998 resultados para Conhecimentos e prática em saúde


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este relatório de estágio integra-se na unidade curricular de Integração Curricular: Prática Educativa e Relatório de Estágio, inserida no segundo ano do Mestrado em Ensino do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico. Neste sentido, tem como propósito dar a conhecer o percurso realizado pela mestranda nos dois contextos educativos onde desenvolveu a sua Prática Educativa Supervisionada. Sendo a Prática o momento em que teoria e práxis se articulam, evidencia, num primeiro momento, o enquadramento académico e profissional que deve nortear a ação do professor. Inicia-se, assim, pelos pressupostos legais que fundamentam a formação de professores e a Prática Educativa Supervisionada, seguindo-se algumas considerações sobre a dimensão profissional e pressupostos teóricos e práticos que devem orientar o professor na sua ação, destacando-se, neste sentido, a reflexão e a investigação nos diferentes momentos da ação docente. Descreve, num segundo momento, o contexto educativo onde a mestranda se integrou, seguindo-se uma análise reflexiva e devidamente fundamentada das experiências educativas vivenciadas em par pedagógico, nos dois contextos, nomeadamente, a Escola Eb1/Ji dos Miosótis e a Escola Eb2/3 Pêro Vaz de Caminha. Todo este trabalho de cooperação se realizou em par pedagógico, possibilitando a construção de conhecimentos e de vivências partilhadas que foram, sem dúvida, enriquecedoras. Este relatório de estágio pretende evidenciar o crescimento da mestranda a nível pessoal e profissional e apresenta-se como o culminar de uma etapa marcante na sua vida, a formação inicial de professores. Fica, desta forma, a certeza de que o verdadeiro caminho se inicia agora, um caminho esse que será certamente repleto de novos desafios e aprendizagens.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A investigação dos últimos 10 anos mostra que pelo menos 10% dos doentes admitidos em estabelecimentos hospitalares vão sofrer danos decorrentes da prestação dos cuidados de saúde. É da responsabilidade do profissional de saúde evitar que isso aconteça. No entanto, poucos profissionais registam os seus erros e menos ainda são os que os analisam, o que dificulta a aprendizagem e a prevenção de ocorrências semelhantes no futuro. Paradoxalmente, o primeiro passo para a criação de um sistema eficaz de promoção da segurança do doente é aumentar a visibilidade do erro e da lesão decorrentes dos cuidados de saúde. Para isso concorrem os sistemas de relatos de incidentes, as auditorias, a revisão de processos e a monitorização de indicadores clínicos. A análise dos dados obtidos permite identificar as áreas que necessitam de medidas de correcção, bem como planear a sua implementação. Em dois hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), o sistema de informação de segurança do doente conta, desde 2003, com cerca de 5 mil relatos de incidentes feitos pelos vários profissionais de saúde. A informação gerada, associada à que é fornecida pelas auditorias clínicas e pelos indicadores clínicos, tem sido aplicada na reorganização de processos e procedimentos, e na implementação de medidas correctivas. O evento adverso tornou-se também mais visível para o próprio doente, que espera da instituição e dos profissionais maior abertura na comunicação dos problemassurgidos durante os cuidados. A avaliação de risco, a prevenção do erro e a promoção da segurança do doente fazem já parte do currículo pré e pós graduado dos profissionais de saúde do CHLC.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Os jovens iniciam cada vez mais cedo a sua atividade sexual surgindo algumas situações de risco, como as gravidezes indesejadas e o contágio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) que podem ter consequências graves para a saúde dos jovens. Embora os jovens tenham fácil acesso à informação sobre a contracepção e sobre os comportamentos de risco associados à actividade sexual, esta informação nem sempre é a mais correcta e nem se baseia em fontes fiáveis ou conhecimentos científicos. A Contraceção Oral de Emergência (COE) tem sido uma solução para evitar uma gravidez indesejável no entanto sem proteger de DSTs. Este método está apenas indicado em casos de emergência. Por isso, é importante que os jovens estejam devidamente informados, não só em relação à contracepção em geral, mas também em relação ao funcionamento da COE. O objetivo primordial da presente investigação consiste em avaliar os conhecimentos e os comportamentos dos jovens do ensino superior português em relação à COE. O estudo foi realizado em três Institutos Politécnicos o de Bragança, Guarda e do Porto onde participaram 233 estudantes com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos sendo 191 do sexo feminino e 42 do sexo masculino. A maioria dos estudantes (96,6%) desta amostra já tinha ouvido falar da COE e sabiam que deve ser tomada após a relação sexual. Os media e as consultas de planeamento familiar/ginecologia foram as fontes mais apontadas pelos estudantes onde adquiriram o conhecimento da COE. No que concerne ao uso do método COE por parte desta amostra estudantil, verifica-se 61,4% dos sujeitos diz conhecer alguém que já tinha recorrido à COE, no entanto, apenas 26,2% dos sujeitos afirmam já ter recorrido à COE. A maioria dos jovens que referiu ter recorrido à COE diz tê-lo feito devida à falha do método contraceptivo normalmente utilizado. Existe a necessidade de intervir e ter em conta que os jovens devem ter acesso a informação adequada e concreta sobre a contraceção disponível, e mesmo contraceção para evitar possíveis gravidezes indesejadas e a transmissão DSTs. Assim, a implementação de novos projetos podem ser uma porta de entrada para a educação sexual mais fundamentada na busca de uma saúde mais perfeita do homem e da mulher dos nossos dias.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: Numa lógica que apela à emergência de indicadores sensíveis aos cuidados de Enfermagem e que se traduzam em ganhos em saúde, surgem alguns esforços que visam dar resposta ao Projecto Nacional da Ordem dos Enfermeiros relativo aos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem. Nesta lógica, procedeu-se a uma análise retrospectiva dos processos clínicos dos 16 doentes internados numa Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (Lisboa), no período compreendido entre Janeiro e Agosto de 2010, que tiveram incidentes de extubações não planeadas. Entendeu-se como extubação não planeada, a exteriorização de tubo endotraqueal por anomalia ou defeito do mesmo; por manipulação indevida de profissionais ou feita pelo próprio doente. O estudo visa contribuir para a existência de momentos de reflexão e de acção, que perspectivem a criação de instrumentos que promovam sistemas de qualidade e segurança em saúde. O mesmo surgiu no âmbito da realização do Curso de Mestrado em Enfermagem, especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica da Universidade Católica Portuguesa.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A psoríase é uma dermatose inflamatória, que afecta cerca de 2% da população mundial, com envolvimento preferencial cutâneo e articular, mas frequentemente associada a co-morbilidades importantes. Cerca de 20-30% dos doentes têm formas moderadas a graves, não controláveis por tratamentos tópicos. As terapêuticas sistémicas clássicas – PUVAterapia oral, retinóides, ciclosporina e metotrexato – podem induzir toxicidade específica de órgão e uma percentagem considerável de doentes é resistente, intolerante ou tem contra-indicações para as iniciar. É neste contexto que surgem os agentes biológicos, especificamente direccionados aos mecanismos/vias envolvidos na patogénese da psoríase. Nos últimos anos a importância destes agentes como alternativas terapêuticas tem crescido, tendo-se desenvolvido vários estudos desenhados para avaliar a sua eficácia e segurança. Actualmente 4 agentes biológicos estão aprovados pela EMEA (agência europeia do medicamento) para o tratamento da psoríase em placas, três anti-TNFα (adalimumab, etanercept e infliximab) e um anti-IL12/23p40 (ustecinumab). Neste artigo pretende-se actualizar as recomendações anteriormente publicadas (Trabalhos da SPDV 2010, 68(1): 47-68), dada a rápida evolução de conhecimentos científicos e de orientações terapêuticas nesta área. Estas Normas devem ser utilizadas criteriosamente, tendo em conta a especificidade de cada doente e de cada situação clínica.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O texto foi elaborado a partir das principais conclusões de um estudo etnográfico realizado numa unidade de cuidados intensivos pediátricos; teve como objectivo caracterizar percursos e processos formativos de enfermeiros e médicos e, paralelamente, desenvolver a função formativa do contexto de trabalho, numa articulação estreita entre a prática clínica e a prática formativa. Centrou‑se na vivência dos próprios actores, nas suas características e interacções, nas estratégias de aprendizagem e no modo como desenvolvem a sua formação. Partimos do pressuposto de que estes profissionais de saúde são portadores de saberes que adquiriram no contexto de trabalho, através da experiência, da reflexão sobre a prática, das aprendizagens informais e não formais. Desenvolvemos a pesquisa em torno da questão central: Como se formam enfermeiros e médicos numa unidade de cuidados intensivos pediátricos? Por outras palavras, como é que enfermeiros e médicos aprendem cuidados intensivos pediátricos? Na tentativa de dar resposta a esta questão, apresentam‑se os percursos e processos de formação do aprender fazendo destes profissionais de saúde.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Estatística e Gestão de Informação

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO: O Registo de Saúde Electrónico (RSE) detém uma importância vital para a melhoria dos cuidados e segurança do doente, para o acesso à sua informação, por profissionais de saúde, independentemente do momento e local de prestação dos cuidados clínicos, para a garantia da confidencialidade dos dados e para a redução da despesa dos serviços de saúde. É com base nesta sua importância que, no âmbito do Mestrado em Gestão da Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, desenvolvemos um trabalho de investigação, que tem como objectivos descrever o “estado da arte” dos sistemas de informação em saúde e do RSE em Portugal, Europa e América do Norte, identificar a importância do RSE para os profissionais de saúde e para o doente, e avaliar a influência de determinados factores na aceitação do RSE por parte dos profissionais de saúde. Para certos autores, os factores condicionantes da aprovação do RSE podem ser: a idade, a formação, os conhecimentos informáticos, o tempo de exercício profissional e a compreensão dos benefícios do RSE por parte dos profissionais de saúde. Desta forma, elegemos estes factores para determinar se de facto são estes os que incitam a aceitação do RSE. O estudo foi dirigido a directores de serviço, médicos, enfermeiros e enfermeiroschefes, de cinco hospitais nacionais. Aos 20 participantes deste estudo foi aplicado um questionário, constituído por questões fechadas, questões factuais, de opinião e de informação. A metodologia utilizada foi do tipo descritivo e os dados foram analisados quantitativamente. Foi utilizado o coeficiente de Spearman para avaliar a existência de relação entre as variáveis, e com o seu uso foi possível depreender que: não há evidência de relação entre a idade e a aceitação do RSE; o tempo de exercício profissional não determina a aprovação do RSE; há evidência de relação entre os conhecimentos informáticos e a aceitação do RSE; a formação na área de digitalização de dados condiciona a aprovação do sistema; há evidência de relação entre a opinião dos profissionais de saúde acerca da actuação do RSE e a sua aceitação por parte destes.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertação de Mestrado em Antropologia – Área de Direitos Humanos e Movimentos Sociais

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - O envelhecimento demográfico é uma constatação e ao mesmo tempo uma oportunidade para viver de forma mais saudável e autónoma o mais tempo possível. A principal razão para a admissão de pessoas idosas em instituições e para o uso desproporcionado de serviços de saúde é o declínio funcional que acompanha o envelhecimento. Os Cuidados de Saúde Primários apresentam‐se como contexto ideal para promover cuidados antecipatórios. A avaliação da autonomia funcional multidimensional permite a detecção de perturbações incipientes. Os programas de rastreios facilitam o desencadear de recursos para a detecção precoce e tratamento. Os médicos sentem diversas barreiras na aplicação dos rastreios, como a falta de familiaridade com os testes, bem como a falta de tempo ou recursos. O estudo aqui proposto visa conhecer, a título exploratório, as atitudes dos médicos de família face aos rastreios de autonomia funcional multidimensional em pessoas idosas; avaliar o grau de conhecimento sobre esta abordagem multidimensional, no que diz respeito às áreas e instrumentos a avaliar; caracterizar as práticas na prestação de cuidados preventivos às pessoas idosas e caracterizar as condições genéricas necessárias para a aplicação destes rastreios no contexto dos cuidados de saúde primários. Para tal, irá basear‐se num questionário auto‐administrado aos médicos de família dos 22 Agrupamentos de Centros de Saúde, na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. As suas conclusões poderão contribuir para uma uniformização do conceito de autonomia funcional multidimensional e para a realização de um levantamento de necessidades de formação sobre a abordagem multidimensional e interdisciplinar.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A síndrome de burnout, definida pela exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal, designa um estado de fadiga física e emocional crónico dos profissionais, o qual pode comprometer as organizações. Neste estudo descritivo, pretende-se estudar a síndrome de burnout nos enfermeiros dos serviços de saúde, especialmente focado nos serviços de atendimento permanente telefónico, suas características, consequências e estratégias de prevenção. A população alvo serão todos os enfermeiros que trabalham em serviços de atendimento permanente telefónico e a amostra, não probabilística e de conveniência, os enfermeiros que desempenham funções no centro de atendimento da Saúde 24 Porto. Primeiramente aborda-se o conceito de burnout e a sua relação com a prática de Enfermagem, de seguida é realizada uma descrição sobre os centros de atendimento em saúde até à atual situação da Saúde 24. Na amostra em estudo, enfermeiros da Saúde 24 Porto, existe predominância do sexo feminino (66,99%) e a média de idades é de 32 anos (26 anos de idade mínima, 49 de idade máxima e desvio padrão de 4,59). Constatou-se que 94,26% desempenha funções de enfermeiro comunicador e os restantes 5,74% são enfermeiros supervisores, a média de anos de atividade profissional é de 5,67 anos e 36,4% dos enfermeiros desempenha funções na Saúde 24 há mais de 3 anos. Foi aplicado o Inventário de Burnout de Maslach e os resultados indicaram a ausência de síndrome de esgotamento profissional. Existem níveis médios de burnout, sustentados pelos valores obtidos na exaustão emocional no terço inferior (<19,10), e valores no terço inferior, na realização pessoal (<38,00) e nível baixo na despersonalização (<4,90). No que concerne à idade não foram encontradas correlações significativas em nenhuma das dimensões, contudo, no que refere ao tempo de serviço verificou-se que existem correlações significativas e negativas para a exaustão emocional e para a despersonalização ou seja, a tendência atual é a de que os enfermeiros com menos tempo de serviço têm maior tendência para scores mais altos de burnout. Existe uma relação entre as variáveis, grau académico, exaustão e despersonalização, a qual mostrou uma tendência para scores mais altos em relação a enfermeiros licenciados e pós graduados nas dimensões de exaustão e despersonalização contrariamente aos enfermeiros com o grau de mestre ou especialidade. Existe também uma relação entre as variáveis género e despersonalização, sendo o score baixo, aquele que apresenta maior expressão no sexo masculino, mas principalmente no sexo feminino. As mulheres têm scores mais baixos que os homens nesta dimensão, traduzindo-se na percentagem mais elevada obtida (67,1%, contra 53,6%). E em contrapartida nos resultados obtidos para o score alto relativo à despersonalização, os homens apresentam um resultado pior do que as mulheres, sendo 26,1% para os homens e 12,1% para as mulheres. Quando se examinam as funções desempenhadas distribuídas pelas dimensões de burnout, verifica-se a existência de uma relação entre a variável função desempenhada e a realização pessoal. Nos resultados percebeu-se que, quanto mais elevada a função desempenhada (enfermeiro supervisor), mais baixa é a realização pessoal. E esta dimensão tem o score inverso, logo a interpretação deverá ser feita no sentido de que, quanto mais elevada for a função, maior será a realização pessoal. Os resultados obtidos são animadores contudo a vulnerabilidade para este tipo de problema, entre enfermeiros, potencializada pelo tipo de trabalho realizado por estes profissionais de saúde será desejável estar atento e usar estratégias para enfrentar o burnout quando ele surgir. O fenómeno burnout não é apenas como um problema do individuo mas é principalmente um problema da organização.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - O presente trabalho pretende estudar a cultura de segurança de doente em alunos do ensino superior, na área das tecnologias de diagnóstico e terapêutica. Esta problemática não tem sido abordada pela comunidade científica, pelo que o seu estudo é relevante. Os alunos que finalizam a licenciatura estão legalmente autorizados para intervir perante o doente, contudo, a sensibilidade que têm para as questões da segurança do doente deve ser analisada com o intuito de melhorar a sua preparação como futuros profissionais de saúde. Neste estudo participaram 180 alunos estratificados consoante o curso e sexo de modo a obter uma amostra representativa da população alvo. Foi constituído um questionário com 31 itens numa escala dicotómica que avaliam a cultura de segurança do doente em 7 dimensões – liderança, trabalho de equipa, a prática baseada na evidência científica, a comunicação, a aprendizagem, a justiça, e a prática clínica centrada no doente. Pode igualmente compor-se uma medida global de cultura de segurança do doente através do somatório das 7 dimensões. Os resultados evidenciam a existência de uma correlação positiva moderada entre as dimensões – Trabalho em equipa (0,660); Liderança (0,610); Prática baseada na evidência científica (0,627); Ambiente justo (0,570); Comunicação (0,501) e o Total.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Introdução: A formação de um gestor neste século é um verdadeiro desafio, pois apesar das instituições de ensino superior formarem profissionais com capacidade para actuar na área da Gestão da Saúde, é difícil afirmar que tal formação seja suficiente para produzir os grandes gestores exigidos actualmente para orientarem Instituições de Saúde modernas. Assim, muitos são os estudos que têm mostrado que os gestores de saúde mais eficazes se assemelham num requisito crucial: a Inteligência Emocional (IE). Objectivos: Perceber a importância do ensino das competências emocionais nos Cursos de Mestrado em Gestão da Saúde; analisar de forma descritiva/analítica e crítica o módulo opcional de Emoção, Liderança e Coaching na Gestão da Saúde leccionado no Mestrado em Gestão da Saúde na Escola Nacional de Saúde Pública; e por fim construir uma proposta de Unidade Curricular de Inteligência Emocional. Metodologia: Realizou-se uma revisão da literatura que permitiu desenvolver e adquirir conhecimentos, conceitos e teorias na área da IE. De seguida, procedeu-se a uma análise descritiva/analítica e crítica do módulo opcional de Emoção, Liderança e Coaching na Gestão em Saúde leccionado no Mestrado em Gestão da Saúde na Escola Nacional de Saúde Pública, com base na revisão de literatura anteriormente efectuada; e por fim tentou-se construir uma proposta de Unidade Curricular de Inteligência Emocional a ser leccionada a futuros gestores de saúde. Conclusões: Este trabalho tem como principal intuito por um lado, mostrar através da vária literatura consultada que a Inteligência Emocional é uma competência essencial a ser desenvolvida pelos gestores em saúde de hoje em dia, pois as competências que a englobam fazem toda a diferença na organização, tornando os funcionários mais motivados, seguros e comprometidos com o que fazem; por outro lado foi um trabalho que permitiu reunir dados e ampliar as ideias sobre Inteligência Emocional. Da análise efectuada do módulo leccionado no Mestrado em Gestão de Saúde na Escola Nacional de Saúde Pública, o que se pode concluir é que a carga horária assim como o peso do módulo que é opcional, é pouco significativo (tendo uma percentagem apenas de 3,33% dos ECTS (Sistema Europeu de créditos curriculares que significa European Credit Transfer System) e de acordo com os dados disponibilizados pela colega Mestre Joana Areias no IV Curso de Mestrado em Gestão da Saúde, apenas 36,6% dos alunos frequentaram este módulo, o que revela que ainda nem todos os futuros gestores de saúde estão dispertos para a importância do desenvolvimento da Inteligência Emocional como competência essencial nas suas práticas.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - O consumo de tabaco foi responsável por 100 milhões de mortes no século XX. Apesar dos grandes avanços alcançados no controlo deste problema a nível mundial, sob os auspícios da OMS, no contexto da Convenção-Quadro para o Controlo do Tabaco da OMS, se não forem adoptadas medidas consistentes e efectivas de saúde pública, a morbi-mortalidade que lhe está associada continuará a aumentar durante o presente século. A promoção da cessação tabágica constitui a estratégia populacional que permitirá obter ganhos em saúde a mais curto prazo. Embora a larga maioria dos fumadores faça, ao longo da vida, várias tentativas para parar de fumar sem apoio, apenas uma pequena minoria consegue manter-se abstinente a longo prazo. Os médicos de Medicina Geral e Familiar são, de entre todos os profissionais de saúde, os que podem intervir de modo mais consistente e efectivo neste âmbito e que melhores resultados obtêm na cessação tabágica dos pacientes fumadores, dado o vínculo terapêutico e a interacção frequente e continuada que com eles estabelecem ao longo do seu ciclo de vida. O aconselhamento breve, tendo por base a adopção de um estilo de comunicação motivacional centrado no paciente, adaptado aos estádios de mudança comportamental, tem-se revelado efectivo no apoio à mudança de comportamentos relacionados com a saúde e à resolução da ambivalência que caracteriza este processo. A revisão de literatura evidenciou o facto de os médicos nem sempre intervirem nas áreas preventivas e de promoção da saúde, em particular na área da cessação tabágica, com o investimento e a continuidade desejáveis. Por outro lado, muitos pacientes fumadores referem nunca ter sido aconselhados pelo seu médico a deixar de fumar.. Não são conhecidos estudos de âmbito nacional que permitam conhecer esta realidade, bem como os factores associados às melhores práticas de intervenção ou as barreiras sentidas pelos médicos de MGF à actuação nesta área. O presente trabalho teve como objectivos: (i) avaliar a hipótese de que os médicos que disseram adoptar o método clínico centrado no paciente teriam atitudes mais favoráveis relativamente à cessação tabágica e uma maior probabilidade de aconselhar os seus pacientes a parar de fumar; (ii) estudar a relação entre as atitudes, a percepção de auto-eficácia, a expectativa de efectividade e as práticas de aconselhamento sobre cessação tabágica, auto-referidas pelos médicos; (iii) Identificar as variáveis preditivas da adopção de intervenções breves de aconselhamento adaptadas ao estádio de mudança comportamental dos pacientes fumadores; (iv) identificar as barreiras e os incentivos à adopção de boas práticas de aconselhamento nesta área. A população de estudo foi constituída pelo total de médicos de medicina geral e familiar inscritos na Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, residentes em Portugal. Para recolha de informação, foi utilizado um questionário de resposta anónima, de autopreenchimento, aplicado por via postal a 2942 médicos, em duas séries de envio. O questionário integrou perguntas fechadas, semifechadas, escalas de tipo Likert e escalas de tipo visual analógico. Para avaliação da adopção do método clínico centrado no paciente, foi usada a Patient Practitioner Orientation Scale (PPOS). O tratamento estatístico dos dados foi efectuado com o Programa PASW Statistics (ex-SPSS), versão 18. Foram utilizados: o índice de α de Cronbach, diversos testes não paramétricos e a análise de regressão logística binária. Foi obtida uma taxa de resposta de 22,4%. Foram analisadas 639 respostas (67,4% de mulheres e 32,6% de homens). Referiram ser fumadores 23% dos homens e 14% das mulheres. Foi identificada uma grande carência formativa em cessação tabágica, tendo apenas 4% dos médicos afirmado não necessitar de formação nesta área. Responderam necessitar de formação em entrevista motivacional 66%, em prevenção da recaída 59%, de treino numa consulta de apoio intensivo 55%, em intervenção breve 54% e em terapêutica farmacológica 55%. Cerca de 92% dos respondentes consideraram que o aconselhamento para a cessação tabágica é uma tarefa que faz parte das suas atribuições, mas apenas 76% concordaram totalmente com a realização de uma abordagem oportunística deste assunto em todos os contactos com os seus pacientes. Como prática mais frequente, perante um paciente em preparação para parar, 85% dos médicos disseram tomar a iniciativa de aconselhar, 79% avaliar a motivação, 67% avaliar o grau de dependência, 60% marcar o “dia D” e 50% propor terapêutica farmacológica. Apenas 21% assumiram realizar com frequência uma intervenção breve com pacientes em preparação (5 Ás); 13% uma intervenção motivacional com pacientes não motivados para mudar (5 Rs) e 20% uma intervenção segundo os princípios da entrevista motivacional, relativamente a pacientes ambivalentes em relação à mudança. A análise multivariada de regressão logística permitiu concluir que as variáveis com maior influência na decisão de aconselhar os pacientes sobre cessação tabágica foram a percepção de auto-eficácia, o nível de atitudes negativas, a adopção habitual do Programa-tipo de cessação tabágica da DGS, a posse de formação específica nesta área e a não identificação de barreiras ao aconselhamento, em particular organizacionais ou ligadas ao processo de comunicação na consulta. Embora se tenha confirmado a existência de associação entre a adopção do método clínico centrado no paciente e as atitudes face à cessação tabágica, não foi possível confirmar plenamente a associação entre a adopção deste método e as práticas autoreferidas de aconselhamento. Os médicos que manifestaram um nível baixo ou moderado de atitudes negativas, uma percepção elevada de auto-eficácia, que nunca fumaram, que referiram adoptar o Programa-tipo de cessação tabágica e que não identificaram barreiras organizacionais apresentaram uma maior probabilidade de realizar uma intervenção breve (“5 Ás”) de aconselhamento de pacientes fumadores em preparação para parar de fumar. Nunca ter fumado apresentou-se associado a uma probabilidade de realizar uma intervenção breve (“5 Ás”) com frequência, superior à verificada entre os médicos que referiram ser fumadores (Odds-ratio ajustado = 2,6; IC a 95%: 1,1; 5,7). Os médicos com o nível de auto-eficácia no aconselhamento mais elevado apresentaram uma probabilidade superior à encontrada entre os médicos com o menor nível de auto-eficácia de realizar com frequência uma intervenção breve de aconselhamento, integrando as cinco vertentes dos “5 Ás” (Odds ratio ajustado = 2,6; IC a 95%: 1,3; 5,3); de realizar uma intervenção motivacional breve com fumadores renitentes a parar de fumar (Odds ratio ajustado = 3,1; IC a 95%: 1,4; 6,5) ou de realizar com frequência uma intervenção motivacional com pacientes em estádio de ambivalência (Odds ratio = 8,8; IC a 95%: 3,8; 19,9). A falta de tempo, a falta de formação específica e a falta de equipa de apoio foram as barreiras ao aconselhamento mais citadas. Como factores facilitadores de um maior investimento nesta área, cerca de 60% dos médicos referiram a realização de um estágio prático de formação; 57% a possibilidade de dispor do apoio de outros profissionais; cerca de metade a melhoria da sua formação teórica. Cerca de 25% dos médicos investiria mais em cessação tabágica se dispusesse de um incentivo financeiro e 20% se os pacientes demonstrassem maior interesse em discutir o assunto ou existisse uma maior valorização desta área por parte dos colegas e dos órgãos de gestão. As limitações de representatividade da amostra, decorrentes da taxa de resposta obtida, impõem reservas à possibilidade de extrapolação destes resultados para a população de estudo, sendo de admitir que os respondentes possam corresponder aos médicos mais interessados por este tema e que optam por não fumar. Outra importante limitação advém do facto de não ter sido estudada a vertente relativa aos pacientes, no que se refere às suas atitudes, percepções e expectativas quanto à actuação do médico neste campo. Pesem embora estas limitações, os resultados obtidos revelaram uma grande perda de oportunidades de prevenção da doença e de promoção da saúde. Parece ter ficado demonstrada a importante influência que as atitudes, em especial as negativas, e as percepções, em particular a percepção de auto-eficácia, podem exercer sobre as práticas de aconselhamento auto-referidas. Todavia, será necessário aprofundar os resultados agora encontrados com estudos de natureza qualitativa, que permitam compreender melhor, por um lado, as percepções, expectativas e necessidades dos pacientes, por outro, as estratégias de comunicação que deverão ser adoptadas pelo médico, atendendo à complexidade do problema e ao tempo disponível na consulta, tendo em vista aumentar a literacia dos pacientes para uma melhor autogestão da sua saúde. Parece ter ficado igualmente patente a grande carência formativa neste domínio. A adopção do modelo biomédico como paradigma da formação médica pré e pós-graduada, proposto, há precisamente cem anos, por Flexner, tem contribuído para a desvalorização das componentes psicoemocionais e sociais dos fenómenos de saúde e de doença, assim como para criar clivagens entre cuidados curativos e preventivos e entre medicina geral e familiar e saúde pública. Porém, o actual padrão de saúde/doença próprio das sociedades desenvolvidas, caracterizado por “pandemias” de doenças crónicas e incapacitantes, determinadas por factores de natureza sociocultural e comportamental, irá obrigar certamente à revisão daquele paradigma e à necessidade de se (re)adoptarem os grandes princípios Hipocráticos de compreensão dos processos de saúde/doença e do papel da medicina.