949 resultados para Finale, Emilia, castello, biblioteca, centro, civico, terremoto


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Apoiados nos ensinamentos de Sigmund Freud e de Jacques Lacan, partimos de um pressuposto: as obras concebidas por Clarice Lispector no intervalo de tempo entre 1964 e 1973 colocam em evidncia a operao que inscreve o ser falante no campo da linguagem. Talvez por isso, nesse contexto, seja possvel perceber a consolidao de uma mudana em seu estilo, considerando que, de acordo com uma determinada vertente da crtica literria, existem pelo menos dois ciclos estilsticos ao analisarmos o conjunto da obra da escritora. Esses dois ciclos so determinados quando se opera uma toro na voz narrativa, que se desloca da terceira para a primeira pessoa. Essa toro tem como marco o livro A Paixo Segundo G.H. e se consolida em 1973, com o livro gua Viva. Supomos que a mudana no estilo de Clarice Lispector corresponde toro que engaja o ser falante nas vicissitudes do corpo, em sua origem. Assim, por povoar o mundo dos afetos que a repercusso de determinadas leituras nos leva seguinte constatao: haveria escritos cuja temporalidade remonta suspenso da fantasia, motivo pelo qual se prestam a transmitir o real da experincia de uma primeira inscrio, por via do encontro entre leitor e texto. Tratar-se-iam de escritos cuja temporalidade remete ao instante em que a morte se inscreve nas malhas corporais, resultantes do que escapa ao simblico, o real. Na intimidade do pulsional, tais prticas testemunham o momento em que a lngua materna (Lalangue) faz marca no corpo, desembocando no tempo da inscrio do trao unrio; o que permite ao sujeito falar, fazendo frente, por via de uma nomeao, falta de um significante no campo do Outro, . No decorrer do presente trabalho, vimos que Lacan, ao entrelaar saber inconsciente e poesia, assim o fez na tentativa de transmitir a fugacidade de um instante no qual o inconsciente aflora. Ao se colocar no lugar de agente da poesia, Lacan levado a especificar a verdade como sendo potica, situando a poesia como fundamentalmente ligada ao seu estilo e transmissibilidade da psicanlise. Com Clarice Lispector, algo se transmite. E foi com ela que retomamos importantes textos de Jacques Lacan sobre o tema da escrita, dentre os quais, a lio sobre Lituraterra e o seminrio Le sinthome. Acompanhamos o seu percurso a respeito do trao unrio, desde o seminrio da identificao, deixando-nos interrogar sobre a potncia de uma imagem que est para alm do que representvel. Por isso, ao final de nosso trabalho, enfatizamos o estatuto de uma escrita que se produz por via de um ato que conjuga o trao unrio ao objeto a em sua vertente olhar.

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Desde 2001, intensificaram-se, no Brasil, as discusses sobre a formao de professores. A Resoluo CNE/CP n 1 de 2002 institui novas diretrizes para os cursos de licenciatura em nvel superior, rompendo com o conceito de currculos mnimos, assim como prope a LDB de 1996. No cerne da proposta de reforma das licenciaturas, est o aumento da carga horria destinada formao profissional do docente, fundamentado na reflexo sobre a prtica no apenas restrita ao momento do estgio supervisionado, mas tambm como componente curricular. As instituies de ensino superior (IES), por sua parte, precisam cumprir as exigncias da lei, reformulando seus currculos e definindo seus posicionamentos diante da necessidade de repensar seus estgios e incluir as mencionadas prticas como componente curricular (PCC). Eis o contexto em que esta pesquisa se desenvolve, buscando discutir, a partir de escolhas curriculares, os dilogos e as produes de sentido sobre formao de professores de espanhol para atuar na educao bsica, no contexto especfico das universidades pblicas do Rio de Janeiro que passaram pelo processo de reforma dos cursos de Licenciatura em Letras Portugus-Espanhol (UERJ, UFF e UFRJ). A perspectiva terica adotada a anlise do discurso (MAINGUENEAU, 1997, 2005, 2008) e tambm as contribuies dos estudos da enunciao (BENVENISTE, 1989, 1995), a partir dos quais se permite uma reflexo do corpus de anlise como enunciados sobre formao de professor sustentados por sujeitos institucionais em contextos especficos e que se materializam a partir de gneros de discurso (BAKTHIN, 2000). Consideram-se, tambm, as contribuies de Foucault (2003, 2009, 2012) quanto compreenso de que a formao docente em cada IES se d em meio a relaes de poder que participam da produo de verdades sobre o que a prpria atividade de formar professor. Os estudos da ergologia (SCHWARTZ, 2002; TRINQUET, 2010) tambm participam da fundamentao da pesquisa, destacando a distncia existente entre a prescrio e a atividade de trabalho, o que contribui para a compreenso de que h documentos que prescrevem o trabalho de formao, mas no o impossibilitam de se modificar de acordo com a situao. As anlises se realizam em duas etapas: primeiro, a observao das modificaes em fluxogramas acadmicos que, por meio de marcas verbais e no verbais, citam e se apropriam das propostas de lei; segundo, a observao de ementas de PCC e estgio, considerando suas referncias aos campos da teoria e da prtica, a partir do emprego de nominalizaes (OLMPIO, 2006; PACHI FILHO, 2008). Em sntese, o resultado das anlises mostra que houve diferentes estabilizaes no que se refere s PCCs e aos estgios, contudo, em geral, notou-se que as unidades bsicas de formao (Instituto/Faculdade de Letras) ainda so sustentadas por discursividades que valorizam a formao para o beletrismo, apresentando certa resistncia incorporao e reformulao sustentada por discursividades que valorizam a profissionalizao docente

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Esta dissertao parte integrante da linha de pesquisa Currculo: sujeitos, conhecimentos e cultura e do grupo de pesquisa Currculo, cultura e diferena coordenado pela professora doutora Elizabeth Fernandes de Macedo. Em minha pesquisa, investiguei os currculos destinados s Salas de Leitura, espaos destinados promoo de leitura existentes nas escolas regulares do Municpio do Rio de Janeiro desde 1985. A partir de anlise de documentos curriculares que orientam este programa e do contato com professores que l atuam ou atuaram, a presente pesquisa visou buscar uma melhor compreenso do que hoje o programa Sala de Leitura. Para tanto, busquei retratar como estas Salas de Leitura nasceram nos Centro Integrados de Educao Pblica (CIEP), como se expandiu a toda Rede Municipal de Ensino e como se apresentam no Ncleo Curricular Bsico Multieducao (proposta curricular que esteve vigente na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro de 1996 a 2009). Para ento entender e retratar os movimentos de sua construo, a pesquisa foi organizada com base na anlise documental das resolues e portarias que a Sala de Leitura recebeu ao longo de sua histria. Neste sentido, voltei minha ateno para algumas das mudanas pelas quais as Salas de Leitura passaram, buscando a partir dos documentos citados, investigar tais modificaes a fim de evidenciar as articulaes polticas que a constituram e como tais modificaes mexeram e mexem nas atuaes docentes que modelam estes mesmos espaos. A partir do que foi pesquisado, busquei ento enunciar a produo e vivncia dos currculos da Sala de Leitura. Embasada em discusses ps-estruturais do campo do currculo, interpretei e analisei tais currculos enquanto criaes e enunciaes contnuas de sentidos. Com esta perspectiva, operei com a idia de um currculo que se constitui continuamente, o que possibilitou a problematizao acerca da to cara dicotomia currculo vivido e escrito, que embora parea uma distino superada, esta se fez presente nos cotidianos escolares com os quais tive contato durante a pesquisa de campo. Aps a discusso terica e anlise dos currculos que norteiam o funcionamento da Sala de Leitura, optei por entrevistar atores envolvidos com tal espao a fim de entender suas leituras a cerca dos movimentos vivenciados em sua constituio. Neste sentido, realizei observao em uma Sala de Leitura por quase dois anos, com o intuito de estar presente em tal universo. Em meio a tantas vivncias e experincias que modificaram e nortearam a escrita desta dissertao, trago por fim os dados da empiria que sustentam minhas anlises e que evidenciam que os docentes da Sala de Leitura, ainda que no reconheam, produzem currculos outros para alm dos currculos prontos que chegam s suas salas de aula.

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O presente trabalho apresentado ao Programa de Ps-Graduao em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no Curso de Doutorado Interinstitucional (DINTER) realizado em parceria com a Universidade Federal do Maranho (UFMA), teve como proposta pesquisar a viso dos atores sociais envolvidos diretamente com a medida socioeducativa de internao no Maranho. O objetivo da pesquisa foi identificar a viso dos atores sociais sobre aspectos relacionados ao processo de aplicao, execuo e cumprimento da medida socioeducativa de privao de liberdade. Com o propsito de compreender a percepo das pessoas que atuam nas trs etapas da medida socioeducativa de internao, realizou-se uma pesquisa de campo com trs grupos sendo que, cada grupo foi representado por indivduos que estavam vinculados a cada uma das etapas da referida medida. Os dados foram coletados por intermdio de entrevistas com os respectivos sujeitos, utilizando-se como apoio um roteiro semiestruturado, elaborado em consonncia com os objetivos da pesquisa. Para categorizao, dimensionamento e anlise dos dados e dos registros do dirio de campo utilizou-se a tcnica de Anlise de Contedo. Os resultados alcanados com a pesquisa proporcionam subsdios para uma reflexo sobre o processo e as condies em que se do a execuo e o cumprimento da medida socioeducativa de internao no Centro da Juventude Esperana (CJE) da Fundao da Criana e do Adolescente (FUNAC) no Maranho (MA). Os resultados da pesquisa apontam para uma incongruncia entre o que estabelece a Lei n 8.069/1990, que instituiu o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), o que preconiza o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e o que, de fato tem sido efetivado pela unidade (CJE) de internao e execuo da medida de privao de liberdade. Alm destas questes, os resultados da pesquisa tambm indicam que o Sistema de Garantias de Direitos da Criana e do Adolescente (SGDCA), no Maranho no vem funcionando em conformidade com os princpios e diretrizes previstos pelo ECA, cujo objetivo principal da medida socioeducativa de internao, abrangendo aspectos educativos, formativos e sociais, no estaria acontecendo no Estado do Maranho.

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A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar as representaes sociais da hierarquia construdas pelos militares da FAB, considerando suas segmentaes em termos dos crculos de oficiais e graduados, dos respectivos processos de formao, dos sexos de seus componentes e dos estgios, se formados ou em formao, em que se encontram. A fundamentao terica discorre sobre a hierarquia, princpio geral das instituies militares, previsto por lei e regulador do comportamento militar, conforme prev o Estatuto dos Militares (BRASIL, 1980); a respeito do poder, na perspectiva de Max Weber (1999) que trata a obedincia, a partir da autoridade de uma pessoa sobre outras, e de acordo com Amitai Etzioni (1974), que entende o poder como a capacidade que uma pessoa tem de induzir outra a seguir suas orientaes. Apresenta ainda a Teoria das Representaes Sociais, proposta por Serge Moscovici (1961), para quem as representaes sociais servem de instrumento de leitura da realidade, e a partir da abordagem estrutural, proposta por Jean-Claude Abric (1976), segundo a qual a representao social composta pelo sistema central, constitudo pelo ncleo central, e pelo sistema perifrico, formado por elementos perifricos. A amostra foi composta por 600 militares, oriundos das escolas de formao de oficiais e de graduados, do mbito do Comando da Aeronutica (COMAER): Academia da Fora Area (AFA), cuja finalidade a formao dos Oficiais da Ativa dos quadros de Aviao, de Intendncia e de Infantaria, a Escola de Especialistas da Aeronutica (EEAR), responsvel pela formao e pelo aperfeioamento dos graduados e o Centro de Instruo Especializada da Aeronutica (CIEAR), responsvel pela capacitao de oficiais e graduados em reas afins sua especializao. A coleta de dados foi realizada por meio da tcnica de evocao livre ao termo indutor hierarquia, da aplicao do questionrio de caracterizao e do questionrio geral, composto por questes abertas e fechadas. As evocaes foram processadas pelo software EVOC, desenvolvido por Pierre Vergs (2005), as questes fechadas receberam o processamento com o auxlio do software SPSS e as questes abertas sofreram uma categorizao para o refinamento das anlises. Os resultados encontrados nas comparaes do contedo temtico e da estrutura das representaes sociais entre os diferentes segmentos permitem afirmar que os temas respeito e disciplina so os provveis elementos centrais da hierarquia para o conjunto dos 600 militares pesquisados e caracterizam a base comum e consensual compartilhada na caserna. A hierarquia, norteada por um conjunto de regras que regula e assegura a disciplina e o respeito, direciona o comportamento dos militares, durante a formao e no decorrer da carreira. Da anlise, conclui-se que os diferentes segmentos de militares da FAB possuem a mesma representao social de hierarquia.

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Esta tese tem como objeto o processo de redefinio da categoria diagnstica infeco/doena Toxoplasmose. um estudo qualitativo, inserido no campo science studies, de abordagem crtica reformista e de natureza emprico-analtica. Vincula-se linha de pesquisa intitulada Instituies, saberes e prticas em sade e ao projeto Os mdicos e a cincia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. As unidades de anlise foram: 1) Agentes envolvidos na produo do conhecimento cientfico em nvel local; 2) Documentos normativos locais; 3) Documentos normativos nacionais e internacionais; 4) Instituio: Laboratrio Reconhecer do Centro de Biocincias e Biotecnologia (CBB), da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF/Darcy Ribeiro). Como tcnicas de pesquisa foram utilizadas a observao etnogrfica, entrevistas e pesquisa documental da produo cientfica. Os pressupostos foram de que essa redefinio seja decorrente de uma construo (Hacking, 1999; Latour, 1997, 2000, 2001) e realizada em uma arena transepistmica (Knor-Cetina, 1981). Foram acrescidos a esses conceitos, os de referncia circulante (Latour, 2001) e os da taxonomia dos elementos dos objetos da cincia laboratorial, ou seja, os conceitos idias, marcas e coisas (Hacking, 1992). Considerando essa dinmica, as redefinies em relao a essa infeco/doena estariam em um perodo de pouca estabilizao, embora elas no se definiriam completa e eternamente pela dependncia que possuem do invlucro espao-temporal (Latour, 2001) e da referncia circulante.

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A vegetao da Ilha Grande faz parte do Bioma Floresta Atlntica, que possui altos ndices de biodiversidade e cobre amplas regies de zonas climticas e formaes vegetacionais tropicais a subtropicais. No Brasil, estende-se numa estreita faixa ao longo de quase toda a costa atlntica e interioriza-se atingindo parte da Argentina e do Paraguai. Asteraceae a terceira maior famlia em nmero de espcies na Floresta Atlntica. Assim, buscou-se conhecer a representatividade dessa famlia na Ilha Grande, objetivando contribuir com a poltica de preservao e manuteno de seus ecossistemas. Nesse contexto, promoveu-se um levantamento bibliogrfico, consultas a herbrios e excurses peridicas de coleta em campo. O material coletado foi depositado no herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Registrou-se na rea de estudo 67 espcies subordinadas a 37 gneros. Os gneros so a seguir denominados: Achyrocline (3 spp.), Adenostemma (1sp.), Ageratum (1 sp.), Austrocritonia (1 sp.), Astroeupatorium (1 sp.), Baccharis (8 spp.), Bidens (1 sp.), Blainvillea (1 sp.), Centratherum (1 sp.), Chaptalia (1 sp.), Chromolaena (3 spp.), Conyza (1 sp.), Cosmos (1 sp.), Eclipta (1 sp.), Elephantopus (2 spp.), Emilia (1 sp.), Erechtites (1 sp.), Galinsoga (1 sp.), Gamochaeta (1 sp.), Grazielia (1 sp.), Heterocondylus (2 spp.), Mikania (13 spp.), Piptocarpha (2 spp.), Pluchea (1 sp.), Praxelis (1 sp.), Pseudogynoxys (1 sp.), Pterocaulon (1 sp.), Sphagneticola (1 sp.), Sonchus (1 sp.), Steymarkina (1 sp.), Struchium (1 sp.), Synedrella (1 sp.), Tilesia (1 sp.), Tithonia (1 sp.), Trixis (1 sp.), Verbesina (1 sp.) e Vernonia (5 spp.). Estes gneros esto abrigados sob nove tribos. So citadas pela primeira vez para o Estado do Rio de Janeiro as espcies Mikania campanulata e Struchium sparganophorum.

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Os programas de transferncia de renda condicionada tornaram-se uma poltica social constante nas agendas dos mais variados pases da Amrica Latina; entre eles, o Brasil. Inicialmente classificados como um modelo de poltica de tempos neoliberais, programas como o brasileiro Bolsa Famlia apresentam, porm, caractersticas que os aproximam, cada vez mais, de polticas social-democratas, agora desenhadas para um contexto de maior escassez de recursos e de globalizao da produo. Alguns trabalhos, tais como de Esping-Andersen (2002), identificam determinados programas de transferncia como uma alternativa de poltica social para a promoo do bem-estar. Fortalecido e oficialmente lanado em 2003, o Programa Bolsa Famlia, de transferncia de renda condicionada, configurou-se como uma das principais e mais abrangentes polticas sociais do governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores, durante a presidncia de Luiz Incio Lula da Silva. No contributiva, fortalece o processo de transformao no padro de proteo social predominante no pas at os dias de hoje. Alm disso, segundo apontam estudos, uma das principais responsveis pela queda da desigualdade e aumento da renda. Esses fatores, bem como aspectos que dizem respeito a sua sustentao poltica na esfera eleitoral, evidenciam a existncia de uma agenda de poltica social prpria da centro-esquerda, a qual perdura, a despeito de uma suposta homogeneizao nas preferncias diante das limitaes fiscais.

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Esta tese tem como propsito analisar as relaes poltico-diplomticas entre Portugal e a Santa S na primeira metade do sculo XVIII, tendo como principal problemtica o corte das relaes diplomticas entre as duas cortes -, ocorrido entre 1728-1731. O episdio resultou, no nvel mais imediato, da recusa de Roma em conceder paridade a Portugal diante das outras cortes europeias, negando a ascenso do nncio apostlico Vicente Bichi, ao ttulo de cardeal. Tal poltica inseria-se em uma linguagem diplomtica tradicional, para a qual Roma permanecia o centro da cristandade e distribuidora de privilgios. A opo de D. Joo V em manter-se fiel a uma linguagem tradicional no o impediu de se apropriar e de utilizar uma linguagem moderna, expresso compartilhada pelos loci de poder setecentistas, representados pelas monarquias que se consolidavam na Frana, na Inglaterra, na ustria, na Prssia e at na Rssia, operando a partir de uma razo de Estado, a linguagem diplomtica moderna, que configurou o tabuleiro poltico europeu entre os congressos de Utrecht e de Viena. Linguagem esta que fora traduzida pelos embaixadores ou chefes de misso portugueses, o que permitiu a participao de Portugal nas grandes decises do perodo e consolidou a poltica de privilgio de D. Joo V, consagrando o monarca Fidelssimo e, consequentemente, o reino portugus numa Europa em transformao.

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O presente trabalho tem como objetivo analisar micropoliticamente a utilizao das chamadas tecnologias da informao e comunicao em um Centro de Educao Infantil e Primria (CEIP), estabelecimento da rede pblica de ensino da cidade de Barcelona, evidenciando seus desdobramentos no modo de gesto das prticas escolares e seus efeitos no processo de sade/adoecimentos dos educadores. Para isso ser considerado tanto o referencial produzido atravs do conjunto das anlises bibliogrficas sobre a temtica, como do acompanhamento das atividades realizadas no/pelo grupo de Desenvolvimento Humano, Interveno Social e Interculturalidade (DEHISI), da Universidade Autnoma de Barcelona, no referido estabelecimento. O trabalho realizado na escola a partir o projeto Shere Rom na Escola visa, para alm do fomento utilizao das novas tecnologias como mediadores do processo educacional, abordar questes evidenciadas no cotidiano escolar, como fragmentao, isolamento, dificuldades de trabalhar a diversidade e de produzir uma articulao entre a comunidade escolar: professores, alunos e responsveis e a comunidade de entorn. Se, por um lado, a introduo de computadores e softwares como dispositivos inovadores da metodologia educativa foi rapidamente assimilada pelos alunos, dificuldades foram encontradas ao considerarmos o corpo docente e de pesquisadores no tocante utilizao dos equipamentos, pela falta de dispositivos que permitam efetivamente a discusso das prticas e questes do cotidiano da escola. Neste sentido, o projeto se constitui como um desafio rumo coletivizao das aes e uma gesto participativa da escola.

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O presente estudo teve como objetivo central conhecer a composio florstica, a estrutura e a arquitetura das espcies da formao arbustiva fechada ps-praia e investigar possveis associaes com Formicivora littoralis, considerando ttica de forrageamento, construo de ninhos e abundncia da ave. F. littoralis endmica de restingas, e est ameaada de extino devido a perda acelerada de habitat. Entretanto, pouco se sabe sobre a vegetao em que ela ocorre, principalmente sobre as reas de maior abundncia da ave localizadas na formao Arbustiva Fechada Ps-praia (AFP) da Restinga da Massambaba, as quais esto inseridas em um Centro de Diversidade Vegetal (CDV) na Regio de Cabo Frio. Diante disto, este estudo foi realizado em dois trechos desta formao na Restinga da Massambaba, nos municpios de Araruama e Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Foram efetuadas 60 excurses a campo, com coletas aleatrias realizadas ao longo de toda a formao, gerao de 20 parcelas de 2x50 m (0,2ha) perpendiculares ao mar, incluindo na amostragem indivduos com DAP e DAS ≥2,5, estes, foram ainda categorizados em modelos de arquitetura de ramificao considerando nmero de ramos em dois patamares de altura (DAP e DAS). O levantamento florstico resultou em 327 coletas de 160 espcies, sendo pelo menos 12 espcies vegetais sob algum estado de ameaa, inclusive redescoberta uma Salicaceae (Casearia sessiliflora). Orchidaceae, Leguminosae e Myrtaceae foram as famlias mais ricas. Foram acrescentados 75% mais espcies na lista preliminar da AFP na Massambaba, alm de 14 novos registros para o CDV de Cabo Frio. Na estrutura e arquitetura foram analisados 906 indivduos de 58 espcies. Sendo os maiores valores de importncia de Pilosocereus arrabidae (42,30) e Chrysophyllum lucentifolium (23,45). A diversidade de Shannon foi de 3,46 e equabilidade de 0,85. A arquitetura da maior parte dos indivduos foi complexa, 58% de indivduos com mltiplas ramificaes, e as espcies apresentando variados padres de ramificao. A densidade populacional de F. littoralis na AFP foi elevada, sendo estimada em 172 ind/km2. A arquitetura da AFP tem influncia na ecologia da ave, pois ela foi generalista quanto espcie utilizada como suporte na construo de ninhos e tambm para as tticas de forrageamento, mas houve seleo de ramos finos que formavam na horizontal ngulos de at 90 de abertura para construir ninhos. Ramos finos e mais horizontais tambm foram utilizados com frequncia para as tticas de forrageamento. A abundncia de F. littoralis esteve correlacionada positivamente diversidade vegetal e negativamente altura da vegetao, caractersticas marcantes nesta formao. Alm disso, elevada taxa de vegetais com sndrome de disperso zoocrica indica a importncia desta formao na oferta de recursos alimentcios para a fauna e atrao de pequenos artrpodes, os quais fazem parte da dieta de F. littoralis.

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O estudo desenvolvido nesta Tese de Doutorado trata da anlise crtica da esttica dos conceitos: forma, tectnica, funcionalidade, semitica e afetuosidade, no mbito da arquitetura, no programa de museus de arte contempornea e centros culturais. Os museus de arte contempornea e centros culturais, estudos de caso, selecionados para nossa Tese de Doutorado foram inaugurados na dcada de 1990. Como segue: Centro Cultural Jean-Marie Tijibaou (Nova Calednia, Frana), de Renzo Piano; Museu de Arte Contempornea de Naoshima (Japo), de Tadao Ando; Museu Guggenheim Bilbao (Espanha), de Frank O. Gehry; Museu de Arte Contempornea Fundao Serralves (Portugal), de lvaro Siza Vieira; Museu de Arte Contempornea de Niteri (Brasil), de Oscar Niemeyer; Fundaci Museu d'Art Contemporani de Barcelona (Espanha), de Richard Meier; Museu de Arte Contempornea Carr d'Art de Nimes (Frana), de Norman Foster; Museu de Arte Contempornea de Lyon (Frana), de Renzo Piano; Centro Cultural Consonni (Espanha), ausncia de um arquiteto autor do projeto. Tanto os estudos de caso como os arquitetos, autores dos projetos, so considerados de destaque no panorama da arquitetura internacional erudita contempornea. Os tericos que forneceram a fundamentao conceitual deste estudo multidisciplinar so, em primeiro lugar, o Professor Catedrtico Luiz Felipe Bata Neves Flores (Transdisciplinaridade) alm da Professora Catedrtica Maria Luisa Amigo Fernndez de Arroyabe (cio Esttico) e ainda, os tambm importantes, Manuel Cuenca Cabeza (cio Humanista), Charles Jencks e Gonalo Miguel Furtado Cardoso Lopes (Crtica de Arquitetura), Jess Pedro Lorente, Chris van Uffelen e Roberto Segre (Museus de Arte Contempornea).

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O presente estudo teve por objetivo analisar o processo de fechamento da Casa de Sade Dr. Eiras- Paracambi, uma clnica psiquitrica privada que esteve em processo de fechamento por 12 anos e que efetivamente foi fechada em maro de 2012. Este processo envolveu a gesto estadual de sade mental, o municpio de Paracambi, os municpios que tinham pacientes internados, o Ministrio Pblico Federal e Estadual e a rea Tcnica de Sade Mental do Ministrio da Sade. A pesquisa pretendeu analisar as respostas polticas que o municpio do Rio de Janeiro, que apresentava o maior nmero de internaes, articulou para seus muncipes que se encontravam internados nesta instituio, focando na transinstitucionalizao, ou seja, na transferncia dos pacientes da Casa de Sade Dr. Eiras-Paracambi para outras instituies de internaes psiquitricas ou clnicas. Procurou-se entender por que essa resposta foi pensada e como foi realizada por este municpio e compreender, a partir dos profissionais, como foi feita a passagem dos pacientes da Casa de Sade Dr. Eiras-Paracambi para outra instituio e quais so as perspectivas para a continuidade do acompanhamento dos casos transinstitucionalizados. A pesquisa se dividiu em duas fases, em ambas foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. A primeira fase partiu do recolhimento das falas de gestores, numa visada mais geral do processo, inclusive investigando a participao de outros municpios. A segunda fase, por sua vez, priorizou a experincia dos profissionais, que trabalham ou trabalharam mais diretamente com os pacientes transferidos no municpio do Rio de Janeiro. As instituies escolhidas para a segunda fase foram o Instituto Municipal Nise da Silveira e o Centro de Ateno Psicossocial Torquato Neto. Constatamos que alm de diferentes sentidos para desinstitucionalizao (desospitalizao; desassistncia;desconstruo; novas institucionalidades e intencionalidade do tratamento), podemos falar em vrios tipos de transinstitucionalizao: para hospital ou outro estabelecimento asilar; para estabelecimento privado ou pblico; para estabelecimento psiquitrico ou clnico. O tema da transinstitucionalizao foi abordado como um paradoxo, superando a dicotomia problema- soluo.

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A presente tese se prope descrever e analisar as relaes interpessoais entre mulheres, homens e profissionais das reas do direito, psicologia e servio social envolvidos na institucionalizao da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha (LMP), que rege hoje no Brasil os crimes de violncia domstica e familiar contra a mulher. Inicialmente apresentada uma concisa contextualizao da LMP e do campo de debate em que se insere, alm das principais mudanas introduzidas por ela em relao s antigas polticas. As controvrsias que a lei vem levantando e as modificaes sofridas em pouco tempo de existncia, apontam para as dificuldades em se estabelecer um consenso por parte dos operadores e formuladores da lei quanto percepo da violncia domstica e familiar contra a mulher como um crime e quanto a sua justa punio. No s os operadores, mas as feministas tambm se envolveram em controvrsias tericas em torno da distino entre as definies de violncia contra a mulher e de crime de violncia contra a mulher. O esforo de se avanar na anlise dessas categorias se justifica pelas dificuldades e impasses que se observam nas prticas institucionais na implementao da LMP. Essas prticas so descritas e analisadas a partir da incurso etnogrfica em dois campos. No Juizado de Violncia Domstica e Familiar contra a Mulher participei de encontros de um grupo de reflexo para homens autores de violncia, assisti audincias, entrevistei profissionais e dezoito homens envolvidos com a LMP. Os sentidos em disputa que os vrios atores sociais constroem relativos aos conflitos violentos da intimidade ali julgados e suas relaes com o exerccio da(s) masculinidade(s) so discutidos. As informaes do outro campo, um Centro de Referncia da Mulher, provm das observaes de cenas do cotidiano institucional, do acompanhamento de atendimentos s usurias, da participao em grupos de reflexo para as mulheres vtimas de violncia e de entrevistas com duas profissionais e dezessete mulheres. enfatizado o carter de interveno pedaggica das instituies que objetivam promover mudanas em caracteres considerados como de gnero de homens (a agressividade) e mulheres (a passividade) que estariam influenciando o engendramento e manuteno das violncias. Nas entrevistas ressaltado o que ecoa, corrobora, complementa, destoa ou mesmo mostra novos ngulos do que apreendido nos grupos (confronto entre os sentidos da violncia e suas relaes com o que ser homem e o que ser mulher) e nas audincias (tendncia vitimizao e relativizao dos papis de vtima e acusado). Independente dos embates e controvrsias suscitadas, pode-se afirmar que a violncia contra a mulher ingressou no mundo da lei nacional trazendo com sua institucionalizao uma intensa circulao de diferentes sentidos, lgicas e moralidades que (re)modelam convenes sobre as relaes de gneros e sua influncia sobre a citada violncia.