994 resultados para Brasil Relações Exteriores
Resumo:
Esta tese analisou a cadeia da carne bovina no Brasil com o objetivo de identificar a existncia de assimetrias nas relações comerciais entre seus agentes (pecuaristas, frigorficos e supermercados). Foram investigadas duas formas de assimetria: a diferena de contedo informacional entre os agentes econmicos, no mercado futuro de boi gordo da BM&F e a possibilidade de exerccio de poderes de mercado e de barganha nas relações comerciais dentro dessa cadeia. A anlise de poder de mercado baseou-se na estrutura analtica de Crespi, Gao e Peterson (2005), e permitiu inferir que existe poder de mercado na aquisio de bois pelos frigorficos, o que vai ao encontro dos resultados observados em outros oligoplios de estrutura caracterizada por um mercado pulverizado na ponta fornecedora e por um processo local, isto , na prpria regio, de escoamento da produo. Implementou-se uma anlise complementar sobre a estrutura de formao do preo do boi, na qual identificou-se que So Paulo a regio formadora dos preos. A relao entre frigorficos e supermercados foi analisada atravs do modelo momentum threshold autoregression (M-TAR) e observou-se que os supermercados apropriam-se das redues observada no preo do atacado e repassam ao varejo eventuais aumentos de preos no atacado. Portanto, possvel concluir que os supermercados tm poder de barganha junto aos frigorficos, o que era esperado, pelo fato de esses estabelecimentos adquirirem volumes significativos e se posicionarem como principais canais de distribuio da carne. E, por fim, verificou-se a existncia de assimetrias informacionais entre os participantes do mercado futuro de boi gordo da BM&F, mensurada por meio de uma anlise sobre a relao entre a volatilidade dos preos futuros e as posies por tipo de participante. Os resultados encontrados corroboraram a hiptese de que os frigorficos tm mais informao, no mercado futuro, que os demais agentes.
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Vive-se em um mundo no qual as relações humanas se tornam cada vez mais precrias, fenmeno exemplificado por diversos conflitos espalhados pelo planeta e pela crescente excluso social, a qual afeta quase que a totalidade das sociedades. Neste cenrio, a Economia Popular e Solidria se apresenta como uma alternativa de gerao de trabalho e renda, representando uma forma de desenvolvimento scio-econmico no Brasil. Este trabalho, por meio de um estudo de caso em uma associao de reciclagem de resduos slidos, tem como objetivos investigar em que medida as relações entre os membros da organizao so perpassadas pela confiana e, ao mesmo tempo, estudar o significado do construto para os prprios membros da organizao. As concluses apontam que a confiana ainda se encontra muito timidamente presente nas relações mencionadas e que a honra, a empatia e a intuio so importantes elementos para o entendimento do conceito segundo a tica dos participantes.
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Este estudo busca investigar as lgicas da ao em cooperativas de produo e associaes de catadores de lixo no bojo de processos de reestruturao econmica que no somente precarizam as condies de emprego, mas tambm implicam em processos de desassalariamento da fora de trabalho. Tomando como perspectiva analtica a sociologia da experincia de Franois Dubet, decompomos as lgicas da ao de trabalhadores com insero social distinta, ou seja, um primeiro grupo caracterizado por uma cultura operria e sindical e um segundo grupo caracterizado por um processo de dissociao em relao ao mundo do trabalho formal. Neste sentido, procurou-se investigar: a) as formas de insero e integrao sociais configuradas pelas relações de solidariedade, b) a dimenso da racionalidade estratgica de cada grupo traduzida nas lutas por reconhecimento, e, c) os processos de subjetivao expressos na afirmao identitria de cada coletivo de trabalhadores. Ou seja, quais as condies de possibilidade da ruptura com as hierarquias que organizam e estruturam o universo de coletivos de trabalhadores com origens sociais to diversas quando confrontados com o princpio meta-social da igualdade? Noutras palavras, quando compelidos com a necessidade de organizar uma cooperativa ou associao, enquanto alternativa palpvel de subsistncia, os trabalhadores se deparam com um contexto bem diverso da situao de assalariamento. Com efeito, a experincia associativa ir implicar que a adeso cooperativa ou associao deve ser livre e voluntria e que a gesto e os processos de deliberao devem ser democrticos. A partir da pesquisa de campo verificou-se um processo de subjetivao marcado por estratgias distintas nas cooperativas e associaes: enquanto nas cooperativas a adeso dos trabalhadores era caracterizada por uma certa ambivalncia entre o compromisso com o projeto de construo da cooperativa e uma postura pautada por um certo pragmatismo tipificado por um campo de possveis restrito no tocante as alternativas de insero social, nas associaes de catadores de lixo verificou-se um processo de ruptura com os padres de sociabilidade primria acentuadamente hierarquizados a partir da participao das mulheres nas associaes, bem como um efetivo compromisso com o projeto associativo. Na esfera da ao coletiva, a constituio de cooperativas a partir de empresas em situao falimentar revelou uma nova estratgia sindical marcada por uma ao defensiva ante os processos de reestruturao econmica que eliminam postos de trabalho. J, na ao coletiva das associaes constatou-se um movimento de luta pelo reconhecimento de direitos e recuperao da cidadania. Tal movimento caracterizado por uma lgica do respeito possuindo uma dupla inflexo, ou seja, por um lado busca romper no mbito da esfera privada com a dominao masculina expressa num cdigo de honra, cuja conseqncia mais dramtica se traduz na violncia domstica, e por outro lado se constata um movimento em direo esfera pblica a partir da articulao de uma associao com um movimento social traduzindo desta maneira a reivindicao pelo reconhecimento da dignidade de indivduos sujeitos a todo tipo de reconhecimento recusado.
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Este trabalho tem por objetivo avaliar em que medida a taxa de cmbio real um condicionante importante para a evoluo do quantum exportado brasileiro. Para tanto, testada a existncia de alguma relao entre variaes na taxa de cmbio real e variaes no quantum exportado, a saber, relao de causalidade no sentido de Granger em qualquer direo e correlao simultnea dos choques que afetam tais sries, conforme o mtodo sugerido por Gourieroux e Jasiak (2001). No foi possvel obter evidncia forte de relao entre a taxa de cmbio real e o quantum exportado em termos agregados para o perodo analisado (1977 a 2009). Entretanto, para vrias desagregaes e destinos foi possvel detectar a existncia de pelo menos uma destas relações entre a taxa de cmbio real e quantum exportado. Em particular, para o caso dos bens bsicos, no h evidncia de relao robusta entre as variveis pesquisadas. O mesmo vale para bens intermedirios. J para os bens finais bens de capital, de consumo de bens durveis e no durveis a evidncia de relao entre a taxa de cmbio e o quantum mais forte. Como concluso, o trabalho sugere que a taxa de cmbio, embora no tenha efeitos significativos em termos agregados, pode gerar importantes efeitos sobre a composio das exportaes.
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O presente trabalho tem por finalidade apresentar os primeiros resultados do projeto de formao de um banco de entrevistas de histria oral sobre a histria do movimento negro no Brasil. Este projeto objetiva acrescentar ao universo do estudo sobre as relações raciais no Brasil um banco de entrevistas com lideranas negras; de um lado, para constituir um registro da trajetria e do desempenho destas lideranas em diferentes momentos de nossa histria e, de outro, para trazer ao prprio debate sobre a questo racial no Brasil (ao longo da histria e com vistas ao presente e ao futuro) a contribuio daqueles que optaram por atuar primordialmente nessa esfera.
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Essa dissertao apresenta estimativas para a elasticidade-preo da demanda por ao no Brasil, a partir de dados agregados e desagregados da indstria siderrgica. Os resultados das estimativas a partir do painel com dados desagregados sugerem que existe um vis de agregao nas estimativas j realizadas a partir de dados agregados, e esse vis subestimaria a elasticidade-preo do setor siderrgico. Com a finalidade de comparar as relações entre as elasticidades-preos de curto e longo prazo foram estimados painis heterogneos dinmicos, atravs de estimadores Mean Group (MG) e Pooled Mean Group (PMG). importante ressaltar que, de acordo com o conhecimento do autor, este o primeiro estudo a usar estimao em painel para estimao da elasticidade-preo da demanda por produtos siderrgicos no Brasil, dessa forma, controlando a estimativa pela heterogeneidade entre os tipos de ao.
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O servio da docncia tem apontado para um crescente adoecimento do professor, podendo ser confirmado atravs dos registros biomdicos e do elevado abstesmo nas instituies de ensino do Brasil. A demanda do trabalho do professor vai alm do que de fato est prescrito na sua tarefa. Diante disso, os objetivos deste estudo, visam identificar e classificar as patologias que prevalecem nesta categoria e, a partir deste levantamento, investigar os fatores que determinam o nvel de sade geral destes trabalhadores, propondo ainda, medidas para melhorar a qualidade de vida no trabalho. Esta proposta de investigao aplicou dois instrumentos para verificar os fatores que interferem no trabalho dos professores. Para tal, foi escolhido um instrumento de avaliao de sade mental, o Questionrio de Sade Geral de Goldberg (QSG), que contempla indicadores de estresse, desejo de morte, capacidade de desempenho, distrbios do sono, distrbios psicossomticos e sade geral. Tambm foi aplicado o Questionrio Geral, na finalidade de identificar as caractersticas pessoais, de sade geral, funcionais e organizacionais. A aplicao destes mtodos mostrou-se adequada, principalmente o QSG, que possibilitou expressar os sentimentos no presente, enfatizando a realidade da sade mental.Com os resultados obtidos foi possvel traar o perfil sintomtico do grupo avaliado, e ainda, subsidiar a organizao pblica analisada, na adoo de medidas que contemplem a melhoria das condies de trabalho e de vida das professoras.
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Esta dissertao documenta as principais aes realizadas pela rea internacional do governo do Rio Grande do Sul entre 1987 e 2002, aponta as motivaes que guiaram a atuao externa deste Estado, investiga suas interaes com a diplomacia nacional e avalia os resultados da paradiplomacia gacha. Tambm analisa como o Estado brasileiro vem reagindo participao de seus entes federados no cenrio externo. Conclui-se que a redemocratizao ocorrida nos anos 1980, a integrao no Cone Sul e o aprofundamento da abertura econmica nos anos 1990 foram os principais motivadores da paradiplomacia no pas e o governo federal vem reagindo positivamente s aes paradiplomticas realizadas pelos Estados brasileiros. O Rio Grande do Sul desenvolveu uma extensa agenda paradiplomtica no perodo estudado, visando, inicialmente, defender seus interesses nas negociaes entre os pases do Cone Sul e, posteriormente, promover as exportaes e atrair investimentos estrangeiros. Constata-se que este Estado, ao no ter tido, ao longo do perodo, um planejamento estratgico para a rea internacional, teve limitado xito nas aes paradiplomticas desenvolvidas
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Este trabalho analisa as iniciativas brasileiras de integrao energtica com a Venezuela (petrleo), Bolvia (gs natural), Argentina e Paraguai (hidreltricas). O perodo considerado corresponde a quinze anos (1988-2002). Embora a gnese dos Acordos, que permitiram esses processos de integrao, seja anterior a esse perodo especfico, interessa-nos compreender o que representa a integrao energtica nos marcos atuais da poltica externa brasileira para a Amrica do Sul. A hiptese de trabalho, que orientou a pesquisa realizada, deriva da Teoria Realista da Economia Poltica Internacional, na verso proposta por Robert Gilpin (2001). Basicamente, esta hiptese estrutura-se na afirmao de que os pases tomam decises (sobre o nvel de integrao econmica com seus vizinhos) tendo em conta as consideraes de poder poltico, tanto ou mais do que motivados pela busca de vantagens comparativas resultantes da especializao. O teste da presente hiptese foi realizado em duas etapas sucessivas: em primeiro lugar, foram analisadas a matriz energtica brasileira e a racionalidade econmica dos Acordos de integrao energtica do ponto de vista das necessidades do desenvolvimento econmico brasileiro; em seguida foram analisados os processos de negociao dos Acordos propriamente ditos, contrastado-os e comparando-os com o discurso diplomtico brasileiro sobre a nova liderana na Amrica do Sul. A recuperao histrica da lgica subjacente de cada processo integrador permitiu verificar at que ponto os objetivos polticos de consolidao da liderana brasileira foram favorecidos, sendo possvel concluir que esses trs processos em questo foram teis para o projeto de liderana do Brasil no mbito sul-americano, tanto do ponto de vista econmico, quanto do poltico.
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Entrevista concedida ao canal de tv Globo News no contexto da visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil, em maro de 2011
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Na presente dissertao, foram descritos materiais ps-cranianos de dois cinodontes no-mamalianos (Therapsida, Cynodontia) do Trissico sul-rio-grandense (Bacia do Paran, Formao Santa Maria). Os espcimes descritos (UFRGS PV-0146-T, um chiniquodontdeo, e UFRGS PV-0715-T, um traversodontdeo) representam ramos distintos na evoluo dos cinodontes (Probainognathia e Cynognathia, com os chiniquodontdeos pertencendo ao primeiro grupo e estando mais intimamente relacionados ao surgimento dos mamferos). A comparao entre estes dois espcimes e os cinodontes j descritos na literatura no mostrou a presena de nenhum padro que pudesse ser aplicado ao esqueleto ps-craniano das duas linhagens por eles representadas. Por vezes, o chiniquodontdeo mostrou similaridades anatmicas com txons de Cynognathia e o traversodontdeo apresentou aspectos mais similares aos Probainognathia. O fato de os dois espcimes estudados apresentarem semelhanas morfolgicas com txons filogeneticamente no muito prximos e diferenas em relao txons mais estreitamente vinculados indica a ocorrncia de inmeras homoplasias na evoluo dos cinodontes e mostra que a interpretao das relações filogenticas entre estes animais (e sua implicao mais significativa, a que diz respeito ao surgimento e evoluo dos mamferos) deve ser tratada com extremo cuidado, uma vez que homoplasias certamente ocorrem tambm no esqueleto sincraniano e na dentio, nos quais esto baseadas as hipteses filogenticas mais usuais.
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Esta dissertao centra-se no exame da evoluo dos componentes do marco institucional em associao com as trajetrias de acumulao de capacidades tecnolgicas de produo e inovao em setores base de recursos naturais em economias emergentes. Esse relacionamento examinado no setor de etanol brasileiro, no perodo entre 1970 e 2009. O marco institucional operacionalizado base das macro-instituies (os regimes complexos constitudos por polticas pblicas), meso-instituies (as relações polticas e estruturas burocrticas) e as instituies baseadas em conhecimento (os institutos de pesquisa e as universidades). As trajetrias de acumulao de capacidades tecnolgicas so examinadas base de nveis de inovao. A dissertao baseia-se em um estudo de caso em nvel setorial. Alm disso, o estudo baseia-se em evidncias obtidas a partir de fontes diversas, em nvel de indstria, em documentos governamentais e tambm em evidncias secundrias em nvel de empresa. Os principais resultados desta dissertao so os seguintes: (1) O setor de etanol atingiu nveis inovadores de capacidade tecnolgica nas duas funes analisadas. Numa escala de 1 a 5, o setor adquiriu, durante o 1 perodo (1970-1989), capacidades tecnolgicas industriais (produto e processo) no Nvel 3 e, durante o 2 perodo (1990-2009), o setor de etanol acumulou capacidades tecnolgicas industriais no Nvel 5. No tocante acumulao de capacidades tecnolgicas na rea agrcola (matria-prima), durante o 1 perodo, o setor adquiriu capacidades tecnolgicas no Nvel 4 e apenas no perodo seguinte atingiu o Nvel 5. (2) As instituies desempenharam um papel relevante sobre as trajetrias de acumulao de capacidades tecnolgicas no setor de etanol brasileiro. Entre elas destaca-se s atividades de P&D desenvolvidas em instituies baseadas em conhecimento, que acumularam capacidades tecnolgicas de produo e inovao, compartilhadas com as empresas. (3) Entretanto, o estudo aponta para algumas vulnerabilidades do setor de etanol brasileiro no que se refere a sua capacidade de sustentar o seu desempenho inovador. Entre elas destaca-se: (1) grande parte das atividades inovadoras em nvel de P&D realizada a base de arranjos externos, com pouco esforo de atividades realizadas a partir das empresas; (2) apesar do enorme esforo governamental para desenvolver o setor, esse est direcionado (locked-in) trajetria de acumulao de capacidades tecnolgicas de etanol de 1 gerao; (3) os componentes do marco institucional incentivaram as atividades de pesquisa em universidades e institutos de pesquisa, em nvel de bancada, que resultaram em invenes e projetos experimentais; (4) as condies favorveis de mercado, a grande disponibilidade de cana-de-acar e a flexibilidade de produo de etanol/lcool contriburam para a acomodao do setor de etanol, ou seja, parece haver uma zona de conforto no setor. Desta forma, as evidncias alertam sobre a necessidade de investimentos em atividades inovadoras de P&D dentro das empresas (foco em inovaes, riqueza e na diversificao para outros setores). Portanto, os resultados desta dissertao permitem apontar sugestes para gestores governamentais. As novas polticas pblicas podem: (1) redirecionar as estratgias de acumulao de capacidades tecnolgicas inovadoras, fortemente focadas na sustentao das trajetrias de acumulao de capacidades tecnolgicas para produzir etanol de 1 gerao; (2) impulsionar a acumulao de capacidades tecnolgicas de produo e inovao na trajetria emergente para produzir etanol de 2 gerao, atualmente em nvel experimental e largamente desenvolvida dentro das instituies baseadas em conhecimento, e para diversificar os produtos para novos setores e linhas de negcio. Os resultados desta dissertao tambm sugerem aos gestores de empresas no setor brasileiro de etanol: (1) reformular as estratgias empresariais com a finalidade de expandir as atividades inovadoras dentro das empresas do setor de etanol, que podero resultar na criao de inovaes em escala industrial; (2) as empresas do setor de etanol deveriam assumir um comportamento proativo com a finalidade de coordenar os esforos de P&D em direo aos problemas e desafios futuros a serem enfrentados pelo setor brasileiro de etanol.
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Os comportamentos polticos representam um domnio singular das relações interpessoais no ambiente de trabalho, sendo considerado um fenmeno complexo, persuasivo e por vezes ambguo. Embora sejam vrias as condies individuais e situacionais responsveis pela sua existncia, todas elas estimulam e fornecem resultados favorveis tanto para os indivduos quanto para grupos dentro da organizao. Apesar dos resultados serem favorveis para alguns, a percepo de poltica na empresa parece ter um efeito negativo e, assim, desmotivador sobre as pessoas. Nesta pesquisa, abordamos o comportamento poltico a partir de seus fundamentos conceituais o poder e a influncia e mltiplos antecedentes, centrando o estudo nas suas diversas implicaes. Em concreto, o objetivo compreender como algumas atitudes e comportamentos individuais como comprometimento, satisfao, desempenho, negligncia e intenes de sada so influenciados pelos comportamentos polticos percebidos na organizao e quais os impactos para os envolvidos. Teoricamente, discute-se o conceito de Comportamento poltico, apresentando suas caractersticas fundamentais, causas e conseqncias. A seguir, com base no modelo terico para estudo da poltica proposto por Ferris et al (1996), as hipteses de pesquisa foram formuladas. Para testar a validade emprica, trs estudos de campo foram realizados 2 quantitativos e 1 qualitativo totalizando 461 funcionrios de empresas no Brasil, predominantemente de regies metropolitanas. Os resultados quantitativos revelam que, de uma maneira geral, o comportamento poltico impacta negativamente no comprometimento, satisfao e desempenho. Ainda, que influencia diretamente as intenes de sada e comportamentos negligentes. Os resultados tambm revelam que tais respostas possuem variaes significativas quando analisados por perfil pessoal e profissional, investigado e validado pela dimenso qualitativa da pesquisa. Por fim, implicaes tericas e prticas dos resultados obtidos so explicitadas, alm de sugestes de aes focais para a evoluo da gesto empresarial.
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Este estudo busca demonstrar atravs de um modelo de regresso mltipla, a relao do nvel socioeconmico com o desempenho escolar dos alunos da educao bsica brasileira. A educao no Brasil sofreu mudanas profundas em sua poltica durante a dcada de 90, norteada pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996. Com praticamente todas as crianas na escola, o problema que ressurge a qualidade do ensino oferecido. O desempenho dos alunos do ensino pblico no Brasil fraco. As avaliaes criadas pelo INEP objetivam monitorar a qualidade fornecendo informaes sobre o desempenho dos alunos e fatores associados a esse desempenho, com finalidade de reorientar polticas pblicas voltadas para a educao. A busca por fatores determinantes do fraco desempenho dos alunos brasileiros bastante recorrente no meio acadmico. Essa investigao leva em considerao uma srie de fatores do aluno, escola, professor, famlia entre outros. A grande maioria destaca a condio socioeconmica como um dos fatores que mais determina o desempenho escolar. Os dados selecionados para este estudo retrataram informaes do nvel socioeconmico e do professor ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), remunerao dos docentes e proporo de docentes com formao superior de todos estados brasileiros e do DF. Observou-se que o nvel socioeconmico se relaciona altamente (0,827) com o desempenho escolar dos alunos da escola pblica do ensino fundamental brasileiro. As variveis referentes ao professor no apresentaram relações significativas com o desempenho escolar.