Caracterização do ciclo nucleolar e da formação do corpo cromatóide na espermatogênese de alguns vertebrados

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Estudos cromossômicos em anuros das famílias Hylidae rafinesque, 1815 e Leptodactylidae werner, 1896 (Amphibia: Anura)

Embora exista uma grande diversidade de complementos cromossômicos em Leptodactylidae (2n = 18 a 2n = 26) e Hylidae (2n = 20 a 2n = 32), a elevada fragmentação de dados limita o acesso a informações sobre as origens e os mecanismos responsáveis por esta diversidade. Isto provavelmente tem influenciado que os dados citogenéticos tenham sido principalmente utilizados na caracterização do status de espécies mais do que incluídos amplamente em análises filogenéticas. Este trabalho aborda, por meio de dados citogenéticos, aspectos evolutivos de três grandes grupos de anuros de ampla distribuição na região Neotropical. O gênero Leptodactylus é agrupado com Hydrolaetare, Paratelmatobius e Scythrophrys na família Leptodactylidae. Os antecedentes cromossômicos neste gênero indicam variações nos números diplóides de 2n = 18 a 2n = 26, assim como variações nos números fundamentais (número de braços autossômicos, NF) e nas posições das Regiões Organizadoras do Nucléolo (NOR). Os resultados das análises de 26 espécies de Leptodactylus empregando diversas técnicas representa, provavelmente, a análise citogenética mais inclusiva realizada no gênero Leptodactylus até o momento, e os resultados constituem um marco para a proposição de hipóteses consistentes de evolução cromossômica no gênero. A tribo Lophyiohylini agrupa atualmente 81 espécies distribuídas em 10 gêneros. A informação citogenética é escassa e restrita apenas a 12 espécies. São aqui apresentados comparativamente dados citogenéticos em espécies dos gêneros Argenteohyla, Itapotihyla, Phyllodytes, Trachycephalus e Osteocephalus. Os resultados indicam que, com exceção de O. buckleyi (2n = 26; NF = 50) e P. edelmoi (2n = 22; NF = 44), todas as demais espécies analisadas coincidem com os dados citogenéticos disponíveis, que indicam um 2n = 24 (NF = 48) na maioria das espécies cariotipadas, com NOR e constrições secundarias (CS) localizadas no par 11. Entretanto, em Phyllodytes edelmoi e Argentohyla siemersi pederseni, essas regiões localizam-se nos pares 2 e 5, respectivamente. Blocos heterocromáticos foram associados às CS adicionais (sítios frágeis) em Osteocephalus, mas não em Trachycephalus. Dados citogenéticos nos gêneros Nyctimantis e Tepuihyla, assim como técnicas com maior poder de resolução e estudos mais inclusivos, são necessários para compreender melhor a evolução cromossômica da tribo. A tribo Dendropsophini atualmente agrupa os gêneros Scinax, Pseudis, Scarthyla, Sphaenorhynchus, Xenohyla e Dendropsophus. Os dados citogenéticos registrados em todos os gêneros revelaram uma elevada diversidade cariotípica com grandes variações nos números diplóides (2n = 22 em Scarthyla; 2n = 24 em Scinax e Xenohyla; 2n = 24, 24 +1-2B e 26 em Sphaenorhynchus; 2n = 24 e 28 em Pseudis; e, 2n = 30 em Dendropsophus). O 2n = 24 observado em X. truncata indica que o 2n = 30constitui uma sinapomorfia do gênero Dendropsophus. A localização das NOR no par 7 é uma característica compartilhada por espécies dos gêneros Scarthyla, Xenohyla, Pseudis e Sphaenorhynchus, com algumas exceções nos dois últimos (P. caraya e S. carneus). Entretanto, o gênero Dendropsophus exibe uma interessante diversidade em relação a número e localização das NOR. Por outro lado, a distribuição de heterocromatina apresentou padrões variáveis, particularmente gênero Pseudis. Embora exista uma excepcional variação cromossômica neste grupo, a informação fragmentária em alguns gêneros dificulta a formulação de hipóteses consistentes sobre o papel dos cromossomos na evolução do grupo.

Composição e riqueza de espécies de anfíbios anuros em três diferentes habitat em um agrossistema no Cerrado do Brasil central

A plasticidade adaptativa tem sido postulada como um fator importante para explicar a distribuição e abundância de espécies em habitat com diferentes níveis de variação ambiental e a heterogeneidade ambiental tem sido apontada como responsável pela manutenção, aumento ou diminuição da diversidade. Neste trabalho, determinamos o efeito da periodicidade e estrutura do habitat sobre a riqueza e composição de espécies em três diferentes habitat: córrego (P1), poças temporárias (P2) e represa permanente (P3) em um agrossistema no Cerrado do Brasil central. Nove expedições de campo foram realizadas entre outubro de 2005 e abril de 2007. Os métodos de amostragem por encontro visual e procura auditiva foram utilizados para o registro das espécies. Foram registradas 19 espécies de anuros pertencentes a quatro famílias: Bufonidae (uma espécie), Hylidae (nove espécies), Leptodactylidae (cinco espécies) e Leiuperidae (quatro espécies). Maior riqueza e a abundância foram registradas nas lagoas temporárias (P2), que diferiram significativamente do córrego (P1) e da represa permanente (P3). Dendropsophus nanus, Hypsiboas raniceps e Leptodactylus chaquensis apresentaram forte associação com o sítio P2. Os sítios P2 e P3 apresentaram maior diferenciação entre si na composição de espécies, do que quando comparados ao sítio P1. Apesar dos corpos d'água estudados estarem inseridos em área de intensa agricultura e sofrerem elevado grau de perturbação antrópica, esses ambientes apresentam elevada riqueza de espécies, constituindo-se como importantes refúgios para anurofauna da região. Entretanto, as espécies registradas são associadas a áreas antropizadas ou fitofisionomias abertas sendo favorecidas com a criação de ambientes artificiais como os observados no presente estudo.

Ecologia de Lithobates catesbeianus (SHAW, 1802) e relações com anfíbios da região de Botucatu, SP (Amphibia, Anura)

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Estrutura da comunidade de anfíbios da região de Bauru, SP

Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) - IBB

Chromosome Evolution in Dendropsophini (Amphibia, Anura, Hylinae)

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Levantamento da anurofauna da Escola do Meio Ambiente, Botucatu-SP

O objetivo do presente estudo foi realizar o inventário da anurofauna, assim como investigar a distribuição espacial, temporal e a abundância relativa das espécies localizadas em um mosaico vegetacional na região de Botucatu, SP (22 º55’ 23’’S e 45 º27’ 28’’W). A área estudada situa-se na Escola do Meio Ambiente, possui aproximadamente 12 hectares e uma grande heterogeneidade de habitats. Os dados foram obtidos entre outubro de 2006 a outubro de 2007 e entre setembro de 2009 e setembro de 2010, totalizando 29 dias de campo. Os métodos utilizados foram busca ativa e armadilhas de interceptação e queda. Foram identificadas 26 espécies de anfíbios de cinco famílias: Bufonidae (2 sp), Hylidae (15), Leptodactylidae (6), Leiuperidae (2) e Microhylidae (1), distribuídas em três grandes áreas: área aberta, mata e borda de mata. Os ambientes de área aberta foram utilizados pela maioria dos anfíbios (n=21), enquanto a borda de mata apresentou a menor riqueza (n=5). Treze espécies foram observadas na mata. As espécies Physalaemus cuvieri, e Leptodacylus furnarius foram as mais generalistas, sendo encontradas em seis e cinco dos sete ambientes estudados, respectivamente. Entre as espécies estudadas, Leptodactylus bokermanni, foi a única registrada em apenas um dos ambientes (borda da mata). As espécies mais abundantes na comunidade foram Dendropsophus nanus representando 13%, seguida de Dendropsophus sanborni e Scinax fuscomarginatus ambas com 12 % dos indivíduos. As menos abundantes foram: Rhinella icterica, Leptodactylus mystacinus e Eupemphix nattereri onde cada uma contribuiu com 0,2% dos indivíduos registrados. A grande maioria das espécies foi registrada no período quente e chuvoso (setembro a março), com exceção da espécie Scinax hiemalis que esteve presente na época fria e seca. Já Hypsiboas ...(Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)

Comunidades componentes de helmintos de anfíbios: análise comparativa entre duas localidades sob ação antrópica no município de São Luiz do Paraitinga, SP

With the degradation of Atlantic Forest over the years, the area that this ecosystem has occupied before decreased and in a lot of cases it was separated in little fragments, each one isolated in a different way depending of the local antropic action. In this context, this study compares the helminth fauna of anurans from two different fragments of Atlantic Forest, one inset in a matrix of eucalyptus (Eucaliptus sp.) reforestation and the other in a matrix of pasture (Brachiaria sp.), verifying if there is any difference between the structure of helminth communities. There were collected 155 anurans in both fragments, being 77 Hypsiboas albopunctatus, 18 Hypsiboas faber, 27 Hypsiboas polytaenius e 33 Dendropsophus minutus. These were weighted and their snout-vent lengths were measured. After the animals were euthanatized and their internal organs and coelomatic cavity were evaluated for helminth infection. There were identified one trematode species (Haematoloechus fuelleborni) and 14 nematode species (Aplectana sp., Cosmocerca parva, Cosmocerca sp1., Cosmocerca sp2., Cosmocercoides sp., Falcaustra mascula, Cosmocercidae larvae, nematode larvae, Physaloptera sp. larvae, Ochoterenella sp., Oswaldocruzia subauricularis, Raillietnema simples, Rhabdias sp. e Schrankiana sp.). The hylids' helminth fauna studied in São Luiz do Paraitinga fragments were relatively rich, being registered 15 helminth species in the captured anurans. The comparison between the fragments did not show differences in relation of the composition and abundance of helminth fauna in spite of the individualities of each environment

Investigation of Quaternary diatoms in sediment core CRP-1 from the Ross Sea, Antarctica

In the first season of drilling, the Cape Roberts Project (CRP) recovered one drillcore (CRP-l) from Roberts Ridge in western McMurdo Sound, Ross Sea, Antarctica Diatom biostratigraphy places the upper six lithostratigraphic units (Units 1.1, 2.1, 2.2, 2.3, 3.1, and 4.1) of CRP-l (0.0 to 43.15 mbsf) within the Quaternary. Both non-marine and marine Quaternary diatoms occur in variable abundance in the Quaternary interval of CRP- 1 Biostratigraphic data resolve two Quaternary time slices or events within CRP-1. Marine diatom assemblages in Units 4.1 and 3.1 represent sedimentation within the diatom Actinocyclus ingens Zone (1.35 to 0.66 Ma). Further refinement of the age of Unit 3.l places deposition in the interval 1.15 to 0.75 Ma based on the common occurrence of Thalassiosira elliptipora and correlation to the Southern Ocean acme of this taxon The absence of ActiActinocyclus ingens and the presence ot Thalassiosira antarctica in Unit 2.2 require a younger zonal assignment for this interval, within the diatom Thalassiosira lentiginosa Zone (0.66 to 0.0 Ma). A new diatom species. Rouxia leventerae, is described from marine assemblages of Units 2.2, 2.3, 3.1, and 4.l. Lithostratigraphic Unit 3.1 (33.82 to 31.89 mbsf) is a bryozoan-dominated skeletal-carbonate facies. Low abundance of Fragilariopsis curta and Fragilariopsis cylindrus within this unit combined with the relatively high abundance of species associated with open water indicates deposition in waters that remained ice free for much or all of the year Diatom assemblages suggest carbonate deposition in Unit 3.1 is linked to a significant early Pleistocene event in McMurdo Sound, when elevated surface-water temperatures inhibited the formation of sea ice.

Siliceous microfossils in middle Eocene sediments of ODP Holes 120-748B and 120-749B

The Middle Eocene Climatic Optimum (MECO) is a major transient warming event that occurred at ~ 40 Ma and reversed a long-term cooling trend through the early and middle Eocene. We report the results of a high-resolution, quantitative study of siliceous microfossils at Ocean Drilling Program Sites 748 and 749 (Southern Kerguelen Plateau, Southern Ocean, ~ 58°S) across a ~ 1.4 myr interval spanning the MECO event. At both sites, a significant increase in biosiliceous sedimentation is associated with the MECO event. Rich siliceous planktonic microfossil assemblages in this interval are unusual in that they are dominated by ebridians, with radiolarians as a secondary major component. Silicoflagellates and diatoms comprise only a minor fraction of the assemblage, in contrast to siliceous microfossil assemblages that characterize modern Southern Ocean sediments. Based on our new siliceous microfossil records, we interpret two ~ 300 kyr periods of elevated nutrient availability in Southern Ocean surface waters which span the peak warming interval of the MECO and the post-MECO cooling interval. A diverse assemblage of large silicoflagellates belonging to the Dictyocha grandis plexus is linked to the rapid rise in sea-surface temperatures immediately prior to peak warmth, and a pronounced turnover is observed in both ebridian and silicoflagellate assemblages at the onset of peak warming. The interval of peak warmth is also characterized by high abundance of cosmopolitan ebridians (e.g., Ammodochium spp.) and silicoflagellates (e.g., Naviculopsis spp.), and increased abundance of tropical and subtropical diatom genera (e.g., Asterolampra and Azpeitia). These observations confirm the relative pattern of temperature change interpreted from geochemical proxy data at multiple Southern Ocean sites. Furthermore, rapid assemblage changes in both autotrophic and heterotrophic siliceous microfossil groups indicate a reorganization of Southern Ocean plankton communities in response to greenhouse warming during the MECO event.

(Table 1) Presence of sublittoral macroalgae in the investigated profiles in Potter Cove, King George Island, Antarctica

The vegetation of a small fjord and its adjacent open shore was documented by subaquatic video. The distribution of individual species of macroalgae and the composition of assemblages were compared with gradients of light availability, hydrography, slope inclination, substratum, and exposition to turbulence and ice. The sublittoral fringe is usually abraded by winterly ice floes and devoid of large, perennial algae. Below this zone, the upper sublittoral is dominated by Desmarestia menziesii on steep rock faces, where water movements become irregular, or by Ascoseira mirabilis and Palmaria decipiens on weakly inclined slopes with steady rolling water movements. In the central sublittoral above 15 m, where turbulence is still active, Desmarestia anceps is outcompeting all other species on solid substratum, However, the species is not able to persist on loose material under these conditions. Instead, Himantothallus grandifolius may occur. Deeper, where turbulence usually is negligible, Desmarestia anceps also covers loose material. The change of dominance to Himantothallus grandifolius in the deep sublittoral cannot completely be explained at present. Himantothallus grandifolius also prevails in a mixed assemblage under the influence of grounding icebergs. Most of the smaller algae are opportunists with different degrees of tolerance for turbulence, but some apparently need more stable microhabitats and thus are dependent from continuing suppression of competitive large phaeophytes.

Cretaceous calcareous nannofossils of DSDP Leg 77 holes

Five of the six sites drilled during Leg 77 of the Deep Sea Drilling Project yielded Cretaceous sediments. Two of these sites, 535 and 540, form a composite section that spans the upper Berriasian through most of the Cenomanian. Olive black marly limestones in this interval yield relatively rich, well-preserved nannofossil assemblages that allow biostratigraphic subdivision of the sequence. This composite section provides important information on the Early Cretaceous history of the Gulf of Mexico, as well as additional information on tropical Lower Cretaceous nannofossil assemblages. The post-Cenomanian nannofossil (and sedimentary) record is limited to a thin, condensed section of Santonian through lower Maestrichtian pelagic sediments at one site (538) and is absent or represented by redeposited material at the other sites. Two new genera, Perchnielsenella and Darwinilithus, are described. Two new taxa, Darwinilithus pentarhethum and Lithraphidites acutum ssp. eccentricum, are described; and two new combinations, Rhagodiscus reightonensis and Perchnielsenella stradneri, are propose.