1000 resultados para CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO ESPECIAL


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Trata-se de uma pesquisa de mestrado que tem por objetivo discutir os processos de planejamento educacional e de formação continuada do professor de Ensino Médio, envolvendo aspectos do trabalho coletivo dos educadores/professores, o momento do registro, os saberes docentes e do coordenador pedagógico e a construção da autonomia docente. O trabalho visa responder às seguintes questões: por que é tão difícil que o trabalho de planejamento, a troca de experiência, o estudo conjunto aconteçam na escola, mesmo quando são destinadas horas remuneradas para esses fins? Por que as horas destinadas ao planejamento, à troca de experiências, à avaliação do trabalho pedagógico e à formação continuada não são bem aproveitadas na escola? Muitos governos estaduais e municipais e mesmo muitos mantenedores de instituições privadas, geralmente "enfiam goela abaixo" dos educadores os seus projetos, não solicitando dos mesmos a contribuição, e o que é mais importante, o envolvimento no processo de elaboração. Os professores, ao resistirem aos processos de planejamento, estão reagindo a essa forma autoritária de desencadear políticas? Se não, que razões levam o professor a rejeitar mudanças em sua prática? Quais questionamentos fazem os professores em torno do planejamento/plano? A dissertação tem como objetivo geral analisar as respostas apresentadas da sondagem exploratória realizada no início da pesquisa, com quatro professores de uma mesma escola de Ensino Médio da rede particular, e relacioná-las aos estudos bibliográficos apresentados a partir de diversos autores estudiosos no assunto. Pretende, ainda, enfocar o "como" os professores poderiam utilizar melhor o processo do trabalho coletivo para um movimento reflexivo do ato de educar; o "quanto" as horas previstas e remuneradas poderiam contribuir para as discussões sobre o processo ensino-aprendizagem-avaliação. Como procedimento metodológico, além da entrevista inicial, foi realizado um estudo bibliográfico sobre a importância da palavra a partir dos estudos de Freud e, em seguida, da abordagem multirrefrencial por permitir um olhar plural e mais humano sobre os processos educacionais. Foram apresentados estudos sobre os conceitos atribuídos às políticas de planejamento curricular: o planejamento e o plano de ensino - práticas construídas no cotidiano. Como resultados, mesmo que provisórios, apontamos para: o trabalho coletivo no espaço organizado e garantido pelos gestores da escola; a valorização da memória e autoria docente, para a reflexão de práticas, a visibilidade do trabalho e o resultado pedagógico. O trabalho ainda considera a importância da formação contínua, planejada em momentos remunerados e garantidos pela instituição, a importância da construção dos saberes, docentes e do coordenador pedagógico e a historicidade das práticas de registro dos planos como aspectos inerentes a um projeto pedagógico e que devem ser reconhecidos, valorizados e estimulados pelas políticas institucionais.(AU)

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Este trabalho investiga a docência no Ensino Superior, focalizando as práticas pedagógicas dos docentes que atuam nos Cursos de Graduação Tecnológica, modalidade que requer o aprofundamento de estudos científicos, visto que sua expansão é ainda recente. O objetivo foi estudar as representações sociais dos alunos, docentes e gestores educacionais sobre a docência nessa modalidade de ensino, tendo como problemática a influência dessas representações sociais no cotidiano da ação pedagógica dos docentes. Foi utilizada a fundamentação teórica sobre a Teoria das Representações Sociais segundo Sérge Moscovici (1978; 2003) numa interface com os conceitos de representações e vida cotidiana de Henri Lefebvre (1961; 1991). Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, a partir de entrevistas semi-estruturadas com quinze sujeitos, divididos em três grupos: alunos, docentes e gestores educacionais, em duas instituições particulares da cidade de São Paulo e Região do Grande ABC. Após o processo de transcrição, foi utilizada a metodologia de análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977; 2008) e Franco (2008), para desvelar as representações sociais sobre o objeto de estudo. Os resultados são convergentes: indicam que a docência nos cursos de Graduação Tecnológica está voltada para os ensinamentos práticos da área de formação de cada curso, sem a fundamentação teórica, a pesquisa e a crítica que fundamenta o ensino na universidade, indicando a necessidade de reflexões mais aprofundadas sobre a docência nessa modalidade de Ensino Superior.(AU)

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Essa dissertação se propôs a analisar o entendimento do conceito de juventude, ou melhor, juventudes, nos dias de hoje. Junto a essa busca, nos deparamos com o surgimento das políticas públicas voltadas para essa parte da sociedade, finalmente entendida como uma população complexa, plural, capaz e desejosa de ser protagonista da própria história. Num olhar mais cuidadoso, questionamos como se caracteriza a pluralidade da juventude da cidade de São Lourenço (MG). Uma política municipal para jovens pode atender tal pluralidade? A construção de uma política municipal para jovens é apropriada à pluralidade da juventude? Para esta pesquisa, entendemos que a metodologia de estudo de caso, com caráter exploratório, assim como a pesquisa autobiográfica seriam as mais adequadas para uma compreensão complexa e profunda dessa realidade. A base teórico-conceitual foi escolhida a partir dos estudos mais recentes relativos à juventude. Teóricos como Castro e Aquino estão bem presentes neste trabalho, assim como Sposito, Abramo, Pais e Marías, no primeiro capítulo. No segundo capítulo, além da consistente contribuição de Ninis e Giolito, recorreu-se a autores, documentos locais e publicações eletrônicas, bem como a própria vivência da autora na cidade. No terceiro capítulo, a trajetória pessoal da autora, seu trabalho como funcionária da Prefeitura Municipal e a dissertação de mestrado se encontram. Como mostrou Gilberto Velho, memória, projeto e identidade são significativos na vida pessoal e na possibilidade da transformação social.(AU)

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A Educação Física historicamente é constituída como um campo desprovido de um saber autônomo. Tal engendramento de seu campo constituiu uma Educação Física colonizada epistemologicamente por outras áreas do saber. Algumas proposições da Educação Física buscaram legitimar a Educação Física como uma área autônoma. Este é o objetivo do presente trabalho: analisar nestas teses se a Educação Física se constitui com uma autonomia epistemológica. O método adotado foi o de revisão de literatura e uma pesquisa de campo hermenêutica. Foram selecionados autores que se propõem a avaliar a autonomia epistemológica para a Educação Física. Ao se analisar os dados observou-se que os discursos da educação se abrem a uma interpretação de autonomia epistemológica enquanto campo de intervenção, produzindo conhecimentos específicos com interesse em solucionar problemas imediatos da realidade diferentemente das áreas científicas que estudam o mesmo objeto da Educação Física cada uma com seus estatutos teóricos próprios, tentando descrever e explicar, mecanismos e padrões sem o objetivo de intervir, melhorar, aperfeiçoar e qualificar o que é específico da Educação Física.

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Esta dissertação tem como objetivo de aplicar à educação e à antropologia estudos de cozinha a partir de textos de Nina Horta (NH). E contribuir para futuros estudos relacionados ao tema, por ser relevante importância. O mérito do tema torna-se evidente quando consideramos que algo tão decisivo na vida dos alunos pode tornar-se, de modo natural e altamente motivador, a clave para outros saberes, de diversas disciplinas. Outro objetivo, não menos importante, é a compilação de textos que possam contribuir para o trabalho dos professores e estudiosos. Os capítulos podem ser lidos e interpretados juntos ou de forma unificada, pois o percurso de todos vai fornecer ao professor uma contribuição de saberes pelos sabores a partir das escritas de NH. As considerações é que a cozinha faz parte do cotidiano de diversas pessoas no mundo e ela é um mundo que pode e deve ser explorada e utilizada como ferramenta de educação e profissionalização. Essa obra expressa diversos momentos encontrados na cozinha que são relacionados à educação e ao estudo da antropologia, importantes para o conhecimento de uma cultura e do entendimento de muitas manifestações consideradas nos dias de hoje e da visão do mundo, dando especial atenção ao estudo da filosofia em relação às explicações da cozinha, fazendo com a mesma fique próxima ao aluno e ele possa finalmente entender sua importância e seus conceitos.

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A proposta desta pesquisa pressupõe que cada um de nós, e especificamente cada educador da associação em estudo, desenvolva sua ação educativa conforme suas convicções profundas sobre o ser humano, o mundo e a sociedade. Com qual consciência isso é vivido, é uma dúvida. Pode ocorrer que o indivíduo não tenha essa percepção. Pode ocorrer também que a pessoa pense fazer algo coerente, mas, na realidade, está agindo até contra suas próprias convicções, sem, contudo, ter consciência disso. Esta análise situa-se na perspectiva da educação popular não-formal que é desenvolvida pela Associação de Promoção Humana e Resgate da Cidadania, conhecida como Centro de Formação Profissional Padre Leo Commissari . Trata-se de uma pesquisa de pesquisa de tipo qualitativo para investigar o perfil dos educadores, e identificar sua concepção de ser humano, de mundo, de sociedade e de educação. O quadro teórico é alicerçado na visão de ser humano e de educação, segundo Paulo Freire, e na visão e identidade do ser brasileiro, de acordo com Darcy Ribeiro. A metodologia usada para a investigação é a observação participante, por meio dos jogos psicodramaticos do Psicodrama, de Jocob Levy Moreno, especialmente a teoria da Matriz de Identidade e da Ação. Tal analise permitiu identificar que os educadores participantes apresentam uma visão de ser humano contraditório, retraído e incompleto, reprodutor de uma sociedade dividida em classes. A educação, identificada como uma pilastra de garantia da vida, impregnada pela conserva cultural, parece contradizer uma vontade política de transformação.

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Esse trabalho busca analisar o sistema educacional na tribo Ticuna, localizada na região do Alto Solimões, estado do Amazonas, onde estou há 21 anos em contato permanente com os índios Ticuna. Com o passar dos anos tenho observado que a cada dia, e de forma mais intensa, a manutenção de sua cultura vem sofrendo com o processo de influência da cultura não índia. Nesse trabalho realiza-se um levantamento histórico referente à possível existência de duas correntes educacionais entre os professores Ticuna. Uma considera importante um ensino bilíngue, o estudo dos mitos e costumes para preservação da cultura; a outra acredita que é inócuo estudar os mitos e outros aspectos culturais, que podem ser apreendidos no dia a dia, defendem que os índios precisam de uma educação igual a dos não indígenas, para competir no mercado em condições de igualdade. Inicialmente propõe-se uma busca histórica sobre o processo educacional relacionado à cultura Ticuna fora da escola, procurando verificar as relações entre o que é transmitido pela escola e o que se evidencia no cotidiano Ticuna. Em seguida, realiza-se uma análise de como se processa a educação implantada no meio Ticuna sob o título Educação Indígena . Destacam-se os fatores que influenciaram a fundação da escola, sua localização e aspectos relacionados ao meio físico, econômico, social e cultural, bem como, o ambiente humano e de aprendizagem, dados esses que subsidiam o objetivo proposto para este trabalho. Procura-se verificar se a educação desenvolvida na escola indígena cumpre o papel de estar constantemente buscando alternativas para uma educação que seja apropriada à sobrevivência da cultura Ticuna, uma educação adequada à realidade cultural. A pesquisa baseia-se em levantamento de dados através de documentos, como também em entrevistas com lideranças, professores e idosos da Tribo Ticuna; também na observação direta, com anotações feitas em caderno de campo. O processo de assimilação e influência da cultura não índia predomina na região do Alto Solimões e tem esmagado a cultura Ticuna, fazendo com que muitos já não queiram mais pescar, caçar ou viver como produtores ou coletores. É necessário buscar alternativas educacionais para a escola indígena Ticuna, em uma educação que seja apropriada para a sobrevivência de sua cultura e ao mesmo tempo minimize o preconceito enfrentado por esse povo. As lideranças e professores Ticuna esperam que a escola ajude na preservação e valorização de sua cultura. O prejuízo causado à educação cultural dos índios Ticuna é grande, a maioria dos jovens e crianças não são conhecedores dos significados dos rituais religiosos, mitos, lendas e crenças. Muitas vezes sabem até realizar o ritual, mas parece mais uma imitação de gestos, que se desvincula do seu real sentido. Espera-se que ao final dessa pesquisa sejamos capazes de utilizar o material desenvolvido para reflexão e que ela talvez possa servir como ponto de partida para os professores Ticuna na elaboração de diretrizes e desenvolvimento de um novo paradigma educacional que valorize mais a cultura.

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O presente estudo realiza uma análise sobre as funções de trabalho do Professor Coordenador Pedagógico da Rede Pública Estadual de Ensino, considerando os desafios e as contribuições da ação coordenadora e, principalmente, como esse profissional do ensino articula a formação continuada dos docentes e a sua própria formação como educador. As questões norteadoras da pesquisa são: 1. De que forma o Professor Coordenador Pedagógico consegue dar conta da formação dos docentes, durante as reuniões de HTPC Horário de Trabalho Pedagógico e Coletivo? 2.Como consegue cuidar de sua própria formação continuada, diante dos inúmeros entraves e obstáculos, das múltiplas resistências, dos conflitos, das emergências, dos imediatismos e da sobrecarga de trabalho, tendo em vista as relações interpessoais no seio da Escola? O trabalho analisa os pontos comuns e os diferenciais da ação coordenadora e a forma como ela interfere na construção de um ensino de melhor qualidade, bem como o papel do Professor Coordenador Pedagógico como mediador e articulador desse processo. Os referenciais teóricos que fundamentam esta pesquisa encontram-se no legado de Paulo Freire (1982a/1982b/1983/1991/1997/2000), com a reintegração das dimensões do homem que o fazem humano, pessoal e social, o compromisso do profissional com a Sociedade, a formação continuada; a conscientização e a mudança necessária em Educação; e de outros autores que tratam das temáticas que envolvem a Coordenação Pedagógica, formação de docentes, HTPC e relações interpessoais, como: Placco (2008), Vasconcellos (2010ª/2010b/2010c), Bruno (2008), Libâneo (1993), Rios (2001), Thurler (2002), Sergiovanni (1976), Teixeira (1977), Perrenoud (1999)/ Perrenoud et al. (2002), Nidelcoff (1983), Araújo(2002), entre outros. A pesquisa de campo, de cunho qualitativo e que pretende contribuir para o debate das questões da Educação Pública, foi realizada com Professores Coordenadores Pedagógicos de escolas estaduais da Diretoria de Ensino de Miracatu, região do Vale do Ribeira/SP, especificamente no município de Itariri, com a aplicação de questionário e realização de entrevistas de aprofundamento e os resultados apontam para o fato de que o Professor Coordenador Pedagógico consegue (ou não) exercer as atribuições que lhe são conferidas conforme forem as relações interpessoais estabelecidas no cotidiano escolar.

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Esta pesquisa busca diagnosticar como ocorre a contratação e a atuação do professor eventual do EF II e EM na rede pública de ensino do estado de São Paulo e se essa forma de contratação e de atuação é a causa da quase inexistência desse professor nessa rede. Parte da hipótese de que a forma de contratação coloca esse professor em situação de lúmpen-professorado e que a pouca procura pelo professor eventual para o desempenho dessa função relaciona-se a esse fato, intimamente ligado ao não reconhecimento da importância de sua atuação, ao caráter contraditório do seu papel e às condições em que se dá seu exercício, levando-o a deixar de procurar esse tipo de atividade. Objetiva-se apresentar, discutir e promover uma reflexão a respeito desses temas e contribuir com estudos sobre o assunto, para uma possível análise e quiçá estruturação de uma política educacional adequada nesse âmbito. A carência de estudos sobre o tema justifica esta pesquisa. A partir da revisão bibliográfica, levantaram-se autores que abordaram o assunto, porém, sob outros pontos de vista. A metodologia abrangeu a leitura da bibliografia básica e complementar, a pesquisa documental (legislação federal e do estado de São Paulo), paralelamente a um estudo de caso e pesquisa qualitativa. Numa contextualização histórica geral, priorizaram-se as mudanças nas relações de trabalho e profissão docente, a construção e desconstrução de direitos adquiridos pelo professor, publicados em legislação específica, e, nesse ínterim, a figura do professor eventual. Abordou-se, então, numa perspectiva teórica, a situação precária da profissão docente e suas consequências, mostrando-se o panorama da deterioração do magistério público. O estudo de caso foi realizado por meio de observação sistemática numa escola estadual da periferia do Grande ABC (SP), além da coleta de depoimentos e/ou entrevistas junto a três professores eventuais, três gestores, um gerente de organização escolar e do secretário adjunto da Secretaria da Educação do estado de São Paulo, no intuito de valorar recortes dos diversos olhares. O estudo encerra-se com a discussão sobre a articulação entre os elementos de pesquisa. Os resultados contemplaram as questões propostas quanto à atuação e à contratação do professor eventual, confirmando assim as hipóteses levantadas para a pesquisa.

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Este trabalho traz uma proposta de aproximação com a obra filosófica e pedagógica do pensador Danilo Di Manno de Almeida. A questão central da pesquisa é a verificação da presença de conteúdo estético em suas variadas nuances, nas obras a serem abordadas. Pretendeu-se desenvolver o tema verificando-se o modo como o filósofo aborda o tema estético em seus escritos e qual sua relação/contribuição para com a Pedagogia.

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Este trabalho apresenta um olhar diferenciado sobre o ensino de História e a utilização do livro didático durante as décadas de 60-70, cuja abordagem privilegia a análise da Doutrina da Segurança Nacional. Resgatando os debates em torno da problemática educacional desde os anos 20, o presente trabalho traz à tona todo o ideário que embasou a política estadonovista, tecendo parâmetros comparativos com o sistema ideológico dos Governos Militares de 64. Partindo da análise de sete livros didáticos editados na época em questão, observou-se que trechos das obras inseriram o ideário da Doutrina da Segurança Nacional nas páginas dos livros escolares, abordando temas como a formação da etnia brasileira, o progresso da nação, as virtudes geográficas e humanas do país, etc, os quais foram amplamente incutidos na juventude estudantil daquelas gerações. A análise minuciosa dos livros didáticos de História sob a prisma da Doutrina da Segurança Nacional, demonstra que a escola permaneceu subserviente à Ideologia apregoada pelo regime ditatorial, inserindo em seu currículo oculto , o enaltecimento dos heróis do passado, o engrandecimento da pátria, a vocação pacífica do povo brasileiro, a coesão social, a democracia racial, entre outros.

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Este trabalho busca apresentar as vivências de três pessoas ouvintes, além do próprio autor, filhas de pais surdos, discutindo as relações familiares entre pais e filhos, mostrando as diferenças em relação às famílias que não possuem pessoas surdas no seu âmago, desmistificando preconceitos e pré-conceitos. Devido as barreiras comunicacionais e pelo preconceito, muitos surdos acabavam sendo privados do direto de serem pais. Nos relatos apresentados nesta dissertação, houve momentos em que isso quase aconteceu na vida dos sujeitos entrevistados para esta pesquisa. Porém, com força e consciência dos direitos adquiridos, esses pais surdos não permitiram que tal coisa acontecesse. O texto inicia com a trajetória formativa e profissional do autor para, em seguida, trazer os autores que abordam temas como surdez (Wrigley, 1996; Lacerda, 1998; Perlin, 1998; Moura, 2000; Sá, 2002; Quadros, 2004; Sacks, 2007), antropologia (Hall, 1992; Gomes, 2008), relações familiares (Lacan, 1987) e autobiografia (Ferraroti, 1991; Pineau, 2006; demartini, 2008). A língua de sinais e a história educacional dos surdos também são discutidas neste trabalho. Por último, são apresentados os relatos de história de vida feitos na pesquisa de campo de forma literária, com as análises dos depoimentos colhidos pelos sujeitos entrevistados (filhos ouvintes e pais surdos) os quais evidenciam que ser filho de pais surdos pode ser tão normal quanto ser filho de pais ouvintes.

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O presente trabalho trata de uma investigação sobre a presença e o processo do luto por morte nas escolas e, também, como professores, coordenadores e diretores podem apoiar estudantes enlutados. Um significativo índice de mortes de estudantes demonstra que o processo experimentado por estudantes enlutados é realidade presente nas escolas. Por sua relevância, entende-se ser fundamental que o tema seja considerado na educação escolar. A opção metodológica para o desenvolvimento do estudo pautou-se pela realização de uma revisão da literatura para teoricamente traçar uma perspectiva histórica e social fundamentada principalmente em Paiva (2011), Kovács (2003), Franco (2002), Kübler-Ross (1996). Optou-se, também, por usar noticiários e documentários. Para a realização da pesquisa empírica, a investigação teve como campo 2 escolas públicas da Grande São Paulo e 23 sujeitos entre os quais professores, coordenador e diretores. Desse universo, 13 sujeitos eram da escola A e 10 da escola B; todos atuando diretamente com os alunos. Realizouse, em uma primeira etapa, a aplicação de um questionário estruturado, respondido inicialmente pelos 23 sujeitos. Na segunda etapa da pesquisa, utilizou-se como método a entrevista de aprofundamento com uma amostra de 10 profissionais (dois diretores, uma coordenadora e sete professores). Após responderem ao questionário, esses profissionais desejaram participar espontaneamente dessa segunda etapa, para que se pudesse obter maior aprofundamento das questões relacionadas à investigação. Por meio da análise de conteúdo dos relatos obtidos, foram construídos três temas: significado em perder uma pessoa por morte; facilidades e/ou dificuldades em lidar com as questões de luto/morte na escola; papel de gestores e educadores frente às manifestações de luto entre estudantes na escola. Como referências para análises dos dados, elencaram-se Queiroz (2003) e Demartini (2001). A pesquisa permitiu averiguar a presença e o processo de luto por morte nas escolas e como professores, coordenadores e diretores abordam o tema da morte, do luto e da perda. A pesquisa procurou também conhecer e refletir sobre os significados que os educadores têm acerca do luto e morte no contexto escolar. Esse conhecimento possibilitou conhecer como alguns professores e outros profissionais da educação trabalham (ou não) com o processo do luto na escola. As análises construídas a partir dos temas revelaram que alguns profissionais que vivenciam ou vivenciaram a dor pela perda por morte têm dificuldades em lidar com o tema na escola por não saberem lidar com essa situação. Outra questão considerada é a falta de apoio da escola e a falta de preparo dos profissionais ao lidar com o luto na escola. Os relatos apresentam a morte interdita de jovens como uma realidade presente nas escolas e ocupando cada vez mais espaço. Esse assunto desafiador não se encerra. Há muitas ações que a escola necessita realizar. Este trabalho propõe caminhos para novas investigações e desafios.

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Inúmeros são os estudos que mostram a importância de se considerar emoção/afetividade no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que emoção e cognição não se separam. Nesse sentido, o presente trabalho discute a relação entre a emoção e a educação por meio das obras do biólogo chileno Humberto Maturana, analisando como estudantes dos cursos de educação (licenciaturas e pedagogia) relacionam a emoção ao trabalho docente. Para Maturana, a emoção não se restringe ao aspecto afetivo ou mesmo subjetivo dos estados psíquicos, nem é um sentimento. Trata-se, antes de mais nada, de condutas de ação, de uma construção de um sujeito observador a partir de uma emoção constitutiva fundamental, portanto, estruturante, e que impulsiona todas as demais ações humanas. O autor traz a emoção e a educação como uma quebra de paradigmas que consideravam o corpo e a mente como fragmentos e passa-se a entender o ser humano de forma integral, como um ser complexo que se realiza na linguagem e no racional partindo do emocional. A presente pesquisa configura-se como um recorte do Programa de Pesquisa longitudinal Representações Sociais de estudantes de licenciatura e pedagogia sobre o trabalho docente realizado pelo Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade Educação (CIERS-ed), entre 2006 e 2011, sob coordenação da Prof.ª Dr.ª Clarilza Prado de Sousa. Partindo-se do pressuposto que a produção discursiva dos participantes da pesquisa revela o modo como estes se situam no mundo e como entendem a sua formação, o presente estudo analisou o Banco de Dados sistematizados no Programa de Pesquisa de modo a analisar, ainda que de forma indireta, como os estudantes entendem a emoção no trabalho docente. Para tanto, foram usados dados de associação livre, de classificação múltipla e de entrevista que, embora não tenham se preocupado diretamente em tratar da questão da afetividade e da emoção, permitiram uma análise nessa direção. Os resultados apontam para uma formação de docentes que consideram a emoção no trabalho docente, mas que pela formação ainda sentem angustia quando pensar na relação do educar.

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O estudo procura identificar os fatores que contribuem para que os alunos, ao final do Ensino Médio, façam sua escolha profissional, se a escolha que fazem se baseia em algum programa de orientação profissional específico, se seguem uma orientação da família, de amigos, professores ou profissionais da área, ou se é uma imposição situacional, em função da classe social da qual o jovem faz parte. Pode-se encontrar várias respostas, a depender da classe socioeconômica ocupada pelo indivíduo; para cada parcela da população, talvez ocorra a reprodução de seu quadro socioeconômico, visto que os fatores que influem naquela escolha podem variar entre as diferentes camadas da sociedade. A pesquisa bibliográfica inclui autores como Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron, Maria Alice Nogueira e Alípio Casali, entre outras. O estudo se completa com uma pesquisa de campo, em que foram entrevistados alunos de duas instituições de Ensino Médio, uma da rede pública e outra da rede privada, ambas situadas na cidade de São Bernardo do Campo. Trata-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa. Os dados empíricos foram coletados por meio de questionário para respostas diretas, e também com uma questão aberta, para que os alunos envolvidos pudessem contribuir com novos elementos para a análise final.