1000 resultados para Epidemiologia Teses
Resumo:
Levantamento sorolgico realizado em 200 estudantes da Universidade de So Paulo, nos anos de 1984 e 1985, demonstrou ampla prevalncia sorolgica do vrus da influenza tipos A e B. Os anticorpos dos indivduos foram detectados pela tcnica de Hemlise Radial Simples (HRS), cujas mdias aritmticas de ttulos foram maiores entre as cepas dos subtipos (H1N1) e (H3N2) do vrus da influenza tipo A, mais recentemente isoladas da populao. Porm, com relao ao tipo B, deste vrus, a situao foi inversa, pois apesar da cepa B/Engl./ 847/73 ser a mais antiga incidente, revelou melhor reatogenicidade sobre as demais cepas avaliadas e de acordo com a doutrina do "Pecado original antignico", suposto que tenha sido responsvel pela primo infeco na maioria do grupo investigado. A avaliao sorolgica dos subtipos do vrus influenza tipos A e B, desta populao, revelou ndices de anticorpos de baixos ttulos HRS (2,5 a 3,5 mm) e de altos ttulos (> 4,0 mm) que esto relacionadas ao menor e maior nvel de proteo infeco. Sendo que a capacidade individual da imunidade e da persistncia de anticorpos contra o vrus, dependeram da atualidade e freqncia de exposio influenza.
Resumo:
O Programa de Desfesa da Vida dos Lactentes da Secretaria de Higiene e Sade do Muncipio de Bauru tem um critrio diagnstico para a incluso de recm-nascidos dentro do programa. Este critrio formado pela combinao de 11 indicadores clnicos e sociais de risco mortalidade infantil de fcil obteno no momento do parto. Decidiu-se propor um critrio diagnstico alternativo, a partir dos mesmos indicadores clnicos e sociais, com maior sensibilidade para a mesma proporo de crianas matriculadas no Programa. Os dados hospitalares foram coletados no perodo de 11 de maio de 1986 a 10 de novembro de 1987. A mortalidade compreende o perodo entre 7 dias e 6 meses, que o perodo de seguimento das crianas pelo Programa. Calculou-se para cada indicador o risco relativo bruto numa anlise univariada e o risco relativo ajustado pela tcnica de regresso logstica. Criou-se um sistema de pontuao baseado na somatria dos excessos de risco de cada indicador.
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Foi estudada a relao entre a ingesto diettica de clcio e os demais parmetros alimentares e antropomtricos em 60 indivduos adultos, portadores de hipertenso arterial idioptica (10 homens e 50 mulheres), com mdia etria de 48,6 anos, seguidos no Centro de Hipertenso Arterial do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP), Brasil. Foram utilizados trs mtodos diferentes de inqurito aumentar em trs diferentes ocasies: recordatrio de 24h, questionrio de freqncia alimentar, dirigido para ingesto de clcio, e registro alimentar de 3 dias. As mdias de ingesto de clcio, extradas desses inquritos, foram semelhantes, mostrando que, em relao ingesto de clcio, esses mtodos de inqurito alimentar podem ser utilizados indistintamente com o objetivo de se mensurar ingesto de clcio de um grupo de indivduos. Alm da ingesto de clcio, foi avaliada a ingesto protico-calrica e de diversos outros nutrientes, assim como realizada a antropometria desse grupo de hipertensos em trs ocasies diferentes, com intervalos variando de duas semanas a 15 meses. Quando comparado a um grupo de referncia local, constitudo de indivduos sadios, com mdia etria semelhante, o grupo de hipertensos mostrou ter menor ingesto mdia de clcio. Comparados por sexo, os homens dos dois grupos exibiram perfis nutricional e antropomtrico semelhantes. Em relao s mulheres, houve diferenas quanto ingesto protico-calrica, o que se supe ser devido ingesto menor do leite e derivados entre as hipertensas. Estas estavam mais pesadas que as mulheres do grupo de referncias, custa de maior massa muscular, provavelmente devido a maior atividade fsica. Concluiu-se que o clcio diettico foi o principal item alimentar que distinguiu hipertensos de normotensos. Como existem estudos clnicos comprovando o efeito benfico da suplementao de clcio na reduo dos nveis pressricos de indivduos hipertensos, sugere-se a repetio deste tipo de trabalho, em outros locais, visando ao embasamento de programa nacional de suplementao de clcio diettico entre indivduos hipertensos idiopticos.
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So apresentados os resultados da avaliao de processo das atividades de vigilncia epidemiolgica, realizada em 1985, em 948 unidades de sade situadas em 98 dos mais populosos municpios de cada Estado brasileiro. Foram analisados os seguintes aspectos: fluxo de informaes, anlise de dados e realizao de investigao epidemiolgica. Foram considerados potencialmente determinantes do desempenho: insero institucional, atividades de vacinao, aspectos gerenciais e capacitao em servio. A anlise estatstica baseou-se na anlise de correspondncia mltipla e na classificao hierrquica ascendente, disponveis no programa "Systeme Portable Pur L' Analise De Donnes -SPAD". As unidades avaliadas no apresentaram padro uniforme de desempenho, sendo classificadas em seis grupos segundo a atuao na vigilncia epidemiolgica. Em 53,7% das unidades foi observado desrespeito s normas mais elementares das atividades de vigilncia epidemiolgica. A presena de atividades de vacinao nas unidades estava relacionada com um melhor desempenho em vigilncia epidemiolgica. Foi apontada a necessidade de rever o modelo de vigilncia epidemiolgica ainda em uso no pas, pois no mais concebvel a reduo da epidemiologia dos servios de sade s doenas transmissveis ou o gerenciamento dos servios e programas sem a informao epidemiolgica.
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No perodo compreendido entre abril e outubro de 1988, foram estudadas 363 gestantes de primeira consulta , que estavam inscritas no Programa de Atendimento Gestante em oito Centros de Sade da Secretaria da Sade do Estado de So Paulo (Brasil). Na ocasio da coleta de material estas gestantes no faziam uso de medicamentos que continham ferro, cido flico, vitamina B12 ou associaes destes. A idade mdia das gestantes foi de 25 anos; 65,9% delas pertenciam a famlias com renda de at um SMPC (salrio mnimo per capita) e apenas 3,1% pertenciam a famlias com renda superior a 3 SMPC. Tomando-se a saturao da transferrina inferior a 15% como ndice mnimo para definir a deficincia de ferro, a prevalncia de deficincia de ferro no primeiro trimestre (4,6%) foi significativamente menor do que a observada no segundo (17,3%), e esta foi menor do que no terceiro trimestre (42,8%). A prevalncia de deficincia de ferro total agrupada nos trs trimestres foi de 12,4%. No houve diferena significativa entre as prevalncias de deficincia de ferro segundo o nmero de partos. Esta prevalncia foi maior no grupo das gestantes que pertenciam a famlias com renda de at 0,5 SMPC. Nas gestantes anmicas, 46,7% eram deficientes de ferro, 44,4% de cido flico, 20,0% de ferro e cido flico e nenhuma delas eram deficientes de vitamina B12.
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Foi realizado estudo epidemiolgico com vistas a determinar a prevalncia de marcadores sorolgicos de hepatite B na populao de um pequeno municpio, de caractersticas rurais, do Estado de So Paulo. Observou-se prevalncia total de marcadores igual a 7,74%, com valores de HBsAg, anti-HBs e anti-HBc, respectivamente iguais a 0,10%, 1,69% e 7,64%. Ressalta-se a importncia da determinao do anti-HBc em estudos epidemiolgicos, bem como discute-se a relevncia de se comparar a reduzida circulao viral, observada na rea, com as elevadas prevalncias verificadas em outras regies, buscando assim levantar hipteses acerca de mecanismos alternativos de transmisso.
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O presente trabalho descreve dados colhidos entre 16.117 estudantes de primeiro e segundo graus, de quinze cidades brasileiras, sobre a prtica de algumas atividades no curriculares e o consumo de lcool e drogas. No foi encontrada, na ampla maioria dos casos, nenhuma associao entre praticar esportes, artes e atividades comunitrias e o consumo dessas substncias. Mas foi encontrada correlao negativa fraca, mas constante, entre consumo de lcool e drogas e freqncia a atividades religiosas. Os achados so discutidos luz de alguns preconceitos correntes na sociedade brasileira, que rotula o jovem sem ocupao definida como drogado em potencial. Discutem tambm as implicaes do fato de entre os jovens praticantes de atividades religiosas haver uma discreta diminuio do uso de lcool e drogas.
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Com o objetivo de descrever a prevalncia de anemia na populao de uma rea endmica de malria - o distrito de Candeias, localidade periurbana do Municpio de Porto Velho, no Estado de Rondnia, Amaznia Ocidental Brasileira, - uma amostra casual de 1.068 indivduos (14,1% da populao total) de todas as idades submeteu-se dosagem de hemoglobina e microscopia em gota espessa para diagnstico de malria. O diagnstico de anemia foi positivo em 299 indivduos (28,0% da amostra), sendo as maiores prevalncias encontradas em crianas com idade entre 6 meses e um ano (70,0%) e entre um e 6 anos (38,4%), alm de gestantes (41,2%), 7/17) e pacientes com malria (44,4%, 8/18). Realizaram-se exames parasitolgicos de fazes em amostra voluntria de 476 indivduos (44,6% da populao amostral), dos quais 118 (26,3%) foram positivos. Nessa amostra voluntria, no houve diferena significante na prevalncia de anemia entre indivduos parasitados e no-parasitados. Acima de 14 anos de idade, a prevalncia de anemia foi tanto maior quanto mais recente o ltimo episdio de malria referido pelos pacientes. Nesta faixa etria, economicamente produtiva, destaca-se o papel da malria entre as causas subjacentes anemia.
Resumo:
Estudou-se a prevalncia da cisticercose bovina (Cysticercus bovis) no Estado de So Paulo, no ano de 1986, a partir de fichas de matadouros do Estado sob o controle do Servio de Inspeo Federal (SIF). Para o estudo da distribuio geogrfica, adotou-se a diviso poltico-administrativa do Estado, formada por 11 Regies Administrativas (RAs) e a Regio Metropolitana (RM), subdivididas em 42 Regies de Governo (RGs), abrangendo 572 municpios. Aos valores de prevalncia obtidos aplicou-se o teste "Z" para duas propores. O total de abate foi igual a 896.654 cabeas, tendo sido diagnosticados 48.957 casos de cisticercose, correspondendo a uma prevalncia de 5,5%. Obteve-se resultados de prevalncia para 385 municpios, todas as RGs, RAs e a RM. Apresentaram resultados estatisticamente significantes 97 municpios, 14 RGs e 4 RAs.
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Como um dos requisitos para a operacionalizao do Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional (SISVAN) no municpio de Curitiba, PR, Brasil, foi realizado um levantamento epidemiolgico retrospectivo com dados de 1988, que buscou atravs do exame antropomtrico conhecer a prevalncia e as formas de desnutrio calrico-protico de crianas menores de cinco anos atendidas pela Rede Municipal de Sade de Curitiba. Numa amostra de 4.213 crianas encontrou-se pela Classificao de Gmez 28,1% de desnutridos, sendo que 3,6% destes situam-se no grau II e III. A Classificao de Seoane e Latham modificada por Batista Filho revelou que 19,7% das crianas apresentam alguma forma de desnutrio. O perfil antropomtrico revelou maior concentrao de crianas no primeiro decil a partir do sexto ms de vida, sendo esta mais acentuada no grupo etrio de 12 a 24 meses para os ndices: peso/idade e altura/idade.
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Com o objetivo de avaliar o estado nutricional de crianas de uma populao urbana perifrica de Porto Alegre, RS (Brasil) que apresentaram quadro de desnutrio moderada ou grave antes dos 5 anos de idade, 61 famlias foram procuradas aps 2 a 4 anos de uma avaliao inicial. Das 39 crianas localizadas, 4 (10,3%) foram a bito e 22 (56,4%) apresentaram um incremento na relao peso/idade maior que 10%. Entre as 35 crianas sobreviventes, 29 (82,3%) apresentavam algum grau de desnutrio (peso/idade < 90% do padro), 25 (71,4%) tinham baixa estatura (altura/idade < 95% do padro) e 5 (14,3%) possuam pouco peso para a altura < 90% do padro). Os irmos menores de 5 anos de idade apresentaram estado nutricional semelhante ao das crianas reavaliadas. Os fatores que mostraram alguma associao com um melhor estado nutricional (incremento maior que 10% na relao peso/idade no perodo do seguimento e/ou altura/idade ou peso/altura adequados na segunda avaliao) foram: histria de pelo menos uma hospitalizao entre a primeira e a segunda avaliao, deteco da desnutrio at os 6 meses de idade e me alfabetizada. Os programas de suplementao alimentar e/ou reabilitao nutricional disponveis na comunidade no influram na melhoria do estado nutricional, tanto das crianas-alvo como de seus irmos. Concluiu-se pela necessidade de uma abordagem mais eficaz das famlias que apresentam um alto risco para desnutrio e morbimortalidade infantil.
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A aplicabilidade do teste tuberculnico em crianas menores de 5 anos vacinadas com BCG assunto controvertido. Visando contribuir para esclarec-lo foi analisado o valor preditivo positivo do teste tuberculnico padronizado em populao sob elevada cobertura vacinal e baixa prevalncia de infeco tuberculosa. A partir da proporo de reatores fortes em lactentes e escolares vacinados e no vacinados, foram calculadas a razo de declnio da alergia tuberculnica nos vacinados e a razo de crescimento nos no vacinados, o que possibilitou a estimativa dos respectivos valores nas idades intermedirias. A expectativa de falsos-positivos (FP) foi ento calculada por diferena. Conhecidas a sensibilidade e a especificidade do teste (E=1-FP), a cobertura BCG e a prevalncia de infeco, os valores preditivos (para a infeco tuberculosa) foram: 1,52%, 4,22%, 8,26%, 14,86% e 23,00%, do primeiro ao quinto ano de vida. Nessas condies, a probabilidade de uma reao forte ser devida ao BCG grande, especialmente nos dois primeiros anos, o que reduz a aplicabilidade clnica e epidemiolgica do teste.
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Desde meados dos anos oitenta do sculo XX, um conjunto vasto de lderes empresariais e polticos, acompanhados por figuras e grupos oriundos sobretudo dos meios da gesto, da economia e da tecnologia, comearam a promover intensamente escala mundial uma noo anunciada como motor das sociedades inovao. Nas declaraes desses dirigentes, o termo inovao surge geralmente associado a uma ideia entusiasta das novidades tcnicas e impulsionadora do dinamismo econmico. A tais concepes no sero alheias as teses da primeira metade do sculo XX do economista Joseph Schumpeter, segundo as quais a inovao tecnolgica endgena e fundamental ao desenvolvimento econmico, e no um factor externo. Os promotores da inovao procuram implantar este conceito justificando-o com o papel que as conquistas tecnocientficas jogam na mudana econmica e nos reflexos que esta pode ter no bem-estar humano. Nos seus discursos encontram-se aluses constantes importncia da inovao como agente da prosperidade econmica e impulsionador de inmeras vantagens para a vida humana e social. Esse discurso amplamente reproduzido pelas universidades, designadamente, nos cursos de gesto, muitas vezes de modo irreflectido quanto s funes e consequncias das tecnologias.
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A ocorrncia de melonoma maligno de pele no Brasil analisada a partir dos dados de mortalidade disponveis no Ministrio da Sade e dos dados de incidncia dos seis Registros de Cncer de Base Populacional, localizados em seis capitais brasileiras. Os coeficientes de incidncia nessas capitais situam-se em padres intermedirios se comparadas s cifras mundiais. Para o Municpio de Porto Alegre, uma das capitais estudas, que apresentou os maiores coeficientes de incidncia, feita comparao entre os dados relativos ao perodo 1979-1982 e 1987, constatando-se que houve aumento relativo de 38% entre homens e de 11% entre mulheres. Concluiu-se pela necessidade de se conduzir estudos no Brasil entre comunidades de indivduos de pele clara, os quais apresentam risco potencializado para o desenvolvimento de melanoma, para que sejam definidas medidas especficas e eficazes de controle.
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Apresenta-se uma anlise do padro das injrias nas vtimas de acidentes de motocicleta internadas num hospital governamental de ensino, do Municpio de So Paulo, o qual conta com um servio de emergncia de referncia. Ficou confirmado que nas vtimas internadas predominam os jovens, do sexo masculino e que a grande maioria recebe alta do hospital. Quanto s injrias, verificou-se predomnio das classificadas no grau de intensidade leve (ISS de 1 a 9) e as leses mais freqentes foram as fraturas de membros e pelve, os ferimentos de superfcie externa, os traumatismos crnio-enceflicos e as luxaes de membros e pelve. Nas que faleceram, alm das fraturas de membros e pelve, as leses de rgos abdominais e traumatismos crnio-enceflicos preponderaram e a ISS foi superior a 20. Nos pacientes com trauma de crnio, constatou-se relao direta entre escores altos da Escala de Coma de Glasgow e baixos da ISS e vice-versa.