967 resultados para Fonseca, Rubem, 1925- . O Cobrador - Crítica e interpretação
Resumo:
A dissertao objetiva estudar o papel que o apocalipsismo, desempenhou na histria e no contexto da redao do orculo isaiano em Isaas 24,1-6. A proposta de que sua funo foi de grande importncia no processo de formao do judasmo ps-exlico, fomentando uma nova reidentificao e reetnizao dos israelitas-judatas num contexto de frustrao nacionalista e religiosa que gerou uma grande heterogeneidade teolgica. Identificamos este contexto como sendo o ambiente em que se deu um complexo processo de transio scio-teolgica na histria dos judaitas no perodo de dominao persa. O apocalipsismo, enquanto fenmeno religioso e scio-histrico, se mostrou como resultado de uma realidade hostil e desumanizadora na qual a identidade teolgico-cultural e os relacionamentos scioeconmicos das pessoas foram extremamente ameaados e violentados gerando uma contraposio aos desgnios de Yahweh expressos na aliana firmada por ele para com seu povo. Atravs da pesquisa e anlise exegtica de Isaas 24,1-6, a presente dissertao prope que, a partir dessa realidade conflituosa, a profecia apocalipsista isaiana se manifesta contra as estruturas e suas articulaes geradoras de segregao e desumanidade, lanando uma esperana no ato transformador por intermdio de Yahweh, o senhor da histria, que possibilita um reverso histrico, a partir do qual ser possvel reconstruir relacionamentos favorveis no mbito social e espiritual.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
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Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
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As pessoas com deficincias so excludas da sociedade devido marca negativa de descrdito recebida pelo meio social - por sua aparncia ou seu modo de ser diferentes - que os coloca fora da norma classificando-os como seres desviantes. No cotidiano escolar essas marcas se afirmam e se reproduzem, no promovendo s pessoas com deficincias uma superao desse estigma. A pesquisa visa analisar como o estigma incorporado pelos alunos com deficincias influencia no processo de interao e incluso escolar, de forma a estudar indcios de como se desenvolve o processo de estigmatizao no cotidiano escolar sob a luz dos pensamentos de Erving Goffman. O presente estudo utiliza-se uma reviso de literatura especifica do tema, fundamentada nos estudos de Erving Goffman, conjuntamente pesquisa emprica baseada na etnografia vivenciada pelo autor em seus estudos de comunidade, foram utilizadas como estratgias de pesquisa, entrevistas com trs professores e observaes registradas por meio de de observao de cenas do cotidiano escolar de duas escolas pblicas do estado de SPSo Paulo . No captulo 1 buscamos entender os constructos de Goffman principalmente por meio de sua trajetria acadmica, no captulo 2 o trabalho centrou-se na compreenso da interao social e principalmente na questo definida pelo autor como ordem da interao, em queentende-se que as pessoas so autores dentro de um palco social, no captulo 3. a pesquisa aborda o termo estigma e explica sua influncia na interao e no avano das pessoas com deficincia. Por fim, o trabalho se encerra no captulo .4 apresentando a anlise das entrevistas e dos registros das cenas do cotidiano escolar. As cenas selecionadas apresentam os atores envolvidos, o cenrio, e o enredo das interaes, identificando as estratgias do estigma incorporado pelos alunos com deficincia e buscando ligaes com as polticas inclusivas e as escolas brasileira. A pesquisa identificou que a escola, como meio de socializao e criao de saberes, possui um papel importante neste processo de mudana, apesar de muitas vezes reproduzir o estigma social. Observamos ento que a escola pode auxiliar na mudana do olhar que exclui, maneira que mostra algumas mscaras do social e da prpria incluso; no entanto importante salientar que sua renovao e de seus agentes sociais deve valorizar as diferenas para construo de novos conhecimentos.(AU)
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As pessoas com deficincias so excludas da sociedade devido marca negativa de descrdito recebida pelo meio social - por sua aparncia ou seu modo de ser diferentes - que os coloca fora da norma classificando-os como seres desviantes. No cotidiano escolar essas marcas se afirmam e se reproduzem, no promovendo s pessoas com deficincias uma superao desse estigma. A pesquisa visa analisar como o estigma incorporado pelos alunos com deficincias influencia no processo de interao e incluso escolar, de forma a estudar indcios de como se desenvolve o processo de estigmatizao no cotidiano escolar sob a luz dos pensamentos de Erving Goffman. O presente estudo utiliza-se uma reviso de literatura especifica do tema, fundamentada nos estudos de Erving Goffman, conjuntamente pesquisa emprica baseada na etnografia vivenciada pelo autor em seus estudos de comunidade, foram utilizadas como estratgias de pesquisa, entrevistas com trs professores e observaes registradas por meio de de observao de cenas do cotidiano escolar de duas escolas pblicas do estado de SPSo Paulo . No captulo 1 buscamos entender os constructos de Goffman principalmente por meio de sua trajetria acadmica, no captulo 2 o trabalho centrou-se na compreenso da interao social e principalmente na questo definida pelo autor como ordem da interao, em queentende-se que as pessoas so autores dentro de um palco social, no captulo 3. a pesquisa aborda o termo estigma e explica sua influncia na interao e no avano das pessoas com deficincia. Por fim, o trabalho se encerra no captulo .4 apresentando a anlise das entrevistas e dos registros das cenas do cotidiano escolar. As cenas selecionadas apresentam os atores envolvidos, o cenrio, e o enredo das interaes, identificando as estratgias do estigma incorporado pelos alunos com deficincia e buscando ligaes com as polticas inclusivas e as escolas brasileira. A pesquisa identificou que a escola, como meio de socializao e criao de saberes, possui um papel importante neste processo de mudana, apesar de muitas vezes reproduzir o estigma social. Observamos ento que a escola pode auxiliar na mudana do olhar que exclui, maneira que mostra algumas mscaras do social e da prpria incluso; no entanto importante salientar que sua renovao e de seus agentes sociais deve valorizar as diferenas para construo de novos conhecimentos.(AU)
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Contm: Contexto histrico. Obra pictrica. Smbolo, drama, doxologia
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Esta investigao visa o estudo e enquadramento em termos histricos, tipolgicos e artsticos das pinturas de Bento Coelho da Silveira (1620-1708), expostas na igreja de S. Bartolomeu da Charneca em Lisboa. Uma vez que sabemos que no foram realizadas especificamente para a igreja de S. Bartolomeu da Charneca em Lisboa onde, na atualidade se encontram, procurar-se- averiguar qual a origem destas obras; quem foi o seu encomendador e ainda aferir a pertinncia e a coerncia do programa iconogrfico que veiculam. Caracterizar-se- a pintura deste artista barroco, em concreto as nove telas de temtica mariana que se encontram na igreja supracitada. ainda objeto deste trabalho a comparao com outras obras do pintor, analisando o cnone, os atributos, os adereos e as composies, com particular relevo nas atitudes e nas caractersticas expressivas, bem como no estado de alma dos personagens todos eles evidenciando uma atitude melanclica. Pretende-se, finalmente, tecer consideraes acerca do seu estado de conservao e, eventualmente, efetuar propostas de conservao e restauro, caso seja necessrio.
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Nenhum outro realizador a trabalhar em Hollywood durante os anos 30 do sculo XX alcanou maior notoriedade do que Frank Capra. A sua biografia, to parecida com as histrias de rags to riches, parece coexistir com as narrativas ilustradas em alguns dos seus filmes mais perenes. No entanto, apesar de todo este sucesso, a carreira de Frank Capra seria relativamente curta e, sobretudo, quase exclusivamente associada dcada da Grande Depresso. A elaborao deste trabalho tem por objetivo articular a histria pessoal de Frank Capra com as histrias da Grande Depresso, utilizando os filmes que dirigiu durante essa dcada e, neste processo, tornar aparentes alguns dos motivos para o sucesso do realizador durante os anos 30.
Resumo:
Esta dissertao consiste numa anlise de quatro filmes de Franois Truffaut, nomeadamente La marie tait en noir (1968), La sirne du Mississipi (1969), Lhistoire dAdle H. (1975) e La chambre verte (1978). O meu estudo centra-se nalgumas figuras pertencentes a sistemas de representao, que ocupam posies de relevo nas narrativas e na imagtica destes filmes. Assim, considero o tratamento dado a fotografias, pinturas, desenhos ou esculturas no quadro maior da imagem flmica, e atento na caracterizao de certas personagens enquanto, elas mesmas, propiciadoras de uma reflexo acerca da imagem. Finalmente, procuro repensar o modo como, associando esse trabalho sobre objectos representativos a um pensamento sobre a morte, Truffaut formula uma meditao sobre o cinema enquanto arte intimamente relacionada com a noo de fantasma.
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A presente dissertao tem como objetivo analisar tematicamente a polmica de 1715/16 entre Leibniz e Clarke, no apenas, como usual, no mbito das concees do espao e do tempo, mas no conjunto dos seus temas metafsicos, teolgicos, gnosiolgicos e fsicos. Na estruturao da dissertao, adquiriu um papel central o confronto dos autores em torno da noo de liberdade, cuja importncia evidente na utilizao do princpio da razo suficiente e seus corolrios, na distino entre verdades de razo e verdades de facto, entre os diversos tipos de necessidade, nas concees alternativas de espao e de tempo, na alternativa entre tomos e mnadas, na questo dos limites do universo, na relao entre a alma e o corpo, nas teses relativas providncia divina, na forma como se concebe a relao de Deus com a sua mquina, na noo de milagre e nas prprias noes de fora e de movimento, pelo menos no que respeita sua relao com Deus, isto sem desprezar a abordagem direta da prpria noo de liberdade. Com este enquadramento, pretende-se mostrar, atravs de um eloquente exemplo histrico, que as teorias cientficas naturais se podem alicerar em teorias metafsicas e que esses alicerces no tm que se esgotar, mesmo no seio da metafsica, nas questes estritamente cosmolgicas, isto para l de poderem existir influncias nunca menosprezveis de domnios no filosficos, como o caso da teologia dogmtica. Apesar disto ser evidente na abordagem dos textos, existe uma sistemtica menorizao contempornea desta determinao, como se fosse uma idiossincrasia da poca ou uma deferncia que a cincia tinha de ter numa poca ainda obscurecida pela autoridade das igrejas e pela especulao filosfica. Esta abordagem pretende compreender todos os aspetos do pensamento expresso pelos autores na polmica, na sua integralidade, sem reservas de qualquer tipo.
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Joo de Patmos, atravs de elementos literrios e dramticos e da estrutura cnica e litrgica, criou no Apocalipse um universo simblico especfico. As imagens deste universo so protagonizadas tanto por seres divinos como tambm por pessoas humanas que se encontram exaltadas entre os seres celestiais, cantando e louvando a Deus. Durante o processo da composio, o autor da obra se inspirou na tradio apocalptica e escatolgica das tradies visionrias merkavah presentes em Ezequiel, Daniel e 1 Enoque, e fez uma leitura prpria destas tradies que obedece aos seus prprios objetivos literrios e s necessidades dos leitores / ouvintes do escrito. Os seres celestiais e humanos destacados nas imagens, e a presena de vrias confluncias de tradies merkavah indicam que o Apocalipse se insere numa vertente da literatura apocalptica contempornea do escrito. notvel que, tanto na apocalptica, em Qumran, na literatura hekhalot como no Apocalipse, h indcios de uma intensa experincia exttica de grupos de culto celestial. O cenrio de vises prioritariamente litrgico, dentro de um templo celestial. As imagens geradas pela leitura das experincias msticas de Ezequiel, 1 Enoque e outros escritos msticos eram contempladas e enriquecidas pelas experincias de viagens celestiais de grupos profticos durante cultos terrestres. Nas experincias msticas registradas nos fragmentos analisados do Apocalipse de Joo podem ser percebidas certas feies dos viajantes celestiais. Nos seus discursos sobre a viso do mundo que contemplam e definem, eles revelam suas crenas, desafios e expectativas, a sua auto-compreenso religiosa. Alm da identidade dos protagonistas dos cultos celestiais percebe-se tambm o carter e a funo altamente criadores do fenmeno exttico em geral, como tambm, em particular, no Apocalipse de Joo. O escrito revela e promove uma estrutura do mundo divino-humano completo e perfeito que est num movimento contnuo, um mundo que, com toda a simbologia inerente, expressa a idia de criar, recriar e governar o universo inteiro. Os seres humanos participam ativamente deste universo e cooperam com a funo reconstituinte dele. Essa cooperao na reconstituio do mundo tem um carter presente e atual, embora a plenitude desta reconstituio esteja reservada para o futuro.
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As dinmicas profticas no prlogo de Dutero-Isaas que delineiam grande parte das linhas da mensagem apresentada em todo o bloco de Isaas 40-55 como uma introduo, via desta pesquisa. Estas dinmicas contm conceitos teolgicos renovados, pertinentes, e que fortaleceram o nimo dos exilados. Para isto, o profeta usou como modelo antigas memrias fundamentais do povo hebreu. Em especial no prlogo, destacam-se o xodo do Egito e a peregrinao no deserto, que tm seu propsito em chamar os exilados resistncia ao assdio e incorporao babilnica. Tendo em vista que, entre sucumbir aos encantos da religio e cultura babilnica, ou continuar a firmar a f em Jav esperando a mudana da sorte, estava o drama vivido pelos exilados. O povo precisava de respostas pertinentes s suas dvidas e neste sentido que surge a profecia de Dutero-Isaas combatendo a crise com esperana e movimentando f antes resignada. Neste sentido, a histria da salvao serve como apoio e garantia para o futuro de libertao e restaurao. Quando o presente no era capaz de suscitar esperana de mudanas no futuro, o profeta buscou no passado, memrias capazes de suscitarem aos exilados o desejo de servir a Jav ao invs de Marduque. Por trs desta necessidade surge o conceito de que a histria do povo o caminho pelo qual Jav escolheu para manifestar-se. No prlogo possvel perceber, como, e, o que, o profeta utilizou para levar os judatas exilados a sentir-se verdadeiramente o povo de Deus. Foi importante fazer com que buscassem sua identidade em suas experincias de libertao do passado para que pudessem ter esperana.
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Esta tese se insere dentro da leitura bblica latino-americana trazendo, nessa tica, a riqueza e o desafio do que significa ler a Bblia a partir de um contexto de opresso como o nosso continente. Nos servimos do roteiro das cincias bblicas e dos mtodos exegticos modernos. uma pesquisa bibliogrfica onde, eventualmente, consideramos o nvel experincial, por exemplo quando trabalhamos o tema do derramamento do Esprito nos pentecostais chilenos. Esse captulo, IV, segue o roteiro da hiptese central de nossa tese na medida que firmamos o princpio de que os pentecostais fazem parte do amplo e diverso grupo dos enfraquecidos como produto de um sistema excludente, baseado na explorao social. Numa situao de crise, o anncio do derramamento do Esprito um sinal de salvao, de perspectivas futuras, de conservao e prolongao da vida. Esta tese rel o tema do derramamento do Esprito, a partir de Jl 3,1-5. O tema analisado num contexto social concreto, onde os enfraquecidos recebem o Esprito do Senhor. O eixo que nos permite fazer esta leitura encontra sua referencial nas pessoas setores sociais - mencionadas como beneficiadas diretas da ao do Esprito. So pessoas que representam setores diferentes; jovens, escravos e escravas, formam o grupo que sustenta e faz funcionar o sistema imperial persa grego - baseado na explorao e mo de obra barata. Eles, juntamente com os idosos que no produzem mais, so a base de sustentao da pirmide social. Como demostraremos no decorrer da tese, nossa hiptese somente possvel se duas conjunturas se cruzam. Para isso, em num primeiro momento, localizamos e demostramos que o livro de Joel deve ser situado no contexto da literatura apocalptica (nascimento). Em seguida, demonstramos que o livro de Joel, como produto literrio final, deve ser localizado no contexto histrico do ps-exlio, isto , no tempo dos imprios persa e grego. A confirmao destes dois aspectos desenvolvidos nos captulos I e II, nos permitem, na anlise literria, captulo III, aprofundar, mediante a anlise exegtica, e confirmar a nossa hiptese central. Com estes trs captulos demostramos que o derramamento do Esprito do Senhor tem como destinatrios preferenciais, seno exclusivos, os setores enfraquecidos pela poltica social, econmica e religiosa dos imprios persa e grego. Com estes trs captulos desenvolvidos, no quarto captulo analisamos uma experincia concreta, de um setor majoritariamente pobre que tem se apropriado do texto de Jl 3,1-5, e encontrado nele uma alternativa social, poltica e religiosa para se manter fiel ao Senhor e por quase um sculo recria e revive a experincia do derramamento do Esprito. Os velhos, os jovens, os escravos e as escravas, formam o setor dos enfraquecidos. o setor que nada espera, e que nada ter da parte dos imprios e que, como os pentecostais, pela sua situao de enfraquecimento, acredita que somente uma interveno externa pode mudar o seu futuro, pode trazer de volta a esperana. Essa interveno externa comea a ser possvel pelo derramamento do Esprito e se concretiza na chegada do dia de Jav, que ser grande e terrvel, onde o sol e a lua se unem para indicar o monte de Sio e a cidade de Jerusalm como lugar de adorao, refgio e salvao. Esta perspectiva da ao do Esprito possvel somente no perodo do ps-exlio. Nesse tempo o Esprito adquire uma dimenso ampla e inclusiva agindo sobre diversos setores sociais, independe de serem ou no judeus.(AU)
Resumo:
As anlises desta tese, baseadas numa hermenutica feminista libertadora, tm como centro a figura de Inana, a deusa mais importante e mais popular da Sumria, que predominou, sob o nome de I tar, tambm nos pantees mesopotmicos posteriores. O Captulo 1 oferece uma reconstruo da vida na Sumria, desde os tempos neolticos at os incios do Perodo Babilnico Antigo (aproximadamente de 5000 a 2000 aEC), com especial ateno para dados sobre mulheres e para aspectos de gnero. O Captulo 2 apresenta documentos pr-sargnicos, iconogrficos e filolgicos, relacionados com a figura e o culto de Inana, oferecendo as primeiras reflexes sobre aspectos particulares e conflitos que mostram sua posio especial na religio na Sumria e na sua crescente patriarcalizao. No Captulo 3, esses aspectos e conflitos so discutidos enfocando tradies de Inana como Senhora da Eana, dos Me e de Kur, com especial ateno para os mitos Inana e a Eana , Inana e os Me e Inana e o Inframundo (ETCSL 1.3.5; 1.3.1; 1.4.1). mostrado que o mito Inana e a Eana o resultado de manipulaes para legitimar o culto de An nesse templo de Inana, que Inana e os Me reflete atitudes de resistncia contra tentativas de seu desapoderamento, e que Inana e o Inframundo composto de mitos diferentes que evidenciam vrios conflitos relacionados com funes e poderes de Inana. Desse modo mostra-se que os conflitos em torno de Inana refletem represses e resistncias humanas no mbito de uma sociedade quiriarcal e da crescente patriarcalizao de sua religio. Embora a atuao poltica e religiosa de mulheres em sociedades de hoje no necessite de legitimaes a partir de exemplos provenientes de religies antigas, a reconstruo e memria feministas de tais exemplos podem servir de estmulo para tal atuao quando busca construir uma outra imagem do divino e quando luta por um mundo de igualdade em direitos e dignidade para todas as pessoas.(AU)