916 resultados para Poesia Lírica


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A importância do tema de Orfeu na dramaturgia brasileira é uma evidência já comprovada e explorada. Esta dissertação segue outra direção: propõe um estudo comparativo, permeando a relação da poesia de Vinicius de Moraes com o mito de Orfeu, emblema da genuína musicalidade poética. Os eventos míticos enfrentados pelo herói grego reúnem temas que, assimilados aos versos do poeta brasileiro, funcionam como pautas sinalizadoras de uma poética marcada pela sensibilidade musical e por uma metafísica do próprio fazer poético. Desse modo, a dissertação adota a metáfora musical, para compreender o legado de Orfeu numa linhagem de poetas brasileiros do século XX, dentre os quais Vinicius se destaca pela versatilidade de sua lira. O trabalho se divide em três acordes: no primeiro, são apresentados aspectos do mito antigo e sua revivescência, modulada, nas obras de Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes; no segundo, centrado já na poesia viniciana, examinam-se dois lugares de ressonância da problemática órfica que resultam nas poéticas do exílio e do silêncio; o terceiro se fixa no páthos dos poetas, o mítico e o brasileiro. Em cada acorde, notas distintas são entoadas com maior expressividade transferências culturais, legado órfico, crítica filosófica, retórica do olhar, tragicidade e riso. Para compreender a partitura que rege a comparação, no âmbito mais geral, Peter Szondi, Gilbert Durand e Aby Warburg iluminam as ponderações; na pauta de Orfeu, comparecem estudos de Luis Krausz, Marcel Detienne, Manuel Antônio de Castro e Carlinda Nuñez; e, no que tange à obra de Vinicius de Moraes, Alfredo Bosi, Otto Lara Resende, Dalma Nascimento, entre outros contemporâneos, são essenciais. O estudo resulta na identificação de um substrato órfico, que constitui um canal de transferência cultural peculiar, na obra de Vinicius de Moraes

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No período entre 1954 e 1964, Willys de Castro dedicou-se, entre outras tarefas, ao Estúdio de Projetos Gráficos. A presente dissertação analisa quatro marcas desenvolvidas nessa época, e realizadas de forma concomitante a produção de suas pinturas, objetos e esculturas. As marcas de Willys, parecem tornar-se uma síntese de seu trabalho, de sua arte como um todo. Para realizar esta analise a dissertação traça sua trajetória no campo do design no Brasil. Devido as pouquíssimas publicações sobre o artista, principalmente com relação a sua produção gráfica, este trabalho tenta ser o mais completo possível para o estudo da arte e do design no Brasil até o momento

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Este estudo busca a abordagem de Tempo, Vida, Poesia, obra pouco estudada de Carlos Drummond de Andrade, publicada em 1986, produto final de uma série de oito entrevistas radiofônicas concedidas à amiga e jornalista Lya Cavalcanti, veiculadas, todos os domingos, pela PRA-2, Rádio Ministério da Educação e Cultura, na década de 1950. Objetiva-se no contexto de Tempo, Vida, Poesia, apreciar o trabalho literário da narrativa enquanto media fundamental da recordação que se projeta sobre a memória dos vestígios autobiográficos do autor. Neste sentido, a performance singular do prosador em foco permite identificar o percurso de uma vida literária, principalmente na empatia que estabelece com o receptor e a matéria da recordação e memória constituídas em imagens, que figuram sua própria complexidade subjetiva enquanto personagem. A riqueza poética do artifício de escrita encena a oralidade de uma experiência singular do narrador, possibilitando uma compreensão ampliada do fazer literário em foco

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This thesis examines Paul Austers extremely neglected early work: his poetry. Five books were published: Unearth (1974), Wall writing (1976), Effigies (1977), Fragments from cold (1977) and Facing the music (1980), available only at antiquarians and restrective universities libraries in the United States, as well as at the New York Public Library. Studies around Austers poetic oeuvre are restricted to papers, reviews, translators introduction, and a thesis that focus on his poetry to produce new analyses and interpretations of Austers novelistic works. The aim of this thesis is to gather this scattered material and provide new parameters of study around his poetry. Divided into three chapters, the first one maps the literary magazines where Auster published his poems at first, the translations of his poems and critical fortune; the second examines Austers five books according to three specific topics authorship, language, I and other themes related to them; the third analyzes White Spaces, text considered by the author as the bridge that leads him to prose and in this thesis as a singular writing in which Auster consolidates his literary project, since poetry, previous to prose, yet to come. Maurice Blanchot, Karlheinz Stierle and, principally, Auster, lay the foundation of the investigation. Other theorists who contribute to the understanding of the subject will be called to build the sui generis comparativism put into effect here

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Cora Coralina, poetisa goiana, por suas peculiaridades instigantes, tanto na vida pessoal quanto no âmbito literário, serve de grande atrativo para estudos estilísticos. Pretende-se aqui analisar estilisticamente seus poemas, a fim de se considerarem não só aspectos gramaticais, mas perceber a expressividade que contempla a obra da autora. Para tanto, são analisados recursos fônicos, sintáticos, semânticos, lexicais e morfológicos que compõem o seu estilo. Por ser (ex)cêntrica, diferente de uma maioria excludente e igual a uma minoria, Cora elabora seus poemas, representando não só sua própria vida, mas também as de um grupo de indivíduos que vivenciou, de certo modo, o mesmo que ela. Por meio da poesia, conta a história da Cidade de Goiás. Narra em forma de poema, descrevendo lugares, pessoas, situações, crenças e práticas de uma cidade repleta de preconceitos e de imposições sociais. No apogeu de sua arte, muitos se identificam com o conteúdo da sua obra, já que a literatura imita o real. A sua relevância se dá justamente porque trata a palavra poética com simplicidade, mas revelando toda sua potencialidade

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A presente tese assenta na forma como Roma, considerada nas suas dimensões física e social, se encontra representada na poesia de Marcial. Estruturalmente, o trabalho encontra-se dividido em três partes: I. Marcial: a vida e a obra; II. Enquadramento Urbano: Roma, espaço físico; III. Enquadramento Urbano: Roma, espaço social. Após um momento introdutório, inicia-se a primeira parte do trabalho, centrada em aspectos de cariz biobibliográfico considerados relevantes para a compreensão da obra do epigramatista. A segunda parte da tese é consagrada à análise da representatividade dos diferentes espaços físicos de Roma, na sua poesia. Na terceira parte, a forma como os diferentes tipos sociais, agentes e profissionais se encontram retratados foi o principal alvo de investigação. Deste modo, pretendeu-se contribuir para uma visão de conjunto de uma realidade que, até ao momento, contou sobretudo com estudos parcelares.

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O presente trabalho propõe-se analisar a poesia dos autores angolanos que publicaram entre 1965 e 1985, identificando este segmento temporal como uma fase literária da literatura angolana (designada como utópico-patriótica), a qual exprime os princípios anticoloniais e projeta um espaço utópico genuinamente angolano. Tendo em conta a evolução da literatura angolana, subjaz à produção poética dos autores estudados um certo sentido de continuidade, o qual, estimulado pela difusão do nacionalismo, passa pela poesia «da terra» dos mensageiros e continua com os versos encriptados e anticoloniais das décadas de 60 e 70. O espaço utópico projetado na primeira parte da fase utópico-patriótica encontra a sua possibilidade de concretização com a independência de Angola, em 1975, participando os escritores da construção do recém-nascido Estado-Nação. A produção poética da segunda parte da fase utópico-patriótica é, assim, caraterizada pela celebração dos heróis, na ótica de uma (re)perspetivação da história nacional. A partir de 1985, quando se torna evidente o falhanço da utopia, a poesia angolana ensaia um novo rumo pela mão da «geração das incertezas». Ao longo deste percurso, a poesia angolana publicada entre 1965 e 1985 representa um meio de consciencialização ético-política dos cidadãos e concorre para a construção da identidade político-literária da nação angolana, cuja legitimação decorre do processo de conquista da independência.

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Dissertação de mest., Literatura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2010

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Nos últimos anos tem - se assistido à publicação de um sem número de obras dedicadas à Literatura Infantil. No entanto, poucas são aquelas que se referem à herança legada pela literatura de tradição oral ao mundo das crianças. De entre elas, tivémos o grato prazer de conhecer o estudo que Clara Sarmento elaborou sobre as rimas infantis. Este tipo de folclore infantil rimado de transmissão oral é aquele que mais próximo se encontra do universo das crianças – desde o nascimento até às brincadeiras e outras acti vidades infantis durante os Primeiro e Segundo Ciclos do Ensino Básico – sendo, por isso, um instrumento importante para quem pretende estudar não só o património cultural de determinada comunidade, como também as relações entre as crianças e até entre est as e o Mundo.

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Breve reflexão sobre as orações e os romances-oração contidos na colecção entitulada Tradição Oral Algarvia.I — Poesia Recolhida na Freguesia de Querença. Deixando de lado a perspectiva diacrónica, vamos considerar as formas mnemónicas e formulísticas de algumas orações de protecção: Padre Nosso Pequenino, uma oração da noite, As Tabuínhas de Moisés, uma "oração forte" para ser recitada duma forma extremamente rigorosa e ritualizada, através duma estrita ordem verbal e numérica. É também referido um romance-oração recolhido só no Algarve e que apresenta, em certas versões, formas vestigiais de paralelismo também encontradas nalguns romances líricos.

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Publicado em 1950, Festa Redonda é um livro de poeta proteiforme, extasiado com a substância telúrica e literária da sua terra natal. A força apelativa dos poemas coligidos nesta obra provém em grande parte da literatura de transmissão oral, à qual a criatividade nemesiana dá o cunho de poesia individual e original. A euforia do telurismo e da oralidade artística de Festa Redonda interage com as características da poesia moderna que percorrem grande parte da poesia de Vitorino Nemésio: a austeridade e a ideia obsidiante de vazio. A poesia de Festa Redonda, radicada nas fontes remotas da iniciação humana e literária de Vitorino Nemésio (quadras e outros géneros literários orais, com os quais ele conviveu desde a infância), é, numa palavra, um macrodiscurso festivo que nunca deixará de o acompanhar enquanto poeta de expressão e de conteúdos múltiplos e versáteis. Ler estes textos é por isso entrar de algum modo na individualidade de um espírito criador que demanda e constrói a sua própria (uni)diversidade idiossincrásica em comunhão com a oralidade literária da sua comunidade.

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No livro IV das Geórgicas, afamado poema didáctico de Virgílio, é descrita a vida das abelhas, apontadas como modelo de organização social e destacando-se a sua dedicação ao bem comum. O tópico tornou-se num dos paradigmas literários da Antiguidade, tendo sido repetidamente retomado, por exemplo nas obras de poetas didácticos modernos, quer europeus, quer do Novo Mundo. Referimo-nos especificamente ao poema Praedium rusticum (Toulose, 1730), do escritor inaciano francês Jacques Vanière, que aborda a sociedade das abelhas (Apes) no livro XIV, e a Rusticatio mexicana (Modena, 1781; Bolonha, 1782), do jesuíta guatemalteco Rafael Landívar, cujo livro VI descreve a sociedade dos castores (Fibri), procurando emular a obra Vanière. Na sociedade colectiva de Vanière não existe riqueza privada e cada abelha se dedica à tarefa que prefere. Em vez da ganância e do ódio prevalecem a generosidade e o amor. Na res publica dos castores, por seu lado, tal como a apresenta Landívar, existe divisão das tarefas a desempenhar e um forte sentido de comunidade. Os castores são felizes no seu trabalho, altamente inteligentes, nobres, amantes da paz e igualmente libertos de sentimentos como o ódio, a vingança e outras preocupações mais profundas. Esta comunicação pretende avaliar o modo como são apresentadas nestes textos concepções políticas e sociais que, embora procurem adaptar e integrar os ideais do Iluminismo, seguem na esteira do modelo literário virgiliano.

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Dar a conhecer a ignota poesia de Emiliano da Costa, contribuir para a sua revalorização e impedir o seu esquecimento são os derradeiros propósitos deste estudo. Numa primeira fase realça-se o cunho regional e universal de Emiliano e, uma vez justificada a importância da sua revalorização no panorama literário português, imagina-se um projeto fundamentado numa exposição museológica. Emiliano distingue-se como um dos mais admiráveis poetas algarvios e, por essa razão, é imperativo lê-lo no seio da designada literatura regionalista. As fronteiras geográficas fazem-se sentir na linguagem, na interioridade do sujeito poético, no retrato dos locais, das gentes, dos seus usos e costumes, nomeadamente em obras como Rosairinha. Porém, uma vez consagrado o seu testemunho como algarvio, Emiliano prorroga a sua poesia para a universalidade. As catorze obras publicadas dão a conhecer um indivíduo, uma história, um tempo e um lugar que não se encerram em si mesmos. Sendo um homem do mundo, o poeta rodeou-se de arte escrita, pintada e musicada, dos mais variados autores portugueses e estrangeiros. Estas influências artísticas estão imortalizadas na sua poesia e tomaram um importante lugar na sua própria casa. Destacamse as pinturas que cobrem as paredes da sua sala, pois é a partir desse acervo que se imagina uma exposição multifacetada, ilustradora da poesia, vida e contexto sociocultural de Emiliano da Costa.

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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Comparatistas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014

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Associar tradução e poesia será, muitas vezes, sinónimo de enfrentar preconceitos académicos e científicos muito enraizados na cultura ocidental. Se, por um lado, a tradução é vista como indispensável à troca de informações entre códigos linguísticos diferentes e até mesmo como a possibilitadora de avanços científicos e tecnológicos decorrentes do contacto com outras realidades economicamente mais evoluídas, a verdade é que o seu papel enquanto “ponte” cultural está longe de ser aceite universalmente quando em causa passam a estar os “tesouros literários” de uma cultura nacional. Este carácter polémico levou-me a ponderar a hipótese de analisar, de um ponto de vista eminentemente prático, quatro traduções dissemelhantes, de épocas também distintas, do poema The Tyger, de William Blake. Ter ao dispor quatro traduções de quatro tradutores diferentes tornou possível a compilação de um corpus mais alargado e diversificado onde basear conclusões reais para os problemas de tradução de poesia, devidamente contextualizados.