Em nome do pai, do filho e do poder joanino: Portugal e a Santa Sé na primeira metade do século XVIII


Autoria(s): Sheila Conceição Silva Lima
Contribuinte(s)

Guilherme Paulo Castagnoli Pereira das Neves

Célia Cristina da Silva Tavares

Antonio Cesar de Almeida Santos

Lucia Maria Paschoal Guimarães

Tiago C. P. dos Reis Miranda

Lucia Maria Bastos Pereira das Neves

Data(s)

11/04/2013

Resumo

Esta tese tem como propósito analisar as relações político-diplomáticas entre Portugal e a Santa Sé na primeira metade do século XVIII, tendo como principal problemática o corte das relações diplomáticas entre as duas cortes -, ocorrido entre 1728-1731. O episódio resultou, no nível mais imediato, da recusa de Roma em conceder paridade a Portugal diante das outras cortes europeias, negando a ascensão do núncio apostólico Vicente Bichi, ao título de cardeal. Tal política inseria-se em uma linguagem diplomática tradicional, para a qual Roma permanecia o centro da cristandade e distribuidora de privilégios. A opção de D. João V em manter-se fiel a uma linguagem tradicional não o impediu de se apropriar e de utilizar uma linguagem moderna, expressão compartilhada pelos loci de poder setecentistas, representados pelas monarquias que se consolidavam na França, na Inglaterra, na Áustria, na Prússia e até na Rússia, operando a partir de uma razão de Estado, a linguagem diplomática moderna, que configurou o tabuleiro político europeu entre os congressos de Utrecht e de Viena. Linguagem esta que fora traduzida pelos embaixadores ou chefes de missão portugueses, o que permitiu a participação de Portugal nas grandes decisões do período e consolidou a política de privilégio de D. João V, consagrando o monarca Fidelíssimo e, consequentemente, o reino português numa Europa em transformação.

This thesis aims at analyzing political and diplomatic relations between Portugal and the Holy See in the first half of the eighteenth century, in whide the main problem was the interruption of diplomatic relations between the two courts - that occurred between 1728-1731. The episode resulted at first from the refusal to grant parity in Rome to Portugal before other European courts, denying the rise of the apostolic nuncio Vicente Bichi, to the title of cardinal. This policy was part of a traditional diplomatic language, to which Rome remained the center of Christianity and distributor of privileges. The choice of D. John V to remain faithful to a traditional language did not prevent him from appropriating and using modern language, an expression shared by the seventeenth century loci of power, represented by monarchies which were consolidated - France, England, Austria, Prussia and even in Russia, operating from a state of reason, modern diplomatic language, which set up the European political chessboard between the congress of Vienna and Utrecht. This language was translated by ambassadors or Portuguese, heads of mission allowing Portugal's participation in major decisions of the period and consolidated political privilege of D. John V, consecrating the monarch The Most Faithful and hence the Portuguese kingdom in a changing Europe.

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Identificador

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5695

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5696

Idioma(s)

pt

Publicador

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ

Direitos

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Palavras-Chave #D. John V #Diplomacy #Política de privilégios #Linguagem política #Santa Sé #D. João V #Diplomacia #HISTORIA #História de Portugal #Igreja e Estado Portugal #Holy See #Language policy #Privileges policy
Tipo

Eletronic Thesis or Dissertation

Tese ou Dissertação Eletrônica