823 resultados para Recursos humanos na saúde


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Dissertação de Mestrado, Gestão de Recursos Humanos, Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2016

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O presente trabalho de investigação está intitulado de “Análise de Funções de Chefe da Secção de Recursos Logísticos e Financeiros na Guarda Nacional Republicana” e desenvolveu-se na área da Gestão de Recursos Humanos. Deste modo, pretendeu-se descrever a função do chefe de uma Secção de Recursos Logísticos e Financeiros da Guarda Nacional Republicana. Para a condução da presente investigação, adotou-se o método hipotético-dedutivo, de forma a responder à pergunta de partida, às perguntas derivadas e às hipóteses de investigação. Deste modo, a referida investigação desenvolveu-se através de três fases: exploratória, analítica e conclusiva. Para operacionalizar a investigação procedeu-se à análise documental e à realização de entrevistas e de inquéritos por questionário. Apresentou-se como produto final do presente trabalho de investigação a descrição da função do chefe de uma Secção de Recursos Logísticos e Financeiros, sendo constituída pelos meios utilizados no desempenho da função, pela descrição das tarefas desempenhadas pelo chefe de uma Secção de Recursos Logísticos e Financeiros e pelo perfil de exigências da função em análise. Em suma, a função do chefe de uma Secção de Recursos Logísticos e Financeiros é resolver os problemas e colaborar nos assuntos logístico-financeiros da Unidade de forma a não obstaculizar a ação de comando do Comandante da sua Unidade, permitindo o alcance dos objetivos operacionais deste. O chefe da Secção de Recursos Logísticos e Financeiros é, ainda, o responsável por planear e executar o orçamento da Unidade.

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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2016.

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Os diferentes indicadores demográficos acentuam o envelhecimento em todo o mundo, na Europa e particularmente, nos países industrializados. Assistimos a um período de contenção generalizada da natalidade e mortalidade, o que levará a uma população de maior idade. O desenvolvimento tecnológico e económico dos países proporcionou, entre outras, a melhoria da alimentação, das condições sanitárias e das técnicas da medicina, com consequente aumento da qualidade de vida e da longevidade. A “revolução grisalha” também se deu em Portugal! (Carrilho, 1993 cit por Dias,I, 2008) e o país seguiu essa tendência. O exercício físico regular, quando associado a uma dieta e a outros comportamentos de saúde, pode aumentar a expectativa de vida do idoso. As autarquias locais, face à sua relação de proximidade às populações e às suas responsabilidades públicas, têm um papel fundamental no sentido de melhorar a qualidade de vida aos seus cidadãos. Neste estudo, num universo de 308 municípios e numa amostra de 111 no total de 1500 questionários, procuramos avaliar a qualidade percebida pelos idosos dos programas municipais de atividade física, e indagar as dimensões. A análise preliminar leva-nos a pressupor que os programas perseguem as recomendações necessárias para que os idosos possam sentir benefícios físicos e sociais no sentido da bemestar e autonomia geral. Nomeadamente, as dimensões “Variedade” e “Recursos Humanos” foram as mais fortes e a dimensão “Aspectos Gerais”, parecem–nos evidenciar os aspetos mais fracos. A qualidade percebida pelos idosos destes programas, nos municípios portugueses é de uma forma geral positiva.

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O treino desportivo representa uma vertente cada vez mais importante na evolução da formação desportiva, proporcionando aos atletas o desenvolvimento das suas capacidades motoras e, paralelamente, contextos que visam estimular a tomada de decisão com vista à obtenção do sucesso nas diferentes modalidades desportivas. Com efeito, esta importância remete para o cuidado redobrado quando no domínio do treino de jovens, pelas especificidades que esta faixa etária apresenta, não apenas numa dimensão física ou tático-técnica, mas igualmente nos fatores psicológico e social. O presente estudo revela a perceção dos treinadores sobre a influência dos diferentes recursos na qualidade da condução do treino de jovens atletas de 3 modalidades desportivas. Identificaram-se 6 recursos que designamos de: materiais, espaciais, temporais, humanos, logísticos e financeiros. Para tal, utilizaram-se como instrumentos de recolha de dados um questionário, construído e previamente validado para o efeito, assim como uma entrevista semiestruturada. Participaram no estudo 51 Treinadores e 3 Coordenadores Técnicos pertencentes a clubes que treinam escalões de formação dos 8 aos 12 anos de idade, nas modalidades de Basquetebol, Futebol e Andebol, no Distrito de Viseu. Da simbiose entre as análises de índole quantitativa e qualitativa, os resultados revelaram influência relevante dos recursos materiais, espaciais e temporais, apontados pelos Treinadores e descritos como essenciais para a qualidade do processo do treino. Por seu lado, os recursos logísticos apresentam-se aquém das expetativas dos inquiridos, podendo aumentar a motivação e tempo dedicado ao treino, caso existisse maior apoio da estrutura organizacional. No que concerne aos recursos humanos, verificou-se diferença significante nas perceções dos inquiridos uma vez que existe, igualmente, uma discrepância relativa ao número e qualidade deste recurso, de acordo com os diferentes contextos desportivos. Não obstante, a heterogeneidade nas respostas é mais acentuada no referente ao fator financeiro.

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Introdução A enfermagem, enquanto profissão, tem como essência o conceito de Cuidar, devendo estar presente em todas as fases do ciclo de vida, incluindo o fim de vida. A dignidade da Pessoa é uma referência conceptual do enfermeiro que, na procura da excelência do cuidar deve desenvolver competências relacionais que lhe permitam assistir o doente/família numa fase terminal. Compreender o modo como o Enfermeiro, enquanto ser Humano se envolve profissionalmente na perspetiva da Morte da Pessoa de quem cuida é o principal motivo de interesse desta dissertação. A morte encarada como algo irracional, ilógico e incompreensível é difícil de assimilar e todos nós temos dificuldade em aceitar a ideia de morrer e de vivenciar a morte do Outro. Neste contexto Frias (2001) refere que os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, sentem-se desarmados perante a angústia das pessoas em fim de vida, com os quais têm dificuldade em estabelecer uma relação de ajuda. Menciona ainda, que os enfermeiros parecem estar pouco preparados para assistir, entender e ajudar as pessoas no seu processo de doença. A família, por sua vez precisa de ajuda para aliviar o sofrimento, a dor, ou a angústia do seu familiar em fim de vida. Sabemos que a problemática da morte não se encontra suficientemente estudada e que consiste numa área de interesse crescente na investigação em Enfermagem, que é também por nós partilhada. Twycross, (2003) referencia a importância da investigação para quem deseja aperfeiçoar os cuidados aos doentes que se aproximam da morte. Objetivo(s) Compreender como os enfermeiros vivenciam o processo de morte dos doentes e família em fim de vida. Metodologia Partindo da questão de investigação: Como é que os enfermeiros gerem a sua presença junto da Pessoa/Família em fim de vida?, desenvolvemos um estudo de Natureza qualitativa, abordagem fenomenológica segundo Colaizzi(1978), cujo desenvolvimento procedimental é baseado nos seguintes passos: Descrever o fenómeno de interesse, Colher as descrições dos participantes, Ler todas as descrições do fenómeno feitas pelos participantes, Retornar às transcrições originais e extrair as declarações significativas, Tentar soletrar o significado de cada declaração significante, Organizar os significados agregados formalizados em grupos de temas, Escrever uma descrição exaustiva, Regressar aos participantes para validar a descrição, Se novos dados forem revelados incorporá-los na descrição exaustiva. Assim começamos por expor uma representação esquemática do fenómeno em estudo, que tal como nos refere Loureiro (2006, p.29), consiste na "organização estrutural dos elementos essenciais do fenómeno de modo a facilitar a sua compreensão. Os participantes foram 8 enfermeiros que trabalham há mais de 5 anos, com mais de 30 anos de idade, que se disponibilizarem para partilharem as suas vivências enquanto cuidam da pessoa em fim de vida, e aceitaram a gravação áudio da entrevista. Foi obtido o parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição onde foi realizado o estudo. Resultados Neste estudo emergiram seis temas que se dividiram em vários subtemas, revelando-se muito importantes para a compreensão desta problemática. Quadro - Síntese estrutural empírica do fenómeno em estudo Fim de vida. Perceção e Vivência de quem cuida Temas Subtemas Reconhecimento humano de fim de vida -Experiência profissional -Diminuição/falência das funções orgânicas -Expressão facial/Verbalização -Diagnóstico/informação clínica Sentimentos marcantes intrínsecos ao profissional -Dificuldade na aceitação da morte na idade jovem -O momento da morte e a despedida da família -Medo/angústia/dificuldade em aceitar a morte Sentimentos no cuidar extrínsecos ao profissional -Falta de apoio psicológico -Falta de condições físicas -Falta de disponibilidade de tempo Estratégias para minimizar o sofrimento e promover o bem-estar -Interação enfermeiro/família: diminui a ansiedade e promove a confiança -Consciência da utilização, importância da relação de ajuda Melhorar a humanização dos cuidados ao doente e família -Formação (cuidados Paliativos) -Melhorar as condições físicas -Articulação do trabalho em equipa multidisciplinar -Melhorar a organização dos recursos humanos Valorização dos cuidados -Gestão terapêutica/alívio da dor -Apoio afetivo e relacionamento humano -Conforto e bem-estar -Apoio familiar Discussão e Conclusões As principais conclusões centram-se nos fatos de os enfermeiros, identificarem os doentes em fim de vida com base no diagnóstico, na informação clínica, na sua experiência, na comunicação não-verbal e na falência das funções orgânicas, valorizando a importância do apoio afetivo e relacionamento humano na prestação de cuidados. Adotando estratégias para minimizar o sofrimento e promover o bem-estar, realçando, a gestão terapêutica no alívio da dor, a importância da relação de ajuda e a interação enfermeiro/família. Bem como identificam alguns constrangimentos inerentes à prestação de cuidados aos doentes/família em fim de vida e que são: estrutura física pouco humanizada, falta de apoio psicológico, falta de disponibilidade de tempo. Numa outra perspetiva onde os sentimentos intrínsecos encontram-se presentes e são consubstanciados na dificuldade em aceitar a morte, sobretudo a morte prematura bem como, o momento da morte e o presenciar a despedida da família. Neste estudo ainda podemos concluir que os enfermeiros tem consciência de que os cuidados ao doente/família poderiam ser melhorados se houvesse maior preocupação na sua formação em cuidados paliativos, se a estrutura física dos serviços proporcionasse um ambiente mais humanizado para as necessidades do doente/família, se a dotação de recursos humanos se adequasse mais ao tempo necessário para o apoio presencial que o doente família requer para a preparação e aceitação da morte e se a equipa de enfermagem e a equipa multidisciplinar se organizasse melhor em termos da necessidades dos doentes. O estudo possibilitou compreender, a partir dos dados empíricos que, para aliviar o sofrimento dos doentes em fase final de vida, os enfermeiros desenvolvem um processo de acompanhamento específico, integral, dinâmico, sistemático e interativo, que engloba duas fases distintas, mas simultâneas - uma fase em que identificam e avaliam o sofrimento do doente e outra fase, na qual, o ajudam a viver com o menor sofrimento e o maior bem-estar possíveis os últimos dias de vida, bem como o ajudam a morrer, de forma serena e digna. Ao longo destas duas fases os enfermeiros desenvolvem atividades de avaliação, de relação, de suporte, de informação e de execução. Neste processo de acompanhamento, a presença do enfermeiro e a relação profunda estabelecida entre ambos emergem como os principais instrumentos para o alívio do sofrimento. Momentos esses que muitas das vezes não se tornam possíveis segundo declarações significativas, por falta de disponibilidade em tempo e recursos humanos. Partindo do princípio que este acompanhamento exige do enfermeiro competências científicas, técnicas, humanas e relacionais, a experiência de muitos anos e o contacto diário com o sofrimento e a morte de doentes em final de vida parecem contribuir fortemente para o desenvolvimento dessas competências. Os participantes verbalizaram neste estudo a necessidade de formação pessoal e em equipa, e de recursos humanos em número suficiente para fomentar a humanização de cuidados, falta de disponibilidade em tempo originada segundo os mesmos por "excesso" de registos, e ainda a não existência de um psicólogo na equipa multidisciplinar. Dentro dos recursos institucionais, os enfermeiros participantes consideram relevante para o "cuidar" a existência de características específicas, no que diz respeito à estrutura física do serviço. A falta de quartos individuais e a falta de um espaço privado e humanizado para apoio psicológico foram as principais deficiências referidas. Ao longo das entrevistas/colheita de informação podemo-nos perceber da importância de propiciar aos enfermeiros um espaço para entrar em contacto com os sentimentos evocados pelo quotidiano de dor, perdas, morte e separações. Prevaleceu a impressão de que, para vários profissionais entrevistados, a entrevista pôde ser um momento único no sentido de possibilitar o contacto com questões e sentimentos antes não verbalizados. Cuidar de doentes/família em fim de vida sabemos nós que não é, nem nunca será tarefa fácil, mas sim, dolorosa, angustiante, fazendo emergir questões existenciais do ser humano, justifica-se a necessidade de um trabalho de equipa mais coeso e dinâmico que proporcione aos seus elementos um suporte efetivo no trabalho e uma aprendizagem constante, fundamentada e sólida, o que foi confirmado pelos participantes. Um estudo desta natureza, deve contribuir para uma caracterização do problema no contexto da prática de enfermagem, podendo servir de ponto de partida para futuros trabalhos neste âmbito. Colocam-se também algumas expectativas nos resultados deste estudo, no sentido que ele possa contribuir para uma reflexão dos profissionais com a possibilidade de partilha harmoniosa e natural das experiências e conhecimentos que os enfermeiros possuem, para que os beneficiados sejam a profissão e os destinatários dos cuidados prestados pelos seus profissionais.

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Introdução Nas últimas décadas tem-se assistido a uma vertiginosa evolução tecnológica, particularmente na área da saúde, proporcionando ganhos em saúde e aumentando as expectativas dos utilizadores dos cuidados de saúde. Na complexa interação Homem e tecnologia que ocorre durante a prestação de cuidados existe o risco associado, que poderá levar à ocorrência de erros em saúde e, neste caso, os cuidados de saúde não só não trarão os esperados benefícios para o doente como poderão provocar o dano Fragata e Martins (2004). Assim, o tema da segurança dos doentes, principalmente o erro em saúde, ganha importância dentro do sector da saúde. O erro relacionado com a medicação, é considerado uma das principais causas de morte e incapacidade, falecendo mais pessoas devido a erros de medicação do que a acidentes de trabalho (Khon, Corrigan e Donaldson, 2000). Embora a gestão da medicação envolva múltiplos profissionais, os enfermeiros assumem, neste contexto, um papel central na promoção da segurança dos doentes, quer na deteção de falhas ocorridas anteriormente com o doente, quer na prevenção de falhas durante as fases do processo em que intervêm diretamente (Catela, 2008). No sentido de reduzir os eventos adversos relacionados com a medicação é essencial adotar uma postura de compreensão do erro, dos fatores precipitantes e circunstanciais do mesmo. Esta postura será o primeiro passo para sua prevenção. Porém, reconhece-se que existe subnotificação dos eventos adversos, nomeadamente os relacionados com a medicação, o que tem dificultado o conhecimento desta realidade. Objetivos O estudo propõe-se concretizar os seguintes objetivos gerais: compreender as circunstâncias associadas ao erro de medicação e sensibilizar a equipa de enfermagem para a importância do relato do erro de medicação. Dos objetivos gerais emergiram os seguintes objetivos específicos: identificar os diferentes tipos de erro de medicação; identificar o impacto do erro no doente, na organização e no profissional; identificar o contexto da sua ocorrência (profissionais envolvidos e momento do dia); identificar as fases do processo em que ocorrem os erros de medicação; compreender as causas precipitantes do erro de medicação (falhas humanas ou falhas sistémicas); identificar as medidas de mitigação de dano realizadas pelos profissionais; identificar as medidas preventivas propostas pelos profissionais; verificar se ocorreu a notificação do erro e analisar os fatores que dificultam ou facilitam a decisão de notificar o erro Metodologia O presente estudo procura dar resposta à questão de investigação "Quais as circunstâncias que envolvem a ocorrência dos erros de medicação, vivenciados pelos enfermeiros, num serviço de internamento de um hospital central?" Nesse sentido desenhou-se um estudo transversal, descritivo, exploratório, numa abordagem qualitativa, que permita a compreensão do fenómeno. Foram convidados a participar no estudo os enfermeiros que trabalham num serviço de internamento do Hospital Central. Cumpridos os critérios de inclusão, aceitaram participar onze informantes. Optou-se pela técnica de entrevista semi-estruturada. O participante foi convidado a relatar uma situação de erro de medicação vivenciado ou observado. A fim de facilitar o relato dos participantes, o guião de entrevista seguiu omodelo Patient Safety Event Taxonomy (PSET) da Join Commission Accreditation Health Organization (JCAHO), adaptado por Castilho e Parreira (2012) para o estudo de eventos relacionados com a prática de enfermagem, permitindo organizar a informação em torno de cinco eixos temáticos: tipo de evento, impacto, domínio, causa, mitigação e prevenção do dano e notificação. Resultados/Discussão Os enfermeiros relatam essencialmente situações incidentes com a medicação vivenciados por si e reconhecem situações near miss como precursor de um possível evento adverso. Os eventos adversos ocorrem principalmente na fase de administração e envolvem principalmente situações de troca de doentes. No que concerne ao impacto que estes eventos adversos podem provocar no doente verifica-se que existe uma tendência geral para a sua desvalorização, considerando os profissionais que não houve impacto negativo ou este foi mínimo. Associam este resultado ao predomínio de medicação oral. Relativamente ao impacto para o Organização, identificamos uma tendência de não valorização, no entanto alguns enfermeiros identificam os gastos materiais, em recursos humanos (novas preparações e aumento da vigilância) e na imagem, quer junto do doente quer da família. Nas consequências para o enfermeiro valorizam sobretudo o impacto negativo (culpa, vergonha, ansiedade), identificando também a oportunidade de aprendizagem. A análise das causas permite evidenciar que os erros acontecem em resultado do entrelaçar de vários fatores humanos e sistémicos que contribuem para a sua ocorrência. As pessoas falham: violam métodos de trabalho preconizados e regras de segurança que conhecem, esquecem-se, enganam-se e confundem-se. As situações de erro são justificadas pelos enfermeiros pela existência de um ambiente que é propiciador da ocorrência destas situações, que favorece a distração, a desconcentração e promove a violação do método individual de trabalho, numa tentativa de contornar o elevado volume de trabalho a fim de dar resposta em tempo útil às necessidades dos doentes. Os enfermeiros, quando referiram como causa uma distração, na sua maioria souberam atribuir a causa dessa mesma distração e não a aceitaram apenas por si só. Foram identificados como fatores que dificultam o trabalho dos enfermeiros e potenciam a ocorrência do erro, o elevado volume de trabalho, as múltiplas interrupções a que são sujeitos aquando da preparação e administração de fármacos, a confusão, a agitação e elevado número de pessoas (utentes e visitas) a circular no serviço e na zona de preparação de fármacos aquando da preparação, a ausência de material atualizado e ajustado a uma preparação e administração segura e condições arquitetónicas da zona de preparação pouco adequadas, Foram ainda, referidas a inadequação do aplicativo informático, o sistema de registo de medicação não dispõe de mecanismos seguros para evitar os erros e o facto de nem todos as camas disporem de rampas de oxigénio. Ainda que os enfermeiros tenham identificado falhas humanas e sistémicas na ocorrência do erro, defenderam que na sua maioria são propiciadas por um sistema frágil e propiciador dessas mesmas falhas. Os enfermeiros vivenciam o erro com responsabilidade, adotando de imediato estratégias de redução do dano, nomeadamente aumentando a vigilância, a certificação de ausência de alergia e aumento da pesquisa sobre ao fármaco A oportunidade de refletir sobre as circunstâncias que envolveram o erro de medicação deu origem a várias sugestões de melhoria no serviço, nomeadamente o aumento da dotação de profissionais, a existência de um armário com sistema de unidose, o cumprimento do método individual de trabalho em especial no que concerne à gestão do medicamento, a otimização do aplicativo informático de gestão do medicamento, a otimização na identificação do doente em cada unidade, maior concentração aquando da preparação e administração dos medicamentos, a existência de um espaço físico exclusivo para a preparação da medicação, a existência de rampas de oxigénio em todas as unidades e a criação de momentos de partilha em equipa a fim de estimular a aprendizagem com erro. Os profissionais reconhecem importância da notificação e da aprendizagem com o erro, sobretudo nos casos graves. Identificam como fatores que e contribuem para a não notificação, o medo de penalização, assim como, o desconhecimento da forma como proceder para notificar o evento adverso. Perante tais achados sugere-se, tal como preconiza Chiang, Hui-Ying e Pepper (2006), que será importante trabalhar juntamente com estes enfermeiros no sentido de os formar e informar sobre onde e como notificar, reforçar a extrema importância de notificar desmitificando o receio da punição individual, estimulando a cultura de aprendizagem com o erro em detrimento de uma culpabilização individual. Conclusão A segurança do doente apresenta-se como uma questão incontornável da qualidade em saúde, reconhecendo-se, que apesar dos avanços tecnológicos e científicos, continuam a ocorrer erros nas práticas profissionais, nomeadamente erros de medicação, suscetíveis de causar dano ao doente. Os profissionais reconhecem que este são frequentemente evitáveis, identificam diferentes fatores humanos e sistémicos que intervêm na sua ocorrência. Os enfermeiros apresentaram como medidas preventivas de erros o aumento da dotação de profissionais, a existência de um armário com sistema de unidose, o cumprimento do método individual de trabalho, em especial no que concerne à gestão do medicamento, a otimização do aplicativo informático de gestão do medicamento, a otimização na identificação do doente em cada unidade, maior concentração aquando da preparação e administração dos medicamentos, a existência de um espaço físico exclusivo para a preparação da medicação, a existência de rampas de oxigénio em todas as unidades e a criação de momentos de partilha em equipa a fim de estimular a aprendizagem com erro. Os resultados desta investigação foram apresentados e discutidos em equipa sendo assim criado um espaço de reflexão. Espera-se com este trabalho estimular a reflexão em equipa sobre esta temática, contribuir para a redução do erro de medicação e fomentar uma cultura de notificação de eventos adversos. É fundamental incutir nos profissionais e nas organizações uma verdadeira cultura de segurança, que proceda à gestão do risco clínico.. Tal como Fragata (2010), consideramos que a segurança dos doentes será tanto mais eficaz quanto mais robusto for o sistema.

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A Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS) assume cada vez mais importância em Portugal e no mundo, fundamentada pelos dados publicados baseados em inúmeros estudos epidemiológicos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a prevalência de Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS) é de 7,6% nos países desenvolvidos, afetando cerca de 4 milhões de doentes anualmente na Europa. Em Portugal, a prevalência estimada de IACS em 2012 foi de 10,6% (Pina, Paiva, Nogueira, & Silva, 2013,). Nem todas as IACS são evitáveis, todavia, uma proporção significativa pode ser prevenida se conseguirmos envolver os profissionais de saúde na adoção de boas práticas no contexto da prevenção e controlo de infeção. É crucial reconhecer que este problema resulta de múltiplos fatores, mas que pode ser minimizado, tal como preconiza a mensagem Clean Care is Safer Care e o "Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção Associada aos Cuidados de Saúde", com estratégias simples, como a adesão dos profissionais de saúde às precauções padrão (PP). Apesar das inúmeras estratégias implementadas no âmbito da prevenção da infeção, vários estudos, evidenciam que a adesão dos profissionais de saúde no seu cumprimento continua a ser inferior ao desejável (DGS, 2013), indiciando a necessidade de estudar os eventuais fatores que dificultam a adesão dos profissionais no cumprimento das normas preconizadas. Objectivo(s) É objetivo central do estudo identificar o nível de adesão e as perceções dos enfermeiros que exercem funções na área de Gestão Integrada Cirúrgica I, face às PP. Assim, pretende-se analisar a relação entre a adesão e as perceções dos profissionais face às PP, bem como a influência de algumas características socio profissionais. Procura-se identificar os fatores dificultadores e facilitadores na adesão a estas precauções. Metodologia Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, transversal. A amostra é constituída por 142 enfermeiros que trabalham em unidades de internamento de cirurgia de um Hospital Central. Foi utilizada uma versão modificada do questionário "Escalas de Fatores Psicossociais e Organizacionais que Influenciam a Adesão às Precauções-Padrão" (Brevidelli e Cianciarullo, 2003, 2009), constituída por uma escala tipo likert de 13 itens, que avalia o nível de adesão dos participantes às PP e uma escala de 15 itens que avalia as perceções dos participantes face às PP. Foram introduzidas duas questões abertas, que permitem caraterizar os fatores facilitadores e dificultadores na adesão às PP. Foram cumpridos os requisitos éticos e formais inerentes ao estudo. Resultados/ Discussão Os respondentes são maioritariamente do sexo masculino (72,5%), com idade média de 38,24 anos. Apenas 53,5% possuem formação prévia na área das PP. No que respeita à adesão às PP, constatamos que os enfermeiros apresentam um nível intermédio de adesão às normas (X ̅=4), obervando-se diferenças em função do tipo de recomendação. Assim, verificamos que os comportamentos com maior nível de adesão são os relacionados com a manipulação de materiais corto-perfurantes (X ̅=4,93). Quanto aos equipamentos de proteção individual verificámos que os enfermeiros apresentam um nível de adesão elevado para as luvas perante a possibilidade de contacto com sangue ou outras secreções (X ̅=4,48) e têm uma baixa adesão (X ̅=3,15) no uso de luvas para a realização de punções endovenosa. A adesão é intermédia no uso de avental protetor (X ̅=4,21) e máscara (X ̅=3,73) e baixa para a utilização de óculos protetores (X ̅=2,02). Constatámos, ainda, que a recapsulação das agulhas tem uma adesão intermédia (X ̅=3,51). No sentido de compreender o que influencia a adesão destes profissionais debruçámo-nos sobre as perceções dos enfermeiros face às PP e verificamos que o valor médio global da escala é ligeiramente inferior ao da escala de adesão, com uma média de 3,89, o que corresponderá a intermédio. Observamos que os profissionais apresentam uma perceção moderada dos obstáculos para seguir as PP (X ̅=3,62), destacando-se como principais barreiras à utilização das PP a acumulação de atividades diárias (X ̅=2,89) e a falta de tempo para a sua utilização (X ̅=3,24). Quanto à perceção do risco , está é moderada (X ̅=3,99), indiciando que os enfermeiros não estão cientes de todos os riscos que correm durante a prestação de cuidados, o que pode comprometer a sua adesão às medidas preventivas. Uma maior perceção do risco por parte dos profissionais, implica um conhecimento elevado dos modos de transmissão de microrganismos e das IACS, culminando numa maior adesão às PP (Pereira, Malaguti-Toffano, Silva,Canini, & Gir, 2013) Relativamente à perceção da eficácia da prevenção com recurso aos EPI observámos que os enfermeiros têm uma perceção elevada de que podem diminuir o risco de se contaminar com sangue e fluidos orgânicos no trabalho se seguirem as PP (X ̅=4,65). No que respeita à perceção do feedback de práticas seguras verificamos que os enfermeiros têm uma perceção intermédia de que a sua adesão faz parte da avaliação de desempenho (X ̅=4,07), de que são chamados à atenção quando não seguem as PP (X ̅=3,71) e de que o seu superior hierárquico o apoia no uso das PP (X ̅=4,46). Não verificámos associações significativas entre as características pessoais (sexo e idade), enquadramento profissional (categoria profissional e anos de exercício profissional) e formação prévia e as perceções e adesão dos enfermeiros às PP. A análise inferencial permitiu verificar que perceções mais positivas, face às PP, estão significativamente associadas a uma maior adesão às PP. Além disso, os enfermeiros com menor perceção dos obstáculos e com uma maior perceção do risco para aderir às PP apresentam um nível mais elevado de adesão às normas de PP. No que concerne aos fatores facilitadores da adesão às PP, os enfermeiros consideram que a existência de recursos humanos e materiais adequados à lotação e às necessidades do serviço são imprescindíveis para aumentar a adesão às normas, bem como, uma correta organização do espaço físico e do trabalho. Além disso, consideram que a supervisão e monitorização hierárquica, de reforço positivo, de incentivo e de motivação por parte dos superiores relativamente às PP, são fatores facilitadores da sua adesão. Como fatores dificultadores os enfermeiros mencionam que associam à utilização de EPI a uma diminuição da sua habilidade para realizar determinadas atividades, nomeadamente, a interferência das luvas na colheita de sangue, realçam a não organização do trabalho (como a sobrecarga de atividades em determinados horários), a inadequação ou a indisponibilidade de recursos materiais, a disparidade entre os recursos humanos existentes e a dotação do serviço, a inadequação do espaço físico às necessidades de doentes em isolamento e aos profissionais que lhes prestam cuidados, a falta de formação e a falta de confiança. Conclusão Concluímos que o nível de adesão dos participantes às PP se encontra aquém do preconizado, sendo influenciada pela sua perceção dos obstáculos e perceção do risco. Os resultados permitem salientar áreas críticas e orientam para projetos de melhoria a desenvolver. Seria crucial dinamizar formações contínuas sobre IACS, que incorporem componente prática. No estudo de Felix, Victor, Malaguti & Gir (2011), os enfermeiros que receberam formação sobre PP na instituição apresentavam 34,63 mais probabilidades de aderir às PP do que os profissionais que não tinham recebido. Os enfermeiros manifestam um desfasamento entre o número de profissionais necessários e a dotação do serviço, o que referem condicionar a sua adesão às normas e recomendações de PP, pelo que seria importante dotar os serviços com o número de profissionais adequados. É necessário maior envolvimento das chefias no incentivo, motivação dos enfermeiros e melhoria das condições de trabalho. Espera-se que a divulgação dos resultados, suscite maior discussão e reflexão sobre este problema na procura conjunta de soluções que potenciem maior adesão dos profissionais no cumprimentos das PP, que todos reconhecem ter um papel fundamental na redução das IACS.

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"Terna Aventura - preparação para o parto e para a parentalidade" é um projeto de extensão à comunidade da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) em que participam estudantes, enfermeiros e professores especialistas em Saúde Materna e Obstétrica Objetivos: Dar resposta às necessidades da grávida/casal preparando-os para o nascimento e exercício da parentalidade; contribuir na formação de Enfermeiros e Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e promover a investigação na área da educação pré-natal. Experiência: Centra-se na intervenção junto das grávidas/casais dando resposta às suas necessidades. Está operacionalizado em três áreas: intervenção, formação e investigação. Intervenção - Preparação para o Parto e Parentalidade/método Psicoprofilático Lamaze, 10 casais, início 28/32 semanas gestacionais e Acompanhamento Haptonómico Pré e Pós-Natal início 16/28 semanas gestacionais, sessões individuais: casal. Efetuadas sessões educacionais teóricas e práticas, partilha de dúvidas e treino de habilidades com recém-nascido. Formação - envolve estudantes do Curso de Especialização de Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia e do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Investigação - monitorização e avaliação das intervenções e seu impacto ao longo das intervenções. Conclusão: A inovação nos métodos de educação pré-natal, os recursos humanos e o acesso aos laboratórios de prática simulada da ESEnfC tornaram o projeto num sucesso e um recurso na comunidade ao dispor da grávida/casal e da família.

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INTRODUÇÃO: A Gestão Desportiva tem vindo a desenvolver-se de forma notável nos últimos anos, o número de instalações desportivas aumentou de forma extraordinária bem como o número de praticantes. No que toca a formação em Gestão desportiva, esta é já, uma realidade bem patente no nosso país, quer a nível do Ensino Superior e da formação pós-graduada, bem como nas autarquias. O Tratado do Desporto (1 de janeiro de 2002), refere que a Comunidade Europeia deve contribuir para o desenvolvimento do desporto nos Estados membros, encorajando o investimento no desporto, em especial através do apoio a iniciativas levadas a cabo pelas federações para promover a solidariedade e a distribuição justa dos fundos entre os desportos amadores e os de alta competição. A comunidade deve, também, apoiar e encorajar a aprendizagem e o treino de jovens atletas, proteger a integridade da competição, manter as provas europeias acessíveis a todos e combater o racismo, promovendo a saúde pública. Assim quando nos referimos à Gestão Desportiva, estamos a falar numa área em forte expansão e com cada vez mais importância na sociedade actual, sendo que o Desporto é já considerado um dos alicerces de desenvolvimento, a todos os níveis na Europa e no Mundo. Como refere Teixeira (2008), é no "velho continente" que se organiza o maior número de competições internacionais, onde cerca de centena e meia de milhões de cidadãos europeus participam nas múltiplas formas de pratica desportiva. Da recreação ao alto rendimento, da amadora à profissional, da ocasional à regular, em mais de um milhão de clubes e colectividades, enquadrados por cerca de três milhões e meio de professores, treinadores e dirigentes, maioritariamente em regime voluntário. Assim, Segundo Cunha (1989), o sector desportivo define-se a partir da verificação de cinco critérios: A identificação dos objectivos próprios que orientam todas as acções dos agentes e do subsistema e do subsistema respectivo e presidem à organização dos seus processos e actividades; A existência de urna unidade-base organizativa. Esta unidade-base é a estrutura organizativa instituída mais pequena, mais simples, onde os processos desportivos se desenrolam e organizam e onde a pratica desportiva acontece. É a partir dela que todo o subsistema organizativo se constitui e se alicerça. A presença dos agentes que são pessoas, os recursos humanos e das suas acções no interior do subsistema, os quais participam na prática desportiva, dirigem os processos organizativos do desporto e fazem funcioná-los. O reconhecimento das populações-alvo especificas ou destinatários, que apresentam motivações, características próprias e diferenciadas no modo corno vivem o desporto: pelo nível da prática, pelas aspirações que alimentam, pelo seu estatuto socioprofissional, residencial, familiar, civil, militar, etário, ou outro; e A afirmação dos processos de organização dos quadros competitivos e demais actividades desportivas, verificáveis através da existência de um quadro de actividades instituto e que seja incrementado com urna certa continuidade ou permanência. P. Roche (2002), refere que "o processo de planeamento de urna forma genérica, deve iniciar-se por urna Análise e Diagnostico da situação Interna e Externa, e Definição da Missão da Organização. Depois será definida a politica da organização pela selecção progressiva de objectivos Gerais, Objectivos Estratégicos. Para atingir os mesmos, será construído e escutado o Plano Operativo Anual, conjunto de projectos, programas e acções concretas. De seguida, seleccionados os Indicadores e finalmente definida a forma de Seguimento do plano e da sua Avaliação". Assim este projecto é apenas uma proposta de desenvolvimento estratégico, que tem como titulo "Plano de Desenvolvimento estratégico da Universidade de Évora", tendo uma componente operacional, ou seja, a sua possível aplicação depende da análise da Universidade de Évora. A escolha do tema vai de encontro aos temas abordados durante as sessões do Mestrado e serve como componente pratica do mesmo, numa perspectiva de analisar e sugerir um plano de orientação que conduza ao alcance dos objectivos inicialmente propostos.

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El presente trabajo se realizó con el objetivo de Evaluar los resultados alcanzados por el Proyecto del Trópico Húmedo e:n la Zona de Pancasan del Departamento de Matagalpa quien fuera ejecutado por la Asociación Agrícola para el Desarrollo Agrícola Comunal (ADDAC) durante la segunda fase de ejecución del Proyecto, comprendida desde Septiembre de 1993 a Febrero de 1996, flnanciado por la Agencia Noruega para el Desarrollo (NORAD). La metodología empleada en el presente Estudio se basó en el tipo de Evaluación Ex­ post de la Dirección de Proyectos y Programación de Inversiones de las Naciones Unidas CEPAL y se resume en cuatro etapas: - Primera etapa Revisión de Información Escrita. - Segunda etapa Levantado de Datos de Campo. - Tercera etapa Procesamiento y Análisis de la Información de Campo. - Cuata y última etapa Elaboración y Presentacion del Informe Final. Los resultados alcanzados por el proyecto según el estudio, muestra que los ingresos percibidos por los productores participantes del Proyecto o Poblacion Meta (PM) se consideran que han aumentado en un 40% más con la incidencia del Proyecto Trópico Húmedo (PTH) con relación a los ingresos de los productores no participantes del Proyecto o Población No Meta (PNM). Este comportamiento refleja que los participantes del PTH han logrado mejorías sustanciales en la disponibilidad del recurso económico así como la creación de condiciones básicas para mejorar sus condiciones de vida. Además los procesos económicos dan lugar a una diferenciación económica entre los pobladores de la zona, pero por otro lado, establece un grado de interés y motivación para Integrarse de una manera activa como participantes del proyecto. En lo que se refiere a capacitación, se estima un 139% de sobrecumplimiento, según la planificación de eventos de capacitación, sobre todo en los años 1993 y 1994. Es importante destacar que este sobrecumplimiento de las capacitaciones tienen un producto y se refleja con la aplicación de las actividades del tipo agroforestal por parte de los participantes del proyecto y con la concepción creada en éstos sobre la preservación de los recursos naturales- Otro elemento Importante que pone de manifiesto el producto de las capacitaciones es el haber desarrollado capacidades en un buen grupo de productores estimados en 60 como futuros promotores de acciones de desarrollo. Por otro lado, han sido diversos los factores que determinaron una disminución en los rendimientos de los principales cultivos (maíz y frijol) entre ellos las variaciones climáticas y el mal manejo, sobre todo en la época de Apante de los productores de la PM con relación a los productores de la PNM. En el rubro Maíz los rendimientos del año 1995 disminuyeron en un 31% con relación a los del año de 1993, contrario a los rendimientos de la PNM que se incrementaron en un 2.1%. En el rubro frijol durante el mismo período, en las dos poblaciones en estudio, se redujo en un 35 y 34 % para la PM y la PNM respectivamente. Sin embargo, la tendencia de este comportamiento es revertirse, ya que los productores de la PNM realizan aplicaciones de agroquímicos para poder obtener estos resultados y los de la PM utilizan prácticas de Conservación de Suelo que a un corto plazo se reflejarán en un incremento de los rendimientos. El rubro pecuario mostró un comportamiento relativamente bajo con relación a los índices zootécnicos previstos, encontrándose mejores resultados en la PNM. Esto se atribuye fundamentalmente a la poca incidencia de las acciones que ha tenido el proyecto hacia este rubro justificado por el alto costo de Inversión que requiere tanto en material biológico como en Infraestructura. En las especies menores (cerdos y aves) no existen indicadores en los registros productivos ni en los resultados esperados por el proyecto. Esto puede valorarse como negativo y como debilidad manifiesta en el proceso de definición para la ampliación de las acciones del proyecto, de manera que no permite cuantificar ni cualificar el comportamiento de éstas ni el Impacto que pueden generar en los sistemas productivos de las unidades de producción. De tal manera que referirnos promedios de 2.66 cerdos por productor (de 13 productores), a diferencia de la PNM que 9 productores reportan un promedio de 1.33 unidades, a esto se agrega que ambas poblaciones reportan el suministro del mismo tipo de alimento (maíz, yuca, guineo, suero y sal). En aves se reportan productores de la PM con mayor número con relación a los de la PNM, con un promedio de 17 y 13 respectivamente. La alimentación suministrada por parte de la PM, se basa fundamentalmente en maíz y concentrados caseros (técnica promovida por el proyecto), este manejo aplicado a las aves por la PM tiene como resultado un aumento en la disponibilidad de alimento para la dieta familiar haciendo uso de los recursos locales de la unidad de producción, sucediendo lo contrario en los productores de la PNM, que para alimentar a las aves por lo general se destina el grano de maíz, compitiendo de esta manera, aves y familia por el alimento. Referente a la diversificación de la producción en la PM1 existe un fuerte predominio (del 32%) de 6 rubros establecidos en la finca y hay una tendencia (de un 21%) a incrementarse hasta 8 rubros como lo manifiestan las metas propuestas por el proyecto inicial. Un elemento importante que explica estos comportamientos la participación activa del personal técnico con los participantes del proyecto, ya que se establecen en un proceso de acción-reflexión-acción. Sucede lo contrario con los productores del grupo de la PNM que siendo 5 los rubros que mayor predominan en las fincas y con poca tendenda (16%) a incrementarse hasta 7 rubros por finca. En lo que adopción de tecnología se refiere, se manifiesta un número de productores (PM) que han adoptado de 3-4 prácticas por año y ha ido en aumento a lo largo de los tres años, desde el 11% en 1993 al 30% en 1995, y se establecen en los rubros de Maíz, Frijol y café. Mucho ha influido y de manera positiva en este proceso de adopción los niveles de comunicación desarrollados por los técnicos con los participantes del proyecto, sin embargo han sido diversos los factores que han influido de manera negativa en el proceso los cuales se reflejaron como: los resultados de las técnicas no son a corto plazo; hay mucha inversión de mano de obra; se hace uso de Insumas externos; hay una resistencia al uso de las tecnologías. La participación de la mujer de la PM en las actividades del proyecto es muy marcado, 124 jornales/año contra 62 jornales de la PNM, fundamentalmente en las actividades de carácter agropecuario, lo cual refleja una clara influencia del PTH en las mujeres de la comarca. A esto se le agrega el involucramiento en un 81% de las mujeres en al menos, un evento de capacitación del PTH a lo largo de tres años. Una evidencia de la diferencia en el comportamiento de las mujeres participantes en el Proyecto o PM es que al aplicar el Instrumento individual se evidencio una mayor fluidez, menor temor de expresión y un ambiente de mayor confianza, mientras que en la mayoría de las no participantes o PNM, se mostró mayor temor a expresar sus ideas y con muy poca alocución a las preguntas formuladas. La experiencia organizativa en la zona de Influencia del proyecto históricamente ha sido muy negativa, por la gran influencia política en dichas organizaciones. El proyecto influyó de una manera muy positiva en el aspecto de la organizacion campesina/ debido a la dinámica neutral de trabajo y en fundón de un bien colectivo, como es la preservación de los recursos naturales. Esto hace posible que en dinámicas de capacitación, surjan expresiones de participantes del proyecto sobre el beneficio de la organización, tales como "El pecado no está en la organización en sí, si no en la forma en cómo es concebida y coordinada"; es importante destacar que estas concepciones de los participantes, dan pautas para la valoración de que se han establecido las bases para desarrollar de una manera más efectiva las acciones impulsadas con un carácter sostenible. Considerando que los resultados obtenidos en el estudio muestran mejoras considerables y sustanciales en los aspectos socioeconómicos de las familias campesinas participantes del proyecto, es importante implementar una tercera fase de ejecución, de manera que se logre fortalecer y ampliar los componentes del proyecto, tomando en cuenta en la planificación una dotación de recursos humanos y económicos para garantizar la influencia a otras zonas aledañas a Pancasan.

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Contenido: Contabilidad y estados contables : implicancias del nuevo ordenamiento del Código Civil y Comercial de la Nación / Guillermo Boggino ; Clide Palacios -- De la inconmensurabilidad a la multimodalidad, un camino sin cisuras / Francisco Casiello ; Luis Herrera -- Ejercicios con la relación entre crecimiento económico y gasto público / Juan Sebastián Landoni -- La vigencia de las ideas de Ludwig Von Mises, para la interpretación de los problemas de Latinoamérica, en la actualidad / Guillermo Covernton -- Servicio de consulta / Patricia Constantini -- La inserción laboral de jóvenes profesionales con discapacidad en el marco de la responsabilidad social empresaria y los indicadores no financieros en la gestión sostenible / Analía Cinalli -- Una nueva menesterosidad para habitar la enseñanza de la filosofía / María del Huerto Revaz -- Los activos intangibles : una incertidumbre en la información contable / Vanesa Vazzano -- El modelo de gestión estratégica de recursos humanos como herramienta de desarrollo, crecimiento, eficiencia y modernización de la gestión pública / Hilda Delaux -- Estudio de la estabilidad de una variante del modelo de la telaraña / José Semitiel ; Angélica Arnulfo ; Cintia Cianciardo -- Microcréditos : tensión social ente destinatarios y tasa de interés / Germán Messina

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Resumen: A partir de la vigencia del nuevo Código Procesal Penal de la Provincia, y la consecuente reforma de la estructura, organización y funciones tanto del fuero penal como los Ministerios Públicos de la acusación y defensa, en este trabajo se describe el organigrama básico de una oficina de gestión judicial, sus diferentes áreas y funciones principales, los aspectos presupuestarios, la infraestructura, el personal y los recursos tecnológicos necesarios para su eficaz desenvolvimiento.

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Resumen: La globalización de mercados, la incorporación de nuevas tecnologías, la institucionalización y consolidación de los estudios universitarios y la creciente competitividad de la industria han impuesto cambios importantes en la comunicación comercial. La inexistencia de censos e investigaciones sobre las características de los trabajadores del sector hacían necesario realizar una radiografía la fuerza laboral publicitaria en Argentina. Como los datos señalan, se trata de un ámbito menos feminizado que en otros países, joven y con una alta satisfacción laboral.

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La producción agropecuaria en Nicaragua, tanto para consumo interno, como para la exportación se ha estancado en los últimos veinte años. Ello indica que los niveles de productividad se han deteriorado en ese importante sector de la economía nacional. La falta de inversión que incide en el mejoramiento de la calidad de la producción, la escasa diversificación de la oferta exportable, el inadecuado impulso en la generación de tecnologías apropiadas y el fortalecimiento de la capacidad de los recursos humanos, la ausencia de servicios que permitan mejorar la eficiencia del sector, la escasez de crédito y las altas tasas de interés de los fondos de crédito disponibles son los obstáculos más importantes que afectan al sector agrícola. A ello debe agregarse el problema de acceso a mercados tanto nacionales como externos. Todo ello ha contribuido al incremento de la pobreza en el área rural y que ésta se haya convertido en zona de pobres que trabajan la tierra y producen bajo condiciones cada vez más adversas. No obstante, el aporte en la generación de ingresos por exportaciones del país es significativo, y es responsable en la generación de empleo de la Población Económicamente Activa. De los diez principales productos exportables de Nicaragua a los EEUU, seis son de origen agrícola Además, Nicaragua cuenta con extensas áreas con vocación agrícola, terrenos altamente fértiles con condiciones para ser cultivados con métodos intensivos de producción, clima apropiado para diversificar la oferta exportable, considerable experiencia de la población rural en la producción de granos básicos; condiciones que combinadas con políticas dirigidas al desarrollo del sector, darían al país la posibilidad de enfrentar los nuevos retos de la apertura y la liberalización comercial. En el marco de los Tratados de Libre Comercio, la producción agrícola nacional deberá competir con productos extranjeros que ingresarán libremente al mercado nacional. De igual manera su oferta exportable deberá competir con los productos de otros países en los mercados de destino. Es decir, a la agricultura nicaragüense le tocará competir con producciones de países desarrollados, que además de proporcionar altos subsidios a sus productores, también les suministran recursos para la inversión y la investigación. La producción agrícola nicaragüense enfrenta un doble reto; por un lado, deberá incrementar sus niveles de productividad y reducir sus costos de producción; y por otro lado, deberá diversificar su oferta exportable y mejorar la calidad de su producción. Ello le dará la posibilidad de mejorar las condiciones para competir tanto en el mercado interno, como en el mercado externo. Esta obra que ha sido elaborada por el Doctor Elgin Vivas Viachica, decano de la Facultad de Desarrollo Rural de la Universidad Nacional Agraria, es la culminación de varios años de trabajo docente - investigativo del autor. Diseñada para servir como manual a los estudiantes relacionados con la agricultura, la obra proporciona fundamentos para una mejor utilización y aprovechamiento de los factores productivos. De igual manera, orienta sobre diferentes métodos para aumentar la productividad de todos los recursos que se combinan para la elaboración de productos agrícolas. Esta obra desea contribuir a la materialización de uno de los principales objetivos de la Universidad Nacional Agraria; dotar a sus estudiantes y a través de ellos a la población nicaragüense dedicada a la agricultura, de los fundamentos teóricos que trasladados a la práctica cotidiana, incidan en el aumento de la productividad de las actividades agrícolas y en el incremento de la calidad de la producción. Ambos instrumentos en el marco de los TLC, permitirán al país mejorar sus condiciones para competir a nivel interno y externo, incrementar su nivel de ingresos, reducir las disparidades económicas y sociales entre el campo y la ciudad, y evitar que la pobreza siga incrementándose en la zona rural. Managua, mayo de 2010.