1000 resultados para Convicções de Saúde
Resumo:
A segurana do doente constitui um dos grandes desafios dos cuidados de saúde do sc. XXI. O reconhecimento da ocorrncia de erros ou acidentes adversos com consequncias gravosas para os doentes e para as instituies de saúde, levou, recentemente, a Organizao Mundial de Saúde (OMS) a nomear comisses centradas na identificao de situaes de risco e na elaborao de solues que possam servir de recurso para a preveno dessas situaes. O resultado dos trabalhos destas comisses tornou evidente a importncia da comunicao como determinante da qualidade e da segurana na prestao de cuidados. Neste artigo abordada a problemtica da comunicao em saúde e a sua relao com a segurana do doente, identificados problemas e apontadas algumas pistas para a sua preveno. So especificamente referidos os principais problemas de comunicao entre os profissionais de saúde (nas passagens de turno e nas equipas de saúde) e entre estes profissionais e os doentes.
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OBJETIVO: Analisar o efeito do processo de estigmatizao e discriminao no ambiente de trabalho sobre os cuidados cotidianos saúde e o bem-estar de homens vivendo com HIV/Aids. MTODOS: Estudo qualitativo com 17 homens vivendo com HIV, realizado em 2002. Foram estudados os depoimentos em grupo para discutir as dificuldades sobre discriminao no ambiente de trabalho, utilizando anlise das prticas discursivas. O grupo, proveniente de centro especializado em HIV/Aids da cidade de So Paulo, representou segmento de pesquisa anterior. RESULTADOS: O debate entre os participantes indicou que o tratamento anti-retroviral exige idas freqentes aos servios de assistncia mdica, que implicam em faltas ou atrasos no trabalho. A apresentao de atestados mdicos para justificar ausncia no trabalho, mesmo sem indicar Aids, pode resultar em demisso. Desempregados, muitos so barrados nos exames mdicos e tm o direito ao sigilo de sua condio violado. Como ltimo recurso, o pedido de aposentadoria implica em cenas de humilhao ou discriminao na percia mdica. CONCLUSES: A assistncia planejada com o envolvimento dos pacientes consegue ampliar a ateno psicossocial e considerar as necessidades do paciente trabalhador ou desempregado, reconhecendo que o estigma limita o cuidado, afetando a saúde mental e a evoluo da infeco. Mitigar o efeito do estigma e da discriminao requer articulao poltica intersetorial e contribuir para atingir metas globalmente reconhecidas como fundamentais para o controle da epidemia.
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As nanotecnologias representam um importante potencial para a promoo da qualidade de vida e da competitividade industrial na Europa. Um material com nanodimenses tem uma relao superfcie/volume que vai alterar as suas propriedades fsicas, qumicas, pticas e magnticas do material e fazer com que este reaja de maneira diferente e de uma forma desconhecida com os organismos e o ambiente. As nanopartculas so capazes de entrar facilmente no organismo atravs da pele, pulmes e capazes de originar efeitos no ambiente a nvel de gua, solo e ar. A nvel de saúde muitos dos estudos so projectados como uma analogia exposio humana ao quartzo, e ao amianto, e tambm no que concerne poluio do ar e aplicaes mdicas (frmacos) com nanopartculas. Relativamente ao ambiente, existem ainda poucos estudos, mas ainda assim, surgem certas evidncias que relatam, que dependendo das caractersticas e tipos de interaco dos nanomateriais com ecossistemas poder ocorrer entre outros, reteno dos mesmos no ambiente. A investigao ainda diminuta, fornecendo poucas evidncias, no entanto, existem factos e resultados indicadores de que os efeitos na saúde e ambiente podero ser prejudicais. A preveno da doena e do ambiente devero ser salvaguardadas e serem objecto de intervenes prioritrias. O conhecimento das relaes existentes entre nanopartculas emitidas para o ar e a saúde humana, em diferentes condies ambientais, de importncia primordial para melhorar as estimativas de exposio, assim como para o desenvolvimento de estratgias eficientes de controlo para reduzir a exposio humana, os riscos sobre a saúde, e, tambm para estabelecer, avaliar e melhorar os regulamentos e a legislao relativa qualidade do ar, emisses e a utilizao de nanomateriais em produtos de consumo corrente.
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OBJETIVO: Analisar as inter-relaes entre auto-avaliao de saúde, percepo de doena de longa durao e diagnstico de doenas crnicas. MTODOS: Na Pesquisa Mundial de Saúde, realizada no Brasil em 2003, foram entrevistados 5.000 indivduos com 18 anos ou mais, selecionados a partir de amostra estratificada em trs estgios. Foi utilizado o questionrio original adaptado ao contexto brasileiro, abordando a presena de doena de longa durao ou incapacidade, a auto-avaliao de saúde (geral e dos vrios domnios) e o diagnstico de seis doenas crnicas (artrite, angina, asma, depresso, esquizofrenia e diabetes mellitus). Para comparar as relaes entre a auto-avaliao de saúde, percepo de doena de longa durao e as doenas crnicas avaliadas foram utilizados teste estatstico de homogeneidade de propores e modelos de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: A auto-avaliao de saúde "no boa" e a percepo de ser portador de doena de longa durao foram significativamente mais freqentes entre mulheres, indivduos com 50 anos ou mais e aqueles com alguma das doenas pesquisadas. Os entrevistados com diagnstico de diabetes mellitus apresentaram as piores avaliaes de saúde: 70,9% referiram doena de longa durao e 79,3% avaliaram sua saúde como "no boa". Verificou-se pior avaliao de saúde com a associao de duas ou mais doenas. O efeito da auto-avaliao de saúde sobre a percepo de doena de longa durao foi maior que o nmero de doenas. CONCLUSES: As trs formas de aferio da morbidade mostraram inter-relaes significativas. A auto-avaliao de saúde "no boa" apresentou efeito mais importante para a percepo de doena de longa durao, sugerindo que as medidas subjetivas do estado de saúde possam ser mais sensveis para estabelecer e monitorar o bem-estar do indivduo.
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OBJETIVO: Avaliar a associao de condies de saúde gengival com a utilizao de servio odontolgico. MTODOS: Realizou-se levantamento epidemiolgico de saúde bucal de 1.799 adolescentes, em 35 cidades do Estado de So Paulo, em 2002. A saúde gengival foi avaliada pela prevalncia de sangramento na gengiva sondagem e clculo dentrio (ndice periodontal comunitrio) e ocluso dentria (ndice de esttica dentria). A utilizao de servios odontolgicos foi medida pelo ndice de cuidado (O/CPO) para cada cidade. Anlise multinvel de regresso logstica ajustou modelos explicativos para fatores associados aos desfechos de interesse. RESULTADOS: A prevalncia de sangramento gengival sondagem foi 21,5%; de clculo dentrio foi 19,4%. Os participantes do sexo masculino, negros e pardos, moradores em reas rurais, residentes em domiclios aglomerados e com atraso escolar apresentaram chance significantemente mais elevada para os agravos que seus respectivos pares de comparao. Caractersticas de ocluso dentria tambm associaram com gengiva no-saudvel: apinhamento dos segmentos incisais, mordida aberta vertical anterior, relao molar antero-posterior. Cidades com maior utilizao de servio odontolgico tiveram menor proporo de adolescentes com sangramento gengival e clculo. CONCLUSES: A utilizao de servios odontolgicos foi significativamente associada a melhores condies de saúde gengival (sangramento e clculo). Essa associao independeu das caractersticas sociodemogrficas individuais e contextuais, e de ocluso dentria.
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Mestrado em Engenharia Informtica. Sistemas Grficos e Multimdia.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre nvel de atividade fsica e o estado de saúde mental de pessoas idosas. MTODOS: Inqurito de base populacional com amostragem probabilstica, incluindo 875 idosos da cidade de Florianpolis, Santa Catarina, em 2002. Foram aplicados os questionrios: Internacional de Atividades Fsicas e Brazil Old Age Schedule. Os problemas de saúde mental avaliados foram depresso e demncia, alm da prtica de atividade fsica total (lazer, ocupao, deslocamentos e servios domsticos). Aps anlises descritivas e bivariadas, realizou-se anlise ajustada por meio de regresso logstica, com ajuste para os fatores de atividade fsica total, atividade de lazer, escores de depresso e demncia. RESULTADOS: Verificou-se associao estatisticamente significativa e inversa de demncia e depresso com atividade fsica total e atividade fsica no lazer. A odds ratio ajustada para demncia entre os sujeitos sedentrios para atividade fsica total comparada dos ativos foi de 2,74 (IC 95%: 1,85; 4,08), enquanto o respectivo valor para depresso foi de 2,38 (IC 95%: 1,70; 3,33). CONCLUSES: Os resultados reforam a importncia de estilo de vida ativo para preveno de problemas de saúde mental de idosos. Infere-se que a atividade fsica tem conseguido reduzir e/ou atrasar os riscos de demncia, embora no se possa afirmar que a atividade fsica evita a demncia.
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O artigo uma reflexo sobre a interpretao do direito saúde e suas conseqncias. Para exemplificar a complexidade do tema e o apelo emocional que suscita, parte-se da deciso de suspenso de tutela antecipada pelo Supremo Tribunal Federal, de uma ao interposta contra o Estado de Alagoas para o fornecimento de medicamentos. A noo de integralidade empregada no Sistema nico de Saúde comparada quela presente nos tribunais, manifestada por meio das suas decises. Argumenta-se que a escassez de recursos requer a formulao de polticas para alocao compatvel com os princpios de universalidade, integralidade, igualdade e eqidade do sistema. Por fim, discute-se o impacto das aes judiciais de medicamentos no ofertados pelo sistema e o comportamento do judicirio brasileiro em relao a elas.
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O artigo objetivou atualizar as informaes sobre a produo cientfica referente aos efeitos da queima da cana-de-acar saúde respiratria, em vista da expanso das plantaes de cana no Brasil e no estado de So Paulo. So comentados estudos publicados no perodo de 1996-2006 que tratam de efeitos saúde da queima da cana e/ou de poluentes atmosfricos produzidos pela queima. Os estudos sugerem que uma parcela da populao - sobretudo de idosos, crianas e asmticos - tem sua saúde agravada pela queima da cana-de-acar, demandando atendimento dos servios de saúde e assim onerando os servios de saúde e suas famlias.
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OBJETIVO: Analisar as diferenas nas condutas de saúde de estudantes da rea de saúde de universidades pblicas no incio e no final do curso. MTODOS: Estudo realizado com amostra estratificada por curso e por universidade, de 735 estudantes de cincias da saúde de universidades pblicas do estado de Pernambuco, em 2006. Os dados foram coletados com a aplicao do questionrio National College Health Risk Behavior Survey, validado previamente para utilizao com estudantes universitrios. Para anlise de associao foi utilizado o teste qui-quadrado ou exato de Fisher. Os resultados foram considerados significantes para p<0,05. RESULTADOS: A maioria dos estudantes era do gnero feminino (69,5%). Um menor percentual de estudantes ao final da graduao informou morar com os pais ou responsveis. As condutas de violncia, relacionadas ao peso e atividade fsica no apresentaram diferenas significativas, assim como a maioria das condutas de segurana no trnsito e de alimentao. O consumo de lcool (68,8% vs 83,3%), tabaco (40,7% vs 52,5%) e inalantes (10,2% vs 21,9%) e a prtica de relao sexual (62,5% vs 85,0%) foram mais freqentes entre estudantes do final do curso, com diferenas estatisticamente significativas. CONCLUSES: Em geral, as condutas de saúde no diferiram significativamente entre os estudantes do incio e os do final do curso de graduao na rea de saúde.
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Dissertao apresentada Escola Superior de Comunicao Social como parte dos requisitos para obteno de grau de mestre em Audiovisual e Multimdia.
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OBJETIVO: Compreender o estabelecimento do vnculo na construo de autonomia dos sujeitos que engendram as prticas de saúde bucal no Programa Saúde da Famlia. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo qualitativo realizado em Alagoinhas, BA, 2004, utilizando-se uma abordagem crtico-reflexiva. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com trabalhadores e usurios e observao da prtica no Programa Saúde da Famlia, num total de 17 entrevistados. A anlise dos dados foi orientada pelo modelo de anlise hermenutico-dialtica, confrontando as representaes dos diferentes sujeitos e articulando-os com o referencial terico orientador do estudo. ANLISE DOS RESULTADOS: Os usurios atendidos pela equipe de saúde bucal do Programa Saúde da Famlia apontaram seus problemas e o tratamento que desejavam realizar. Estabeleceu-se uma linha de tenso, que pode definir o servio como acolhedor e vincular, e assim contribuir para o fortalecimento da autonomia dos demandantes. No entanto, usurios e profissionais negociavam acerca do tratamento. O estabelecimento do vnculo permitiu que a negociao caminhasse para um consenso de necessidades e responsabilidades, impedindo que o ato teraputico esteja centrado no profissional, mas que seja realizado pela manifestao de desejo do usurio. CONCLUSES: O vnculo guarda estreita relao com a capacidade de o outro usufruir da condio de sujeito ativo nas decises acerca da sua vida. Possibilitou aos sujeitos irem ao encontro de suas potencialidades, favorecendo a reciprocidade de experincias e possibilitando a construo de atos teraputicos co-responsabilizados. A prtica em saúde bucal alicerada em pilares relacionais precisa do vnculo, autonomizando o usurio e ampliando o cuidado.
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OBJETIVO: Analisar aspectos da cobertura da populao idosa pelos planos de assistncia mdica na saúde suplementar e a caracterizao sociodemogrfica desses beneficirios. MTODOS: Estudo descritivo da populao idosa do Brasil e dos estados de So Paulo e Rio de Janeiro, no ano de 2006. Foram utilizados dados do Sistema de Informaes sobre Beneficirios da Agncia Nacional de Saúde Suplementar e dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios. A anlise foi conduzida considerando-se as variveis: sexo, idade, distribuio por unidade federada, modalidade da operadora, tipo de contratao e segmentao do plano. RESULTADOS: As maiores coberturas na populao geral foram observadas nas faixas etrias de 70 a 79 anos (26,7%) e 80 anos e mais (30,2%). Entre as mulheres na faixa de 80 anos e mais, 33% possuam plano privado de assistncia mdica, e entre os homens, esse percentual foi de 25,9%. Cerca de 80% dos beneficirios de planos de saúde encontravam-se nas regies Sudeste e Sul, dos quais 55% no eixo Rio-So Paulo. As cooperativas mdicas tiveram maior cobertura nas faixas mais jovens do que entre os idosos (39% e 34,5% respectivamente) e os planos de autogesto tiveram participao mais significativa na cobertura de idosos no Pas (22,8% e 13,8%, respectivamente). CONCLUSES: A cobertura da populao idosa pelos planos de assistncia mdica foi significativa e as faixas etrias iniciadas em 70 anos representaram o percentual de cobertura mais elevado entre a populao brasileira, especialmente entre as mulheres.