990 resultados para violência psicológica


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Trata da participao da Cmara dos Deputados na formulao de polticas pblicas para o enfrentamento da violência praticada por crianas e adolescentes. O estudo, de carter exploratrio e descritivo, objetiva caracterizar o padro predominante de interveno da Cmara dos Deputados na temtica da criminalidade juvenil. Apresenta anlise com base na aplicao do modelo cognitivo-social para o exame dos projetos de lei ordinria vinculados ao tema da infncia e da adolescncia apresentados no mbito da Cmara dos Deputados entre 2003 e 2010.

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Analisa a lei que cria mecanismos para coibir a violência domstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 do art. 226 da Constituio Federal, da Conveno sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao contra as Mulheres e da Conveno Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispe sobre a criao dos Juizados de Violência Domstica e Familiar contra a Mulher; altera o Cdigo de Processo Penal, o Cdigo Penal e a Lei de Execuo Penal; e d outras providncias.

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Los cnceres de mama, tero (cuerpo y cuello) y ovario son los cnceres propios de la mujer que ms incidencia tienen, suponiendo ms de un 40% de los cnceres de la mujer. Dado que es una enfermedad que, gracias a los avances cientficos e investigaciones, cada vez tiene ms ndices de supervivencia, creemos que no deberamos centrarnos slo en lo que es el cncer y tipos de tratamiento, sino que deberamos ahondar en los cambios que supone para la mujer el haber sobrevivido a un cncer. Para ello, hemos realizado un estudio descriptivo mediante encuestas repartidas en el Centro de Salud San Vicente (Barakaldo), siendo las encuestadas mujeres de todas las edades que han padecido o padecen alguno de estos tipos de cncer. As mismo, hemos realizado una investigacin para saber si la dureza del agua de cada zona de geogrfica de Espaa tiene relacin con una mayor incidencia de estos tres tipos de cnceres, para lo cual hemos consultado fuentes bibliogrficas que nos han permitido comparar las diferentes incidencias y durezas. Como conclusiones hemos extrado, por un lado, que un gran porcentaje de mujeres sufren trastornos psicolgicos tras el diagnstico, por lo que su recuperacin fsica puede verse afectada, ya que su vida familiar, de pareja, laboral, o incluso su imagen corporal se ven profundamente afectados. Por ello, es necesaria la atencin psicológica como tratamiento coadyuvante para las mujeres con cncer, siendo uno de los ms recientes recursos creados los grupos de ayuda mutua, que pueden favorecer a las mujeres emocional y prcticamente, al recibir informacin y consejos de mujeres en su misma situacin. Por otro lado, la dureza del agua no parece tener relacin con la incidencia de cncer de mama, tero y ovario en los diferentes registros poblacionales, aunque no se descarta que otras sustancias de los ros s que pudieran tener relacin, o que la dureza del agua intervenga como factor predisponente para otros tipos de cnceres

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Esta pesquisa objetivou discutir a violência e o lao social, tomando como fonte de inspirao a relao com o semelhante, desvelada na obra de Rubem Fonseca. A literatura apreendida como espao tico no qual os processos de subjetivao so expressos e forjados, dando forma ao mal-estar que a psicanlise institui como prprio do existir humano. Considerando a violência constituinte do dualismo pulsional Eros-Tanatos, hipotetiza-se que as trocas sociais, na atualidade, efetuam-se pelo dio indiferenciado ao outro, reificando-o e destituindo-o de sua singularidade. As personagens de Rubem Fonseca protagonizam, juntamente com o cenrio urbano, a tragdia contempornea na qual a melancolia parece ser a tnica da trama coletiva e os atos violentos despropositados contra o outro, uma forma de resposta contra a desvitalizao e a impotncia subjetivas. Em um universo social caracterizado pela retrao dos poderes regeneradores e unificadores de Eros, a ertica predominante se afirma pela violência em relao ao prximo, no posto no lugar de parceiro na construo da coletividade.

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A presente dissertao problematiza as discusses sobre homens, masculinidades e violência contra a mulher, a partir de projetos de interveno social os Grupos de Homens. Ao longo da histria, homens e masculinidades ficaram invisveis em relao a problemtica de gnero e suas correlaes com o campo da sade. Essa invisibilidade produziu um silncio acerca da condio masculina trazendo consequncias para a construo de narrativas de homens e mulheres. A questo da violência intrafamiliar, sobretudo da violência contra a mulher vem se constituindo em um grave problema de sade pblica no Brasil e demais pases. Este tipo de violência cometida por homens est conectado a forma pela qual os homens exercem sua masculinidade. Partindo de estudos do construcionismo social sobre gnero, masculinidades e violência, o autor aponta os Grupos de Homens espaos masculinos de reflexo como um dispositivo de interveno social que caminha na direo de relaes de gnero mais justas e equitativas entre homens e mulheres.

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O objeto deste estudo foi o processo de construo da resilincia em mulheres que vivenciaram violência sexual. A violência sexual contra a mulher um problema antigo no mundo, onde o Brasil dispe de elevadas estatsticas. As justificativas para a violência contra a mulher constroem-se sob normas e preceitos sociais de gnero, os quais definem as diferenas nos papis e responsabilidades dos homens e das mulheres na sociedade e na famlia. As consequncias fsicas e psicológicas para a mulher em situao de violência sexual so alarmantes, podendo ocasionar traumas por longo prazo ou at mesmo para a vida inteira, impedindo-a de retomar seus direitos humanos e de se reinserirem em suas famlias e na sociedade. Entretanto, aps a vivncia de uma violência algumas mulheres tm seus comportamentos transformados a fim de retomarem o curso de suas vidas. Tais comportamentos dizem respeito postura resiliente diante violência sexual vivida e sua superao. Reconhecendo este comportamento como uma nova possibilidade de promoo da sade dessas mulheres, traou-se como objetivo geral do estudo compreender o processo de construo da resilincia em mulheres que vivenciaram violência sexual. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, realizada atravs da coleta da histria de vida com seis mulheres que vivenciaram violência sexual atendidas em um hospital municipal do Rio de Janeiro (Brasil), referncia no atendimento dessas mulheres. Os dados produzidos foram interpretados luz da modalidade temtica da anlise de contedo de Bardin. Deste processo emergiram duas categorias: A violência sexual vivida expressa nas atitudes do cotidiano: sentimentos e emoes e A resilincia de mulheres em situao de violência sexual. Na primeira categoria identificaram-se as atitudes, sentimentos e emoes decorrentes da adversidade. Destacaram-se os sentimentos de medo, tristeza, culpa e perda como sendo as principais mudanas ocorridas com a violência. Na segunda categoria emergiram elementos existentes na vida das mulheres que vivenciaram violência sexual e que favoreceram no processo de construo da resilincia, sendo os aspectos individuais, familiares e sociais. A pesquisa considerou que a resilincia elemento fundamental na promoo da sade das mulheres que vivenciaram violência sexual assim como uma oportunidade de melhoria de sua qualidade de vida, uma vez que reduz os agravos decorrentes dessa violência e incorpora sentido de vida, serenidade, autoconfiana, autossuficincia e perseverana na vida da mulher. Contudo, a resilincia para ser desenvolvida precisa alm dos aspectos individuais da mulher, uma rede de apoio familiar e social significativa e eficaz. A consulta de Enfermagem estabelecida nos princpios da humanizao, integralidade e dialogicidade entre profissional e a mulher, seja nas Estratgias de Sade da Famlia ou nos ambientes ambulatoriais e hospitalares, caracteriza-se como campo frtil na promoo e apoio a essa rede familiar e social. A enfermeira torna-se facilitadora na construo da resilincia em mulheres em situao de violência sexual, onde preciso oferecer escuta sensvel e sem preconceitos, incentivar a construo de sentido de vida, a recuperao da autoestima e autoconfiana e de sua reinsero social.

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O objeto deste estudo consiste na violência autoinfligida em mulheres por queimadura. As leses por queimadura so consideradas causas externas (acidentes e violências) e tem contribudo para o aumento geral dos ndices de morbimortalidade acarretando perda de anos de vida produtiva. So resultantes de mltiplos fatores como condies socioeconmicas, violências e desigualdade de gnero. Esta pesquisa teve como objetivos: analisar o perfil sociodemogrfico das mulheres que vivenciaram queimadura autoinfligida; descrever as circunstncias e o contexto social relacionados queimadura autoinfligida em mulheres; analisar os fatores motivadores da queimadura autoinfligida em mulheres; e, discutir a queimadura autoinfligida em mulheres na perspectiva de gnero. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e exploratria. Os cenrios da pesquisa foram dois Centros de Tratamento de Queimados (Municipal e Federal) localizados no Estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos do estudo foram 10 mulheres com histria de queimadura autoinfligida e que no tivessem histria de tentativa de suicdio anterior e diagnstico de sofrimento psquico, uma vez que estas situaes poderiam comprometer a anlise das vivncias de violência. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevista semi-estruturada, com roteiro previamente elaborado, no perodo de novembro de 2009 a maro de 2010. Os dados foram analisados atravs da tcnica de Anlise de Contedo de Bardin, tendo emergido duas categorias: a) A vida da depoente antes da queimadura: percepo da sua condio pessoal; relaes familiares envolvendo me, pai, avs, irmos e filhos; relaes sociais e relao com o companheiro; b) Queimadura autoinfligida em mulheres: uma questo de violência de gnero: fatores motivadores da queimadura autoinfligida na perspectiva da mulher e queimadura autoinfligida como desfecho da vivncia de violência conjugal. As participantes do estudo caracterizavam-se por ter uma vida, anterior ao evento da queimadura, marcada pela violência na relao familiar e, principalmente, com o parceiro. A constante vivncia de violência presente na relao com o parceiro, manifestadas por diferentes expresses (fsicas, sexuais e psicológicas) resultou em intenso sofrimento que culminou na queimadura autoinfligida. Ficou evidenciado que a queimadura autoinfligida, no grupo estudado foi uma tentativa de interromper com a violência de gnero vivenciada. A escolha pelo fogo foi justificada pelas mulheres como um elemento capaz de produzir maior letalidade e ser de fcil acesso no ambiente domstico. As mulheres afirmam que o evento da queimadura autoinfligida promoveu transformaes em suas vidas. Nos agravos sade da mulher, em especial na violência autoinfligida por queimaduras, relevante considerar as questes de gnero como estratgia de ao e ampliao das prticas de cuidado.

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La evaluacin psicológica es una disciplina que, en su acelerada evolucin durante las dos ltimas dcadas, ha desbordado el concepto tradicional de psicodiagnstico. En este texto se ofrece una aproximacin conceptual y metodolgica de esta materia, se dibuja una panormica del estado actual de la evaluacin psicológica y se tocan, adems, aspectos referidos al proceso o manera de llevar a efecto la tarea de evaluar. Para completar la visin se hace referencia, a nivel introductorio, al mbito de la evaluacin en la infancia, adolescencia y vejez. Si algn leitmotiv cabe destacar en el texto, sera la idea de confluencia integradora a diferentes niveles, terico y metodolgico principalmente. Esta caracterstica refleja una corriente vigente en un sector importante de profesionales de la evaluacin psicológica, a la que adhiere decididamente el autor.

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O objetivo principal desta Dissertao foi avaliar as relaes entre a Violência Fsica entre Parceiros ntimos (VFPI) nos primeiros seis meses aps o parto e a utilizao de servios de sade entre crianas menores de seis meses de idade. Para estudar o construto utilizao de servios de sade utilizou-se o momento de incio do acompanhamento e o nmero de consultas da criana em Unidades Bsicas de Sade (UBS). Adicionalmente, estimou-se a prevalncia de VFPI nos primeiros seis meses aps o parto entre mes de crianas desta faixa etria assistidas nas UBS do Rio de Janeiro. As informaes que subjazem a pesquisa originaram-se de um estudo transversal realizado em 27 UBS do Municpio do Rio de Janeiro, entre junho e setembro de 2007. A populao de estudo foi selecionada por meio de amostragem por conglomerado em dois estgios. As UBS unidades primrias de amostragem foram amostradas com probabilidade de seleo proporcional ao volume de consultas peditricas realizadas conduzindo a uma amostra geograficamente representativa do municpio. As crianas unidades secundrias de amostragem foram selecionadas de forma sistemtica, obedecendo ordem de sada das consultas. A amostra incluiu 927 crianas nos primeiros seis meses de vida cujas mes relataram ter companheiro na ocasio da entrevista dentre aquelas que buscaram consulta peditrica ou de puericultura. As informaes foram obtidas por meio de entrevista com a me da criana utilizando-se um questionrio estruturado, contendo escalas previamente validadas, como a Revised Conflict Tatics Scales (CTS2) para a mensurao da VFPI. O artigo inicial apresenta a prevalncia de VFPI nos primeiros seis meses aps o parto na populao estudada e em certos subgrupos de acordo com caractersticas sociodemogrficas e de sade de mes e bebs. Elevadas frequncias de violência conjugal foram evidenciadas, em especial entre mes em situao socioeconmica desfavorvel e que apresentavam falhas no cuidado pr-natal, na amamentao e na utilizao do servio de sade. Os outros dois artigos apontam que a VFPI aps o parto apresenta um srio risco ao acompanhamento regular da criana nos servios de sade. O segundo artigo revelou que a VFPI um fator de risco independente para o incio tardio do acompanhamento da criana em UBS em mulheres que possuam emprego informal ou no trabalhavam e entre aquelas que no haviam realizado um adequado acompanhamento pr-natal. J o terceiro artigo mostrou que a VFPI aumenta o risco de crianas filhas de mes que no exerciam trabalho remunerado aps o parto terem um nmero de consultas aqum do esperado para a idade nos seus primeiros seis meses de vida. Espera-se que a divulgao dos resultados desta Dissertao possa contribuir para aumentar a sensibilizao de profissionais de sade e dos planejadores de polticas pblicas do Setor Sade para a importncia de aes de combate violência e, assim, colaborar para a promoo da sade no seu sentido mais amplo.

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A Dissertao busca fazer uma reflexo sobre o racismo, a violência e o extermnio de adolescentes e jovens pobres e negros. No uma situao nova. Contudo, pertinente levantar de que modo, como e por quais vias histrico-poltico-sociais este problema se constituiu. A forma extrema da violência vivenciada pela juventude negra, as execues sumrias, no exclui outras formas de violaes de direitos, como pouco acesso aos bens materiais e culturais, entre os quais educao, sade, lazer. A nossa hiptese de que o racismo tem sido o eixo central perverso impedindo a juventude negra de ter sua cidadania efetivada. Ao lado desta reflexo, trazemos o caso de Vitria da Conquista/BA, para ilustrar como est violência no se encontra restrita aos grandes centros urbanos, mas atinge tambm as pequenas e mdias cidades do interior. Atravs dos depoimentos dos familiares das vtimas, bem como notcias de jornais, confirma-se a participao de policiais em muitos dos casos de execuo. Neste sentido, nossa hiptese, que o racismo e a violência tem sido incorporados ao aparelho repressor do Estado, dificultando e mesmo impedindo que polticas pblicas direcionadas aos jovens tenham maior efetividade.

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O presente estudo busca analisar a percepo das profissionais de sade sobre a assistncia mulher em situao de violência sexual em um hospital de emergncia do municpio do Rio de Janeiro. Considerando que as mulheres que vivem em situao de violência so mais expostas a problemas de sade diversos, o desempenho da equipe de sade que atua no setor de emergncia pode exercer um papel primordial na assistncia e preveno da violência sexual. O grupo social da investigao referiu-se equipe multiprofissional, composta por mdicas, assistentes sociais, psiclogas e equipe de enfermagem. Considerou-se a pesquisa qualitativa como a mais apropriada para a anlise do objeto em questo. A tcnica adotada para a produo de dados foi a entrevista individual semi-estruturada. Buscou-se analisar a percepo das profissionais de sade sobre violência sexual no contexto da emergncia, estabelecer relaes entre os discursos sobre a atuao profissional na assistncia violência sexual e as respostas oferecidas para o enfrentamento da problemtica. O estudo indicou que, no caso de muitas profissionais de sade, o conhecimento acerca da violência sexual parte dos casos atendidos no cotidiano da emergncia. Nesse sentido, a herana cultural solidifica percepes, sentimentos e aes sexistas, reducionistas e preconceituosas contra as mulheres, reproduzindo um padro hegemnico de relaes assimtricas. Por outro lado, as entrevistadas indicaram a importncia das capacitaes para maior reflexo sobre a violência sexual contra a mulher. A adoo da categoria gnero pela equipe multiprofissional poderia, portanto, resultar em uma compreenso mais crtica da violência sexual contra a mulher, proporcionando respostas mais adequadas com a realidade desta populao.

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A presente tese de doutorado analisa, em perspectiva comparada, as convergncias e divergncias entre as dramaturgias do francs Jean Genet e do brasileiro Plnio Marcos, sob o prisma de trs tpicos inegavelmente presentes, nelas: a violência, a revolta e a religiosidade. As questes de margem, borda, periferia, ex-centricidade, dissenso etc so abordadas neste trabalho para situar a ideia de outro como o referencial ontolgico que sustenta a obra teatral de ambos. As respectivas biografias dos autores em questo, direta ou indiretamente, tem relao com a aura de marginalidade artstica atribuda (e at assumida por eles prprios) a sua produo em geral (seus romances, poemas, ensaios e contos). Pode-se dizer que muito da persona que ambos assumiram correspondia s expectativas que os crculos intelectuais engajados tinham em adotar uma figura que viesse a encarnar o papel de autntico porta-voz do segmento marginalizado da sociedade na qual cada um deles se criou. Ambos gozam de certo status de vanguardistas no caso do metateatro de Genet, na sua atribuda vinculao ao Teatro do Absurdo, e, no caso do hipernaturalismo dramtico de Plnio, na sua atribuda (e mesmo confessa) descendncia da linhagem criativa de caracteres e motivos do teatro de Nelson Rodrigues. Outro aspecto comum dramaturgia de Genet e Plnio que abordamos a problematizao de dois espaos alegricos definidores por excelncia do ethos dos tipos humanos que o habitam: a priso e o prostbulo. Para tanto, ganham destaque, aqui, Alta vigilncia e O Balco, de Genet, e Barrela e O abajur lils, de Plnio. Nelas tambm se verifica a figurao de motivos de inspirao religiosa que, no autor francs, concorrem para uma espcie de sacralizao ritual do crime (o que ecoa o iderio de Antonin Artaud) e, no brasileiro, funcionam como um exerccio catrtico de compaixo sombra de uma cristandade de feio primitiva que se insinua no tratamento que d degradao dos prias sociais que compem seu universo dramtico. Por fim, analisamos comparativamente trs peas brasileiras (Pedro Mico, de Antonio Callado; Gimba, o presidente dos valentes, de Gianfrancesco Guarnieri; e Orao para um p de chinelo, de Plnio Marcos) tomando como ponto de partida uma situao dramtica comum a elas para traar, assim, as afinidades e distines de cada qual quanto abordagem da criminalidade. E, assim, tambm, poder apontar o tipo de projeto de teatro a que cada uma se vincula, trazendo tona questes caras ao momento histrico-cultural no qual foram compostas, como a figurao do negro e do favelado na sociedade brasileira

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Este trabalho consiste em um estudo sobre a relao entre subjetividade e meio, mais especificamente, sobre a formao subjetiva no contexto da violência nas favelas cariocas. A reflexo proposta traz, como principal referencial terico, a noo, adotada, entre outros, por John Bowlby e Donald Winnicott, de uma constituio subjetiva marcada pela intersubjetividade. Dito de outro modo, a subjetividade aqui resultante do encontro do indivduo com o meio (inicialmente a prpria figura materna); o que significa que um no pode ser compreendido a no ser na interao com outro. Desse pressuposto comum, tais autores partem para construir percursos tericos independentes, que ora se aproximam, ora se distanciam. Contemporneos e membros da Sociedade Psicanaltica Britnica da poca, Bowlby e Winnicott fizeram parte do chamado Middle Group. Tal vertente psicanaltica, sob a influncia da biologia de Darwin, da etologia e da literatura, apresenta como caracterstica fundamental a de conferir uma importncia indita ao ambiente no processo do desenvolvimento emocional. A adaptao dos cuidados maternos s necessidades do beb, nos estgios precoces de seu desenvolvimento, ganha a funo primordial de sobrevivncia e desempenha aqui um papel decisivo para a sade mental do sujeito. Bowlby utilizar-se- da idia de que os pais, ou cuidadores, funcionam como uma espcie de base segura a partir da qual a criana pode explorar o mundo com a confiana de que ser acolhida caso precise. Para ele, o comportamento de apego sustenta o processo de subjetivao e representa um elemento constituinte da natureza humana, que se manifesta atravs da propenso para estabelecer laos ntimos. J Winnicott adotar a idia de uma maternagem suficientemente boa, capaz de garantir criana a continuidade de sua existncia. Interrupes nessa proviso dos cuidados precoces so, para estes autores, potenciais agentes patognicos. luz dessa perspectiva terica, sero apresentadas as narrativas biogrficas de trs moradores de uma favela da zona sul carioca representativa dos constantes e violentos confrontos que vm ocorrendo entre os integrantes do trfico de drogas daquela localidade com a polcia, com outras faces rivais e entre eles prprios. A experincia da proviso materna, em ambientes prejudicados por um determinado tipo de violência contextualizada, o que tais histrias pessoais tentam retratar.

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O presente estudo tem por objetivo analisar o lugar ocupado pelo silncio na narrativa de pessoas que sofreram violência homofbica e que so acompanhadas pelos dispositivos pblicos de ateno e cuidado a lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais implantados no estado do Rio de Janeiro. Utiliza-se neste trabalho o conceito de homofobia como violência motivada pelo preconceito sexual, que se origina do processo histrico que produziu a separao entre homo e heterossexualidade e estabeleceu a ltima como norma. O trabalho de campo realizado em dois Centros de Referncia e num dispositivo pblico de sade incluiu entrevistas semiestruturadas com 11 usurios e 25 profissionais, no perodo de junho a novembro de 2011. A anlise do material indica que o silncio constitui-se como um discurso legtimo sobre a dor, servindo de proteo para a manuteno de determinadas relaes, preenchendo, portanto, um espao de fala. Reconhecer o lugar do silncio, mesmo em dispositivos que se prope a acolher denncias de violência, pode facilitar o fortalecimento do encontro entre profissionais e usurios dos servios voltados para pessoas LGBT.

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Na campanha do desarmamento organizada pela Organizao No Governamental Viva Rio - e realizada entre meados de 2004 e outubro de 2005, com o Referendo Sobre a Proibio do Comrcio de Armas de Fogo no Brasil , os atores, discursos e prticas envolvidos na causa do desarmamento se voltavam, majoritariamente, a uma estratgia de apelo aos coraes aos cidados de bem como forma de persuaso, atrelavam, de modo amplo, a defesa ao desarmamento defesa paz e ao combate violência, e se concentravam, principalmente, na divulgao e promoo da campanha de entrega das armas. Para o debate em torno do Estatuto do Desarmamento e do Referendo, entretanto, novos atores entraram na disputa e comearam a ganhar visibilidade na esfera pblica. Os atores engajados pelo "no" no Referendo acionaram aliados e seus discursos em prol de sua causa, recorrendo a elementos da moral e da religio na defesa da posse de armas como um direito inalienvel dos cidados.Este trabalho reflete sobre as aes engendradas pelo Viva Rio em torno da questo do desarmamento desde sua fundao - com destaque para a Campanha do Desarmamento de 2004 -, discutindo a presena da religiosidade em suas iniciativas e a contribuio desta na constituio de noes de paz, violência e cidadania no espao pblico brasileiro. Examina, ainda, de que modo estas noes fundamentaram a atuao pblica do Viva Rio na construo de uma cultura da paz e ajudaram a compor um campo de parcerias e disputas no cenrio nacional.