930 resultados para Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, Marqués de, 1699-1782


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O retardo mental (RM) representa um problema de sade pblica mundial ainda negligenciado no Brasil e, em especial nas regies mais pobres como o Nordeste. A sndrome do X frgil (SXF) uma das formas mais estudadas de RM hereditrio em seres humanos. Esta doena monognica, de herana ligada ao X dominante, decorrente de uma mutao no exon 1 do gene FMR1, localizado na regio Xq27.3. A mutao no FMR1 se caracteriza pelo aumento de repeties de trinucleotdios CGG em tandem na regio 5 UTR desse gene, sendo a expanso dessas trincas o principal evento mutacional responsvel pela SXF. De maneira geral, os fentipos cognitivos de indivduos do sexo masculino com a sndrome incluem deficincia intelectual de moderada grave. No presente trabalho, realizamos um estudo transversal da SXF em indivduos portadores de retardo mental de causa desconhecida, engajados em Programas de Educao Especial e em instituies psiquitricas de So Lus-MA, rastreando amplificaes de sequncias trinucleotdicas no gene FMR1. A amostra foi composta por 238 indivduos do sexo masculino, no aparentados, na faixa etria de 4 a 60 anos (mdia = 21 9 anos). O DNA dos participantes foi obtido a partir de 5 mL de sangue coletados em tubos com anti-coagulante EDTA e a anlise molecular da regio gnica de interesse foi realizada atravs da reao em cadeia da polimerase, utilizando-se trs primers. Dentre os indivduos triados quanto presena de mutaes no gene FMR1, apenas um apresentou um resultado inconclusivo e 2 (0,84%) foram positivos para a SXF, sendo que um deles (3503) apresentou mais de 200 repeties CGG no locus FRAXA e o outro indivduo (3660) apresentou uma deleo de ~197 pb envolvendo parte das repeties CGG e uma regio proximal s repeties CGG. Ambos possuam histria familiar de RM ligado ao X. No indivduo 3503 observamos as seguintes caractersticas clnicas: temperamento dcil, orelhas grandes, mandbula proeminente e flacidez ligamentar. O indivduo 3660 apresentava hiperatividade, contato pobre com os olhos, orelhas grandes, mandbula proeminente, pectus excavatum, macroorquidismo e pouca comunicao. O esclarecimento sobre a doena oferecido s famlias de ambos contribuiu sobremaneira para o entendimento da condio, do prognstico e dos riscos de recorrncia. A prevalncia da SXF em nossa amostra, 0,84%, embora relativamente baixa, encontra-se na faixa de incidncia de casos diagnosticados em outras populaes que, em sua maioria, relatam incidncias variando de 0 a 3%. Em parte, atribumos o percentual encontrado aos critrios de incluso utilizados em nosso estudo. Conclumos que o protocolo de triagem molecular utilizado em nosso estudo se mostrou eficiente e adequado para a realidade do Maranho, podendo constituir uma ferramenta auxiliar a ser aplicada na avaliao de rotina dos portadores de RM, com grandes benefcios para o Estado.

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A importncia das florestas na mitigao do clima reconhecida e a necessidade da conservao e restaurao se tornou mais evidente. Diversas tcnicas tem sido estudadas para facilitar a restaurao. Nesse sentido, a semeadura direta se apresenta como uma alternativa de baixo custo para a restaurao, entretanto o sucesso dessa tcnica depende da criao de condies favorveis para a germinao e estabelecimento de plntulas. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de tcnicas que podem ser associadas semeadura direta, aumentando a chance de sucesso. Dois diferentes tipos de protetores (gaiolas metlicas e bambus) foram utilizadas para avaliar a germinao e estabelecimento de Euterpe edulis Mart., uma espcie de sementes recalcitrante. Alm disso, outros fatores foram considerados, como o tamanho da semente, presena dos envoltrios do fruto e posio de semeadura. A porcentagem de persistncia de sementes ou frutos, germinao (%), emergncia de plntulas (%), altura e dimetro do colo das plntulas e recrutamento foram avaliados no primeiro experimento e germinao (%), emergncia de plntulas (%), altura e recrutamento foram avaliados no segundo experimento. A excluso da redao nofoi o fator mais importante no sucesso do uso da semente, mas sim a mudana microclimtica provocada pela proteo de tubos de bambu. Para a outra espcie estudada, Simira cf. glaziovii (Standl) Steyerm, uma espcie de sementes no recalcitrantes, tcnicas de condicionamento foram utilizadas para avaliar a viabilidade e manuteno da qualidade fisiolgica aps trs meses de armazenamento. Os tratamentos consistiram em hidrocondicionamento e osmocondicionamento e estes, seguidos por secagem e armazenamento. O controle tambm foi armazenado para comparao entre os tratamentos. Os resultados foram favorveis tanto para condicionamento quanto para o armazenamento aps condicionamento. Este estudo mostrou que a semeadura direta pode ser uma alternativa para ambas espcies quando associadas a prticas que favorecem a germinao e estabelecimento. O sucesso no uso das sementes recalcitrantes depende da criao de condies climticas favorveis, que podem ser conseguidas com o uso de protetores de tubos de bambu. Para espcies no recalcitrantes, a manuteno da viabilidade das sementes durante o armazenamento permite o uso em perodos mais favorveis germinao.

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A subtribo Elephantopinae tem sido alvo de poucos estudos taxonmicos e palinolgicos, necessitando de uma reavaliao em seus limites. Assim, o presente estudo teve como proposta atualizar e ampliar o conhecimento de 13 espcies de Elephantopinae ocorrentes no Brasil atravs de um acurado estudo palinolgico, da anatomia foliar e taxonmico, promovendo a delimitao das espcies dos gneros Elephantopus (10 espcies) Orthopappus (uma espcie) e Pseudelephantopus (duas espcies)alm de oferecer subsdios para posteriores anlises filogenticas. O material botnico utilizado foi obtido atravs de exsicatas depositadas nos herbrios brasileiros e de material coletado em campo. Os gros de plen foram tratados pelo mtodo acetoltico, sendo posteriormente mensurados, descritos, e analisados sob microscopia de luz e eletrnica de varredura. As eletromicrografias foram obtidas de gros de plen no acetolisados, as anlises taxonmicas baseiam-se na metodologia clssica. A anatomia foliar deu-se atravs da metodologia usual. Os resultados mostram gros de plen mdios, 3-porados, de exina equinolofada com malhas poligonais organizadas ou no em Elephantopus e Pseudelephantopus, podendo apresentar interrupo na malha poral em Elephantopus. Em Orthopapus os gros de plen so 3-colporados, de sexina subequinolofada. A anatomia foliar possibilitou a separao de E. hirtiflorus e E. riparius atravs da forma ou contorno da nervura principal (planoconvexo), nas demais espcies o contorno biconvexo. As espcies apresentaram tricomas capitados bisseriados com 8 clulas, tricomas filamentosos 3-4 celulares, bem como filamentosos de clula distal globosa ou ovide em E. biflorus, E. micropappus, E. tomentous e Orthopappus angustifolius. Registrou-se variao na ornamentao da cutcula podendo ser lisa ou estriada entre as espcies, bem como a presena de substncias pcticas na epiderme e drusas nos parnquimas. Em relao aos microcaracteres florais, foram considerados de importncia diagnstica os lbulos da corola, que variaram entre glandular, glabro e penicilado, este ultimo apenas em E. hirtiflorus, os pices das anteras que variaram entre obtuso, retuso em E. hirtiflorus e apiculado, lancelolado em E. mollis e E. racemosus, a base da antera variou entre sagitada, caudada lisa em E. riparius e E. tomentosus e caudada em E. riparius. Os macrocaracteres que apresentaram maior valor taxonmico foram a cipsela e o papus, a organizao das coflorescncias, o nmero de flores por captulo e limbo foliar. Neste trabalho aceitou-se a segregao dos trs gneros, com base nos caracteres analisados

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A cicatrizao constitui processo complexo envolvendo diferentes sistemas biolgicos e imunolgicos , sendo essencial para manter a integridade do organismo. Trs fases bem definidas ocorrem, a inflamatria, a proliferativa e a de maturao. A falha ou prolongamento em uma fase pode resultar em retardo da cicatrizao tecidual. A sutura dos tecidos e sua cicatrizao um dos fundamentos bsicos da cirurgia e a procura de substncias que melhorem este processo um desafio constante. O uso de substncias de plantas tm sido testados por vrios autores. Objetivo - Analisar comparativamente as alteraes macroscpicas e histolgicas proporcionadas pelo uso do extrato bruto da Jatropha gossypiifolia intraperitonial, na cicatrizao de suturas realizadas na bexiga urinria de ratos. Material e mtodo Sessenta ratos da linhagem Wistar, adultos, machos foram distribudos em 2 grupos animais. O procedimento experimental constituiu-se em laparotomia mediana infraumbelical, inciso longitudinal de 1cm na parede ventral da bexiga e sntese em plano nico com pontos separados de poliglactina 910 5-0 (Ethicon). O procedimento nos animais do grupo controle (ratos 1 a 30) instilou-se na cavidade peritonial gua destilada na proporo de 1ml por kg de peso e no grupo Jatropha (ratos 31 a 60) utiilizou-se o extrato bruto de Jatropha gossypiifolia na proporo de 1ml por kg de peso, que representava 200mg do fototerpico, intraperitoneal. Cada grupo foi dividido em 3 subgrupos de 10 animais sendo estes submetidos eutansia no 7 e 14 ps-operatrio. Foi feita anlise macroscpica e histolgica comparativa entre os subgrupos . Resultados - No 7 dia foi observado diferena estatisticamente significativa nas variveis inflamao aguda, neoformao vascular e colagenizao, sendo a primeira maior no grupo controle e as duas ltimas no grupo Jatropha; no 14 variveis inflamao aguda e proliferao fibroblstica apresentaram-se mais intensas com significado estatstico no grupo controle. No 21 dia as variantes se alinharam no havendo diferena estatstica na sua comparao. Concluso - Foi observado homogeneidade na cicatrizao nos 2 grupos, contudo, a mesma foi mais intensa no grupo controle. No se observou, portanto, efeito favorecedor cicatrizante do extrato bruto da Jatropha gossypiifolia intraperitonial, em dose nica, na bexiga urinria de rato.

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Os fibrcitos foram inicialmente identificados pelo seu recrutamento rpido para os tecidos lesionados e por atuar diretamente na resposta imune atravs do reconhecimento, apresentao antignica e produo de citocinas e quimiocinas. Segundo Grab (2004) fibrcitos podem participar da resposta imune na leishmaniaose e por isso no presente estudo propomos analisar a resposta celular e apresentao antignica dos fibrcitos na infeco por L. (L.) amazonensis. Para os experimentos in vivo camundongos C57BL/6 e knockout para o receptor TLR-2 foram inoculados na derme auricular com 105 formas promastigotas de L. (L.) amazonensis e 1, 7, 15 dias aps a infeco as regies de inculo e os linfonodos foram retirados e processados para citometria de fluxo. Para os experimentos in vitro fibrcitos foram obtidos de mononucleares do sangue perifrico de camundongos C57BL/6. Os fibrcitos foram avaliados quanto s suas caractersticas morfolgicas e fenotpicas, infeco, expresso de MHC-II/B7-1/B7-2 e ativao de linfcitos T CD4+. As anlises na regio de inculo mostraram o aumento no percentual de fibrcito na derme de camundongos aps 15 dias de infeco tanto em animais C57BL/6 quanto em animais KO TLR-2. Neste stio, os fibrcitos produziram citocinas e expressaram MHC-II, B7-1 e B7-2 podendo participar da resposta imune. As anlises no linfonodo mostraram a existncia de um alto percentual de fibrcitos nos animais controle, contudo, aps infeco este percentual foi reduzido. Aps infeco verificamos que os fibrcitos de animais WT C57BL/6 foram capazes de produzir as citocinas IL-4, IL-10 e IFN- durante o primeiro dia. Entretanto, na ausncia de TLR-2 os fibrcitos presentes no linfonodo produziram TNF-α e IFN- que podem estar relacionadas com a ativao celular e aumento da capacidade de apresentao antignica destas clulas durante a infeco. No linfonodo verificamos que os fibrcitos podem participar da apresentao antignica aps a infeco por L. (L.) amazonensis. Contudo, nos linfonodos de animais WT C57BL/6 observamos a reduo significativa no percentual destas clulas expressando MHC-II e B7-1, o que pode estar relacionada a presena do TLR-2. Nos ensaios in vitro fibrcitos de camundongos C57BL/6 apresentaram alta capacidade endoctica, eliminaram os parasitas nas primeiras 24 horas de infeco, expressaram MHC-II/B7-1/B7-2 e foram capazes de ativar linfcitos T CD4+. Com isso, nossos resultados sugerem que os fibrcitos podem atuar na resposta celular e na apresentao antignica durante a infeco por L. (L.) amazonensis, contudo estas funes podem ser moduladas pela participao do TLR-2 e pelo microambiente onde estes se encontram.

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Funariaceae Schwgrichen uma famlia de musgos cosmopolita que crescem em diversos habitats, por um ou raramente dois anos, mas algumas espcies podem ser perenes. Possuem como caracterstica marcante o gametfito uniforme e uma ampla diversidade na arquitetura do esporfito. Este estudo realizou a reviso taxonmica da famlia Funariaceae no Brasil atravs da anlise dos espcimes-tipos de colees de herbrios, nacionais e internacionais, e consulta a literatura especfica sobre os txons. apresentada uma listagem revista e atualizada da famlia Funariaceae que ocorrem no Brasil, chaves de identificao para gneros e espcies, descries morfolgicas, distribuio geogrfica, status de conservao, ecologia, comentrios, relao do material examinado e ilustraes. Para o Brasil eram citados 51 binmios agrupados em trs gneros: Entosthodon Schwagr. (11 binmios), Funaria Hedw. (20 binmios) e Physcomitrium (Brid.) Brid. (20 binmios). Os gneros so taxonomicamente distintos pelo tipo de ornamentao dos esporos, forma da cpsula, forma das clulas do exotcio, presena ou ausncia de peristmio, comprimento da seta, forma do nulo e forma da caliptra. Aps a reviso dos nomes foi estabelecida uma combinao nova a partir de Funaria ramulosa (Hampe) Paris: Entosthodon ramulosus (Hampe) M. S. Dias & D. F. Peralta. Foram estabelecidos 10 novos sinnimos: Funaria luteolimbata Broth. F. obtusa-apiculata Mll. Hal. e F. ramulosa (Hampe) Paris como sinnimos de Entosthodon ramulosus (Hampe) M. S. Dias & D. F. Peralta; Physcomitrium flavum (Mll. Hal.) Broth. como sinnimo de E. bonplandii (Hook.) Mitt.; Physcomitrium badium Broth. como sinnimo de P. umbonatum Mitt.; P. lindmanii Broth., P. sylvestre Mll. Hal. e P. convolutaceum Mll. Hal. como sinnimos de P. thieleanum Hampe. P. serrulatum Mitt., P. cupulare Mll Hal. e P. platyphylloides Paris como sinnimos de P. subsphaericum Schimp. Entosthodon puiggarii Geh. & Hampe o nome legtimo do txon Physcomitrium puiggarii Geh & Hampe e foi constatado que Funaria capillipes (Mll. Hal. ex Broth.) Broth., uma combinao invlida. Seis txons foram excludos de Funariaceae por no possurem os caracteres morfolgicos diagnsticos da famlia e seis espcies no foram includas no tratamento taxonmico por falta de informao sobre as mesmas e foram consideradas como espcies duvidosas. Portanto, so reconhecidos para o Brasil 11 txons em Funariaceae: quatro de Entosthodon (E. bonplandii (Hook.) Mitt., E. obtusifolius Hook. f. in Hooker, E. puiggarii Geh. & Hampe in Hampe & Geheeb. e E. ramulosus (Hampe) M. S. Dias & D. F. Peralta); dois de Funaria (F. calvescens Schwagr. e F. hygrometrica Hedw.) e cinco de Physcomitrium (P. capillipes Mll. Hal. ex Broth., P. falcifolium Mll. Hal. in Brotherus, P. umbonatum Mitt., P. subsphaericum Schimp. e P. thieleanum Hampe). Cinco txons so endmicos do Brasil: Entosthodon puiggarii, E. ramulosus, Physcomitrium capillipes, P. falcifolium, P. umbonatum e a espcie P. capillipes conhecida apenas pelo tipo nomenclatural. A partir da anlise de diversos materiais originais, apresentada aqui uma nova reinterpretao da famlia Funariaceae do Brasil, com novas sinonimizaes, reconhecimento de uma nova combinao, e lecttipos

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A menopausa, fenmeno fisiolgico que ocorre em todas as mulheres, em mdia, aos 51 anos, acompanhada em cerca de 80% dos casos de sintomas como fogachos, secura vaginal, irritabilidade e insnia, que interferem na qualidade de vida e na produtividade socioeconmica das mulheres, alm de predisp-las a doenas crnico-degenerativas, como arteriosclerose, obesidade e distrbios cardiovasculares. A terapia de reposio hormonal base de estrgenos, que visa reduzir os incmodos da menopausa, est associada ao aumento do risco de cncer de mama e do endomtrio, como foi demonstrado em estudos cientficos. Considerando que as mulheres orientais, consumidoras de soja, apresentam doenas crnico-degenerativas e cncer em taxas inferiores s dos pases ocidentais, as isoflavonas da soja tm sido testadas em estudos clnicos e experimentais, porm com obteno de dados at contraditrios. O presente estudo investigou o efeito da administrao crnica de isoflavonas de soja no tero, mamas e tecidos adiposo e sseo de ratas ovariectomizadas. Quarenta ratas Wistar adultas foram distribudas em quatro grupos experimentais: a) ovariectomizadas: grupo ISO, recebendo isoflavonas de soja (100mg/kg/dia/v.o.); b) ovariectomizadas: grupo BE, recebendo benzoato de estradiol (10g/kg/dia/s.c.); c) ovariectomizadas: grupo OVX, recebendo salina (0,1ml/100g/dia/v.o.); d) controles: grupo FO, recebendo salina (0,1ml/100g/dia/v.o.). Antes e durante os 90 dias de tratamento, foram analisados os esfregaos vaginais, para acompanhamento do ciclo estral, determinao do peso corporal e do consumo de rao semanal. Aps esse perodo, os animais foram anestesiados e o sangue coletado para anlise de estradiol e progesterona sricos, por radioimunoensaio; e lipidograma e glicose, por espectrofotometria. Posteriormente, os animais foram sacrificados e necropsiados, coletando-se o tero, mamas, gordura intra-abdominal e fmur para macroscopia e pesagem. Os tecidos selecionados para o estudo foram corados em HE, analisados por microscopia ptica e histomorfometria, visando investigar alteraes do crescimento celular (software V.S NIH Image-J; imagens digitais-optronicos CCD). No grupo tratado com isoflavonas, o peso corporal diminuiu em relao OVX, no qual ocorreu aumento de peso em comparao aos animais falso-operados. O exame macroscpico revelou que o tero diminuiu de peso nas ratas do grupo ISO, semelhante s do OVX. Alm disso, a histopatologia das glndulas endometriais no mostrou alteraes entre os grupos ISO e OVX. Contudo, o grupo BE apresentou proliferao glandular, pseudoestratificao epitelial, frequentes mitoses tpicas, metaplasia escamosa, infiltrado eosinoflico e hidromtrio. A concentrao de estradiol no grupo ISO foi semelhante do OVX. Porm, no grupo BE, o estradiol e o peso uterino apresentaram-se aumentados em relao ao OVX. No foram observadas diferenas na histomorfometria mamria entre os grupos. Houve reduo no peso do tecido adiposo abdominal no grupo ISO, comparado com o OVX, sem identificao de alteraes morfolgicas significativas, apenas hipotrofia celular, confirmada pela histomorfometria. Apesar de no ter havido diferenas na concentrao de glicose, colesterol total e triglicerdeos, entre os grupos, o colesterol-HDL apresentou aumento no grupo ISO. No houve diferena na densitometria do fmur entre os grupos avaliados. Esses resultados indicam que o tratamento crnico com isoflavonas de soja, na dose testada, no induz mudanas significativas no tero, mamas e tecidos adiposo e sseo, sugerindo segurana no tratamento, sem risco para o desenvolvimento de cncer.

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<i>Coriandrum sativum</i>, conhecido popularmente como coentro, um vegetal usado na alimentao humana. Tambm utilizado como planta medicinal para tratamento de diabetes, complicaes gastrintestinais, e como um antiedmico, antissptico e emenagogo. Em investigaes acerca dos efeitos do extrato de plantas, importante a determinao de alguns parmetros fsico-qumicos. Diversos modelos experimentais tm sido usados, inclusive com o emprego de radionucldeos. Em procedimentos da Medicina Nuclear que auxiliam o diagnstico de doenas, o tecncio-99m (99mTc) o radionucldeo mais utilizado. Hemcias marcadas com 99mTc esto entre as vrias estruturas celulares que podem ser marcadas com este radionucldeo e usadas como radiofrmaco. Para a marcao com 99mTc necessria a presena de um agente redutor, e o mais utilizado o cloreto estanoso (SnCl2). As terapias com drogas e condies de dieta alm de doenas podem alterar a marcao de constituintes sanguneos, bem como a biodistribuio de diferentes radiofrmacos. A exposio s vibraes geradas por plataforma oscilatria produz exerccios de corpo inteiro. O objetivo deste estudo foi caracterizar a preparao de um extrato do <i>Coriandrum sativum</i>, atravs de parmetros fsico-qumicos, verificar os efeitos desse produto natural na radiomarcao de constituintes sanguneos e em associao vibrao gerada pela plataforma na biodistribuio de Na99mTcO4 e na concentrao de alguns biomarcadores. O extrato de coentro teve a o pico de absorbncia em 480 nm. O extrato de coentro foi inversamente correlacionado com a concentrao na condutividade eltrica. Foi encontrado o maior valor de pH na menor concentrao do extrato (0,5 mg/mL). No houve uma alterao significativa na marcao de constituintes sanguneos com 99mTc. E a associao do extrato de coentro e vibrao gerada por plataforma com frequncia de 12 Hz teve efeito no bao, como observado na fixao do radiofrmaco nesse rgo e ao em alguns rgos alternando a concentrao de alguns biomarcadores. Em concluso, parmetros fsico-qumicos podem ser teis para caracterizar o extrato estudado. Provavelmente, as propriedades redox associadas com substncias desse extrato podem ser os responsveis pela ausncia do efeito na radiomarcao de constituintes sanguneos. A determinao da captao do Na99mTcO4 em diferentes rgos permite verificar que o extrato de coentro sozinho no foi capaz de interferir na biodistribuio do radiofrmaco. Contudo o tratamento de animais com vibrao gerada pela plataforma alterou significativamente a fixao do pertecnetato de sdio no bao e a concentrao do colesterol, triglicerdeo, CK e bilirrubina.

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Existe uma significativa associao entre a prevalncia de doenas cardiovasculares e a sndrome metablica. Evidncias mostram que a obesidade est associada a alteraes estruturais e funcionais do corao. As estatinas podem reduzir a sntese endgena de colesterol e, portanto, so utilizadas como uma importante ferramenta contra a hipercolesterolemia em pacientes obesos. O presente trabalho tem como objetivo estudar os efeitos da rosuvastatina no metabolismo lipdico e dos carboidratos, morfometria do tecido adiposo e no remodelamento cardaco de camundongos alimentados com uma dieta hiperlipdica. Neste trabalho foram utilizados 50 camundongos distribuidos em cinco grupos: grupo controle (alimentado com dieta padro), grupo hiperlipdico (alimentado com dieta hipelipdica 60%), grupo hiperlipdico + rosuvastatina 10 (alimentado com dieta hipelipdica 60% - acrescido de 10 mg de rosuvastatina), grupo hiperlipdico + rosuvastatina 20 (alimentado com dieta hipelipdica 60% - acrescido de 20 mg de rosuvastatina), grupo hiperlipdico + rosuvastatina 40 (alimentado com dieta hipelipdica 60% - acrescido de 40 mg de rosuvastatina). Foram estudados os efeitos do tratamento com diferentes doses de rosuvastatina na massa corporal, metabolismo dos carboidratos e lipdios, presso arterial, remodelamento na estrutura cardaca e mudanas ultraestruturais no corao de camundongos C57BL / 6 machos alimentados com uma dieta hiperlipdica. O tratamento com rosuvastatina reduziu os nveis de lpidos no sangue, melhorou a resistncia insulina e diminuiu a presso arterial dos camundongos alimentados com dieta rica em lipdeos. Alm disso, atenuou o remodelamento cardaco, diminuindo a fibrose intersticial e perivascular, e manteve a integridade morfolgica mitocondrial, com menor produo de proteina desacopladora-2 (UCP2). Assim, a rosuvastatina tem efeitos benficos sobre as alteraes metablicas dos carboidratos e lipdios, e no remodelamento cardaco induzidas por dieta hiperlipdica.

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O exerccio contnuo de baixa intensidade capaz de atenuar a hipertrofia da clula muscular lisa da parede da aorta de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), e parece atuar sobre a distribuio de fibras oxitalnicas, elaunnicas e elsticas. As alteraes funcionais das grandes artrias relacionadas com a idade, deposio de colgeno e elastina na parede arterial e a elasticidade, so tambm melhoradas com a atividade fsica. No presente trabalho objetivamos estudar os efeitos da atividade fsica aerbica de baixa intensidade no remodelamento estrutural da artria aorta em modelo de hipertenso gentica de ratos SHR. Atravs da anlise da distribuio das fibras oxitalnicas, elaunnicas e elsticas na aorta dos animais controles e SHR submetidos ou no a atividade fsica de baixa intensidade. Foram utilizados 32 ratos, sendo 16 ratos SHR machos e 16 ratos normotensos Wistar Kyoto (WKY) machos com 8 semanas de idade. Ratos machos foram alocados em 4 grupos: WKY sedentrio (WKY-SED), WKY exercitado (EX-WKY), SHR sedentrio (SED-SHR), e SHR exercitado (EX-SHR). Os ratos sedentrios foram limitados atividade na caixa, enquanto que os ratos exercitados foram submetidos a um exerccio de 1 h / dia, 5 dias / semana. Esses grupos passaram pelo protocolo de atividade fsica de 20 semanas e a presso arterial foi mensurada semanalmente (PA). As aortas foram colhidas e processadas para microscopia de luz, microscopia eletrnica e western blotting. Foram realizadas as coloraes orcinol neo-fucsina e resorcina-fucsina de Weigert. No grupo hipertenso, o exerccio mantm a PA em um nvel relativamente semelhante ao inicio do protocolo, mostrando a capacidade de prevenir o aumento da PA ao longo das 20 semanas. No grupo dos animais hipertensos no tratados, a PA aumenta. A PA aumentou progressivamente nos ratos SED-SHRs atingindo 1894 mmHg, mas o exerccio fsico impediu este processo. Ao final do experimento a PA nos ratos EX-SHRs foi similar o dos ratos WKY (1184 vs. 1144 mmHg), respectivamente. Observou-se maior expresso de elastina e maior distribuio de fibras oxitalnicas, elaunnicas e elsticas em animais que foram submetidos ao protocolo de exerccio fsico. A porcentagem de fibras elsticas e oxitalnicas foi menor em SED-SHR comparado com SED-WKY, mas o exerccio fsico aumentou a porcentagem dessas fibras em ambos os grupos. Atravs da imuno-histoqumica ultra-estrutural para elastina e fibrilina, os grupos EX-WKY e EX-SHR apresentaram uma marcao mais intensa para elastina e fibrilina. Animais hipertensos que no sofreram o protocolo de exerccio fsico apresentam espessura da parede da aorta maior que a dos animais que sofreram o exerccio. O nmero de lamelas elsticas, bem como as fibras oxitalnicas e elaunnicas, maior no grupo EX-SHR, em relao ao SED-SHR. Os grupos exercitados tiveram maior expresso de eNOS que seus respectivos grupos sedentrios, e as clulas endoteliais apresentaram caractersticas morfolgicas preservadas. A associao da atividade fsica com modelos de hipertenso gentica mostra que o exerccio fsico tem efeitos benficos nessa situao, uma vez que atenua a hipertenso e o remodelamento adverso da parede da aorta.

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O aumento da prevalncia da obesidade e osteoporose, bem como a identificao de mecanismos comuns que ligam a osteognese e a adipognese, sugerem que a obesidade e osteoporose podem ser distrbios relacionados, e alm disso, ambos podem ter suas origens no incio da vida. Em 3 modelos diferentes de plasticidade ontogentica foi observado obesidade na vida adulta. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar o impacto desses 3 modelos, o desmame precoce mecnico (DPM) e o farmacolgico (DPF), e a supernutrio neonatal (SN) no tecido sseo da prole durante o desenvolvimento. Para tanto, 2 experimentos foram realizados. No experimento 1, ratas lactantes foram divididas em 3 grupos: controle - os filhotes tiveram livre acesso ao leite durante toda a lactao; DPM - as mes foram envolvidas com uma atadura nos ltimos 3 dias de lactao; DPF - as mes foram tratadas com bromocriptina (0,5 mg/duas vezes/dia) 3 dias antes do desmame padro. No experimento 2, o tamanho da ninhada foi reduzido para 3 filhotes machos no 3o dia de lactao at o desmame (SN); o grupo controle permaneceu com 10 filhotes durante toda a lactao. Realizou-se absorciometria de raios-x de dupla energia, tomografia computadorizada, microtomografia computadorizada, teste biomecnico e anlises sricas. Os dados foram considerados significativos quando P<0,05. No experimento 1, ao desmame, os filhotes DPM e DPF apresentaram menor massa corporal, massa gorda, densidade mineral ssea total (DMO), contedo mineral sseo total (CMO), rea ssea e osteocalcina srica, e maior telopeptdeo carboxi-terminal do colgeno tipo I (CTX-I). O clcio ionizado srico foi menor apenas na prole DPM, a 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) foi maior e o PTH menor apenas na prole DPF. Aos 180 dias, as proles DPM e DPF apresentaram maior massa corporal, maior massa de gordura visceral, hiperleptinemia, maior 25(OH)D e menor CTX-I. Ambos os grupos apresentaram aumento da DMO total, do CMO, da DMO da coluna vertebral e da rea ssea aos 150 e 180 dias de idade. Nas avaliaes sseas individuais, as proles DPM e DPF tambm apresentaram aumento da DMO do fmur e da vrtebra lombar, da radiodensidade da cabea femoral e do corpo vertebral; melhora da microarquitetura trabecular ssea e da resistncia ssea. No experimento 2, observamos aumento da massa corporal, da massa gorda e da massa magra, do CMO e da rea ssea no grupo SN desde o desmame at a idade adulta. Aos 180 dias, a prole SN tambm apresentou aumento da DMO total, da DMO do fmur e da vrtebra lombar, da radiodensidade da cabea femoral e do corpo vertebral; melhora da microarquitetura trabecular ssea e da resistncia ssea, maior osteocalcina e menor CTX-I. Demonstramos que, apesar de fatores de imprinting opostos, ambos os modelos causam melhora da massa, do metabolismo, da qualidade e da resistncia ssea. Porm, parece que este efeito protetor sobre o tecido sseo no um resultado direto da programao deste tecido, mas sim consequncia das alteraes fisiopatolgicas da obesidade programada pelos trs modelos.

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O excesso ou a privao de nutrientes em perodos especficos do desenvolvimento, tais como a lactao, estimulam alteraes no metabolismo celular, por exemplo. Estas modificaes perpetuam-se ao longo da vida e em conseqncia tornam o organismo mais suscetvel ao aparecimento de patologias na idade adulta (Programao Metablica). Estudamos a influncia da grelina na secreo de insulina em camundongos Swiss de 120 dias submetidos hiperalimentao na lactao. Para induzir a hiperalimentao as ninhadas foram reduzidas a 3 filhotes machos por lactante no 3o dia de vida ps-natal. As ninhadas controle foram ajustadas para 9 filhotes machos por lactante. Na idade adulta os animais hiperalimentados (AH) exibiram em comparao aos animais controle (AC) um incremento de 20% no peso corporal, maior ndice de Lee (1705,63 g/mm + 29,3 vs 1374,10 g/mm + 54,9; p< 0,001), elevao da gordura corporal (31,0% + 4,6 vs 21,5% + 3,6; p< 0,01), aumento da gordura retroperitoneal (0,79 g + 0,1 vs 0,44 g + 0,1; p< 0,001), hiperglicemia de jejum (151,83 mg/ dl + 8,3 vs 118,0 mg/ dl + 1,0; p< 0,001), hiperinsulinemia de jejum (54,06 UI/ml + 2,3 vs 19,28 UI/ml + 1,53; p< 0,001) e hipogrelinemia de jejum (98,64 pg/ml + 56,5 vs 201,14 pg/ml + 46,4; p< 0,05). Os AH apresentaram maior secreo de insulina in vitro em presena de glicose aos 10 minutos (209,66 UI/ml + 46,5; p< 0,05), 30 minutos (441,88 UI/ml + 30,2; p< 0,05) e 60 minutos (214,34 UI/ml + 29,8) em comparao aos AC, respectivamente 86,90 UI/ml + 9,5; 74,31 UI/ml + 7,7 vs 27,45 UI/ml + 6,1; p< 0,05. As ilhotas pancreticas dos AH adultos demonstraram em relao aos AC diminuio do consumo de O2 (1,76 pmols O2/ s. ilhota-1 + 0,4 vs 4,85 pmols O2/ s. ilhota-1 + 1,5; p< 0,001) e elevao do contedo do receptor de grelina GHSR1A (3,05 % + 2,13 vs 0,95 % + 0,1; p< 0,05). A grelina acilada estimulou a secreo de insulina in vitro dos AC aos 30 minutos (controle com grelina: 208,50 UI/ml + 40,85 vs controle sem grelina: 74,31 UI/ml + 7,7; p< 0,05) e diminuiu a razo do controle respiratrio (controle com grelina: 1,45 + 0,2 vs controle sem grelina: 2,51 + 0,7; p< 0,05). Nos AH, a grelina acilada elevou o contedo de GLUT2 nas ilhotas pancreticas em relao aos AC (hiperalimentados com grelina: 2,07 % + 0,5 vs controle com grelina: 0,85 % + 0,4; p< 0,01); entretanto a grelina no foi capaz de estimular a secreo de insulina nestes animais. Conclumos que a hiperalimentao na lactao associou-se ao aumento da gordura corporal e elevou a secreo de insulina na fase tardia do desenvolvimento. A grelina acilada estimulou a secreo de insulina somente nos AC adultos.

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A hipertenso uma das mais importantes causas de morte prematura no mundo. Estudos sobre a Euterpe oleracea Mart. (aa), uma planta tpica do Brasil e rica em polifenis, tm mostrado grande potencial teraputico contra a hipertenso, uma vez que seus benefcios podem ser associados s aes antioxidante, vasodilatadora e anti-hipertensiva. O rato espontaneamente hipertenso (SHR) um modelo experimental utilizado para o estudo da hipertenso essencial. Neste estudo, investigamos o efeito do tratamento crnico do extrato hidroalcolico do caroo de aa (ASE) sobre a hipertenso de SHR. Animais SHR e Wistar receberam tratamento com ASE (200 mg/Kg/dia) na gua de beber, ou veculo, desde 21 dias at 4 meses de idade e tiveram a presso arterial sistlica (PAS) aferida por pletismografia de cauda. Os efeitos vasodilatadores da acetilcolina (ACh) e nitroglicerina (NG) foram estudados em leito arterial mesentrico (LAM) perfundido e pr-contrado com norepinefrina. A atividade das enzimas superxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), os nveis de malondialdedo (MDA), a carbonilao de protenas e os nveis de nitrito foram avaliados em plasma, LAM, corao e rim por espectrofotometria. A expresso das protenas SOD e eNOS foram avaliadas por western blot em LAM e as alteraes vasculares pela espessura da tnica mdia em aorta. A PAS foi maior (p<0.05) nos animais SHR, e reduzida pelo tratamento com ASE. O efeito vasodilatador reduzido da ACh em SHR foi recuperado pelo ASE e o da NG no foi diferente entre os grupos. No houve diferena nos nveis de glicose e insulina em SHR comparados aos controles. Entretanto, a insulina se apresentou reduzida no grupo SHR+ASE. O nvel de renina foi maior nos SHR e normalizado pelo ASE (p<0.05). Os nveis de MDA no foram diferentes entre SHR e controles, entretanto o tratamento com ASE reduziu esses nveis em rim de SHR (p<0.05). Os nveis de carbonilao de protenas foram maiores em amostras de rim e corao de SHR e o ASE reduziu o dano sobre protenas (p<0.05), no tendo diferena em plasma e LAM. A atividade da SOD foi menor em amostras de rim nos animais SHR e aumentada pelo tratamento com ASE (p<0.05). Entretanto, a atividade aumentada da SOD em corao e LAM dos SHR, foi reduzida pelo tratamento com ASE, no havendo diferena em amostras de plasma. No houve diferena na atividade da GPx em amostras de LAM e corao dos diferentes grupos, porm sua atividade foi aumentada em rim dos SHR, e o tratamento com ASE normalizou essa atividade. Em plasma, a atividade da GPx foi reduzida em SHR e aumentada pelo tratamento (p<0.05). A atividade da enzima CAT foi reduzida em plasma e rim de SHR e o ASE aumentou sua atividade. No houve diferena em amostras de LAM, entretanto em amostras de corao o tratamento aumentou a atividade da CAT em SHR (p<0.05). Em amostras de plasma, corao e rim, no houve diferena nos nveis de nitrito entre os diferentes grupos, porm em amostras de LAM foram menores em SHR e SHR+ASE (p<0.05). A expresso das protenas eNOS e SOD apresentaram-se aumentadas em SHR (p<0.05) sem alterao com o tratamento. Os SHR apresentaram um aumento na espessura da camada mdia da aorta que foi reduzido (p<0.05) pelo ASE. Este estudo demonstrou que o tratamento crnico com ASE em SHR reduziu a hipertenso, preveniu a disfuno endotelial e o remodelamento vascular. O aumento da defesa antioxidante e reduo do dano oxidativo devem contribuir para os efeitos benficos de ASE. Portanto, sugerimos que o ASE pode ser uma ferramenta importante para o tratamento das alteraes cardiovasculares associadas hipertenso essencial.

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A obesidade, doena resultante do acmulo excessivo de gordura corporal, importante fator de risco para diabetes mellitus tipo 2, dislipidemias e doenas cardiovasculares, doenas de alta prevalncia em todo o mundo. O processo de transio nutricional decorrente da globalizao contribuiu para o crescente nmero de indivduos com obesidade, principalmente pela modificao nos hbitos alimentares da populao, com ampla incluso de produtos industrializados ricos em gordura saturada, sal e acar, denominada dieta ocidental. Os mecanismos pelos quais a obesidade induzida por dieta leva ao desenvolvimento de doenas cardiovasculares ainda no esto completamente esclarecidos na literatura, porm sabe-se que a obesidade leva ao comprometimento da funo cardaca e do metabolismo energtico, aumentando a morbidade e mortalidade. Em grande parte dos estudos relacionados obesidade, o metabolismo energtico celular comprometido associa-se disfuno mitocondrial. Neste contexto, torna-se importante avaliar a funo mitocondrial na obesidade, visto que as mitocndrias so organelas com funes-chave no metabolismo energtico. No presente estudo, avaliamos inicialmente o efeito obesognico da dieta ocidental em camundongos Swiss por 16 semanas a partir do desmame. Para tal, analisamos a ingesto alimentar, evoluo da massa corporal, ndice de Lee, peso das gorduras epididimal e retroperitoneal, peso e morfologia do fgado, relao entre o peso do fgado/massa corporal, peso do ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal, glicemia de jejum e teste intraperitoneal de tolerncia glicose. Avaliamos tambm o consumo de oxignio das fibras cardacas atravs da respirometria de alta resoluo. Alm disso, o contedo das protenas envolvidas no metabolismo energtico: Carnitina Palmitoil Transferase 1 (CPT1), protena desacopladora 2 (UCP2), Transportadores de glicose 1 e 4 (GLUT1 e GLUT4), protena quinase ativada por AMP (AMPK), protena quinase ativada por AMP fosforilada (pAMPK), receptor de insulina &#946; (IR&#946;) e substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) foi determinado por western blotting. Nossos resultados confirmaram o carter obesognico da dieta ocidental, visto que os camundongos submetidos a esta dieta (GO), apresentaram-se hiperfgicos (P<0,001) e obesos (72,031,82, P<0,001), com aumento progressivo no ganho de massa corporal. Alm do aumento significativo dos parmetros: ndice de Lee (362,902,44, P<0,001), gorduras epididimal e retroperitonial (3,310,15 e 1,610,11, P<0,001), relao entre o peso do fgado/massa corporal (0,060,003, P<0,001) e peso de ventrculo esquerdo (VE)/massa corporal (0,080,002, P<0,01), hiperglicemia de jejum (192,1014,75, P<0,01), intolerncia glicose (P<0,05, P<0,01) e deposio ectpica de gordura no fgado. A respirometria de alta resoluo evidenciou disfuno mitocondrial cardaca no grupo GO, com reduzida capacidade de oxidao de carboidratos e cidos graxos (P<0,001) e aumento do desacoplamento entre a fosforilao oxidativa e a sntese de ATP (P<0,001). Os resultados de western blotting evidenciaram aumento nos contedos de CPT1 (1,160,08, P<0,05) e UCP2 (1,080,06, P<0,05) e reduo no contedo de IRS-1 (0,600,08, P<0,05). No houve diferena significativa nos contedos de GLUT1, GLUT4, AMPK, pAMPK, pAMPK/AMPK e IR&#946;. Em concluso, o consumo da dieta ocidental resultou no desenvolvimento de obesidade com disfuno mitocondrial associada a alteraes no metabolismo energtico.

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O Cncer de mama (CM) hoje o tipo de cncer mais incidente entre as mulheres, com a estimativa de 53 mil novos casos para o ano de 2013, segundo o Instituto Nacional do Cncer (INCA). considerada uma doena de bom prognstico, principalmente quando diagnosticada na sua fase mais precoce. A evoluo no diagnstico, e nas tcnicas de tratamento para o CM, que incluem a quimioterapia e/ou radioterapia, aumentaram a expectativa de sobrevida para este tipo de cncer. Uma das complicaes tardias induzidas pelo tratamento desta doena a cardiotoxicidade. O termo cardiotoxicidade abrange uma srie de efeitos colaterais, que incluem arritmias, alteraes na presso arterial, isquemia do miocrdio, trombose ou insuficincia cardaca. , por isso, fundamental entender os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da toxicidade cardaca para o sucesso do tratamento dos pacientes com CM. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos cardacos tardios induzidos pela irradiao e quimioterapia, simulando um tratamento para o CM, em ratas Wistar. Ratas Wistar, com aproximadamente 3 meses de idade, foram divididas em: grupo controle, grupo que recebeu quimioterapia + irradiao (TC+IR), e grupo que recebeu apenas irradiao (IR). A quimioterapia foi administrada em 4 ciclos, com intervalo de 1 semana entre eles. A irradiao na regio do corao foi realizada em dose nica, de 20Gy, em um campo de 2x2 cm2. Os ratos foram submetidos eutansia 5 meses aps o trmino dos tratamentos, para que os efeitos tardios pudessem ser avaliados. Vrios estudos foram conduzidos: ecocardiografia para observar as alteraes funcionais do corao; PCR em tempo real para detectar alteraes no nvel mRNA de procolgeno tipo I, TGF-&#946;1, angiotensinognio, renina, ECA, AT1, VEGF e razo Bax/;bcl2, no tecido do ventrculo esquerdo (VE); Alm de ensaios histolgicos para avaliar o aspecto do tecido cardaco do VE. Resultados e discusso Os resultados obtidos indicam um processo de remodelamento cardaco aps os tratamentos para o CM. Sugere-se que este remodelamento inicie-se com a diminuio de vasos no VE, causada pelos tratamentos, conforme os resultados da estereologia e do PCR para VEGF. Em seguida mostrou-se hipertrofia dos cardiomicitos, o aumento da expresso de procolgeno e TGF-&#946;1 e de tecido conjuntivo neste tecido. E associado a estes resultados, mostrou-se a participao dos sistema renina angiotensina cardaco neste processo de remodelamento. Porm, apesar de todas estas alteraes terem ocorrido em ambos os grupos tratados, apenas o grupo que recebeu irradiao e quimioterapia concomitantemente apresentou alterao da funo cardaca, na ecocardiografia. Sugere-se, desta forma, que a associao destas terapias seja mais lesiva ao corao, do que a irradiao aplicada exclusivamente. Concluso Os objetivos do trabalho foram alcanados, e pode-se entender melhor as vias envolvidas na cardiotoxicidade. Este um estudo indito, o assunto abordado recente, e de sumo importncia para o desenvolvimento de novas estratgias de tratamento para o CM, onde sejam consideradas as complicaes cardacas tardias envolvidas.