997 resultados para formulação de mingau
Resumo:
O conhecimento da composição química dos alimentos é fundamental para se avaliarem a disponibilidade de nutrientes e o seu consumo por populações. Neste trabalho, o pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) foi caracterizado pela composição centesimal e pela presença de compostos bioativos na polpa e na amêndoa. Os dados do perfil lipídico mostram alto teor de lípides tanto na polpa quanto na amêndoa, destacando-se nos mesmos a presença dos ácidos graxos insaturados, predominando o ácido oléico como principal componente entre os ácidos graxos. Foi observada também a relação entre os elevados teores de ácidos graxos insaturados com os compostos fenólicos e carotenóides presentes, tendo a polpa quantidades mais expressivas dessas substâncias quando comparada à amêndoa, além de conter uma quantidade superior de fibra alimentar. Os resultados obtidos abrem a perspectiva de se utilizar o pequi como fruto que apresenta, na sua composição, compostos importantes para a formulação de uma dieta saudável.
Resumo:
O trabalho teve o objetivo avaliar o crescimento de mudas de mamoeiro do grupo Solo, sob diferentes doses dos fertilizantes naturais bokashi e pó de algas marinhas (Lithothamnium sp). O substrato utilizado foi a mistura de terra, areia e composto orgânico (3:2:1, v/v). Os tratamentos consistiram de quatro doses do fertilizante bokashi (0; 3; 6; 10%, v/v) e quatro doses do fertilizante lithothamnium (0; 3; 6; 10 g L-1), adicionados ao substrato, antes do enchimento das sacolas. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos inteiramente casualizados, em esquema fatorial 4x4, com quatro repetições e cinco plantas por parcela experimental. Foram realizadas avaliações aos 15; 30; 60 e 100 dias após a semeadura, sendo elas: emergência (%), número de folhas, comprimento da parte aérea e da raiz (cm), massa seca da parte aérea, da raiz e total (mg). Houve interação significativa dos fatores testados para o comprimento da parte aérea, aos sessenta e cem dias após a semeadura; efeito isolado do bokashi para todas as variáveis analisadas, exceto na emergência, comprimento da parte aérea e número de folhas aos trinta dias após a semeadura. O uso conjugado dos fertilizantes mostrou efeito positivo na precocidade e altura da planta, podendo ser recomendado na formulação de substratos para a produção de mudas de mamoeiro do grupo Solo.
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Na atividade de preparo de caldas no tanque do turbopulverizador, há risco de intoxicação do trabalhador devido à exposição, à toxicidade e à concentração do ingrediente ativo tóxico na formulação. Objetivou-se quantificar as exposições dérmicas e respiratórias diárias às dez formulações líquidas de agrotóxicos registradas para a cultura da goiaba, na atividade de abastecimento de dez tanques de 2.000L do turbopulverizador, e a distribuição da exposição dérmica nas partes do corpo do trabalhador, avaliar a eficiência de dois conjuntos de vestimentas hidrorrepelentes, classificar as três condições de trabalho em seguras ou inseguras, e determinar as necessidades de controle das exposições e o número de preparos de caldas seguros. A exposição dérmica na atividade de preparo de caldas é de 13,35 mL de formulação/dia, e a respiratória, de 0, 000153 mL. Nesta atividade de preparo de caldas, as mãos do trabalhador são as partes do corpo mais expostas, com 70,6% da exposição dérmica. A eficiência do conjunto Agro Light, da empresa R&B, é de 92,8 % da exposição dérmica diária do preparador de caldas, e do Kit Tratorizado, da Azeredo, 94,2 %. As exposições dérmicas não controladas pelos conjuntos de proteção individual distribuem-se nas diversas partes do corpo do trabalhador. As atividades de preparo de caldas com as dez formulações líquidas de agrotóxicos registrados na cultura de goiaba são inseguras para o trabalhador. Com as vestimentas de proteção individual, apenas a atividade de preparo de caldas com o inseticida PROVADO (200 g de imidacloprido/L) é segura. Para as condições de trabalho inseguras, as necessidades de controle das exposições variam de 73,8 a 100% (sem proteção), de 26,9 a 99,7% (Agro Light) e de 9,4 a 99,6% (Kit tratorizado). O número de preparo de caldas seguro é de 0 tanques/dia sem proteção, de 0 a 5 ou 7 (Agro Light) ou a 7, 6 ou 9 (Kit Tratorizado).
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Dentre os frutos do Cerrado, destaca-se o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), que é constituído por aproximadamente 80% de casca, que é desprezada; no entanto, apresenta potencial de utilização em várias aplicações. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das variáveis concentração de ácido cítrico, temperatura e tempo de extração sobre o rendimento e o grau de esterificação da pectina extraída da casca de pequi e compará-la com a pectina cítrica comercial aplicada na formulação de geleia light. Obtiveram-se rendimentos de pectina entre 14,89 e 55,86 g.100g-1. A pectina obtida da casca de pequi caracterizou-se por apresentar baixo grau de esterificação (11,79-48,87%). A geleia light elaborada a partir da pectina da casca de pequi, extraída à temperatura de 84ºC por 92 minutos, na presença de 2% de ácido cítrico, obteve boa aceitação por parte dos provadores, alcançando escores médios acima de 7,0, diferindo da geleia produzida com pectina cítrica comercial apenas na aparência. Conclui-se que é viável utilizar a pectina da casca de pequi como ingrediente para formulação de geleia light de manga.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de esterco de galinha associadas ao adubo superfosfato simples, em substituição à formulação empregada no norte do Espírito Santo, na produção de mudas de mamoeiro 'THB'. O experimento foi realizado no viveiro agrícola, na Empresa Caliman Agrícola S.A., no município de Linhares-ES. Adotou-se o delineamento estatístico em blocos casualizados, em esquema fatorial 5x5, com 5 doses de superfosfato simples (0; 5; 10; 15 e 20 kg m-3) e 5 doses de esterco de galinha (0; 10; 20; 30 e 40 % v/vt), além de uma testemunha adicional, constituída da mistura-padrão utilizada na região com o adubo Basacote mini 3M®, fórmula NPK (mg) 13-06-16 (1,4), com micronutrientes (10% S, 0,05% Cu, 0,26% Mn e 0,015% Mo) na dosagem de 10 kg m-3, com 4 repetições. O substrato utilizado foi o Bioplant®. Para comparação, avaliaram-se a % de emergência, o índice de velocidade de emergência, o tempo médio de emergência, o índice de teor de clorofila, altura, diâmetro do coleto, número de folhas, comprimento da raiz, massa seca de raízes e de parte aérea das plântulas. Conclui-se que o tratamento-padrão com substrato Bioplant®, associado ao fertilizante Basocote®, apresentou-se como o melhor para a produção de mudas do mamoeiro 'THB', desaconselhando-se o uso do esterco de galinha na mistura com substrato. A aplicação do fertilizante superfosfato simples não melhorou a qualidade das mudas em relação ao padrão.
Resumo:
Foram elaboradas quatro formulações de geleia com as seguintes proporções de mamão (Carica papaya) (M) e araçá-boi (Eugenia stipitata) (AB): F1 (70% M: 30% AB), F2 (60% M: 40% AB), F3 (40%M : 60% AB) e F4 (30% M : 70% AB). Todas as formulações apresentaram proporção final de polpa e açúcar de 1:1, com 0,5% de pectina e teor de 65% de sólidos solúveis. As geleias foram analisadas quanto às características físico-químicas e sensoriais (teste de aceitação e preferência). O teste de aceitação foi realizado por 50 consumidores, por meio de escala hedônica de 7 pontos, avaliando-se os atributos: aparência, cor, aroma, sabor e textura. A acidez titulável variou entre 0,77 e 1,72 g de ácido cítrico100 g-1, estando dentro da faixa de acidez determinada para diferentes geleias de frutas. O teor de açúcares redutores foi mais elevado na formulação F4. As formulações apresentaram índice de aceitação acima de 90% para os atributos aparência, cor, aroma e textura. As formulações F1 e F2, com menores concentrações de araçá-boi, apresentaram maior aceitação para os atributos sensoriais cor e sabor. Entretanto, a formulação F1 apresentou elevada intenção de compra e foi considerada pelo mapa de preferência interno a mais aceita para todos os atributos avaliados, sendo, portanto, a mais adequada para a industrialização e consumo.
Resumo:
Informações a respeito das características químicas e do valor nutritivo dos frutos do cerrado são ferramentas básicas para a avaliação do consumo e para a formulação de novos produtos. No entanto, poucos dados estão disponíveis na literatura especializada com relação à composição química destes frutos e sua aplicação tecnológica, ressaltando a necessidade de pesquisas científicas sobre o assunto. Realizou-se o presente estudo com o objetivo de caracterizar físico-quimicamente e determinar a atividade antioxidante in vitro, pelo método DPPH, da cagaita (Eugenia dysenterica), cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile), chichá (Sterculia striata Naud.), jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa Mart.) e macaúba (Acrocomia aculeata Mart.). Os frutos foram colhidos na EMBRAPA - MEIO NORTE - PI, e na Cidade de Corrente-PI. Analisaram-se as características físicas (peso, comprimento e diâmetro), químicas (umidade, cinzas, lipídeos, proteínas, carboidratos), Valor Energético Total (VET), conteúdo de compostos fenólicos totais, flavonoides, antocianinas, β-caroteno, licopeno, vitamina C e atividade antioxidante pelo método DPPH. As amostras foram analisadas em dois lotes, e cada análise, em triplicata. Para a análise dos dados, foi elaborado um banco de dados, utilizando-se do programa estatístico EPI INFO, versão 6.04b, e o programa EXCEL. Os resultados obtidos para os compostos bioativos estudados demonstraram que todos os frutos apresentaram quantidade elevada de vitamina C (mg/100g), destacando-se o cajuzinho-do-cerrado (500). Os frutos que apresentaram maior capacidade antioxidante, expressos em capacidade de reduzir em 50% a atividade do radical livre DPPH (EC50mg/L), foram cagaita (Eugenia dysenterica Dc.) e cajuzinho-do-cerrado (Anacardium humile). Concluiu-se, portanto, que os frutos pesquisados apresentaram bom valor nutritivo, um elevado conteúdo de compostos bioativos e demonstraram atividade antioxidante.
Resumo:
Avaliou-se a estabilidade de um molho de pequi durante 300 dias, armazenado à temperatura ambiente (24 ± 2 º C). O fluxograma de elaboração do molho de pequi teve as seguintes etapas: matéria-prima, seleção e lavagem, sanificação, lavagem, descascamento, seleção, cozimento, despolpamento, formulação, tratamento térmico, homogeneização, envase e armazenamento. Foi adotado o delineamento inteiramente casualizado, com 3 repetições, sendo que os 6 períodos de armazenamento (0; 60; 120; 180; 240 e 300 dias) constituíram os tratamentos. Os resultados das avaliações das características de qualidade foram submetidos a análises de variância e regressão. Os dados da análise sensorial foram analisados de acordo com a distribuição de frequências. A formulação na proporção de 1:1:1 (polpa + água + ácido acético - vinagre), aliada à adição de sorbato de potássio e tratamento térmico, foi eficaz na manutenção da estabilidade das características de qualidade de molho de pequi por, pelo menos, 300 dias de armazenamento à temperatura ambiente. A aparência e o sabor foram os atributos de melhor aceitação do molho de pequi que também obteve índice satisfatório de intenção de compra. O molho de pequi apresentou condições microbiológicas em conformidade com o estabelecido pela legislação, demonstrando que o processamento efetuado foi efetivo no controle dos microrganismos deteriorantes e patogênicos.
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Objetivou-se desenvolver geleia tradicional de umbu-cajá, caracterizá-la quanto a parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e sensoriais, e avaliar sua estabilidade durante o armazenamento por seis meses em condições ambientais. Para processamento, foram utilizados 44% de polpa diluída de umbu-cajá, 1% de pectina de alto teor de metoxilação (ATM) e 55% de açúcar cristal. A formulação foi submetida à cocção em tacho aberto de aço inoxidável até teor de sólidos solúveis totais de cerca de 68 ªBrix. A geleia foi envasada em recipientes de vidros transparentes, caracterizada e estocada em temperatura e umidade relativa médias de 23,25 ºC e 81%, respectivamente, com acompanhamento por meio de análises físicas e químicas a cada 30 dias de armazenamento. Os resultados da caracterização química evidenciaram produto com elevado teor de carboidratos, baixos conteúdos de cinzas e proteínas e valor calórico de 256 kcal/100g. Não foi verificado contagem dos microorganismos pesquisados (bolores e leveduras, coliformes totais e termotolerantes, Staphylococcus, bactérias mesófilas e Salmonella). Constatou-se alta aceitabilidade, com índices de aceitação superiores a 70% para todos os atributos sensoriais investigados (cor, aparência, aroma, consistência, sabor, doçura e impressão global) e intenção de compra de 67,5%, indicando potencial para industrialização e comercialização. O armazenamento promoveu aumento significativo nos valores de pH, sólidos solúveis totais (SST), relação SST/ATT e firmeza e reduções significativas na acidez total titulável (ATT), atividade de água, luminosidade, intensidades de vermelho e amarelo, croma, ângulo de tonalidade, extrusão e adesividade. Constatou-se tendência à estabilidade dos valores de umidade e de sólidos totais. O processamento do umbu-cajá para elaboração de geleia mostrou-se viável, apresentando-se como mais uma opção de renda para pequenos produtores do semiárido brasileiro.
Resumo:
A aplicação de coberturas comestíveis em frutas e hortaliças deve ser precedida de testes que busquem a formulação que melhor se adapta àquele produto. O objetivo deste trabalho foi determinar a composição ideal da cobertura comestível à base de cera de carnaúba adicionada de prebiótico a ser aplicada em uvas variedade Thompson, armazenadas sob refrigeração. Após a seleção, os frutos foram higienizados e procedeu-se à aplicação de soluções aquosas de cera de carnaúba adicionadas de Fruto-oligossacarídeo (FOS). Foram testadas treze formulações, utilizando as combinações de 50; 33; 25 e 0% (v/v) de cera de carnaúba e 30; 20; 10 e 0% do FOS (p/v). Durante 25 dias, foram avaliados parâmetros de textura, físicoquímicos e físicos. Os parâmetros de textura avaliados sofreram alterações durante o período do estudo, mas sem evidências de terem sofrido interferência das coberturas aplicadas. As formulações que se mostraram mais promissoras para futuras aplicações comerciais foram dos tratamentos B (50% de cera, 20% de FOS), K (25% de cera, 10% de FOS) e L (25% de cera, 0% de FOS).
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RESUMO A atemoia desperta cada vez mais interesse devido ao seu aroma, sabor e valor de mercado. Porém, como a maioria das frutas, é bastante perecível, fazendo-se necessária a aplicação de métodos de conservação, a exemplo da secagem por aspersão, que prolonga a vida de prateleira, reduz a atividade de água e obtém como produto final o alimento em pó. Com isso, o objetivo deste trabalho foi desidratar a formulação elaborada com 50% de polpa de atemoia + 50% de água destilada, adicionada de 25% de maltodextrina em secador por aspersão, com temperatura de entrada do ar de 180 oC, vazão de alimentação da bomba de 0,5 L h-1, pressão do ar de 30 kgf cm-2 e bico aspersor de 1,2 mm de diâmetro. Como produto final, foram obtidas duas amostras em pó, uma coletada na câmara de secagem e outra no ciclone, sendo estas caracterizadas física, físico-químicamente e morfologicamente. Os dados experimentais foram analisados por delineamento inteiramente casualizado. Avaliando-se os resultados, observa-se que a cor da amostra em pó coletada na câmara de secagem foi mais escura do que a do ciclone; as amostras de atemoia em pó, coletadas na câmara de secagem, apresentaram maior teor de água, pH, ácido ascórbico, cinzas, açúcares redutores e proteínas em relação às amostras em pó coletadas no ciclone e menor atividade de água, densidade absoluta e aparente; além disso, o pó da câmara de secagem é mais solúvel, apresenta maior porosidade e partículas maiores do que o pó do ciclone, e ambas formaram aglomerados.
Resumo:
Avaliou-se a eficiência de Trichoderma longibranchiatum (UFV-1), de T. inhamatum (UFV-2 e UFV-3), compostos de casca e folhas de eucalipto contra Rhizoctonia spp., aplicados em solo de jardim clonal de eucalipto (Eucalyptus sp.). Em solos artificialmente infestados com Rhizoctonia spp., sob condições controladas, os antagonistas UFV-2 e UFV-3 apresentaram níveis elevados de supressividade, quando se aumentou a fonte alimentar na formulação, de 5 a 50 g de farelo de trigo por litro. No campo, o antagonista UFV-3 não teve efeito significativo na redução do inóculo de Rhizoctonia spp. Compostos de casca de eucalipto apresentaram diferentes graus de supressão a Rhizoctonia spp., dependendo da origem e do lote do composto. A incorporação de folhas de eucalipto ao solo favoreceu o aumento do inóculo de Rhizoctonia spp.
Resumo:
Testou-se um novo sistema para o encapsulamento de Trichoderma inhamatum em grânulos de alginato de sódio, visando o controle biológico de Rhizoctonia solani, agente etiológico da mela de estacas/miniestacas de Eucalyptus spp. para enraizamento. No novo sistema idealizado, foi utilizado um aparato simples capaz de substituir eficientemente o equipamento (Bomba Peristáltica) anteriormente utilizado, sendo possível aumentar a produção de 594 grânulos/min para aproximadamente 6.734 grânulos/min. Com este novo sistema, um isolado de T. inhamatum (UFV – 03) foi encapsulado em grânulos contendo as fontes alimentares: farelo de trigo, palha de arroz, farelo de aveia, folhas de eucalipto ou farelo de milho na concentração de 50 g/l. Na segunda etapa, a melhor fonte alimentar foi testada nas concentrações de 0 a 60 g/l. Os grânulos foram veiculados em substrato de enraizamento de eucalipto na concentração de 2% (p/p) inoculado com micélio triturado de R. solani (2 mg/g de substrato) e a atividade saprofítica do patógeno foi quantificada por meio do método de iscas. Posteriormente, os grânulos produzidos com a fonte alimentar e concentração que promoveram maior inibição do desenvolvimento de R. solani foram utilizados para determinar o tempo mínimo de pré-incubação e competição para supressão do patógeno, com a mesma metodologia. Observou-se aumento da supressão da atividade saprofítica de R. solani ao acréscimo de uma fonte alimentar. Daquelas testadas, farelo de trigo foi a melhor. Além disso, houve interação significativa e positiva ao aumento de sua concentração na formulação.
Resumo:
Foi investigada a eficácia comparativa da pulverização foliar em tomateiro de acibenzolar-S-metil (ASM) e Ecolife® na proteção contra Xanthomonas vesicatoria, bem como avaliada a ativação de algumas respostas bioquímicas de defesa de planta. Plantas de tomateiro cv. Santa Cruz Kada foram pulverizadas com acibenzolar S-metil (0,2 g l-1 ASM) e uma formulação natural proveniente de biomassa cítrica denominada Ecolife® (5 ml l-1). Quatro dias após as pulverizações, as plantas foram inoculadas com um isolado patogênico de Xanthomonas vesicatoria. Em experimentos de quantificação de doença, a pulverização foliar de Ecolife® e ASM conferiu 39,2% e 47,7% de proteção, respectivamente. A resistência induzida em plantas pulverizadas com ASM e Ecolife® foi evidenciada pelo aumento da atividade de peroxidases (POX) e oxidases de polifenóis (PPO), iniciado logo às primeiras horas após as pulverizações, continuando até 12 dias de avaliação. A despeito da tendência de queda nas atividades de amônia-liases de fenilalanina (PAL) a partir de 3 dias após as pulverizações, plantas tratadas com ASM e Ecolife® tiveram discreto aumento no acúmulo de lignina, principalmente aquelas pulverizadas com Ecolife® e inoculadas com X. vesicatoria. Teores de fenóis solúveis totais decresceram significativamente, 9 e 12 dias após pulverizações. O aumento nas atividades de POX e PPO poderia resultar em lignificação, a qual estaria associada a uma estratégia de defesa do tomateiro contra a mancha bacteriana.
Resumo:
Uma formulação natural (VLAF) obtida da extração aquosa a frio de pó de tecido necrótico de lobeira (Solanum lycocarpum), infectado por Crinipellis perniciosa (Stahel) Singer, promoveu redução significativa no progresso da mancha foliar bacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria), quando previamente pulverizado em folhas de tomateiro. Duas frações obtidas por precipitação salina, F0/30 e F30/60, apresentaram a maior parte das proteínas do extrato VLAF e foram submetidas à cromatografia de troca catiônica para separação das proteínas contidas nas frações. Os picos não retidos dessa cromatografia foram então submetidos à cromatografia de troca aniônica. Todos os picos, retidos e não retidos das duas cromatografias, foram amostrados e pulverizados sobre plantas de tomate cv. Santa Cruz Kada. Respostas diferenciais de atividade de peroxidases foram obtidas 14 horas após pulverizações. As amostras que induziram os maiores aumentos na atividade de peroxidases nas plantas foram o pico retido em CM-celulose da F0/30 (F0-30CMR) e o pico retido em DEAE-celulose da F30/60 (F30-60DEAER). Os resultados deste estudo indicaram a viabilidade da purificação e da caracterização de proteínas ou carboidratos eliciadores provenientes de VLAF.