Tecnologia, mercado e bem-estar humano: para um questionamento do discurso da inovação


Autoria(s): Garcia, José Luís
Data(s)

24/11/2011

24/11/2011

01/04/2010

Resumo

Desde meados dos anos oitenta do século XX, um conjunto vasto de líderes empresariais e políticos, acompanhados por figuras e grupos oriundos sobretudo dos meios da gestão, da economia e da tecnologia, começaram a promover intensamente à escala mundial uma noção anunciada como motor das sociedades – “inovação”. Nas declarações desses dirigentes, o termo inovação surge geralmente associado a uma ideia entusiasta das novidades técnicas e impulsionadora do dinamismo económico. A tais concepções não serão alheias as teses da primeira metade do século XX do economista Joseph Schumpeter, segundo as quais a inovação tecnológica é endógena e fundamental ao desenvolvimento económico, e não um factor externo. Os promotores da inovação procuram implantar este conceito justificando-o com o papel que as conquistas tecnocientíficas jogam na mudança económica e nos reflexos que esta pode ter no bem-estar humano. Nos seus discursos encontram-se alusões constantes à importância da inovação como agente da prosperidade económica e impulsionador de inúmeras vantagens para a vida humana e social. Esse discurso é amplamente reproduzido pelas universidades, designadamente, nos cursos de gestão, muitas vezes de modo irreflectido quanto às funções e consequências das tecnologias.

Identificador

Garcia JL. Tecnologia, mercado e bem-estar humano: para um questionamento do discurso da inovação. Alicerces. 2010;III(3):19-31.

1645-7943

http://hdl.handle.net/10400.21/578

Idioma(s)

por

Publicador

Instituto Politécnico de Lisboa

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Sociologia #Inovação
Tipo

article