924 resultados para História da Educação


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Privilegiado pela historiografia brasileira de uma forma geral, o perodo colonial no tem despertado muito interesse nos historiadores da educação h vrias dcadas, ao contrrio do que ocorre com o Imprio e o perodo republicano. Predominam ainda estudos realizados anteriormente aos anos 80 do sculo XX, concentrados, na sua maior parte, em anlises sobre a atuao educacional da Companhia de Jesus no Brasil e nas reformas promovidas pela administrao do Marqus de Pombal, na segunda metade do sculo XVIII. Neste artigo pretendo apresentar um balano da historiografia da educação na Amrica portuguesa, discutindo as caractersticas da produo sobre o perodo, as abordagens predominantes e suas matrizes explicativas, as fontes disponveis e as possveis razes para o papel secundrio que a educação no perodo colonial ocupa na historiografia, salvo o destaque para alguns estudos sobre a história dos livros e da leitura, mas que no tratam a educação como objeto central . Pretendo, tambm, discutir algumas possibilidades de investigao, a partir de pressupostos terico-metodolgicos que tm sido utilizados em outros campos da pesquisa histrica sobre o perodo.

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O presente estudo que trata da formao e docncia na educação infantil tem por objetivo realizar uma anlise da percepo das docentes deste segmento acerca da infncia, da educação infantil e do currculo para educação infantil, com vistas a observar as diferenas ocorridas em sua prtica pedaggica aps o ingresso no curso de licenciatura em pedagogia oferecido pelo PROGRAPE-UPE. Nele busca-se responder a seguinte questo norteadora: Como se encontra a prtica pedaggica e a percepo dos educadores para com a Educação Infantil e a importncia do currculo para esse segmento educacional?. Assim, direcionamos o aporte terico desta pesquisa para questes como a história da educação infantil, em que buscamos traar os primeiros passos desta no Brasil, em seguida traar nossas consideraes para concepo de criana ao longo dos tempos at chegar a percepo que se tem atualmente sobre a mesma, sobretudo como sujeito da relao de ensino-aprendizagem, onde buscamos a contribuio deixada por importantes tericos como Piaget, Vygotsky e Wallon. Alm disso, tambm direcionamos nosso olhar ao atual processo educacional da infncia tendo em vista a funo e reorganizao curricular, em que delineamos algumas consideraes sobre a história do currculo, e assim adentrarmos na abordagem do currculo para a educação infantil, tendo-se por base a importncia da observao de seus trs eixos junto a este segmento. E, por fim, tratamos da atuao docente e da importncia da formao para aqueles que trabalham na educação de crianas entre 0 (zero) e 6 (seis) anos de idade. Neste percurso, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliogrfica e documental, bem como, a pesquisa de carter qualitativo, onde o instrumento de coleta de dados foi a entrevista, a qual foi realizada com uma amostra de 6 (seis) docentes da educação infantil, cuja avaliao foi feita com base na anlise do discurso; de maneira que, ao seu final, pudemos perceber a importncia do curso de formao tendo em vista um melhor entendimento por parte das docentes entrevistadas acerca da infncia, da educação infantil e do currculo, bem como na melhoria de sua prtica.

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O presente trabalho procura, inicialmente, fazer um breve momento da história da Educação Especial no Brasil, com o interesse de ressaltar a sua evoluo. Em seguida, iremos dar nfase ao perfil do professor na educação inclusiva e s polticas pblicas voltadas para esta modalidade de educação. Para dar suporte metodolgico temtica, fundamentamos-nos em Mantoan (2002); Carvalho (2008); Mazzota (2005); Mittler (2003); Stainback & Stainback (1999). No que se refere ao mtodo histrico da pesquisa fundamentamos-nos em Minayo (2009), para a utilizao das fontes e das tcnicas para a realizao deste trabalho. Sendo este um estudo de caso, fomos a campo, observamos e registramos fatos de um grupo social, utilizamos entrevistas semiestruturadas com o gestor da escola, professores e pais dos alunos. Consultamos livros, revistas e documentos, alm das observaes informais, tudo isso com a inteno de esclarecer e fundamentar o nosso trabalho. A instituio onde realizamos esta pesquisa a Escola Caminho do Saber, que faz parte da rede particular de ensino e atua na perspectiva da educação inclusiva. O seu trabalho de incluso deu incio em 1991, quando pela primeira vez recebeu um aluno com deficincia e desde ento vem criando expectativas para a educação inclusiva em Sergipe. Quanto aprendizagem, a escola trabalha com a explorao das potencialidades dos alunos, de certo que para a perspectiva da incluso, a instituio precisa fazer algumas adequaes para atender a todos os alunos. Quanto ao convvio com as diversidades, a escola se mostra capaz de favorecer um cotidiano saudvel, mesmo tendo que enfrentar desafios. O nosso interesse em relao a este trabalho contribuir para que esta temtica possa criar novas expectativas sociedade e que outras pessoas possam se interessar por este assunto, dando continuidade no que se refere a iniciativas e lutas civis em busca de conquistas de direitos das pessoas com deficincias. Contudo, entendemos que toda mudana provoca anseios e inquietaes, mas os desafios na educação so dirios, e isto faz com que os professores reflitam e busquem novas estratgias para, juntamente com os alunos, desenvolver um processo de aprendizagem proveitoso. Por fim, mostraremos os resultados da pesquisa e as consideraes finais.

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O artigo busca explanar as estratgias de administrao da educação pblica desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro entre 1922 e 1935. Examinando as polticas pblicas de educação, durante as administraes de Antnio Carneiro Leo (1922-1926), Fernando de Azevedo (1927-1930) e Ansio Teixeira (1931-1935), apresenta as mudanas ocorridas na organizao da Diretoria Geral de Instruo Pblica. Na complexa rede de instituies e saberes, visando reformar a estrutura administrativa da educação, a ampliao das agncias de Estado e a especializao dos servios de educação constituem um importante recurso poltico.

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Esta dissertao aborda a trajetria da Educação Infantil no MST Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, enfocando a Ciranda Infantil como espao prprio da criana de zero a seis anos. O texto parte de uma contextualizao sobre o movimento social em questo, aps enfocamos a história da Educação Infantil no MST, no que se refere ao processo desencadeado para a realizao da escolha do nome Ciranda Infantil, bem como, sua organizao nas diferentes instncias do Movimento, enquanto as grandes atividades/aes desenvolvidas e a sua organizao nas reas de acampamentos e assentamentos. Considerando essas diversas realidades/necessidades do Movimento, destacamos as diferentes formas de organizao das Cirandas Infantis, como: - Ciranda Infantil Itinerante, para as crianas que acompanham as aes do MST, tanto nvel nacional, como estaduais; - Ciranda Infantil Permanente, quando est organizada para atender um pblico mais fixo e com encontros freqentes ; Ciranda Infantil Eventual, quando organizada para atender um pblico mais fixo, porm que a busca esporadicamente. A pesquisa de campo aconteceu em dois momentos. A primeira pesquisa sobre as crianas de zero a seis anos, aconteceu em um acampamento com um grupo de vinte e seis crianas, entre um ms a seis anos. Este trabalho consistiu em inmeras entrevistas com as mes e com as crianas, em muitas visitas nos barracos para acompanhar as suas atividades de rotina na cidade de lonas pretas. Nesse acampamento, no havia nenhum processo constitudo no campo da Ciranda Infantil, mas havia enorme necessidade de atendimento s crianas dessa faixa etria, como tambm, necessitava um acompanhamento especial para as mes grvidas e com bebs recm nascidos. O segundo trabalho foi um estudo de caso de uma Ciranda Infantil da Cooperativa de Produo Agropecuria Nova Santa Rita. O mesmo realizou-se em diversas visitas cooperativa e aos seus dirigentes, s famlias das treze crianas pesquisadas e que freqentavam a Ciranda Infantil e tambm em muitas visitas para registrar a rotina das crianas na Ciranda Infantil. A conquista da Ciranda Infantil, enquanto espao dentro da cooperativa, inquestionvel. Todos afirmam a sua importncia para deixar as crianas, seja para os pais trabalharem ou, em outras ocasies, quando a famlia necessita. um espao de educação, onde se aprende a cuidar e a organizar os ambientes, a ter contato com diferentes materiais, como tesoura, cola, canetas, livros, folhas, interagindo com diferentes pessoas de diferentes faixas etrias, crianas e adultos.

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O presente trabalho analisa a manuteno/transformao das concepes de conhecimento e de sociedade, nos currculos de cincias agrrias, no Brasil e nos cursos de Veterinria e de Agronomia da UFRGS. Parte do pressuposto de que ir s razes da regulao social e procurar opes, necessariamente envolve o questionamento das grandes reformas, como as que foram levadas a efeito pelos cursos objeto desta investigao, para delas derivar possibilidades de futuro. Esta tese organizada em trs partes: a primeira traz uma descrio histrica da problemtica curricular das carreiras agrrias no Brasil, com foco na Veterinria e na Agronomia. Tambm introduz a retomada dos questionamentos formao profissional que, ao final dos anos 90, se depara com o aprofundamento das contradies no resolvidas e potencializadas no momento atual; a segunda parte busca as razes da formao profissional, contextualizando o projeto scio-cultural da modernidade na sua articulao com o capitalismo enquanto modo de produo e, tambm, nas suas relaes com a produo cientfica, a educação geral e o ensino agrcola superior; a terceira parte resgata panoramicamente as relaes entre os currculos e a história da educação universal para embasar a anlise da metodologia de construo dos projetos curriculares da Veterinria e da Agronomia da UFRGS, localizar seus conflitos e suas contradies, a par de aventar possibilidades que possam estar postas para esses cursos, na busca de rupturas com a racionalidade cognitivo-instrumental, hegemnica no ensino, na pesquisa e na extenso.

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Atravs de uma viso que privilegia a participao discente, o presente estudo analisa aspectos que sustentam as diferenas ideolgico-educacionais existentes em duas das mais antigas Instituies Escolares ainda em funcionamento na cidade de Pelotas: o Colgio Gonzaga, de ensino catlico e o Colgio Pelotense, de ensino laico, criado pela Maonaria. O clima de disputa ideolgica que havia entre a Igreja Catlica e a Maonaria, a partir da dcada de 1930, se transferiu de forma peculiar para os alunos do Pelotense e do Gonzaga. O significado e os desdobramentos dessas disputas no contexto scio-cultural da cidade de Pelotas, a principal questo a partir da qual se desenvolve esse estudo que enfatiza as dcadas de 1930 a 1960 - poca de explcitas rivalidades entre as duas escolas; reflexo, tambm, da disputa que vinha ocorrendo no Brasil entre os princpios educacionais que as sustentavam: o ensino laico (no confessional) e o ensino catlico. A pesquisa est dividida em quatro eixos. No primeiro, apresentada uma contextualizao histrica da cidade de Pelotas no perodo que abrange esse estudo. No segundo, so abordados aspectos sobre o laicismo e o catolicismo no campo educacional em Pelotas, atravs da anlise dos peridicos O Templrio (manico) e A Palavra (catlico) e de observaes sobre o embate dos dois grupos antagnicos que propunham reformas na educação nacional neste perodo: os catlicos e os liberais (laicistas). No terceiro eixo, analisam-se aspectos da história dos Colgios Gonzaga e Pelotense que levaram constituio de sua identidade, tendo como base as influncias poltico-ideolgicas a presentes, assim como as relaes de poder que se estabeleciam em mbito municipal e que, logicamente, estavam relacionadas ao contexto rio-grandense e brasileiro E, por fim, no quarto eixo deste estudo, so analisadas as manifestaes dos Gatos Pelados e dos Galinhas Gordas - apelidos dos alunos do Pelotense e do Gonzaga, respectivamente - junto comunidade pelotense: a atuao dos grmios estudantis, a imprensa estudantil, os festivais de teatro, os Pe-Gons (jogos de futebol disputados entre o Pelotense e o Gonzaga) e as passeatas que os Gatos Pelados realizavam pela cidade. Busco, desta forma, caracterizar um habitus especfico aos alunos do Pelotense e aos alunos do Gonzaga, a rivalidade que havia entre eles, identificando sua insero nos espaos sociais e culturais de Pelotas. Os desdobramentos dessa disputa acarretaram pontos positivos, tais como a valorizao do sentimento de pertencimento a um grupo, a participao da comunidade junto s atividades escolares, assim como, em decorrncia da competitividade, o constante aprimoramento e busca de superao das dificuldades em relao ao ensino ministrado nas duas escolas.

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Esta tese interpreta o carter das mudanas que ocorrem na educação superior a partir do processo de reformas iniciado nos anos 1990. O contexto dos acontecimentos o das reformas polticas com dimenso globalizada. Focalizou-se a diversificao institucional por meio do estudo de casos de centros universitrios. A anlise exigiu o estudo de disputas histricas, da legislao recente e de concepes e prticas sobre a vida acadmica em instituies de ensino superior. A tica sobre a realidade e sobre elementos da filosofia poltica, a partir de Hannah Arendt e de Jurgen Habermas, bem como da sociologia poltica de Boaventura de Souza Santos permitiram a constituio das categorias analticas de carter pblico e de legitimidade pblica. A compreenso a que se chegou permite defender que a diversificao institucional na educação superior, uma tendncia internacional, possui carter pblico frgil e est presente no caso brasileiro, expressando-se por meio dos centros universitrios, os quais, no possuindo identidade acadmica consolidada, contam com baixa legitimidade no sistema, embora situem-se em um marco legal de definio crescente e tendam a aprimorar-se academicamente. Nos casos estudados, v-se que a legitimidade pblica existente oriunda dos histricos institucionais comunitrio e/ou confessional.

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Esta dissertao, História do Povo Surdo em Porto Alegre, Imagens e Sinais de uma Trajetria Cultural traz a narrativa, atravs de fotografias, da evoluo das polticas surdas em Porto Alegre. O Referencial terico utilizado para embasar as narrativas em seus contextos histricos e culturais foi o dos Estudos Surdos, Estudos Culturais e Anlise de Fotografias. A documentao destes eventos importantes para o povo surdo local possibilitou o registro do desenvolvimento e das articulaes feitas pelas pessoas surdas em busca de seu reconhecimento como grupo cultural e no como sujeitos deficitrios, desde a dcada de 1950 at os dias atuais. As histórias registradas nas fotografias, narradas por seus protagonistas, mostram a construo do Povo Surdo, passo a passo, historicamente.

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A pesquisa, ao reconstruir os itinerrios percorridos pelo Projeto Preldio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, nos seus primeiros vinte anos de existncia (1982-2002), atravs de um minucioso trabalho junto história oral e fontes documentais escritas, busca evidenciar as suas possveis identidades assumidas, bem como o papel que desempenha na história da educação musical de crianas e jovens da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo de caso que, partindo de uma aproximao qualitativa - quantitativa do corpus emprico, examina-o atravs dos conceitos de memria e identidade, bem como da anlise dos princpios pedaggicos que deram sustentao a essa proposta de educação musical. O estudo desenvolvido ressalta a importncia do espao, estrutura pedaggica, plano de estudos, repertrio musical e acompanhamento da progresso das aprendizagens na construo do currculo de Educação Musical e, principalmente, na formao das crianas e jovens. O corpus emprico composto de trs fontes documentais privilegiadas, a saber: documentos oficiais da secretaria do Projeto, documentos orais recolhidos em oitenta e uma (81) entrevistas com alunos, professores, funcionrios e pais de alunos e um relato sobre o Preldio elaborado em 1991 A anlise desses documentos permitiu constatar que o Preldio constituiu-se como uma escola de educação musical sem objetivos profissionalizantes que, atravs da pedagogia crtica, prope uma transformao no processo do aprender e ensinar. A presena no currculo da msica brasileira e da msica popular, quebrando a hegemonia das msicas europia e erudita, instituda pelo ensino musical tradicional, traz a sugesto da convivncia democrtica do popular e do erudito, assim como a valorizao da cultura musical brasileira. A adoo de uma postura intercultural propicia aos alunos acesso produo musical de outras sociedades, oferecendo-lhes elementos para a construo de parmetros estticos heterogneos. A experincia de constante (re)construo da proposta pedaggico-musical, possibilita aos docentes reconhecerem-se co-autores do Preldio, alimentando e sedimentando o sentimento de pertencimento. Professores, alunos, familiares e funcionrios envolvidos na construo coletiva do Projeto Preldio, ao atribuir-lhe legitimidade e reconhecimento, assumem tambm a identidade preludiana. O conjunto de idias que constituem a proposta do Projeto Preldio no pretende apresentar-se como um substitutivo para as demais prticas existentes. Antes de tudo, prope-se como um elemento complementar para o desenvolvimento do pensamento na rea da educação musical. Atravs do seu fazer pedaggico, artstico e musical, evidenciam-se algumas diferenas significativas do trabalho que vem sendo, de maneira geral, desenvolvido na prtica da educação musical.

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O objeto deste trabalho foi o ''Inqurito sobre a Instruo Pblica em so Paulo", realizado em 1926 por Fernando de Azevedo, a pedido do jornal O Estado de so Paulo. Nosso propsito foi tentar identificar, nesse documento, o projeto educacional que, para a poca (a dcada dos vinte) formulou Fernando de Azevedo, em perfeito acordo com os demais promotores dessa pesquisa. Para isso, tentamos descobrir a relao entre o discurso de Fernando de Azevedo - contido nos artigos de introduo pesquisa, nos questionrios por ele formulados e nas concluses a que chegou - e o contexto histrico- social dos anos vinte. Conclumos - e pretendemos demonstrar - que a educação "modernizada", projetada por Fernando de Azevedo na pesquisa, tinha uma funo preventiva das desordens sociais, atravs da formao nas classes dirigentes de elites competentes e esclarecidas, por sua vez responsveis pela educação "adequada" das massas populares. A "reconstruo social pela reconstruo educacional" era, pois, a proposta do orientador da pesquisa, como soluo alternativa para conter a ameaa que pairava sobre a hegemonia das oligarquias rurais, nos anos vinte.

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Este estudo trata sobre memrias que so produzidas tendo imagens como evocadores. Procura abordar as mltiplas relaes que travamos com as imagens, interaes que constituem nosso olhar, que produzem nossas identidades, que se inscrevem em nossas memrias. Para o desenvolvimento da investigao, foi escolhida uma imagem em particular e procurou-se acompanhar o seu circuito e sua inscrio em memrias individuais e coletivas, atravs da anlise de histórias de vida de sujeitos que interagiram com a imagem em diferentes tempos e contextos. Trata-se de Il Quarto Stato, de Pellizza da Volpedo, obra dada a pblico inicialmente na Itlia em 1901 e de ampla circulao no Brasil entre o final da dcada de 1970 e incio dos anos 80, no contexto de ascenso dos movimentos sociais, atravs de reprodues veiculadas em diversas materialidades. A pesquisa est inscrita nos campos da História da Educação e da História Cultural, utilizando-se, embora no exclusivamente, as construes tericas de Roger Chartier para pensar as maneiras atravs das quais uma imagem adquire significados de acordo com o suporte em que apresentada e o ato que a apreende. Para a descrio do circuito de Il Quarto Stato foi utilizada uma diversidade de materiais impressos, como jornais, revistas, cartazes, livros, manuais escolares, alm de objetos audiovisuais, como filmes e documentrios. As memrias produzidas a partir de Il Quarto Stato, tomado como evocador, foram narradas por dezenove entrevistados em quarenta e cinco entrevistas e analisadas a partir dos pressupostos metodolgicos da história oral, ressaltando-se a complexidade da relao construda atravs da interao entre as subjetividades do entrevistador e do entrevistado. O estudo procura enfatizar a fora das imagens como privilegiados evocadores de memrias. Tambm destaca o carter heterogneo das lembranas que se produzem mediadas por Il Quarto Stato, entre as quais, memrias polticas, memrias de famlia e memrias de trabalho foram as mais expressivas. A pesquisa trata, ainda, do modo como os narradores, atravs de suas memrias, procuram produzir-se a si mesmos, tentando construir passados e identidades com os quais consigam conviver no presente.

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A pesquisa tem como tema o estudo das memrias de ex-alunos/as, definidas como uma construo humana e social que parte das experincias do presente. Insere-se no campo da história da educação. As experincias investigadas tiveram lugar no prdio da antiga Estao Experimental de Agricultura de Porto Alegre, hoje conhecido como Casaro, construdo no incio do sculo XX, na localidade do Passo do Vigrio, em Viamo, RS. O percurso institucional deste prdio objeto de estudo com o objetivo de compreender as muitas memrias que por ele so evocadas. Adota a metodologia da história oral, destacando-se as entrevistas individuais e coletivas, a elaborao de dirio de campo e a consulta junto a documentos variados. Busca compreender como as memrias de ex-alunos/as que estudaram no Casaro e em seu entorno, entre 1940-1970, recompem tempos e espaos de diferentes experincias escolares. Autores como Maurice Halbwachs, Gaston Bachelard, Walter Benjamin, Alistair Thomson e Ecla Bosi constituem as principais referncias tericas do estudo. No perodo estudado, dois grupos de narradores constituem comunidades de memria: ex-alunos/as que estudaram no Casaro quando ele abrigou o Grupo Escolar Dr. Joo Dutra (1940-1961), rememorado como grupinho; e exalunos/ as que estudaram no espao escolar que circunda o Casaro quando foi criada a Escola de Mestria Agrcola Canad (1956-1970), o mestria. O estudo analisa os grupos de pertencimento que continuam atualizando a memria coletiva, a partir de diferentes apropriaes do Casaro ao longo do tempo. A investigao identificou memrias de distintas experincias escolares, que possuem em comum o Casaro, espao que resiste nas lembranas, e lhe atribuem diferentes significados simblicos e afetivos. Para o grupo de pertencimento do Grupo Escolar o Casaro o espao da escola primria. Ele foi habitado internamente como sala de aula, refeitrio, museu escolar. Suscita lembranas da meninice. Para o grupo de pertencimento dos ex-alunos/as do Mestria Agrcola Canad a evocao do Casaro mistura-se a todo um conjunto de experincias educativas que tiveram lugar no espao externo ao prprio prdio. O Mestria Canad no habitou o Casaro como sala de aula. Contudo, os/as ex/alunos/as do Mestria recompem este tempo narrando outros espaos de sociabilidade no seu entorno. Experincias educativas, caracterizadas pelo sistema de internato masculino, com a presena de algumas poucas jovens colegas, so recordaes dos entrevistados que reconstroem suas vivncias como jovens alunos. O Casaro faz rememorar os tempos e os lugares das experincias escolares desses grupos de pertencimento e se apresentou, neste estudo, um evocador que resiste no tempo, seja em seu significado simblico, nostlgico e afetivo, seja em sua materialidade e imponncia, inscrito como referncia particular da comunidade atual do Passo do Vigrio.

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O objetivo desta tese investigar a atuao da Comisso Econmica para a Amrica Latina (CEPAL) e do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) na história da educação em administrao no Brasil. Esta tese partiu de uma metodologia historiogrfica consolidada na rea, mas utilizou a abordagem descolonial para problematizar o termo história e, assim, propor uma nova agenda de pesquisa. A importao de temas de pesquisa historiogrfica como americanizao e Guerra Fria provoca um mimetismo de agendas de investigao e termina por subalternizar outros eventos locais que contriburam para a historiografia da administrao. A investigao geo-histrica desta tese feita a partir da interao entre dois conceitos de desenvolviment(ism)o o que emerge a partir da realidade da Amrica Latina e o que recebido de fora via americanizao que ora se aproximam, ora se afastam, e que esto inseridos na long dure da modernidade/colonialidade da Amrica Latina. A busca pela cincia da administrao se iniciou, no Brasil, vinculada ao processo de modernizao e desenvolvimento do pas, que levou criao, durante a dcada de 1950, das primeiras escolas de ensino de graduao em administrao e dos cursos objetos desta tese, que formaram 1.316 profissionais em nvel de ps-graduao. Neste perodo deve ser minimizado o papel da americanizao e relativizada a atuao destas escolas de ensino de graduao na geo-história da administrao. Devemos, portanto, descolonizar a atuao da CEPAL e do ISEB como instituies de ensino e pesquisa para trazer tona conhecimentos da tradio do pensamento social crtico latino-americano que foram subalternizados na literatura de administrao, para que possam informar a rea no Brasil e no exterior. Este um caminho para descolonizar a agenda de pesquisa historiogrfica e escapar da tendncia de reproduzir acriticamente conhecimento recebido do exterior.