL) were collected from 97 HIV-1-infected individuals resident in Belém, State of Pará, Brazil, who attended the Special Outpatient Unit for Infections and Parasitic Diseases (URE-DIPE). CD4+ T-lymphocyte count and plasma viral load were quantified. A 349bp fragment of exon 1 of the MBL was amplified via PCR, using genomic DNA extracted from controls and HIV-1-infected individuals, following established protocols. MBL plasma levels of the patients were quantified using an enzyme immunoassay kit. RESULTS: Two alleles were observed: MBL*O, with a frequency of 26.3% in HIV-1-infected individuals; and the wild allele MBL*A (73.7%). Similar frequencies were observed in the control group (p > 0.05). Genotype frequencies were distributed according to the Hardy-Weinberg equilibrium in both groups. Mean MBL plasma levels varied by genotype, with statistically significant differences between the AA and AO (p < 0.0001), and AA and OO (p < 0.001) genotypes, but not AO and OO (p = 0.17). Additionally, CD4+ T-lymphocytes and plasma viral load levels did not differ significantly by genotype (p > 0.05). CONCLUSIONS: The results of this study do not support the hypothesis that MBL gene polymorphism or low plasma MBL concentrations might have a direct influence on HIV-1 infection, although a broader study involving a large number of patients is needed.
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INTRODUÇÃO: No Tocantins, a malária apresenta comportamento diferenciado entre as microrregiões, com predominância dos casos importados. Este estudo descreve a análise espacial da malária no estado, no período de 2003 a 2008, buscando identificar nas microrregiões a incidência de casos autóctones e importados, bem como a procedência destes últimos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo, pautado em dados secundários, que teve como fonte de dados o Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica - Malária (SIVEP-Malária), analisados através dos softwares estatísticos Epi Info versão 3.5.1. e Bioestat versão 5.0. RESULTADOS: Constatou-se que a malária não teve distribuição homogênea em todos os municípios. A área de maior prioridade agregou municípios localizados nas microrregiões oeste do estado, fronteira com o Pará, onde também se concentram o maior número de casos autóctones. A associação entre os casos autóctones e importados e as espécies de Plasmodium mostrou uma diferença estatisticamente significativa (G = 54,25; p < 0,0001). Das oito microrregiões, Miracema do Tocantins, Araguaína e Bico do Papagaio agruparam 75,8% dos casos, e nessas, onze municípios se sobressaíram. Quanto à procedência, o Estado do Pará apresentou ampla distribuição com 85,5% do total, seguido por Guiana Francesa com 7,4%. CONCLUSÕES: Os resultados demonstraram a predominância dos casos importados e a diferença entre os municípios e microrregiões, apontando pela influencia de estados vizinhos na determinação das áreas de maior risco. Esses dados são importantes, pois contribuem para orientação e direcionamento das políticas públicas para o agravo no Tocantins.
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INTRODUCTION: The prevalence of cholelithiasis in the general population ranges from 9 to 18%. This prevalence is known to be higher in the presence of parasympathetic nerve damage of the biliary tract either due to surgery (vagotomy) or neuronal destruction (Chagas disease). The objective of this study was to evaluate the association of cholelithiasis and chagasic or idiopathic megaesophagus. METHODS: The ultrasound scans of 152 patients with megaesophagus submitted to cardiomyotomy and subtotal esophagectomy surgery were evaluated. The presence of cholelithiasis was compared between chagasic and idiopathic esophagopathy and ultrasound and clinical findings were correlated with age, sex and race. RESULTS: A total of 152 cases of megaesophagus, including 137 with chagasic megaesophagus and 15 with idiopathic megaesophagus, were analyzed. The mean age was 56.7 years (45-67) in the 137 patients with chagasic megaesophagus and 35.6 years (27-44) in the 15 cases of idiopathic megaesophagus, with a significant difference between the two groups (p < 0.0001). The group with chagasic megaesophagus consisted of 59 (43%) women and 78 (56.9%) men, while the group with idiopathic megaesophagus consisted of 8 (53.3%) women and 7 (46.6%) men, showing no significant difference between the groups. Of the 137 patients with confirmed chagasic megaesophagus, 39 (28.4%) presented cholelithiasis versus one case (6.6%) in the 15 patients with idiopathic megaesophagus. CONCLUSIONS: The prevalence of cholelithiasis is high in patients with chagasic megaesophagus and preoperative ultrasound should be performed routinely in these patients in order to treat both conditions during the same surgical procedure.
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INTRODUCTION: Candida yeasts are commensals; however, if the balance of normal flora is disrupted or the immune defenses are compromised, Candida species can cause disease manifestations. Several attributes contribute to the virulence and pathogenicity of Candida, including the production of extracellular hydrolytic enzymes, particularly phospholipase and proteinase. This study aimed to investigate the in vitro activity of phospholipases and acid proteinases in clinical isolates of Candida spp. METHODS: Eighty-two isolates from hospitalized patients collected from various sites of origin were analyzed. Phospholipase production was performed in egg yolk medium and the production of proteinase was verified in a medium containing bovine serum albumin. The study was performed in triplicate. RESULTS: Fifty-six (68.3%) of isolates tested were phospholipase positive and 16 (44.4%) were positive for proteinase activity. C. tropicalis was the species with the highest number of positive isolates for phospholipase (91.7%). Statistically significant differences were observed in relation to production of phospholipases among species (p<0,0001) and among the strains from different sites of origin (p=0.014). Regarding the production of acid protease, the isolates of C. parapsilosis tested presented a larger number of producers (69.2%). Among the species analyzed, the percentage of protease producing isolates did not differ statistically (χ2=1.9 p=0.5901 (χ2=1.9 p=0.5901). CONCLUSIONS: The majority of C. non-albicans and all C. albicans isolates were great producers of hydrolytic enzymes and, consequently, might be able to cause infection under favorable conditions.
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INTRODUCTION: The case definition of influenza-like illness (ILI) is a powerful epidemiological tool during influenza epidemics. METHODS: A prospective cohort study was conducted to evaluate the impact of two definitions used as epidemiological tools, in adults and children, during the influenza A H1N1 epidemic. Patients were included if they had upper respiratory samples tested for influenza by real-time reverse transcriptase polymerase chain reaction during two periods, using the ILI definition (coughing + temperature > 38ºC) in period 1, and the definition of severe acute respiratory infection (ARS) (coughing + temperature > 38ºC and dyspnoea) in period 2. RESULTS: The study included 366 adults and 147 children, covering 243 cases of ILI and 270 cases of ARS. Laboratory confirmed cases of influenza were higher in adults (50%) than in children (21.6%) ( p < 0.0001) and influenza infection was more prevalent in the ILI definition (53%) than ARS (24.4%) (p < 0.0001). Adults reported more chills and myalgia than children (p = 0.0001). Oseltamivir was administered in 58% and 46% of adults and children with influenza A H1N1, respectively. The influenza A H1N1 case fatality rate was 7% in adults and 8.3% in children. The mean time from onset of illness until antiviral administration was 4 days. CONCLUSIONS: The modification of ILI to ARS definition resulted in less accuracy in influenza diagnosis and did not improve the appropriate time and use of antiviral medication.
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RESUMO - As complicações pós-operatórias são uma importante questão da qualidade dos cuidados. No actual contexto, é impreterível actuar sobre esta fonte de morbilidade e mortalidade que afeta um número substancial de doentes e que está associada a um acréscimo no consumo de recursos. Particularmente em cirurgia colo-rectal, as complicações pós-operatórias são comuns e frequentemente graves. O principal objectivo do estudo consistiu em conhecer a realidade portuguesa quanto às complicações pós-operatórias em cirurgia colo-rectal, dada a problemática envolvente e a estreita evidência científica desta questão no nosso país. Pretendeu-se conhecer a população submetida a cirurgia colo-rectal, a ocorrência de complicações pós-operatórias, os factores de risco para tal ocorrência, o desempenho hospitalar medido a este nível e o impacto destes eventos adversos em termos de mortalidade hospitalar e de demora média. Foi realizado um estudo observacional retrospectivo em doentes submetidos a cirurgia colo-rectal por doença neoplásica, diverticular e inflamatória, nos hospitais públicos de Portugal continental, no período de 2009 a 2011. A fonte de dados foi a base de dados dos resumos de alta. Estatisticamente recorreu-se a análises descritivas, univariadas e multivariadas. Dos 20.380 doentes analisados, distribuídos por 44 hospitais, 4.293 (21,1%) desenvolveram pelo menos uma complicação pós-operatória, estando a infecção pós-operatória (12,4%) e a deiscência da ferida e/ou outra complicação não infecciosa da ferida (5,6%) entre as complicações mais frequentes. Mediante o recurso à análise multivariada, foi possível identificar diversos factores de risco para complicações pós-operatórias e demonstrar que factores de risco específicos predizem complicações específicas. A comparação entre taxas de complicações pós-operatórias observadas e esperadas permitiu apurar o número de hospitais que, pelo seu desempenho a este nível, se destacaram pela positiva e pela negativa. Possibilitou igualmente o reconhecimento das complicações pós-operatórias com maior influência no pior desempenho hospitalar. Mais uma vez através de análises multivariadas, verificámos que os doentes com complicações pós-operatórias apresentaram um risco aumentado de mortalidade hospitalar (OR= 6,17; IC 95%: 5,40-7,05, p-value < 0,0001) e de prolongamento do internamento (B= 13,6; IC 95%: 13,2-14,0, p-value < 0,0001). Destacaram-se algumas complicações pós-operatórias quanto ao seu impacto em cada um destes indicadores. Sem prejuízo das limitações do estudo, os resultados obtidos parecem apontar para problemas de qualidade dos cuidados, sugerindo que algumas complicações pós-operatórias possam ser evitáveis. Espera-se que os dados apresentados contribuam, de alguma forma, para o conhecimento da situação das complicações após cirurgia colo-rectal nos hospitais públicos de Portugal continental. Este estudo pode ser um começo para futuras investigações no âmbito das complicações pós-operatórias, nesta cirurgia, em Portugal.
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INTRODUCTION: Leptospirosis is often mistaken for other acute febrile illnesses because of its nonspecific presentation. Bacteriologic, serologic, and molecular methods have several limitations for early diagnosis: technical complexity, low availability, low sensitivity in early disease, or high cost. This study aimed to validate a case definition, based on simple clinical and laboratory tests, that is intended for bedside diagnosis of leptospirosis among hospitalized patients. METHODS: Adult patients, admitted to two reference hospitals in Recife, Brazil, with a febrile illness of less than 21 days and with a clinical suspicion of leptospirosis, were included to test a case definition comprising ten clinical and laboratory criteria. Leptospirosis was confirmed or excluded by a composite reference standard (microscopic agglutination test, ELISA, and blood culture). Test properties were determined for each cutoff number of the criteria from the case definition. RESULTS: Ninety seven patients were included; 75 had confirmed leptospirosis and 22 did not. Mean number of criteria from the case definition that were fulfilled was 7.8±1.2 for confirmed leptospirosis and 5.9±1.5 for non-leptospirosis patients (p<0.0001). Best sensitivity (85.3%) and specificity (68.2%) combination was found with a cutoff of 7 or more criteria, reaching positive and negative predictive values of 90.1% and 57.7%, respectively; accuracy was 81.4%. CONCLUSIONS: The case definition, for a cutoff of at least 7 criteria, reached average sensitivity and specificity, but with a high positive predictive value. Its simplicity and low cost make it useful for rapid bedside leptospirosis diagnosis in Brazilian hospitalized patients with acute severe febrile disease.
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INTRODUCTION:The objective of this study was to compare Osame's scale of motor incapacity and the expanded scale of the state of incapacity of Kurtzke with the spastic paraplegia rating scale for the clinical evaluation of patients with HTLV-I-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP). METHODS: Patients with the diagnosis of infection by HTLV-I/HTLV-II and with the clinical suspicion of HAM/TSP were included in the study. RESULTS: There were 45 patients who were evaluated. When analyzing the results of the scales, the researchers found the following averages of 21.08 points for the spastic paraplegia rating scale, 4.35 points for Osame's scale, and 4.77 points for Kurtzke's scale. The relation between the scale of paraplegia with Osame's was very significant with p < 0.0001, and regarding Kurtzke's scale, there was a similar result of p < 0.0001. When comparing Osame's, Kurtze's, and the spastic paraplegia rating scale with the time of disease, the researchers found a significant result of p = 0.0004 for the scale of spastic paraplegia, p = 0.0018 for Osame's scale, and p < 0.0001 for Kurtzke's scale. CONCLUSION: The spastic paraplegia rating scale has a good relation with Osame's and Kurtzke's scales showing a p index that is very significant that indicates that, although the scale was not initially made to be applied to patients with HAM/TSP because of the infection by HLTV, it showed to be as efficient as Osame's and Kurtzke's scales in evaluating the patients' neurological conditions.
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INTRODUCTION: This study evaluated the degree of disability, pain levels, muscle strength, and electromyographic function (RMS) in individuals with leprosy. METHODS: We assessed 29 individuals with leprosy showing common peroneal nerve damage and grade 1 or 2 disability who were referred for physiotherapeutic treatment, as well as a control group of 19 healthy participants without leprosy. All subjects underwent analyses of degree of disability, electromyographic tests, voluntary muscle force, and the Visual Analog Pain Scale. RESULTS: McNemar's test found higher levels of grade 2 of disability (Δ = 75.9%; p = 0.0001) among individuals with leprosy. The Mann-Whitney test showed greater pain levels (Δ = 5.0; p = 0.0001) in patients with leprosy who had less extension strength in the right and left extensor hallucis longus muscles (Δ = 1.28, p = 0.0001; Δ = 1.55, p = 0.0001, respectively) and dorsiflexion of the right and left feet (Δ = 1.24, p = 0.0001; Δ = 1.45, p = 0.0001, respectively) than control subjects. The Kruskal-Wallis test showed that the RMS score for dorsiflexion of the right (Δ = 181.66 m·s-2, p = 0.001) and left (Δ = 102.57m·s-2, p = 0.002) feet was lower in patients with leprosy than in control subjects, but intragroup comparisons showed no difference. CONCLUSIONS: Leprosy had a negative influence on all of the study variables, indicating the need for immediate physiotherapeutic intervention in individuals with leprosy. This investigation opens perspectives for future studies that analyze leprosy treatment with physical therapeutic intervention.
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INTRODUCTION: The cytolysis mediated by granules is one of the most important effector functions of cytotoxic T lymphocytes and natural killer cells. Recently, three single nucleotide polymorphisms (SNPs) were identified at exons 2, 3, and 5 of the granzyme B gene, resulting in a haplotype in which three amino acids of mature protein Q48P88Y245 are changed to R48A88H245, which leads to loss of cytotoxic activity of the protein. In this study, we evaluated the frequency of these polymorphisms in Brazilian populations. METHODS: We evaluated the frequency of these polymorphisms in Brazilian ethnic groups (white, Afro-Brazilian, and Asian) by sequencing these regions. RESULTS: The allelic and genotypic frequencies of SNP 2364A/G at exon 2 in Afro-Brazilian individuals (42.3% and 17.3%) were significantly higher when compared with those in whites and Asians (p < 0.0001 and p = 0.0007, respectively). The polymorphisms 2933C/G and 4243C/T also were more frequent in Afro-Brazilians but without any significant difference regarding the other groups. The Afro-Brazilian group presented greater diversity of haplotypes, and the RAH haplotype seemed to be more frequent in this group (25%), followed by the whites (20.7%) and by the Asians (11.9%), similar to the frequency presented in the literature. CONCLUSIONS: There is a higher frequency of polymorphisms in Afro-Brazilians, and the RAH haplotype was more frequent in these individuals. We believe that further studies should aim to investigate the correlation of this haplotype with diseases related to immunity mediated by cytotoxic lymphocytes, and if this correlation is confirmed, novel treatment strategies might be elaborated.