981 resultados para Apoio aos idosos
Resumo:
O adoecimento de um membro familiar costuma acarretar inúmeras alterações em toda a estrutura e dinâmica familiar. Com a progressão e o agravamento da doença, quando a pessoa se encontra sem possibilidade de tratamento modificador da doença, aumenta o sofrimento tanto da pessoa adoecida quanto de sua família. O cuidador familiar de pessoas idosas em cuidados paliativos sofre junto ao enfermo, podendo enfrentar sobrecarga física, emocional e social decorrente da tarefa de cuidar e da possibilidade da morte. Entretanto, são escassos os estudos que avaliam a sobrecarga desta população. O objetivo deste estudo é identificar e analisar a percepção de sobrecarga por parte do cuidador familiar de idosos em cuidados paliativos. Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, exploratório, de metodologia quantitativa, não probabilística, com uma casuística total composta por 100 pessoas. Essa casuística foi estratificada de acordo com escore obtido por meio da aplicação do protocolo Karnofsky Performance Scale (KPS) com os idosos (com 60 anos ou acima) em cuidados paliativos oncológicos: um grupo com 25 cuidadores familiares de idosos com KPS abaixo de 40%; um grupo com 25 cuidadores de idosos em cuidados paliativos oncológicos com KPS de 70%, 60% ou 50%; um grupo controle com 50 cuidadores familiares de idosos em cuidados paliativos oncológicos, com KPS maior ou igual a 80%. Durante a coleta de dados, além do KPS, foram aplicados o questionário de caracterização clínica e sociodemográfica e os protocolos: Questionário de Classificação Socioeconômica Brasil e o Caregiver Burden Scale (CBScale), validado no Brasil. Para análise dos dados, foi realizada estatística descritiva e as comparações com os grupos foram feitas por meio do Teste Exato de Fisher e de um modelo de regressão quantílica. As análises foram feitas pelo software SAS 9.0 e Stata versão 13. Os resultados indicaram que os cuidadores familiares são, em sua maioria, mulheres, filhas ou esposas, de meia idade a idade mais avançada, predominantemente, na faixa etária de 56 a 71 anos, com baixa escolaridade, pertencentes a classes sociais C e que não realizam nenhuma atividade remunerada. Os maiores índices de sobrecarga foram percebidos em cuidadores do sexo feminino e em cuidadores de idosos os quais apresentam menores escores relativos à capacidade funcional (avaliados pelo KPS). Conclui-se que o agravamento da doença, o declínio funcional do idoso e a possibilidade da sua morte mais próxima fazem aumentar a sobrecarga dos cuidadores, com impactos na sua saúde e qualidade de vida, o que indica a necessidade de oferecimento de serviços de apoio a essa população o mais precocemente possível
Resumo:
O autocuidado é indispensável à conservação da vida e resulta do crescimento diário da pessoa, na experiência como cuidador de si mesmo e de quem faz parte das suas relações. É a chave dos cuidados de saúde, sendo interpretado como uma orientação para a ação de enfermagem que, através das ações de autocuidado, podem implementar intervenções para a promoção da saúde e/ou prevenção da doença. Os objetivos do estudo direcionam-se para a importância na identificação do perfil de autocuidado dos idosos, ou seja, na determinação dos diferentes níveis de dependência no autocuidado dos idosos a residir em lar. Entendemos este conhecimento, (proveniente dos resultados do estudo) como um contributo relevante no sentido de melhorar o modo como o apoio e/ou a ajuda pode ser ajustada a cada indivíduo, uma vez que estas adaptações só são possíveis perante o diagnóstico real da dependência das pessoas. Metodologia: Este estudo inclui-se num paradigma de investigação quantitativa, do tipo não experimental, transversal, descritivo e correlacional. A população em estudo são os idosos residentes no lar Residência Rainha D. Leonor em Viseu. Utilizou-se uma amostra não probabilística acidental, em função do peso relativo dos idosos desta instituição constituída por 136 idosos. O instrumento de colheita de dados inclui a escala de dependência no autocuidado. Resultados: Os idosos são maioritariamente mulheres, viúvas, com baixa instrução literária e com média de idade de 86 anos. Verificamos que as patologias predominantes são do foro cardíaco (70,6%), osteoarticular (62,5%) e neurológico (55,1%). Considerando o nível global de dependência no autocuidado, verificamos que 46,4% da amostra é independente, 36,0% é dependente em grau elevado e 17,6% dependente em grau parcial, ou seja, 53,6% apresenta algum grau de dependência no autocuidado. Conclusão: Os resultados deste estudo permitem a aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competências que são de extrema importância na prática de cuidados de enfermagem de reabilitação, pois as necessidades de saúde desta população sofrem contínuas modificações ao longo do processo de envelhecimento, exigindo práticas atualizadas, no sentido de abranger a promoção dos processos de preservação e de autonomia. Palavras-Chave: Autocuidado, Idoso, Institucionalização.
Resumo:
Segundo (Lage; 2005) o cuidador informal sempre existiu ao longo da história da humanidade, ao séc. XX a família tinha um papel muito importante, após o sec. XX a família e o cuidar informal foi substituído pela medicina e pelo cuidador formal. O aumento do envelhecimento populacional, o aumento da esperança média de vida e a desertificação trouxeram um conjunto de preocupações e responsabilidades, às famílias e às entidades sociais e da saúde, devido aos cuidados que são necessários prestar às pessoas idosas dependentes e com doença mental, devido à crise dos sistemas sociais, de saúde e financeiro das entidades governamentais, a maioria dos casos de doença mental e idosos foram como que obrigados a recorrer aos cuidos informais para fazer face as despesas. Com o presente estudo, de caráter qualitativo, procuramos conhecer os estigmas que existem face a doença mental em dois países transfronteiriços, Portugal e Espanha. A amostra da população selecionada é constituída por quarenta cuidadores formais em instituição de acolhimento e apoio a pessoas idosas, em que quarto instituições distintas, duas em Portugal e duas em Espanha. Os cuidadores inquiridos referiram que há pouca procura por parte dos doentes mentais a estas instituições, uma vez que requerem mais cuidados presenciais e equipas direcionadas aos problemas específicos, embora todos tenham uma formação abrangente, mas é mais difícil cuidar deste tipo de clientes.
Resumo:
Com o crescimento da população idosa, a Gerontologia Social revela que a família, especialmente o cuidador informal, enfrenta desafios imprevisíveis e sofre perdas pessoais e sociais, o que se reflete negativamente no seu bem-estar físico e mental. Assim, com o presente estudo procura-se perceber se a educação de adultos poderá converter alguns destes impactos negativos em positivos. A educação de adultos visa, portanto, apoiar o cuidador informal, de maneira a promover a sua saúde física e mental através de projetos ou ações de suporte psicoeducativo, onde não só são transmitidos conhecimentos e maneiras de lidar com a pessoa cuidada, como se proporcionam momentos de empatia no qual os cuidadores conversam/partilham as dificuldades associadas ao ato de cuidar. Neste contexto, o presente estudo pretende verificar se o apoio psicoeducativo providenciado a cuidadores proporciona ou não uma mudança positiva na sua qualidade de vida. Para a concretização deste objetivo, optou-se por uma investigação quantitativa e qualitativa junto de cuidadores informais com e sem apoio psicoeducativo. Para a recolha dos dados foram utilizados os seguintes instrumentos: os questionários CASI (Carer´s Assessment of Satisfactions Índex), CADI (Carer´s Assessment of Difficultie Índex), CAMI (Carer´s Assessment of Managing Índex) e a entrevista semiestruturada. A análise de dados e a análise de conteúdo permitiu-nos concluir que existem diferenças significativas entre os participantes do estudo com e sem apoio psicoeducativo, sendo que os resultados obtidos indicam que este tipo de apoio proporciona uma melhoria significativa relativamente ao seu bem-estar físico e mental.
Resumo:
Resiliência é definida como a capacidade das pessoas em enfrentar, vencer e serem fortalecidos ou transformados por experiências adversas. Estudos têm mostrado que pessoas resilientes adoecem menos e possuem melhor desempenho no trabalho, nas relações familiares e na vida, além da resiliência poder ser desenvolvida desde a infância até a velhice. Por sua vez, a meditação tem mostrado ser um recurso útil para a melhoria da saúde em geral, incluindo a qualidade de vida daqueles que a praticam por proporcionar maiores níveis de bem estar, melhoria nos relacionamentos interpessoais e redução de estresse. Parece que a meditação, assim como a resiliência, pode contribuir para melhores níveis de saúde da população. O objetivo deste estudo foi verificar os níveis de resiliência em idosos que meditam. Participaram 60 pessoas, sendo 78% mulheres, com idade média de 69 anos, 82% aposentados, 65% praticantes de meditação, 42% com baixa escolaridade e 60% católicos. O instrumento utilizado foi um questionário auto-aplicável, composto pela Escala de Avaliação de Resiliência (EAR) em sua forma reduzida e um questionário para coletar dados sociodemográficos dos participantes. Análise de variância revelou não haver diferença nos níveis de resiliência entre o grupo que medita uma vez ao dia e aquele que o faz mais do que uma vez ao dia. Médias fatoriais e desvios-padrão revelaram que os participantes possuem capacidade levemente acima da média de adaptarem-se positivamente diante das dificuldades da vida, persistindo para superar crises e adversidades, poucas vezes se resignando, embora algumas vezes não se julguem competentes para enfrentá-las. Para defrontarem as dificuldades da vida, contam com as crenças de que podem confiar no apoio de um ente ou algo superior e acreditam que podem aprender e melhorar com as adversidades.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar e descrever uma possível relação entre suporte social e qualidade de vida, em pessoas idosas participantes de um programa de educação permanente, o qual é promovido por órgão público em parceria com uma universidade, instalada em um dos municípios que integram a região do ABC Paulista, em São Paulo. A amostra consistiu de 106 idosos, com idade a partir de 60 anos, de ambos os sexos, e que efetivamente participam do referido programa. Para a coleta de dados, a amostra foi dividida em dois subgrupos, onde o primeiro grupo constou de 54 idosos que freqüentam o programa há menos de 1 ano, e o outro grupo foi formado por 52 idosos que freqüentam o programa há mais de 1 ano, com isso objetivamos identificar uma possível existência de diferentes percepções entre os grupos, das variáveis estudadas, em função do tempo de participação no programa, o que não foi confirmado, com os resultados apontando para uma homogeneidade entre os grupos, tanto nos aspectos socioeconômicos quanto nas percepções de suporte social e qualidade de vida, independente do tempo de participação no programa. Este estudo utilizou método descritivo exploratório, de caráter quantitativo e comparativo. Para a coleta de dados foram utilizadas a Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS), que avalia percepção de suporte social em suas dimensões emocional e prático; o instrumento de avaliação da qualidade de vida: WHOQOL Bref e Old, e um questionário com dados socioeconômicos que auxiliaram na caracterização do perfil da amostra e na análise estatística dos resultados. Os resultados apontaram que a amostra pesquisada caracteriza-se por possuir um perfil socioeconômico diferenciado, no que se refere a uma maior escolaridade e rendimento mensal, quando comparado a media nacional que mostra o perfil do idoso brasileiro mais vulnerável, com baixa escolaridade e rendimento. Os resultados das avaliações das percepções de suporte social e da qualidade de vida demonstraram tratar-se de idosos que se sentem satisfeitos com seu momento de vida; que percebem apoio emocional, sentindo-se objeto de afeto em sua rede social. Com relação a percepção de suporte prático, os resultados demonstraram que os idosos possuem uma percepção relativa, apontando dúvidas e incertezas quanto ao recebimento deste tipo de apoio de sua rede social. Diante deste resultado, percepção de dúvidas e incertezas em receber suporte prático, e a característica socioeconômica diferenciada da amostra, podemos supor que esses idosos possuem estas percepções, por se sentirem ou por serem de fato provedores e não dependentes da sua rede social. Não foi evidenciada correlação entre as variáveis suporte social e qualidade de vida, sugerindo que o construto suporte social talvez seja percebido pelos idosos da amostra como fator de diminuição da funcionalidade biopsicossocial ou da competência comportamental; ou ainda, pode-se supor que diante dos sentimentos de satisfação com a vida atual, a amostra de idosos volta-se menos aos aspectos protetores do suporte social.
Resumo:
Currently, the growing aging population challenges the society and public health policies, for increased longevity need to be associated with quality of life. Adequate physical and social environment are key factors for the welfare of the elderly, particularly the housing environment - this thesis understood as the home (dwelling unit) and its surroundings (close proximity). In addition, Brazilian legislation in this sector indicates the importance of the elderly remain at home and in the family. In addition, Brazilian legislation in this sector indicates the importance of the elderly remain at home and in the family. Based on this framework mortar, the thesis was starting questions: How do you live the elderly population aged 80 and over which is served by the Health Family Strategy of the Unified Health System? That social and environmental conditions of the place of residence act more directly on their quality of life? How do these people get housing conditions experienced? The research aimed to investigate how the residential environment (social and physical) influence everyday activities and quality of life of the elderly. Exploratory qualitative study highlighting the home visits, developed based on multimethod strategy. The empirical study was conducted in the city of Cabedelo-PB, Nov/2013 to Feb/2014. Participants were 36 elderly people (31 women and 5 men) aged between 80 and 99 years, little education, who live 39 years in the area (average). In the research first stage were applied questionnaires for socio-demographics and livability of the residence and the surroundings. In the second stage we used semi-structured interview and a tour accompanied in the neighborhood (with those who have accepted to do so). Throughout work it was kept a diary by the researcher and held naturalistic observations of the behavior of the elderly. Quantitative data were described using descriptive statistics, and information from the interviews were analyzed through the Collective Subject Discourse technique. Among the key ideas that emerged from them are: the representation of home, neighborhood support and related issues dyad independence / autonomy. The study showed that the elderly develop strong attachment to the place where he lives, the importance of it for your health and the desire to stay there. Thus, despite experiencing many barriers (more physical than the social), at the place where they live, they say they are satisfied, even when unfavorable conditions are evident. Concluding that as the houses are environmentally more docile, simple changes ensure autonomy, independence and mobility for the elderly. In turn, the barriers of the urban environment show it more difficult to deal with, making this space inhospitable to most survey participants, a condition that hinders your physical activities and social participation, and negatively influence their quality of life.
Resumo:
Um envelhecimento bem-sucedido tem como referência critérios sociais, psicológicos e fisiológicos. O presente trabalho tem como principal objetivo proceder ao rastreio dos sintomas psicopatológicos e de bem-estar numa amostra de idosos da ilha de Santa Maria, Açores. Foram inquiridos 54 idosos (15 do sexo masculino e 39 do sexo feminino) com idades compreendidas ente os 55 e 98 anos (M = 77,6 e Dp = 11,1) beneficiários de resposta social em duas instituições de Vila do Porto: o Recolhimento de Santa Maria Madalena (Residência e Apoio Domiciliário) e Santa Casa da Misericórdia (Lar e Residência). Os resultados obtidos foram comparados com dados preliminares do Projeto “Trajetórias de Envelhecimento” do ISMT. Constatou-se que a amostra de idosos da ilha de Santa Maria apresenta maior défice cognitivo, maior sintomatologia ansiosa e depressiva, menor satisfação com a vida e mais afetos negativos do que a amostra do ISMT. Não se verificam diferenças entre os sexos, sendo a idade e o nível de escolaridade as variáveis sociodemográficas que mais interferem na trajetória de envelhecimento. Os mais velhos e com menor escolaridade apresentam maior défice cognitivo. O aumento da idade está ainda relacionado com um aumento dos afetos negativos Estes resultados são preocupantes e sugerem a urgência de uma intervenção terapêutica planeada e especialmente desenhada para esta população, pois o facto de viverem numa ilha, com maior isolamento social e menor oferta de respostas sociais, parece prejudicar a sua saúde mental e a sua qualidade de vida.
Resumo:
A problemática que serviu de fio condutor a esta investigação tinha como objectivo principal analisar em que medida as principais dificuldades e necessidades sentidas pelos idosos residentes nas aldeias mais isoladas da freguesia de Alvares são colmatadas pela intervenção da sociedade providência. Sendo um tema bastante complexo, que levanta uma série de questões, optámos por utilizar um estudo de natureza exploratória/descritiva, privilegiando a abordagem fenomenológica, porque valoriza a componente subjectiva, permitindo entrar na realidade social dos indivíduos e compreender o significado que atribuem às suas vivências quotidianas. Como técnica de recolha de informação recorremos à entrevista semi-estruturada e no tratamento de dados à análise de conteúdo. As entrevistas foram realizadas a dez idosos residentes nalgumas das aldeias mais desertificadas da freguesia de Alvares, localizada no concelho de Góis, distrito de Coimbra, concretamente na aldeia do Casal Novo, Roda Fundeira e Amiosinho. Como principais conclusões deste estudo, verificamos que os idosos apresentam uma problemática complexa e multidimensional que se prende com problemas de saúde, económicos, habitacionais, solidão e isolamento. Apesar das idades muito avançadas, os idosos mantêm um estilo de vida activo, continuando a cultivar as terras e a cuidar dos animais até que a saúde o permita. Contudo, perante as difíceis condições de vida e de oportunidades de desenvolvimento económico da região, as migrações ocorridas durante o último século contribuíram para desertificar e isolar as aldeias da freguesia de Alvares, com consequências directas nas redes de solidariedade primárias, nomeadamente nas famílias, que devido ao afastamento geográfico prestam cada vez menos um apoio quotidiano e presencial. No que concerne às redes de vizinhança, através deste estudo, constatámos que assumem uma importância fundamental neste contexto sócio-geográfico, constituindo, por vezes, a única fonte de apoio material, social e afectivo dos indivíduos. No entanto, este tipo de redes sociais apresenta algumas limitações na sua intervenção relacionadas com o progressivo envelhecimento da população na freguesia.
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Objectivo: o presente estudo pretende caracterizar a qualidade de vida dos idosos da Região de Leiria, comparando aqueles que vivem no Domicílio com os que vivem em Instituições. Para tal propomos caracterizar a população em estudo sóciodemograficamente; identificar factores situacionais consoante o seu local de residência; avaliar níveis de dependência , apoio social e funcionalidade familiar; avaliar a qualidade de vida e identificar a relação entre as várias variáveis e a qualidade de vida. Método: Para tal optou-se por passar um questionário a um total de 238 idosos, 111 residentes em Instituições e 127 residentes no domicílio. Ao longo do processo de recolha de dados foram cumpridas as exigências éticas que pautam a nossa profissão. Foram utilizados métodos de estatística descritiva e de estatística analítica para o tratamento de dados. Resultados: Os resultados obtidos permitiram a caracterização sócio-demográfica dos idosos da região de Leiria. Foi ainda possível comparar os dois grupos em estudo, não se tendo encontrado diferenças significativas entre os dois grupos para as variáveis biopsicossociais. Conclusão: A maioria dos idosos inquiridos tem qualidade de vida, sendo que os idosos residentes no domicílio apresentam maior qualidade de vida. /
Resumo:
Objetivos: O presente estudo tem como objetivo geral caracterizar as redes sociais pessoais dos idosos com idade igual ou superior a 65 anos, analisando-as segundo o nível de satisfação com as relações interpessoais e a confiança nos outros. Metodologia: Este é um estudo descritivo e correlacional, privilegiando a análise bivariada. Os dados foram recolhidos através do Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, IARSP-Idosos (Guadalupe, 2009; Guadalupe & Vicente, 2012) e de uma escala de avaliação da Satisfação com as Relações Interpessoais, construída para o efeito, e de uma questão relacionada com a Confiança. Participantes: A amostra é constituída por 446 indivíduos, maioritariamente do sexo feminino (n=285; 63,9%), com idades compreendidas entre os 65 e os 98 anos; a maioria tem filhos (n = 389; 87,2%), e cerca de 80,0% (n = 357) vivem na sua casa, sendo a zona de residência essencialmente rural (61,2%; n = 273). A maioria tem escolaridade (65,9%; n = 294), sobretudo ao nível do quarto ano (n= 226; 50,7%). Resultados: Os resultados demonstram que os idosos do sexo feminino, com ≤ 75 anos, casado/a ou em união de fato, com filhos, que vivem acompanhados, com o 4ª ano de escolaridade e que não registam qualquer corte relacional, são os que mais confiam nos outros. Registam-se diferenças nas características funcionais da rede segundo esta variável, o que não acontece nas estruturais, com a exceção da proporção das relações com técnicos (p = 0,042) e nas relacionais-contextuais. A confiança nas pessoas com quem se relaciona correlaciona-se de forma positiva e estatisticamente significativa com a satisfação com os filhos, com os netos, com outros parentes, com os amigos e com os vizinhos (p<0,001). Conclusões: Numerosas variáveis sociodemográficas não aparentam estar relacionadas com a confiança nas pessoas com quem os idosos se relacionam, nas múltiplas dimensões consideradas. Em contrapartida, as variáveis que aparecem relacionadas com a confiança, são aquelas que, de forma mais ou menos direta, estão igualmente associadas ao domínio pessoal. É de salientar que no que respeita a esta variável se verificam diferenças nas características funcionais da rede o que não acontece nas estruturais e nas relacionais-contextuais. As relações familiares de filhos, netos e outros parentes são as que mais se associam à confiança e ao apoio social percebido pelos idosos, o qual é complementado por outras relações interpessoais, designadamente as que são estabelecidas com amigos e vizinhos. / Objetives: This study has the general objective to characterize the personal social networks of the elderly aged over 65 years, analyzing them according to the level of satisfaction with interpersonal relationships and trust in others. Methodology: This is a descriptive and correlational study, focusing on bivariate analysis. Data were collected through the Personal Social Networks Analysis Tool, IARSP-Elderly (Guadalupe, 2009; Vicente & Guadalupe, 2012) and a scale measuring satisfaction with interpersonal relations, purpose built, and a question related to the trust. Participants: The sample includes 446 individuals, mostly female (n = 285; 63,9%), aged between 65 and 98 years old; most have sons/daughters (n = 389; 87,2%), and about 80,0% (n = 357) are living in their home, mostly in rural areas (61,2%, n = 273). The majority have education (65,9%, n = 294), especially at the level of the fourth year (n = 226; 50,7%). Results: The results show that the elderly female, with <= 75, married, with children, living together, with the 4th grade, and did not record any relational cut, are the ones that rely in the others. We found differences in the functional characteristics of the network according to this variable, what does not happen on the structural variables, with the exception of the proportion of relations with workers in social services (p = 0,042), and on the relational-contextual. The confidence in the people he meets, correlates positively and statistically significant satisfaction with the children, with grandchildren, other relatives, friends and neighbors (p <0,001) Conclusions: Numerous sociodemographic variables do not appear to be related to trust in the interpersonal relationship, in the multiple dimensions considered. In contrast, the variables which appear related to trust are those which are associated with the personal domain. It is noteworthy that we have found differences in the functional characteristics of the network but not in the structural and the relational-contextual. Family relationships of children, grandchildren and other relatives are the most associated to the confidence and social support perceived by the elderly, which is complemented by other interpersonal relationships, including those with established friends and neighbors.
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Objetivos: O presente estudo tem como principal objetivo caraterizar as redes sociais pessoais dos idosos com idade igual ou superior a 65 anos, relativamente às caraterísticas estruturais, funcionais e relacionais-contextuais, analisando-as segundo o estado civil. Metodologia: Para avaliar as variáveis em estudo foram utilizados: o instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) com o objetivo de avaliar as dimensões da rede social pessoal dos idosos e um inquérito por questionário para caracterização sociodemográfica. Participantes: A amostra é constituída por 446 idosos com idades compreendidas entre os 65 anos e os 98 anos (M = 76,09; DP = 7,59). Os participantes são na sua maioria do sexo feminino (n = 285, 63,9%). A maioria dos idosos é casada/união de facto (n = 230, 51,6%) e em minoria encontram-se os divorciados/separados (n = 21, 4,7%) e têm filhos (n=389, 87,2%). Resultados: Os resultados demonstram que o estado civil apresenta associações estatisticamente significativas com as variáveis sociodemográficas sexo, idade, viver só, parentalidade e escolaridade. Registam-se diferenças significativas relativamente ao estado civil no que diz respeito à maioria das características estruturais da rede, quanto às características funcionais, nomeadamente o acesso a novos vínculos, a reciprocidade de apoio, a satisfação com a rede e com o suporte social, e quanto às características relacionais-contextuais apenas se assinalam relativamente à distância de residência. Conclusões: O nosso estudo revela que as redes sociais pessoais dos idosos se diferenciam a nível estrutural e funcional segundo o estado civil destes idosos. Os idosos casados apresentam redes maiores mais centradas nas relações familiares na rede do que os idosos com outros estados civis. Os idosos solteiros são os que apresentam redes menores, mais investidas nas relações de amizade e de vizinhança e menos nas relações familiares comparativamente com os outros tipos de relacionamento. / Objectives: This study aims to characterize the personal social networks of the elderly aged 65 years or more, for structural, functional and relational-contextual features, analyzing them according to marital status. Methodology: To assess the variables studied the following was used: the analysis tool of the Personal Social Network, version for elderly (IARSP - Elderly) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) in order to assess the dimensions of the personal social network of the elderly and a questionnaire for socio-demographic characterization. Participants: The sample comprises 446 elderly, aged between 65 years and 98 years (M = 76.09, SD = 7.59). Participants are mostly female (n = 285, 63.9%). Most seniors are married / consensual union (n = 230, 51.6%) and a minority is divorced / separated (n = 21, 4.7%) and have children (n = 389, 87. 2%). Results: The results show that marital status has statistically significant associations with the sociodemographic variables, gender, age, living alone, and parenting and education. There are significant differences with regard to marital status relating to most of the structural characteristics of the network, for the functional features, namely access to new links, reciprocal support, satisfaction with the network and social support, and as to the relational-contextual characteristics these only appear in relation to the distance of residence. Conclusions: Our study shows that personal social networks of the elderly are different on a structural and functional level according to the marital status of these seniors. Married elderly have larger networks more centered on family relationships on the network than the elderly with other marital statuses. The single elderly are those with smaller networks, more invested in the relations of friendship and neighborhood and less on family relationships compared to other types of relationship.
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Objetivos: O presente estudo tem como objetivo analisar as redes sociais pessoais de idosos portugueses com filhos segundo o sexo da descendência e o sexo do/a idoso/a, relativamente às características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais. Metodologia: Para a avaliação das variáveis em estudo foram utilizados o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal, versão para idosos (IARSP – Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) para avaliar as dimensões da rede social pessoal e um inquérito por questionário para caracterização da amostra a nível sociodemográfico e sociofamiliar. Participantes: A amostra é constituída por 498 idosos com filhos, com uma média de idades de 75 anos (DP=7,487), entre os 65 anos e os 98 anos, maioritariamente do sexo feminino (60,8%), casados ou em união facto (58,4%) e com escolaridade (70,7%). A maioria dos idosos inquiridos reside em aglomerado populacional (90,8%) e não usufrui de apoio de respostas sociais (78,1%). Resultados: Na análise separámos 3 subamostras: idosos com filhos de ambos os sexos (n=218; 43,7%), idosos com filhos do sexo masculino (n=125; 25,2%) e idosos com filhos do sexo feminino (n=155; 31,2%). Os idosos com filhas apresentam valores mais elevados no apoio material e instrumental (p = 0,046), apoio informativo (p = 0,018), companhia social (p = 0,018) e reciprocidade de apoio (p < 0,001). O tamanho da rede é menor no caso dos idosos com filhas comparativamente aos que têm filhos de ambos os sexos (p = 0,012). Analisando separadamente as redes das idosas e dos idosos da amostra, assinalamos que nas redes de idosos do sexo masculino apenas houve diferença na reciprocidade (p = 0,016), sendo menos recíprocas as redes da subamostra com filhos apenas do sexo masculino; por sua vez, nas redes das idosas houve diferenças no tamanho da rede (p = 0,015) e na frequência de contactos (p = 0,019) sendo maior nas idosas com filhos de ambos sexos; na proporção de relações de vizinhança na rede (p = 0,005), sendo menor nas idosas que têm filhos de ambos os sexos; no apoio informativo (p = 0,022) e na reciprocidade (p = 0,005) sendo menores nas idosas com filhos do sexo masculino. Conclusões: O nosso estudo revela que o sexo dos filhos influencia as redes sociais pessoais dos pais e mães idosos/as a nível funcional, estrutural e relacional-contextual, sobretudo no caso das mulheres idosas, uma vez que as redes das idosas apresentam diferenças nas três dimensões, o que não se verifica nos pais idosos, verificando-se também que os idosos com filhas do sexo feminino têm redes mais centradas nas relações familiares. / Goals: This study aims to analyze the personal social networks structural, functional and relational-contextual characteristics of Portuguese seniors with offspring, according to their sex. Methodology: To the variables evaluation, we have used the Personal Social Network Analysis Instrument, Elderly Version (IARSP – Elderly) (Guadalupe, 2010; Guadalupe & Vicente, 2012) in order to evaluate the dimensions of the personal social network, and a questionnaire for demographic description. Participants: Our sample has 498 seniors with offspring, with an average of 75 years of age (DP = 7,487), between 65 and 98 years old, mostly females (60,8%), married (58,4%) with education (70,7%).The majority live on agglomeration (90,8%) and does not have the support of social services (78,1%). Results: In this analysis we've 3 groups: seniors with sons and daughters (n = 218; 43,7%), seniors with male offspring (n = 125; 25,2%) and seniors with female offspring ( n = 155; 31,2%). Seniors with daughters only shows higher values on material and instrumental support (p = 0,046), informative support (p = 0,018), social company (p = 0,018) and reciprocity support (p < 0,001). The network size is smaller on senior's with offspring, comparing the ones with sons and daughters (p = 0,012). On a separate analysis of the male and female seniors sample, it should be noticed that on the male seniors network there's been a difference on reciprocity only (p = 0,016) being less reciprocal the networks from the group exclusively with male sons; on the other end, on the female seniors network with sons and daughters there's been a difference on the network size (p = 0,015) and on the contact frequency (p = 0,019) being smaller on the seniors with offspring from both sex; on the proportion relation of network neighborhood (p = 0,005), smaller on the female seniors with sons and daughters; on informative support (p = 0,022) and on the reciprocity (p = 0,005), being smaller on the female seniors with male offspring. Conclusions: Our study reveals that the male and female offspring influences the personal social networks of senior mothers and fathers on a functional, structural and context-relational level, mostly on women, once that their network presents differences in the three dimension, something that does not happen with senior fathers, with the verification that the seniors with daughters do have social networks that are more centered in family relations.
Resumo:
Objetivos: O presente estudo tem como objetivo analisar as características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais das redes sociais pessoais de famílias unipessoais idosas. Metodologia: Utilizámos para recolha de dados um questionário para caracterizar sociodemograficamente a amostra, o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (versão para idosos) (IARSP-Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente 2012) e a escala de solidão UCLA (Neto, 1989). Participantes: A amostra é constituída por 567 indivíduos com média de idades de 75,53 anos, maioritariamente do sexo feminino (63,0%; n = 357). Predominam os sujeitos casados (53,7%; n = 304), com filhos (87,8%; n = 498) e em situação de coabitação (n = 450; 79,4%). Contudo, 20,6% (n = 117) vivem sós, constituindo as famílias unipessoais. Resultados: As redes sociais dos idosos têm em média 7,99 elementos, predominantemente familiares (M = 76,89%). Os participantes percecionam um nível elevado de apoio por parte das suas redes. São redes coesas, pouco dispersas e os contactos entre os elementos são frequentes. As mulheres, os indivíduos solteiros, viúvos ou divorciados e os idosos sem filhos têm uma maior probabilidade de viverem sós (p < 0,05) e estes apresentam uma maior probabilidade de necessitar de apoio social formal (p < 0,05). As famílias unipessoais, quando comparadas com os que não vivem sós, apresentam um maior número de campos relacionais e maior proporção de relações de amizade e de vizinhança (p < 0,05). Têm menor perceção de apoio material e instrumental, informativo, companhia social, acesso a novos vínculos e reciprocidade de apoio (p < 0,05). Além disso, referem menor frequência de contactos e uma maior dispersão geográfica (p < 0,05). Nas famílias unipessoais, observou-se a existência de correlações negativas significativas (p < 0,05) entre a percepção de solidão e o tamanho da rede, a proporção das relações familiares na rede, o apoio emocional e informativo e a reciprocidade de apoio. CONCLUSÃO: Os idosos com famílias unipessoais percecionam menor apoio por parte das suas redes, tendo uma maior propensão à solidão. É fundamental, ao longo do ciclo vital, promover a quantidade e qualidade dos vínculos, no sentido de manter a efetividade do suporte das redes mesmo quando se vive só. / Objectives: The present study aims to analyze the structural, functional and relational-contextual characteristics of older single-person households. Methodology: We used as instruments a questionnaire to evaluate sociodemographic data, the Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (version for elderly people: IARSP-Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente 2012) and the UCLA Loneliness Scale (Neto, 1989). Participants: The sample consists of 567 individuals with an average age of 75.53 years, mostly females (63.0%; n = 357). There is a predominance of married individuals (53.7%; n = 304) with children (87.8%; n = 498). Older people live mainly in cohabitation (n = 450; 79.4%), however 20.6% oh them live alone, constituting one-person households. Results: The elderly personal social networks have 8 elements, on average, with a predominance of family relationships (M = 76.89%). The participants perceived a high level of support from their networks. In general the networks are cohesive, with low dispersion and have frequent contacts. The women, single, widowed or divorced and childless elderly are more likely to live alone (p < 0.05) and to need social services support (p < 0.05). The single-person households, compared with those who do not live alone, have a greater number of relational fields and a higher proportion of friendships and neighborhood relations (p < 0.05). They have a lower perception of material and informative support, social company and acess to new ties and reciprocal support (p < 0.05). They also refer lowest frequency of contacts and a wider geographical dispersion (p < 0.05). In single-person households there was a negative significant correlation between the perception of loneliness and the social network size, the proportion of family relationships in the network, emotional and informational support and reciprocal support. Conclusions: The elderly single-person households perceived less support from their networks and a greater propensity to loneliness. It is critical to promot the quality of ties, rather then their quantity, throughout the life cycle, in order to maintain the network effectiveness even when the person lives alone.
Resumo:
Objetivos: Analisar as caraterísticas sociodemográficas e das redes sociais pessoais dos idosos de acordo com a composição das redes centrada na família. Metodologia: Para caraterizar as redes sociais pessoais utilizámos o Instrumento de Análise da Rede Social e Pessoal – Idosos (IARSP-idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente, 2012) e um questionário para descrever sociodemograficamente a amostra. Participantes: A amostra é constituída por 567 idosos (M = 75,53 anos), com predominância do sexo feminino (64,1%). A maioria é casada (53,8%) e detém a 4ª classe (51,3%). Os participantes, na sua maioria, têm filhos (87,8%) e não vivem sós (79,4%). Resultados: As redes são compostas em média por 8 elementos, dominadas por laços familiares (M = 76,90%). São redes coesas, com relações interpessoais duradouras, com pouca dispersão geográfica e elevada frequência de contactos. O apoio percebido nas redes é sobretudo emocional e informativo. Quanto à sua composição, 43,7% dos idosos têm uma rede exclusivamente familiar, 53,4% redes com família e outros campos relacionais e apenas 2,8% apresentam redes sem família. Os idosos com 76-85 anos, casados e com agregado familiar numeroso têm maior probabilidade de pertencer a redes exclusivamente familiares. Os idosos mais jovens e divorciados tendem a pertencer a redes mais diversificadas, enquanto as mulheres e os indivíduos solteiros e sem filhos têm maior probabilidade de não ter laços familiares nas suas redes, compensando a sua ausência com relações de amizade e de vizinhança. As redes exclusivamente familiares estão associadas a maior perceção de apoio emocional, material e instrumental, companhia social e reciprocidade de apoio. As redes com família e outras composições caraterizam-se por ter mais elementos e uma maior dispersão geográfica. As redes sem família são as mais reduzidas e são normalmente homogéneas para o género feminino e a nível etário, no grupo idoso. Conclusões: Fica patente o papel central das famílias nas redes e no apoio informal. Contudo, será essencial potenciar a diversificação e manutenção dos vínculos promovendo o acesso a novos contactos ao longo de todo o ciclo vital, de forma a garantir uma rede social pessoal diversificada e efetiva, em vínculos e recursos, que complemente as necessidades e favoreça o bem-estar da pessoa idosa. / Objectives: To analyze the sociodemographical and personal social networks characteristics of the elderly according to the composition of the networks centered on the families. Methodology: For characterizing the personal social networks we used the Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal (IARSP-Idosos) (Guadalupe, 2010; Guadalupe e Vicente, 2012) and for sociodemographic characteristics we used a questionnaire. Participants: The sample consisted of 567 elderly (M = 75.53 years), mainly female (64.1%). The majority are married (53.8%) and have the 4th grade (51,3%). Overall the participants have offspring (87.8%) and do not live alone (79.4%). Results: On average, the networks have 8 elements, mostly relatives (M = 76.90%). The networks are cohesive, long-lasting, have a low geographical spread and we observed a high frequency of contacts. The networks provide mostly emotional (M = 2.64) and informative support (M = 2.37). Regarding its composition, 43.7% of the elderly have an exclusively family network, 53.4% have networks with family members and other relational fields and only 2.8% have no relatives in their networks. The elderly whose age is between 76-85 years, married and with a large household are more likely to belong to exclusively family networks. Younger and divorced elderly tend to belong to more diverse networks, as women and individuals unmarried and without offspring are more likely to do not have family bounds in their networks, with a higher proportion of friends and neighbors. Exclusively family networks are associated with greater perception of emotional, material and instrumental support, social company and reciprocal support. Networks with family and other fields are characterized by having more elements and a greater geographical spread. The social networks without family are smaller and are usually homogeneous for female gender and age, in the elderly group. Conclusions: The role of families in providing informational support is clear. However, it will be essential to enhance the diversification and maintain ties that promote access to new contacts throughout our entire life, to ensure a diversified social network that will be effective in bonds and resources that complement the needs and encourages the well-being of the elderly.